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Introdução ao estudo do Direito das noções preliminares das fontes do direito

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ARTIGO 
Introdução ao estudo do Direito: das noções preliminares das 
fontes do direito 
 
 
As fontes do direito são, de modo geral, de onde nascem, brotam o 
direito. Essas fontes podem ser primárias ou secundárias. As fontes 
formais são normas emanadas do Poder Legislativo. Sendo assim, 
temos como exemplos de fontes formais as leis, tais como o Código 
Civil o Código Penal, ou ainda, a Lei das Duplicatas Mercantis e a Lei 
do Cheque. No âmbito internacional, temos os diversos tratados e 
acordos internacionais. 
 
As fontes secundárias, por sua vez, são aquelas existentes à 
margem da fonte formal. Ou seja, não se considerando a fonte 
formal, teremos o direito nascendo de uma fonte secundária. O 
exemplo clássico como fonte secundária são os usos e costumes, 
que muito contribuem para a evolução do Direito. Esses costumes 
podem estar previstas em lei (secundum legem); Na omissão da lei 
(praeter legem); ou contra a lei (contra legem). 
 
Segundo a lei, temos o exemplo da hora extra, que deve ser pagar 
apenas quando houver trabalho extra, não incorporando ao salário. 
Contudo, se o cumprimento da hora extra pelo empregado for 
rotineiro, os valores devidos a esse título serão incorporados ao 
salário do empregado. 
 
Na omissão da lei, temos como exemplo, a falta de regulamentação 
de contratos eletrônicos de forma específica. Assim, prevalece os 
costumes dos contratos não eletrônicos que regulamentam a vida 
das pessoas em um dado lugar. 
Contra a lei, temos como clássico exemplo do cheque. Isso pelo fato 
de que a lei é contundente em afirmar que o cheque é uma ordem 
de pagamento à vista. Contudo, agindo contra essa disposição legal, 
uma massa de pessoas na sociedade desenvolveu o costume de 
emitir cheques “pré-datado”. Tal costume se incorporou ao 
comportamento da sociedade que os tribunais reconhecem como 
válida a emissão de cheques “pré-datados”. 
 
Outras fontes secundárias emanam do art. 4º da Lei de Introdução 
às normas do Direito Brasileiro, Decreto-Lei nº 4.657/42, que 
permite uma flexibilidade do sistema ao disciplinar que, quando a 
lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os 
costumes e os princípios gerais de direito. 
 
Entende-se, atualmente, que, mesmo que haja lei expressa, os 
princípios gerais do direito deverão ser observados. 
 
Considerações preliminares 
O direito pode ser entendido como o conjunto de regras que 
regulamenta a vida em sociedade em um dado momento da 
história de um povo. Essas regras facilitam o convívio e 
estabelecem a proteção aos valores cultivados pela sociedade, a 
vida, a liberdade, a propriedade, dentre outros. 
As normas (princípios e regras) revelam os valores da sociedade e, a 
rigor, emanam do Poder Legislativo. Contudo, as regras podem ser 
criadas pela vontade das partes, por exemplo, por meio de um 
contrato. Neste caso, as pessoas estipulam regras entre si para 
serem por elas cumpridas. Por exemplo, um contrato de prestação 
de serviços de pintura de uma casa. De um lado alguém se obriga a 
pintar a casa e de outro, alguém se obriga a pagar o preço 
estipulado. 
Há, contudo, um conjunto de normas que regulamenta a vida de 
modo geral, este conjunto é chamado de ordenamento jurídico, 
composto pela Constituição da República, Leis, Decretos, Medidas 
Provisórias, dentre outras. Esse ordenamento jurídico disciplina de 
modo geral a vida em sociedade. A lei é, portanto, o limite de 
atuação dos indivíduos. Assim, caso algo não seja proibido por lei, 
entende-se como lícito. 
 
Vejamos um exemplo. A lei não proíbe a doação. Ele inclusive 
regulamenta a doação. Portanto, qualquer pessoa pode realizar a 
doação de um bem a outra pessoa. Contudo, o ordenamento 
jurídico estabelece que seja nula a doação de todos os bens sem 
reserva de parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador. 
Veja-se que a doação é livre, mas há uma limitação imposta pelo 
ordenamento jurídico. 
 
O poder é dividido em funções, a saber: Executiva, Legislativa e 
Judiciária. Ao Executivo cabe administrar o governo. Ao Legislativo 
compete criar elaborar as leis que disciplinam a vida em sociedade. 
Ao Judiciário compete julgar os conflitos havidos na sociedade 
segundo as leis. 
 
Assim como as leis dispõe sobre os sujeitos de direitos e suas 
relações jurídicas, dispõe também sobre as atividades humanas. 
Sabemos que é livre o exercício da profissão, mas existem regras 
para tanto. Isso significa dizer que cada pessoa, desde que 
respeitadas as previsões legais, pode exercer sua atividade. 
Em alguns casos, a atividade pode ser exercida por uma pessoa 
jurídica, como é o caso da atividade empresária. A empresa é uma 
atividade. Quem a exerce é o empresário. Assim, o empresário 
pode ser uma pessoa jurídica, ou uma pessoa natural. 
 
