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CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS III - RUMINANTES (UAM)

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CABEÇA E PESCOÇO 
DESCORNA 
A descorna é a prática de retirada dos cornos dos 
animais. Em um rebanho é importante que os animais 
sejam descornados, exceto quando o chifre é fator de 
caracterização racial, no caso de gado elite. O 
objetivo de o rebanho ser mocho é que com isso 
pode-se facilitar o manejo, o transporte, diminuir a 
competição nos comedouros e bebedouros, evitar 
acidentes entre os animais e, além disso, obter uma 
uniformidade e estética do rebanho. A descorna é 
feita também em fraturas e fissuras de corno. A 
descorna é feito em animais adultos, ocorre a 
amputação do corno fundido nos seios, é uma cirurgia 
muito mais cruenta e a mochação é feito em animais 
jovens. Na mochação é feita a destruição do processo 
germinativo para que futuramente não haja cornos. 
A descorna cirúrgica permite o fechamento da pele 
sobre um defeito normal criado pela amputação do 
corno na sua base. Idealmente isto resulta na 
cicatrização por primeira intenção, menor incidência 
de sinusite frontal e menor hemorragia. 
O animal jovem possui os seios frontais diferentes do 
animal adulto. O animal adulto possui o corno 
fusionado com os seios frontais. O animal jovem 
apresenta o “botão cornual”, é um epitélio 
germinativo responsável pelo crescimento do corno. 
 
 
 
 
MOCHAÇÃO: 
CAUTERIZAÇÃO QUÍMICA 
Feita em bezerros em até 1 semana de idade. É 
utilizado substâncias causticas (pastas de sulfato de 
cobre e zinco) para que haja necrose no tecido 
germinativo. 
É feita a tricotomia do botão cornual, fazendo também 
um círculo de contenção em volta do botão. O círculo 
é feito com substâncias hemolientes ou vaselina. A 
pasta é aplicada sobre o botão, deixar agir por 30min. 
CAUTERIZAÇÃO TÉRMICA 
É feito em bezerros de 1-2 semanas ou com o botão 
cornual de 5-10mm. 
Essa técnica é a mais utilizada atualmente, devido a 
maior simplicidade do procedimento e menor custo ao 
produtor. Primeiramente faz-se necessário a 
aplicação de anestésicos locais (1ml de Lidocaína) na 
base dos cornos, pelo bloqueio do ramo cornual do 
nervo zigomático temporal, a aplicação do anestésico 
é feito no sulco abaixo dos cornos. Em seguida, é 
utilizado o ferro mochador, que pode ser aquecido por 
fogo ou eletricidade. 
O profissional começa pressionando e rotacionando a 
parte côncava do ferro sobre o botão córneo até 
atingir a base, evitando sempre contato com a pele do 
animal. E por fim, deve-se aplicar soluções 
cicatrizantes. A utilização de calor minimiza o risco de 
hemorragias devido à cauterização. 
MOCHADOR DE BARNES 
Feito em bezerros de 1-4 meses de idade. É utilizado 
uma guilhotina usada para seccionar o corno. É uma 
tentativa de descorna, pois muitas vezes o corno volta 
a crescer. Essa técnica não é recomendada. 
 
