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TCC - Hingleyson de Medeiros Saraiva

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0 
 
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA LICENCIATURA PLENA 
 
 
 
 
HINGLEYSON DE MEDEIROS SARAIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FAMÍLIA E ESCOLA: Desafios de uma Relação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAICÓ-RN 
2018 
1 
 
 HINGLEYSON DE MEDEIROS SARAIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FAMÍLIA E ESCOLA: Desafios de uma Relação 
 
 
Trabalho de Intervenção Socioescolar apresentado à 
Universidade Estadual Vale do Acaraú, como 
requisito parcial para obtenção do título de 
licenciado(a) em Pedagogia. 
 
Orientadora: Prof.ª. Ma. Fabiana Erica de Brito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAICÓ-RN 
2018 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CATALOGAÇÃO NA FONTE 
Elaborada por Juliana Kalina Siqueira de Souza CRB 15-836/O 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
S243f Saraiva, Hingleyson de Medeiros. 
 
Família e escola: Desafios de uma Relação / Hingleyson de Medeiros 
Saraiva. – Caicó, RN, 2018. 
49 f. 
 
Orientador (a): Prof. Ma. Fabiana Erica de Brito. 
 
TCC (Licenciatura Plena em Pedagogia) - Universidade Estadual Vale 
do Acaraú. Curso de Graduação em Pedagogia Licenciatura Plena. 
 
1. Relação - TCC. 2. Família - TCC. 3. Escola. – TCC. 4. 
Aprendizagem - TCC. 5. Crianças. - TCC. I. Saraiva, Hingleyson de 
Medeiros. II. Universidade Estadual Vale do Acaraú. 
 
CDU 37.018.26 
3 
 
HINGLEYSON DE MEDEIROS SARAIVA 
 
 
 
FAMÍLIA E ESCOLA: Desafios de uma Relação 
 
 
 
 
Trabalho de Intervenção Socioescolar apresentado à 
Universidade Estadual Vale do Acaraú, como 
requisito parcial para obtenção do título de 
licenciado(a) em Pedagogia. 
 
 
 
Aprovada em Setembro de 2018. 
 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
_______________________________________________________ 
Prof.ª. Ma. Fabiana Erica de Brito – Orientadora 
Universidade Estadual Vale Do Acaraú – Caicó-RN 
 
 
 
_______________________________________________________ 
Prof. Ms. Alberani Araújo de Medeiros – Convidado 
Universidade Estadual Vale Do Acaraú – Caicó-RN 
 
 
 
_______________________________________________________ 
Prof.ª. Ma. Iva Alves da Costa – Convidada 
Universidade Estadual Vale Do Acaraú – Caicó-RN 
 
 
 
CAICÓ-RN 
2018 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a Deus; À minha família e a todos 
que contribuíram para a formação de minha base 
acadêmica. 
5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço a de Deus pelo dom da vida, bem como também, pela oportunidade que nos concedeu 
de termos estudado; 
A minha mãe pela compreensão, amor incondicional, atenção e força que me deram ao logo 
dessa trajetória; 
A minha noiva Amanda pelo apoio e compreensão; 
Aos meus amigos pela atenção, carinho, por ter me ajudado, acreditado no meu potencial; 
Aos meus colegas de faculdade que me ajudaram de forma direta e indiretamente; 
A nossa orientadora Prof.ª. Ma. Fabiana Erica de Brito pela paciência e incentivo que tornaram 
possível a conclusão do relatório de pesquisa; 
A toda equipe do Educandário Santa Teresinha, na qual tivemos oportunidade de realizar nosso 
Estágio Supervisionado, obrigado a todos pela compreensão, companheirismo, carinho, por ter 
acreditado no nosso potencial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as 
possibilidades para a sua própria produção ou a sua 
construção.” 
 
