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Aula 09 - Política Nacional de Humanização - PNH

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Humanização 
No campo das políticas públicas de saúde ‘’ humanização’’ diz respeito à 
transformação dos modelos de atenção e de gestão nos serviços e sistemas de saúde, 
indicando a necessária construção de novas relações entre os usuários e 
trabalhadores e destes entre si. 
A ‘humanização’ em saúde volta-se para as práticas concretas comprometidas com 
a produção de saúde e produção de sujeitos (Campos, 2000) de tal modo que atender 
melhor o usuário se dá em sintonia com melhores condições de trabalho e de 
participação dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde 
(princípio da indissociabilidade entre atenção e gestão). 
 
Rede de setores e atendimentos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Política Nacional de Humanização 
A Política Nacional de Humanização (PNH) foi criada em 2003, com o objetivo de ampliar a humanização dos serviços de saúde 
tanto nas relações quanto nos atendimentos, a qualidade de vida do trabalhador e a rejeição de qualquer tipo de preconceito. 
 
 
 
Política Nacional de Humanização - PNH 
PRINCÍPIOS DA PNH 
 Transversalidade 
Reconhecer que as diferentes especialidades e práticas de saúde podem conversar com a experiência daquele que é 
assistido. Juntos, esses saberes podem produzir saúde de forma mais corresponsável. 
 
 Indissociabilidade (Inseparabilidade) entre atenção e gestão 
Trabalhadores e usuários devem buscar conhecer como funciona a gestão dos serviços e da rede de saúde, assim como 
participar ativamente do processo de tomada de decisão nas organizações de saúde e nas ações de saúde coletiva. 
 
 Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos 
Qualquer mudança na gestão e atenção é mais concreta se construída com a ampliação da autonomia e vontade das 
pessoas envolvidas, que compartilham responsabilidades. 
 
OBJETIVOS DA PNH 
 A PNH objetiva: cuidar do cuidador, a valorização dos profissionais em saúde, equipes, qualificação, locais adequados 
para construção. 
 Para se efetivar a humanização é fundamental que os sujeitos participantes dos processos em saúde se reconheçam 
como protagonistas e corresponsáveis de suas práticas, buscando garantir a universalidade do acesso, a integralidade 
do cuidado e a equidade das ofertas em saúde. 
 
DIRETRIZES DA PNH 
 Acolhimento 
Reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade de saúde, deve sustentar a relação entre 
equipes/serviços e usuários/populações, construído de forma coletiva, a partir da análise dos processos de trabalho e 
tem como objetivo a construção de relações de confiança, compromisso e vínculo entre as equipes/serviços. Realizar 
através de uma escuta qualificada oferecida pelos trabalhadores às necessidades do usuário, é possível garantir o acesso 
oportuno desses usuários a tecnologias adequadas às suas necessidades. 
 
 Gestão participativa e cogestão 
Inclusão de novos sujeitos nos processos de análise e decisão quanto a ampliação das tarefas da gestão, realizar através 
da experimentação de rodas. 
 
 Ambiência 
Criação de espaços saudáveis, acolhedores e confortáveis, que respeitem a privacidade, propiciem mudanças no 
processo de trabalho e sejam lugares de encontro entre as pessoas. 
 
 Clínica ampliada e compartilhada 
Ferramenta teórica e prática cuja finalidade é contribuir para uma abordagem clínica do adoecimento e do sofrimento, 
que considere a singularidade do sujeito e a complexidade do processo saúde doença. Usando recursos que permitam 
enriquecimento dos diagnósticos. 
 
 
 Valorização do trabalhador 
Dar visibilidade à experiência dos trabalhadores e incluí-lo na tomada de decisão. 
 
 Defesa dos direitos dos usuários 
Incentivo do conhecimento dos direitos garantidos por lei. 
 
PNH NA PRÁTICA 
A Política Nacional de Humanização busca, na prática, resultados como: 
 Redução de filas e do tempo de espera, com ampliação do acesso; 
 Atendimento acolhedor e resolutivo baseado em critérios de risco; 
 Implantação de modelo de atenção com responsabilização e vínculo; 
 Garantia dos direitos dos usuários; 
 Valorização do trabalho na saúde; 
 Gestão participativa nos serviços. 
 
Acolhimento 
Consiste em uma das diretrizes de maior relevância política, ética e estética da Política Nacional de Humanização da Atenção e 
Gestão do SUS. 
Qual a principal substância das atividades de um Serviço de Saúde? 
 Para (Ricardo Teixeira, 2003) esta principal substância é a conversa um tipo especial de conversa que chama de 
acolhimento-diálogo ou acolhimento dialogado” 
 
Tem duas características: 
 “Acolhimento moral da pessoa” que acontece num primeiro momento, no contato com o usuário e suas demandas. 
 Como segundo traço descritivo o acolhimento seguido por um diálogo para aprofundar o conhecimento sobre as 
necessidades do usuário e sobre as melhores formas de atendê-las, um ‘acolhimento cognitivo’. 
 
Perspectiva Comunicacional 
 Essa atitude do trabalhador da saúde é imprescindível para ajudar o outro a reconhecer suas próprias necessidades, já 
que nem sempre as reconhecemos. 
 O acolhimento é um interligador entre os espaços e atividades dos serviços, não se constitui como atividade específica, 
mas se manifesta como um “conteúdo de qualquer atividade assistencial.”. 
 Os diferentes encontros e conversas funcionam como espaços educativos e consequentemente, o acolhimento como 
um dispositivo educativo, na medida em que promovem conhecimento do usuário sobre si, suas necessidades e os meios 
possíveis para resolvê-las. 
 
Em síntese 
“Não poderíamos encontrar síntese mais adequada para o tipo de disposições “morais” e “cognitivas” que estamos prescrevendo 
para o acolhimento dialogado: 
O reconhecimento do outro como um legítimo outro; 
O reconhecimento de cada um como insuficiente; 
O sentido de uma situação é fabricado pelo conjunto dos saberes presentes. 
 
Resumindo, todo mundo sabe alguma coisa e ninguém sabe tudo, e a arte da conversa não é homogeneizar os sentidos fazendo 
desaparecer as divergências, mas fazer emergir o sentido no ponto de convergência das diversidades. “ 
 
Ricardo Teixeira (2003) 
 
DISPOSITIVOS QUE PODEM SER USADOS PARA VOLTAR-SE À PRESENÇA DO OUTRO 
O espaço das tecnologias leves, de produção de relações: 
 Empatia 
 Vínculo 
 Diálogo-conversa 
 Co-responsabilização 
 Autonomização 
 
MÉTODO CLÍNICO CENTRADO NA PESSOA – MCCP 
Deve fornecer autonomia ao indivíduo, deve se intensificado a relação médico-paciente conscientizando o indivíduo de si 
mesmo. Como ferramenta, é necessário empatia com o próximo, olhar para dentro do outro e fazê-lo sentir-se acolhido para 
que o paciente sinta-se à vontade e disponível a colaborar. 
 
Lembrando que, EMPATIA não é... 
“Ah, pelo menos...” 
Positivar a conversar 
Querer ver o lado bom de tudo 
Na maioria das vezes não é uma resposta que faz as coisas melhorarem 
O que faz as coisas melhorarem é a CONEXÃO 
Simpatia

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