DESCORNA 
Primeiramente, uma contenção química com Xilazina 
0,1-0,2 mg/kg. Em seguida, deve-se proceder com a 
tricotomia ao redor dos cornos a serem retirados, 
sendo que as orelhas devem ser cobertas por fita 
adesiva, e tracionadas para fora do campo em que se 
dará a cirurgia. A região deve ser tratada com 
antissepsia e preparada para a ministração do 
anestésico. 
O animal deve ficar na posição quadrupedal quando 
no tronco de contenção ou esternal com a cabeça 
lateralizada. 
A agulha deve ser em seguida inserida através da 
pele, localizando-se entre o canto lateral do olho e a 
porção inferior do corno, fazendo-se anestesia 
perineural, exatamente sobre o nervo cornual, 
depositando-se 5 a 10 mL de anestésico lidocaína 
2%, utilizando a técnica de “leque”. A agulha então 
projeta-se por debaixo da pele até a base do corno e 
2 a 3 mL de lidocaína 2% são depositados. O local no 
qual foi injetado o anestésico deve ser massageado 
para aumentar a dispersão da substância. 
Por conseguinte, uma incisão deve ser feita de forma 
lateral da eminência nucal na direção lateral rumo a 
base do corno, se curvando em posição rostroventral 
ao redor da porção inferior do corno, ao longo da 
crista frontal em média de 5 a 7cm, sendo que uma 
segunda incisão deve ser iniciada partindo de uma 
distância de 8 a 10 cm da primeira. 
As incisões devem tomar mais profundidade, até que 
o osso seja encontrado e por sua vez, as bordas das 
incisões são convertidas em uma dissecção fina. A 
incisão rostral deve ser feita na região limítrofe, a 
incisão caudal é feita de modo que permita a 
colocação da serra de arco em direção ventral, se 
tornando mais profunda à medida em que se 
aproxima da crista frontal. No aprofundamento da 
incisão, deve-se tomar cuidado para que não se atinja 
o músculo auricular. 
A hemorragia é controlada pela torção da artéria 
córnea, direção rostroventral em relação ao coto do 
osso. 
Por fim, com a serra de arco ou fio serra de Giglis, o 
coto é retirado, devendo está se movimentar numa 
distância adequada da base do corno. Caso isto não 
ocorra de forma correta, a pele sofrerá tensão 
excessiva e o fechamento poderá não ser completo. 
A sutura é feita com fios inabsorvíveis, em padrão 
simples-separado (PSS, Wolff e Sultan). Fazer 
curativos. 
Pós-operatório: 
• Observação do animal em 2,12 e 24h após 
cirurgia 
• Fazer e trocar o curativo local 
• ANTBs: Oxitetraciclina (sistêmico) de 5-7 dias 
• AINEs nos primeiros dias pós-operatório: 
Flunexin meglubine, Fenilbutazona ou Diprona 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBSTRUÇÃO ESOFÁGICA 
Os bovinos estão constantemente susceptíveis à 
ingestão de grande variedade de corpos estranhos, 
tal fato se atribui as suas deficiências nutricionais, 
baixa sensibilidade de seus órgãos gustativos e o 
hábito de serem animais não seletivos na apreensão 
dos alimentos. 
Os principais corpos estranhos encontrados no trato 
digestório dos bovinos que causam obstrução 
esofágica são as frutas (manga, laranja, jaca, 
abacate), os tubérculos (mandioca, batata) e as 
sobras dos hortifrutigranjeiros. O ponto da obstrução 
é visível e chama-se ponto de obstrução, há um 
aumento de volume que pode ser palpado e permite a 
localização anatômica. 
 
SINTOMAS 
• Disfagia, tosse e sialorreia 
• Timpanismo ruminal 
• Regurgitação nasal e oral 
• Dilatação esofágica próxima ou cranial à 
obstrução 
• Apetite aumentando ou anorexia 
• Hipovolemia e desequilíbrio ácido-básico 
DIAGNÓSTICO 
É baseado no exame físico, pela esofagoscopia e RX 
(simples ou contrastado). 
 
TRATAMENTO: 
EMERGENCIAL 
• Traqueostomia 
• Fluidoterapia 
• Trocaterização 
CONSERVATIVO 
• Manobras intralumias associados ao 
endoscópio ou sonda, além da massagem 
externa 
• Relaxamento muscular: Xilazina, 
Acepromazina, Ocitocina ou Atropina 
• AINE: Meloxicam, Flunixine meglubine e 
Firocoxib 
 
 
CIRÚRGICO 
• Esofagotomia 
• Esofagostmia distal (fistulação), é utilizada em 
associação, caudalmente, à esogotomia. O 
animal acaba ficando com uma sonda para 
alimentação durante 48h. 
Esofatomia Cervical e Esofagostomia: 
A incisão pode ser feita no terço médio cervical ou 
lateralizado (recomenda-se tronco de conteção). A 
incisão é longitudinal e de aproximadamente de 10 
cm. É feito o afastamento dos músculos 
externohiódeo e externotireóideo para visualização do 
esôfago. É feito uma incisão de aproximadamente 
10cm no esôfago, a incisão é feita em dois planos: 
musculatura adventícea e, na outra, submucosa. 
Retira-se o corpo estranho. 
Na Esofgaostomia é utilizada a v. jugular como 
referncia, o acesso é feito laterizado esquerdamente 
paralela à v. jugular. Posiciona-se a sonda. 
Após a abertura do esôfago deve-se suturá-lo: 
Esofagorrafia: 
 
É feita a sutura em dois planos: no plano interno a 
sutura é feito de padrão swift (faz-se um nó na 
camada interna do lúmen). No plano externo é feito a 
sutura em PSS ou PSC. É indicado os fios sintéticos 
absorvíveis ou inabsorvíveis. 
 