(Paulo Freire) 
7 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho é um estudo de caso que, tem como ponto central, apresentar a relevância 
da Relação Família e Escola no Processo Ensino e Aprendizagem, refletindo a importância e 
influência de ambas as instituições, família e escola, promovendo um trabalho conjunto para 
aquisição de maiores resultados no processo de conhecimento de vida e na aprendizagem 
escolar de seus alunos/filhos, evidenciando permanentemente a participação e cooperação dos 
pais na escola e consequentemente a abertura da escola para o apoio a família. A família quanto 
a escola tem em vista o mesmo propósito: preparar as crianças para o mundo; contudo, esta tem 
a sua característica que a distingue da escola, todavia suas necessidades aproximam da 
instituição escolar. A escola dispõe seus métodos e filosofia para educar uma criança, 
entretanto, ela carece da família para efetivar o seu projeto educativo. A pesquisa adotada no 
trabalho é do tipo exploratória e bibliográfica, de cunho quantitativa e qualitativa descritiva, na 
qual apresentará diversos autores como Prado (1981), Vygotsky (1989), Fredo (2004), entre 
outros, que apoiam a parceria família escola como indução ao sucesso no processo educativo 
da criança e jovem e a realização de questionários com a equipe pedagógica da instituição e 
com os pais de alunos com a finalidade de apresentar, de forma objetiva, a importância da 
relação família escola e aprendizagem das crianças. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Relação. Família. Escola. Aprendizagem. Crianças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.sinonimos.com.br/proposito/
8 
 
ABSTRACT 
 
The present work is a case study that has as its central point, presenting the relevance of family 
and school in the teaching and learning process, reflecting the importance and influence of both 
institutions, family and school, promoting a joint work to acquire greater results in the process 
of knowledge of life and school learning of their students/children, evidencing permanently the 
participation and cooperation of parents in school and consequently the opening of the school 
to the fundamental support to the family. The family and the school are aimed at the same 
purpose: prepare children for the world; however, the family has its characteristic that 
distinguishes it from school, however their needs closer to the scholastic institution. The school 
has its methods and philosophy to educate a child, however, it lacks the family to accomplish 
your educational project. The research adopted at work is the bibliographical and exploratory, 
descriptive quantitative and qualitative nature, in which present various authors such as Prado 
(1981), Vygotsky (1989), Fredo (2004), among others, that support the partnership family 
school as an inducement to success in the educational process of children and young people and 
the completion of questionnaires with the pedagogical team of the institution and with parents 
of students with the purpose of presenting, in an objective manner, the importance of family 
relationship school and learning of children. 
 
Key words: Relationship. Family. School. Learning. Children. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 10 
2 FAMÍLIA E ESCOLA: CONTEXTO SÓCIO-HISTÓRICO ................................ 12 
2.1 A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO FAMÍLIA-ESCOLA NO PROCESSO 
 ENSINO E APRENDIZAGEM .................................................................................... 12 
2.2 A FAMÍLIA NO CONTEXTO SÓCIO-HISTÓRICO ................................................. 13 
2.3 A ESCOLA NO CONTEXTO SÓCIO-HISTÓRICO E SUA EVOLUÇÃO NO 
BRASIL ........................................................................................................................ 15 
3 CONTEXTO LEGAL DA RELAÇÃO ENTRE FAMÍLIA E ESCOLA .............. 18 
3.1 A FAMÍLIA E A ESCOLA COMO CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM .............. 20 
4 INTERVENÇÃO SÓCIO ESCOLAR: ANALISANDO A RELAÇÃO FAMÍLIA 
E ESCOLA ..................................................................................................................23 
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA ........................................................................... 24 
4.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICO .................................................................... 26 
4.3 RELATO E ANÁLISE DA INTERVENÇÃO ............................................................. 27 
4.3.1 Relato das observações ............................................................................................... 28 
4.3.2 Análises das entrevistas .............................................................................................. 30 
4.3.3 Relato das intervenções sócioescolar ......................................................................... 43 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 45 
 REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho é uma pesquisa de conclusão do Curso de Licenciatura Plena em 
Pedagogia, da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, com a temática – “Família e 
Escola: Desafios de uma Relação. Um estudo de caso no Educandário Santa Teresinha”, 
apresentando argumentos da relevância que a família reflete no contexto escolar das crianças e 
simultaneamente a escola com sua função de possibilitar o acesso desses jovens e crianças a 
emancipação humana e a transformação social, sendo ambas indispensáveis para o desempenho 
satisfatório da aprendizagem escolar das crianças. 
Nessa perspectiva utilizou-se, no estudo de caso, uma metodologia de intervenção e 
pesquisa exploratória e descritiva, de cunho qualitativa e quantitativa, na qual foram utilizados, 
incialmente, estudos bibliográficos, voltados ao fortalecimento dos laços de aproximação entre 
a escola e a família, almejando uma parceria que crie uma atmosfera favorável ao 
desenvolvimento e aprendizagem das crianças nesses dois ambientes socializadores e 
educacionais e, posteriormente, a captação de dados por meio uma de entrevistas. 
À vista disso buscou-se fazer uma abordagem categórica acerca da relação do sucesso 
escolar das crianças com atuação dos pais na vida escolar e conjuntamente com a escola, 
pautando diálogo, trazendo soluções e interagindo para atingir o objetivo comum das 
instituições de ensino, que é o desenvolvimento, de forma positiva, do processo de ensino e 
aprendizagem. A família e a escola têm função especifica e próprias, entretanto não devem 
atuar de forma separada e sim de forma conjunta. Na verdade, não é tão fácil granjear essa 
parceria, isto é, realizar um trabalho envolvendo as ações da família nesse processo, contudo 
não é impossível. Ambas, escola e família têm a incumbência pelo desenvolvimento do 
indivíduo enquanto pessoa e enquanto cidadão, detentor de valores éticos e morais e 
conhecimento científico, sendo, seguramente, as primeiras instituições que a criança se depara. 
Na contemporaneidade a temática família e escola é muito abordada em razão da sua 
vinculação direta com o grau de aprendizagem das crianças, visto que sozinhas, nem a família 
e nem a escola conseguem capacitar a criança em sua totalidade, constatando-se que o 
pensamento quanto ao conceito de escola vem progressivamente mudando. Em virtude do 
excesso de horas no trabalho os pais que de forma proveitosa conduzem para a escola toda a 
incumbência pela educação da criança e olha a escola como um laboratório, que instrui a criança 
e o jovem para o mercado de trabalho e além disso concentra com a função de professor, o papel 
de mãe/pai (família), na finalidade de educar, principalmente no que concerne aos aspectos 
morais dentre outros. 
https://www.sinonimos.com.br/atuacao/
https://www.sinonimos.com.br/contudo/
https://www.sinonimos.com.br/desenvolvimento/
https://www.sinonimos.com.br/seguramente/
https://www.sinonimos.com.br/constatar/
https://www.sinonimos.com.br/pensamento/
11 
 