Por outro lado, a lei estabelece que só pode ser empregado uma 
pessoa natural. Temos assim, uma distinção legal: Empregado só 
pode ser uma pessoa natural. Empregador pode ser tanto uma 
pessoa jurídica quanto uma pessoa natural. 
Notadamente, a relação entre esses sujeitos é apenas uma das 
relações regulamentadas pelo direito. Contudo, é a relação que 
importa para o estudo desta disciplina, no âmbito deste curso. 
 
Evolução do Direito e das normas que o integram 
 
As regras criadas pelas sociedades são fundamentais para vida em 
comum entre as pessoas de um grupo social. Isso se deve pela 
necessidade de estabelecer os limites das ações de cada um, de 
modo a impedir que cada qual faça as suas próprias regras e isso 
venha a causar conflitos na sociedade. 
 
Se não sabemos os limites, as responsabilidades, os deveres e os 
direitos que possuímos, podemos tomar decisões e desenvolver 
ações que desestabilizem a sociedade. Imagine que não haja em 
uma determinada sociedade regras de trânsito. Cada um guiaria 
conforme seu próprio entendimento e certamente teríamos mais 
acidentes do que já temos. Uma vez considerada a existência dos 
acidentes, imagine se não existissem regras sobre as 
responsabilidades civis, penais e administrativas relativas a esses 
acidentes. Certamente não teríamos paz na sociedade. Isso para se 
falar apenas em regras de trânsito. 
 
Assim, as regras que foram sendo desenvolvidas com base nos 
costumes, das ideias de justiça e de direito foram, paulatinamente, 
incorporando-se às práticas sociais e, tanto o Estado quanto os 
particulares foram registrando essas regras, inclusive em 
documentos, para que todas as observassem. 
 
Esses documentos que, em épocas muito remotas eram redigidos 
em rochas, foram sendo aperfeiçoados e, atualmente, são os 
Códigos que possuímos, tais como o Código Penal e o Código Civil. 
Com a evolução da sociedade e com a estruturação dos poderes, 
Executivo, Legislativo e Judiciário, foram criadas diversas normas 
que são estudadas por profissionais específicos no curso de Direito. 
Dada a necessidade de que todo cidadão entenda razoavelmente 
bem das normas que regulamentam a sua vida em sociedade, a sua 
profissão, o seu matrimônio, dentre outras coisas, em diversos 
cursos superiores ou mesmo do ensino médio, dão noções gerais 
de direito para que todos consigam compreender os limites, as 
responsabilidades, os deveres e os direitos que possuímos. 
 
Regras básicas de direito para entender “o Direito” 
 
Uma das regras fundamentais do Direito é a de que Toda pessoa é 
capaz de direitos e deveres na ordem civil. Isso significa dizer que 
toda pessoa, física ou jurídica, é dotada de direitos, mas também 
de deveres. Um exemplo é o direito que todos possuem a liberdade 
de ir e vir. Por outro lado, todos temos o dever de respeitar o 
domicílio das demais pessoas que convivem em nossa sociedade, o 
que significa dizer que o meu direito de ir e vir está limitado pelo 
dever que eu tenho de respeitar o domicílio de todas as demais 
pessoas. 
Vale destacar que o direito reconhece como pessoa qualquer 
pessoa natural, como somos, além das pessoas jurídicas, que são 
criadas para desenvolver uma atividade fim específica,como é o 
caso da Vale do Rio Doce Mineração S/A. 
 
Outra regra fundamental preconiza que ninguém se escusa de 
cumprir a lei, alegando que não a conhece. Imagine se alguém é 
abordado por policiais pelo fato de andar na contramão em um via 
pública e alega em sua defesa que “desconhecia essa lei ou essa 
regra”. Certamente as regras não seriam cumpridas e todos 
alegariam o desconhecimento das leis. Assim, constitui uma 
premissa fundamental que ninguém se escusa de cumprir a lei, 
alegando que não a conhece. 
 
A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, ou seja, valerá para 
todos, e essa lei respeitará o ato jurídico perfeito, o direito 
adquirido e a coisa julgada. 
 
Reputa-se ato jurídico perfeito o ato já consumado segundo a lei 
vigente ao tempo em que se efetuou. 
 
Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou 
alguém por ele, possa exercer, como aqueles cujo começo do 
exercício tenha termo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida 
inalterável, a arbítrio de outrem. Por exemplo, se Maria 
Mascarenhas adquire o direito de se aposentar aos 60 anos de 
idade e ela já tenha essa idade, mesmo que haja uma alteração da 
lei aumentando a idade mínima para aposentadoria para 70 anos, 
essa lei não prejudicará Maria Mascarenhas. Isso pelo fato de que 
ela preencheu a condição de 65 anos ao tempo da lei anterior. 
 
Por outro lado, chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão 
judicial de que já não caiba recurso. 
 
Chama-se jurisprudência as decisões judiciais que analisam casos 
semelhantes e formam um conjunto de decisões, de um mesmo 
tribunal ou não, que apreciam uma matéria específica. 
 
Há outra regra muito importante que afirma: Não há crime sem lei 
anterior que o defina e Não há pena sem prévia cominação legal. 
Veja-se que para se falar em crime, é preciso que haja uma lei 
definindo a conduta punível. Por exemplo, atualmente não é crime 
andar de bicicleta. Contudo, se amanhã for criada uma lei pelo 
poder legislativo definindo a conduta de andar de bicicleta como 
crime e fixar uma pena para esse crime, pronto. Aquele que 
praticar tal conduta será autor de um crime, poderá ser processado, 
julgado e condenado por essa conduta. 
FIM

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