CONSEQUÊNCIAS: 
RUPTURAESOFÁGICA 
Acontece por traumas e lacerações externas, feridas 
perfurantes, obstruções esofágicas, perfurações por 
ingestão de corpo estranho e infecções adjacentes ao 
esôfago. Os sintomas geralmente são: formação de 
fístula e drenagem de saliva ingesta, edema e 
enfisema subcutâneo. Quando não há drenagem 
ocorre a formação de flegmão e infecção local ou 
sistêmica. O diagnóstico pode ser feito pela 
esofagoscopia ou pelo RX contrastado. 
O tratamento é feito pelo fechamento da ferida. Se a 
ferida estiver dentro de 12h a ferida deve ser limpa e 
fechada em 1° intensão. Após 12h deve ser feito a 
limpeza e fechamento por 2° intensão pela carga 
microbiológica existente. Caso necessário faz-se a 
abertura ventral à laceração para drenagem. A 
alimentação será feita por sonda nasogástrica ou 
esofagostomia. Aplica-se ANTBS locais e sistêmicos, 
AINEs e curativos no local. 
 
ESTENOSE E DIVERTÍCULO ESOFÁGICO 
A estenose esofágica é geralmente o resultado de 
uma lesão inflamatória, que acomete as camadas 
submucosa e muscular, a qual resulta em fibrose ou 
deposição de tecido de granulação. Ocorre redução 
do diâmetro esofágico com formação de anéis 
fibrosos e uma variável perda do peristaltismo normal 
do órgão. As causas mais importantes da estenose 
incluem, lesões recorrentes da ingestão de 
substancias químicas, corpos estranhos esofágicos, 
cirurgia de esôfago, compressão extraluminal, ou 
extensão de um processo infeccioso. A compressão 
por fibrose e os tumores são mecanismos envolvidos 
na patogenia da formação da estenoses. As 
estenoses esofágicas podem ser tratadas por meio de 
endoscopia ou intervenção cirúrgica, elas são 
gerenciadas com antibioticoterapia, antiinflamatórios 
não esteroidais e alimentação frequente em 
pequenas quantidades. O tratamento conservativo 
usando cateter com balão dilatador ou velas de 
dilatação, tem como objetivo a dilatação mecânica do 
segmento estenosado. A cirurgia pode ser 
considerada se o diâmetro da estenose não mudar 
em 60 dias e os sinais clínicos forem progressivos. 
 
Um divertículo é uma dilatação infundibuliforme 
produzida na parede de um órgão tubular. Alguns 
podem ser o resultado de um evento durante a 
organogênese e aparecem de forma congênita ou 
podem ser adquiridos como resultado da tração na 
parede das vísceras, por uma adesão ou processo 
inflamatório. Ambos têm a característica de que a sua 
parede é formada por todas as camadas do órgão. No 
esôfago, pode haver divertículos congênitos ou 
adquirido que são classificados como divertículo de 
tração ou de pulsão. A reparação do divertículo 
envolve a inversão da mucosa com reconstrução da 
camada muscular ou diverticulectomia. O primeiro é 
preferido porque a mucosa é deixada intacta, o que 
minimiza o risco de vazamento pósoperatório, 
infecção ou formação de fístula. A diverticulectomia é 
realizada por ressecção da mucosa / submucosa no 
local onde se encontra o divertículo, seguido de 
debridamento das bordas do local e sutura. 
 
 
 