O sucesso do desenvolvimento educacional das crianças e jovens é uma soma do 
comprometimento dos pais na esfera escolar, acompanhando as atividades escolares, dando 
orientações, auxiliando na vida da escolar, e em contrapartida à escola que, por intermédio da 
equipe pedagógica e professores, dá um retorno para os pais, e são sujeitos essenciais nesse 
processo, conhecendo melhor os alunos, os pais, envolvendo a família nas ações escolares, 
promovendo um trabalho em conjunto, propiciando um ambiente que intensifique o 
desenvolvimento e o ensino aprendizagem das crianças. 
A importância deste estudo justifica-se ao passo que, é cada vez mais imprescindível 
tratar a relação entre Família e Escola, pois ela colabora para ampliar a qualidade das escolas e 
dos serviços ofertados, além de que, a família se torna um agente mediador na vida escolar dos 
filhos. 
O trabalho está dividido em capítulos organizados em subtemas, fundamentais, para 
uma melhor compreensão do estudo desenvolvido. Na primeira parte será abordado a Família 
e Escola: Contexto Sócio-Histórico, demonstrando que a família e a escola são as principais 
instâncias sociais nas quais a criança está inserida e no interior das quais se constroem os 
processos de sua socialização, primariamente no meio familiar e, posteriormente, na escola, ao 
longo da história, dando informações a respeito da evolução da família chegando até os dias 
atuais, e em sequência fazendo uma análise sobre a história do processo de desenvolvimento da 
escola no Brasil. 
Já no segundo capítulo disserta sobre o contexto legal da relação entre Família e 
Escola, indicando que para existir, de fato, uma aprendizagem satisfatória nas crianças e jovens 
é primordial, além da comunhão escola e família, uma educação eficiente pautada na 
Constituição, no Estatuto da Criança e do Adolescente, na Política Nacional de Educação 
Especial, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação e no Plano Nacional de Educação. O capítulo 
ainda ressalta sobre Família e a Escola como contextos de aprendizagem, mostrando que 
aprendizagem tem a função de despertar processos internos de desenvolvimento que ainda não 
se manifestaram nos indivíduos 
No terceiro e último momento, será apresentada a Intervenção Sócio Escolar 
mostrando a caracterização do espaço educacional, lugar na qual foi realizada a prática, 
Procedimentos Metodológico, Relato e Análise da Intervenção com subdivisão mostrando os 
Relatos das observações, Análises das entrevistas e Relatos das intervenções sócio escolar. A 
obra é encerrada com a conclusão, onde são expostos as considerações e reflexões acerca da 
temática abordada e do processo de intervenção da pesquisa desenvolvida. 
 
