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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINALISTA DA COMARCA DE ARARUAMA/RJ PROCESSO N° X PATRICK, já devidamente qualificado nos autos da ação cujo número consta em epígrafe vem, mui respeitosamente, por intermédio de seu advogado, com acato de estilo à Vossa Excelência, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO com fulcro no art. 396 e 396-A do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: DOS FATOS Trata-se de ação penal, o qual é imposta ao acusado como incurso das sanções penais conforme preceitua o art. 129, §1° inciso III, combinado com o art. 14 inciso II do Código Penal. No dia 25 de março, com o intuito de acabar com as agressões que a sua sobrinha Nathalia estava sofrendo, o acusado pegou uma arma de fogo, de uso permitido pela lei, e tentou efetuar disparos contra a suposta vítima, porém no ato do disparo a arma não funcionou. Diante dos fatos narrados o Ministério Público, ainda assim, ofereceu denúncia, contudo, o caso abordado é de absolvição, restando provado a seguir. DOS FUNDAMENTOS • Da nulidade Houve nulidade, uma vez que, a citação por hora certa deve seguir os requisitos previstos no art. 362 do Código de Processo Penal em razão do art. 252 do Código de Processo Civil, prevendo a chamada “citação por hora certa”, que seria admitida na hipótese do réu estar se ocultando para não ser citado, devendo tal informação ser devidamente certificada por oficial de justiça. Ocorre que, no caso, não seria possível a citação por hora certa, já que não havia nenhum indício concreto de que o acusado estaria se ocultando para não ser citado. Com isso, deve ser reconhecida a nulidade do ato de citação na forma do art. 564, inciso III, alínea E. • Do crime impossível Apesar de haver a tipicidade, não houve consumação, não seria possível concretizar o delito já que a arma era incapaz de efetuar os disparos. Figurando assim o crime impossível, no qual o réu deve ser absolvido sumariamente, de acordo com os art. 17 do Código Penal e o art. 397, inciso III, do Código de Processo Penal. • Da Legítima Defesa Se dá absolvição sumária, pois, o fato tipificado pelo acusado visava apenas manter a integridade física de sua sobrinha, a qual estava sendo agredida. Sendo assim o utilizado foi necessário, já que o acusado estava imobilizado da perna, não visualizando outra forma de fazê- lo, se não àquela que tomou. Desta feita, fica comprovado que o acusado agiu em legítima defesa de terceiro, devendo ser absolvido sumariamente de acordo com os artigos 25 do Código Penal e art. 397, inciso I, do Código de Processo Penal. DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer: A. O reconhecimento da nulidade de citação conforme art. 564, inciso III, alínea “E” e Art. 362 do Código de Processo Penal combinado com art. 252 do Códigode Processo Civil de 2015. B. Absolvição sumariamente o réu pelo crime impossível e legítima defesa de terceiro conforme artigos 17 e 25 do Código Penal e art. 397, inciso I e III do Código de Processo Penal. C. Caso haja prosseguimento da instrução, requer o acusado a intimação das testemunhas a seguir: 1- Natalia (end xxx, tel xxx, cpf xxx). 2- Maria (end xxx,tel xxx, cpf xxx). 3- José (end xxx, tel xxx, cpf xxx). Nestes termos, Pede deferimento. Araruama/RJ, 27 de outubro de 2020. Adv. XXXXX Oab. XXXXX
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