 
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
PROLAPSOS VAGINAL, 
CÉRVICO-VAGINAL E UTERINO 
É a protusão da parede vaginal através da vulva 
(prolapso vaginal) podendo estar associado à cérvix 
(prolapso cérvico-vaginal) e útero (prolapso uterino). 
É muito comum em vacas e ovelhas e raro em éguas. 
Em bovinos, as causas dessa patologia são o 
relaxamento exagerado do sistema de fixação da 
vagina, principalmente em fêmeas idosas, piso do 
estábulo excessivamente inclinado, transportes em 
que os animais são sacudidos demasiadamente, 
defeitos anatômicos, distúrbios hormonais, 
obesidade, inflamações na região da vulva e do reto e 
predisposição hereditária. O desenvolvimento do 
prolapso é progressivo. 
O prolapso vaginal em vacas se dá em um primeiro 
momento no terço final da gestação, podendo ocorrer 
no pós-parto imediato. No final da gestação, a 
combinação do relaxamento dos ligamentos 
pélvicos e perineais, induzidos pelo E2 que 
predomina nesta fase, associado ao aumento do 
tamanho uterino gravídico, leva ao prolapso, 
especialmente quando o animal está deitado. O 
prolapso vaginal é mais comum em pluríparas do que 
em primíparas, e a recidiva em uma gestação 
subsequente é quase certa. O prolapso pode 
acontecer tanto em vacas em gestação como em 
não-gestantes. 
CLASSIFICAÇÃO: 
GRAU I 
Envolve o assoalho vaginal e ocorre em decúbito, 
inflamação e disúria. O tratamento, geralmente, é 
fazendo com que o animal seja menos sedentário. 
GRAU II 
Protusão vaginal contínua e é independente do 
posicionamento do animal. 
GRAU III 
O prolapso também envolve a cérvix e sua 
exteriorização é constante. 
GRAU IV 
Extensa necrose causada pela exposição crônica da 
mucosa vaginal e cervical com complicações 
sistêmicas (peritonite), com desenvolvimento de 
aderências e menores chances de sobrevicência 
fetal. 
SINTOMAS 
• Exposição tecidual através da rima vulvar com 
edema, congestão e desvitalização do tecido 
prolapsado 
• Disúria e retenção urinária 
• Inquietação 
• Prolapso retal secundária à tenesmo 
• Vulvite, vaginite e cervicite 
• Aborto e morte fetal 
DIAGNÓSTICO 
É feito por inspeção direta e palpação no meato 
urinário. A palpação retal também é utilizada para 
viabilidade fetal e saber a localização da bexiga. A US 
transretal também é uma opção. 
TRATAMENTO: 
• Limpar o prolapsado com soro e Nitrofurazona 
• Uso de soro gelado para gerar vasoconstrição 
e, assim, passar a sonda uretral sem causar 
lacerações. É possível a diluição de 2% de 
PVPI, glicerina e açúcar 
• Alterar o manejo do animal. O animal deve ser 
tornar mais ativo. 
Além disso, é necessário o estreitamento vulvar 
(mesmo com a sutura o risco de recidiva é eminente). 
Utilizar a agulha de Buhner para facilitar o 
procedimento. 
O estreitamento vulvar é feito com a sutura 
perivulvar, podendo ser feita nos padrões de: 
Caslick, Buhner e Flessa. Antes do procedimento se 
faz anestesia epidural intercoccígena. É uma 
técnica que pode ser utilizada em gestantes, porém 
recomenda-se uma episiotomia precedente ao parto e 
à sutura perivulvar. 
Para evitar recidiva é indicado a fixação 
abdmominal: fixação interna ou vaginopexia e 
cervicopexia. 
Técnica de vaginopexia: 
Essa técnica permite a fixação da vagina na parede 
dorsal da cavidade pélvica. É feita duas incisões 
percutâneas de 5cm na borda lateral das vértebras 
sacrais que servirão de acesso transvaginal. Utiliza-
se um espéculo vaginal para facilitar o procedimento. 
O prolapso vaginal é levado até as incisões, onde é 
fixado na abraçadeira de Nylon. Essa abracedeira 
deve ficar fixada por 90 dias, após ela é retirada. O 
animal que passou por esse procedimento deve ser 
retirado da reprodução. 
Técnica de cervicopexia: 
A técnica consiste na fixação da cérvix no tendão pré-
púbico. Essa técnica possui uma desvantagem 
cirúrgica comparada à vaginopexia pois depende 
obrigatoriamente de laparotomia; essa é uma cirúrgia 
mais invasiva. A técnica começa tracionando a cérvix 
com uma pinça. É feito um acesso transvaginal com 
ajuda de um auxiliar. Enquanto isso, na laporatomia, 
pelo acesso abdominal, o cirurgião localiza a cérvix e 
o tendão pré-púbico. Após localizados, é utilizado um 
fio não-absorvível. A sutura é feita na cérvix e no 
tendão pré-púbico, fixando a cérvix no tendão pré-
púbico. 
Em casos de necrose no tecido vaginal é feita 
vaginectomia parcial (colpoplastia). Essa técnica 
deve ser feita antes do estreitamento vulvar e da 
fixação abdominal. 
PÓS-OPERATÓRIO 
• ANTBs sistêmicos 
• AINEs 
• Curativo local 
Em gestantes deve ser feito o acompanhamento, 
além da retirada da fixação externa antes do parto. 
 
 
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
PREPARO DE RUFIÃO 
A otimização da eficiência reprodutiva em rebanhos 
bovinos pode ser obtida mediante a adoção de um 
sistema de manejo reprodutivo, utilizando-semétodos 
eficazes para a detecção do estro. É feito um macho 
excitador para a detecção do cio da fêmea. Esse 
macho deve ter o libido bem destacado e um estado 
adequado de saúde. 
Outro meio também adotado é administração de 
propionato de testosterona em fêmeas, induzindo 
comportamento sexual semelhante ao do macho, 
favoreceu sua utilização como auxílio na detecção de 
outras fêmeas em estro. 
 