https://www.sinonimos.com.br/esfera/
https://www.sinonimos.com.br/por-intermedio-de/
https://www.sinonimos.com.br/intensifique/
https://www.sinonimos.com.br/de-fato/
12 
 
2 FAMÍLIA E ESCOLA: CONTEXTO SÓCIO-HISTÓRICO 
 
Abrindo o capítulo, procura-se, diante da temática abordada, apresentar uma revisão 
histórica e social da relação entre escola e da família, tal como externar orientações voltadas 
para a interação entre família-escola. Assim sendo, a relação entre família e escola pauta toda 
a discussão gerada ao longo deste trabalho. 
 
2.1 A IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO FAMÍLIA-ESCOLA NO PROCESSO ENSINO E 
APRENDIZAGEM 
 
A criança ao nascer é posta na sociedade pela intervenção das famílias, e desta forma 
acaba por absorver a cultura que a cerca, a qual contém padrões de valores, morais, crenças, 
religião e ideias, que lhe serve como alicerce de comportamento. Essas mudanças sociais 
modificam as atuais relações familiares, que por sua vez irão se transformar e induzirá as futuras 
gerações. Essas mudanças sucedem por um processo de influências entre os integrantes de uma 
família e diferentes ambientes presentes na sociedade em que vivem, relacionando o ambiente 
escolar um dos relevantes influenciadores,e a instituição familiar acaba por assimilar essa 
influência externa. 
Porém, ao passar dos anos, isto é, na contemporaneidade, tanto a família quanto a 
escola sofreram mudanças que alteraram sua função social e por conseguinte, seu significado. 
Em busca de certificar a forma pela qual o processo histórico de articulação família-escola vem 
atingindo o cenário escolar e seus agentes sociais, é fundamental uma retomada sócio-histórica 
e legal a respeito dessa relação, suas influências e efeitos no interior da sociedade. 
 
Quando assumimos a interação social como eixo de investigação, é 
imprescindível que levemos em conta o contexto histórico-cultural no interior 
do qual se dão as interações. Não apenas em seu sentido mais amplo, social e 
institucional, mas também no sentido dos significados, valores, regras e 
expectativas que estão a cada instante sendo negociados no interior de cada 
grupo (BRANCO, 1993, p. 10). 
 
É por meio da interação escola e família que se constituem indivíduos autônomos, 
aptos, com identidade própria, habilitados para a construção dos seus valores, adotando atitudes 
éticas e assumindo sua condição de cidadãos integro e detentor de conhecimento científico, 
prontos para intervir na realidade em que vivem. O desenvolvimento harmônico entre a família 
e a escola é fundamental e o ideal para a formação do indivíduo, contudo, diversos pais e a 
https://www.sinonimos.com.br/alicerce/
https://www.sinonimos.com.br/fundamental/
https://www.sinonimos.com.br/a-respeito-de/
https://www.sinonimos.com.br/efeitos/
13 
 
escola terminam desentendendo-se. Os pais por exigir e cobrar atitudes que não são pertinentes 
à escola, e esta por negar espaço para a participação dos pais na escola, gerando um processo 
conflituoso entre ambas, que nada vai contribuir para o desenvolvimento do intelecto e da 
afetividade das crianças. 
 
Tentar promover o reencontro, a parceria, a confiança mútua, já que o 
essencial é compreender que ambas selam e perseguem o mesmo objetivo: a 
formação integral das novas gerações, seja do ponto de vista cultural e de 
saber, seja do ponto de vista da formação pessoal, da ética, da cidadania 
(ZAGURY, 2008, p. 13). 
 
É necessário à escola articular um processo de aproximação com os pais e/ou membros 
familiares, com a realidade do aluno e ter ciência da comunidade em que está inserida. A 
família, como um grupo de pessoas, que se reúne pela ânsia de estarem juntas, busca a tornar-
se mais afetuosa e receptiva e a escola constituindo-se como uma instituição na qual a criança 
tem como um segundo parâmetro de grupo, no entanto, voltada somente para a educação, deve 
desenvolver certa semelhança com a família e, de preferência, no que tocante ao acolhimento 
e à segurança. 
 