As técnicas que interrompem a emissão de 
espermatozoides é a Deferentectomia e a 
Epididimectomia. Na Deferentectomia é retirado um 
segmento do ducto deferente. Na Epididimectomia é 
retirada a cauda do epidídimo. Essas técnicas apenas 
interrompem a emissão de espermatozoides, porém o 
animal ainda é capaz de externalizar o pênis, 
ocasionar traumas durante a monta, de cópula e de 
transmissão de DSTs. 
Outras técnicas para preparo de rufião são as que 
impedem o animal à cópula. Essa técnica consiste 
no Desvio lateral do pênis e na Fixação da flexura 
sigmóide. Essas técnicas permitem a não-
transmissão de DSTs, menores chances de trauma 
durante a monta, de dor associada à excitação e 
monta e na vida útil como rufião. A desvantagem 
dessa técnica é, que ao longo do tempo, elas acabam 
causando dor ao animal. No Brasil essa técnica não é 
proibida, porém não é recomendada. 
 
 
 
 
 
 
 
INTERROMPE A EMISSÃO DE 
ESPERMATOZÓIDES: 
DEFERENTECTOMIA 
É a mesma manobra feita na vasectomia humana. 
Faz-se a remoção parcial do ducto deferente. 
É preferível trabalhar com o animal deitado e com 
anestesia geral e local. O macho possui dois ductos 
deferentes, um em cada testículo. São feitas duas 
incisões craniais ao escroto de mais ou menos 5cm. 
Divulciona-se a região incisada. É feita uma incisão 
na túnica vaginal. Identifica-se o ducto deferente. Faz-
se duas ligaduras no ducto deferente e sua 
ressecção. A sutura é feita com fio não-absorvível. 
O pós-operatório é baseado com ANTB sistêmico por 
5 dias. Fazer o espermograma no rufião para 
assegurar a técnica. 
EPIDIDIMECTOMIA CAUDAL 
É feita a ressecção da cauda do epidídimo. Faz-se 
uma incisão na região caudal do escroto, após, 
incisar a túnica vaginal. Após a incisão já é possível a 
visualização da cauda do epidídimo. Separar o 
epidídimo do corpo do testículo. Fazer uma ligadura 
na caudal do epidídimo e fazer sua ressecção. 
O pós-operatório é baseado com ANTB sistêmico por 
5 dias. Fazer o espermograma no rufião para 
assegurar a técnica. 
 
IMPEDEM A CÓPULA: 
FIXAÇÃO DA FLEXURA SEGMÓIDE 
É feita a fixação da flexura segmóide para que não 
haja a exposição do pênis. Faz-se anestesia 
sistêmica e loca. O animal pode ser trabalhado em 
decúbito dorsal ou lateral 
É feito uma incisão na região caudal ao escroto de 5-
10cm. Divulciona-se o subcutâneo. Palpar para 
localizar a flexura segmóide. É essencial expor a 
flexura, assim, é feito uma sutura para promover uma 
aderência. A sutura é feita com fio não-absorvível ou 
com vicryl. 
DESVIO LATERAL DO PÊNIS E PREPÚCIO 
É feito um novo caminho para o pênis e prepúcio. O 
animal deve ser abatido após 6-12meses pois o novo 
posicionamento peniano acaba causando dor no 
rufião. É feito anestesia sistêmica e local e o animal 
deve ser trabalhado em decúbito lateral. 
É feito a remoção de um círculo de pele de até 8cm 
de acordo com a angulação do pênis (30-45°). É 
nesse local onde será o futuro prepúcio para a nova 
angulação do pênis. Após isso há duas 
possibilidades: sondagem da uretra do animal ou o 
fechamento do prepúcio. Faz-se uma incisão circular 
ao redor do prepúcio, essa incisão é prolongada pela 
linha média. Divulcionar com tesoura o novo orifício, 
recobrir o novo pênis com a nova camada de pele. 
Tracionar o pênis para o novo orifício. 
 
ORQUIECTOMIA 
A técnica é a mesma dos equinos, porém a incisão do 
escroto é feita na parte caudal do testículo, pois o 
testículo do ruminante é pendular. É preferível a OSH 
fechada. Usa-se o emasculador ou ligadura com fio 
de sutura.

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