2.2 A FAMÍLIA NO CONTEXTO SÓCIO-HISTÓRICO 
 
A família é definida como um ambiente em que presume encontrar afetividade, 
harmonia entre os membros, segurança, abrigo, proteção e como lugar de auxílio para as 
respostas e solução de problemas habitualmente presente entre os integrantes da família, não 
imagina que no seu percurso histórico passou por diversas mudanças e definições. 
 
A família hoje se constitui na sua totalidade em um universo, um sistema de 
relação e valores construídos aos poucos junto à realidade de novos arranjos, 
buscando superar uma relação baseada na hierarquia e subordinação do poder 
e obediência de autoridade masculina e relações entre desiguais 
(PASSAURA, 2005. p. 200). 
 
A conceituação de família vem sendo, ao longo do tempo, estabelecida de acordo com 
as sociedades e em determinados períodos históricos. Podemos ressaltar que na Idade Média 
não existia o pensamento de sentimento e ligação entre os membros da família, com referência 
aos valores e das relações afetivas se constituíam à parte, afastado do âmbito familiar e em se 
tratando da educação atribuída aos filhos, sucedia no relacionamento com os adultos, criança 
era tratada como pessoas adultas, desse modo, era definida como miniatura de gente grande. 
https://www.sinonimos.com.br/afetuosa/
https://www.sinonimos.com.br/em-que/
https://www.sinonimos.com.br/com-referencia-a/
https://www.sinonimos.com.br/com-referencia-a/
https://www.sinonimos.com.br/relacionamento/
https://www.sinonimos.com.br/desse-modo/
14 
 
Ariés (2006) delineia o perfil da família convencional no período da Idade Média, em 
que as concepções de infância e de adolescência eram ignoradas. Os filhos deixavam a casa dos 
pais muito cedo, entre os dois e os quatro anos de idade para ajudarem no serviço doméstico e 
posteriormente aprenderem um ofício. Vistas como um adulto em proporção reduzida, as 
crianças se distinguiam dos adultos meramente no tamanho e na força. 
Por outro lado, na idade moderna, séculos XVI e XVII, o papel da família se restringia 
à manutenção e preservação dos bens, defesa e proteção da vida e da honra e apoio mútuo na 
luta pela sobrevivência por meio da prática de um ofício comum. Assim sendo, a educação das 
crianças sucedia no convívio com os adultos, com quem assimilavam, na prática, as tarefas que 
lhes eram interessantes. 
Na fase do Brasil – Colônia, o ofício da escravidão era predominante e o padrão de 
família do período era do modelo tradicional, numerosa e patriarcal, os interesses financeiros e 
afins eram o alicerce para o casamento. A mulher era tida como propriedade, em que a 
fidelidade, a castidade, e a submissão eram concepções fundamentais da relação. Era habitual, 
na época, os filhos não sentirem florescer do seio familiar sentimentos como a afetividade, a 
proteção materna, basicamente pelo fato de que eram amamentados e cuidados por amas de 
leite e eram considerados patrimônio do grande clã patriarcal. 
Aparece, também, no século XIX, a família burguesa que introduziu, nesse molde de 
família, o afeto, gerando, dessa forma as relações afetivas e a difusão dos valores passaram a 
ser compartilhados com os filhos, sendo as mães eram encarregadas pela educação da família. 
 
A família é o lugar indispensável para a garantia da sobrevivência e da 
proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo 
familiar ou da forma como vêm se estruturando. É a família que propicia os 
aportes afetivos e, sobretudo materiais necessários ao desenvolvimento e bem-
estar dos seus componentes. Ela desempenha um papel decisivo na educação 
formal e informal, é em seu espaço que são absorvidos os valores éticos e 
humanitários, e onde se aprofundam os laços de solidariedade 
(KALOUSTIAN, 1988, p. 22). 
 
Hoje em dia, em diversas famílias, as mulheres são as provedoras da casa, a conjuntura 
financeira passou a ser instável e os valores morais tornou-se transitórios. Em efeito, levando-
se em conta a falta dos pais em casa, para estabelecerem as atribuições de pai e mãe, instituíram, 
então, a intuição escolar como responsável pelo ofício de educar também seus filhos. 
Esses atuais padrões familiares provenientes das mudanças sociais persuadem e 
provocam alterações nas relações familiares. A mulher obtém sua independência do homem, 
encaminhando-se para o mercado de trabalho, e inclusive preferindo por não casar-se. Também 
https://www.sinonimos.com.br/concepcoes/
https://www.sinonimos.com.br/papel/
https://www.sinonimos.com.br/dessa-forma/
https://www.sinonimos.com.br/encarregado/
https://www.sinonimos.com.br/atribuicoes/
https://www.sinonimos.com.br/persuadem/
15 
 
vemos mudanças dentro dos papeis familiares Dessen e Polonia (2007). A mãe não é mais a 
única a ser responsável por cuidar do bem estar da criança, e o pai não é mais o único a prover 
o sustento para o lar, visto que a mulher encaminha-se ao mercado de trabalho no desejo de 
cooperar financeiramente nas despesas da família. 
Por causa, muitas vezes, de a uma dupla carga horária de trabalho, dentro e fora de 
casa, a organização familiar tem de ser revista a fim de que os filhos tenham os zelosde que 
carece, e a mãe consiga executar todas as suas funções domesticas. Durante o tempo em que a 
mãe trabalha, a criança é colocada em alguma creche ou deixada com algum parentesco, e 
quando o pai está em casa as atribuições básicas com a criança também se torna sua 
responsabilidade. 
Prado, (1981, p. 12), diz que: “A família não é um simples fenômeno natural. Ela é 
uma instituição social variando através da história e apresenta até formas e finalidades diversas 
numa mesma época e lugar, conforme o grupo social que esteja”. A instituição família é 
responsável pela educação dos filhos e tem o poder de influenciar no comportamento dos filhos 
para o convívio em sociedade. 
A condutada e as ações da família é indispensável para o progresso evolutivo do 
indivíduo, para a transferência dos valores morais e sociais que são o alicerce para o processo 
de socialização da criança, além dos costumes e tradições que são difundidos de geração a 
geração, isto é, as crianças sofrem influência decisiva na fase de sua formação, na concepção 
dos valores, até mesmo sendo capaz de causar implicações na sua personalidade e em seu 
caráter e são encarregados em gerar confiança, convicção e segurança na criança durante seu 
processo de desenvolvimento, seja no seu conhecimento emocional, social, físico e intelectual. 
 
2.3 A ESCOLA NO CONTEXTO SÓCIO-HISTÓRICO E SUA EVOLUÇÃO NO BRASIL 
 
Depois de apontar a família de maneira sócio histórica, é fundamental que também 
sinalize a escola, considerando a relevância da mesma como ambiente educacional e, sobretudo, 
dentro em um contexto social. Desta forma, como ressalta Acúrcio e Andrade (2005, p. 44), 
“toda mutação social interfere nos rumos da educação para que a escola não fique a reboque 
dos acontecimentos”. 
Desde os primórdios da civilização a educação se faz presente, contudo, os 
conhecimentos eram propagados oralmente sem a obrigatoriedade de um lugar próprio para que 
o ato educativo transcorresse. Da mesma forma acontecia, de forma mais organizado, no século 
V A.C. afastando a responsabilidade específica, dos pais, no que diz respeito a educação dos 
https://www.sinonimos.com.br/organizacao/
https://www.sinonimos.com.br/difundir/
https://www.sinonimos.com.br/fase/
https://www.sinonimos.com.br/causar/
https://www.sinonimos.com.br/conviccao/
https://www.sinonimos.com.br/sinalize/
16 
 
filhos. Os Sofistas gregos, no que lhe concerne, efetuavam o ato educativo por intermédio do 
debate de conteúdos filosóficos e de outros conhecimentos, ainda sem um lugar definido à 
educação. 
Na época do período medieval, o processo de educação se delimitava às igrejas. 
Monges e sacerdotes se utilizavam do estudo bíblico, assim como da escrita, aritmética, 
geometria, salmos, música e cantos. As comunidades dos feudos, porém, raramente tinham 
ocasião favorável de se instruir. Nessa mesma época, com o renascimento dos centros urbanos 
e atividades comerciais tornou-se crucial que houvessem pessoas qualificadas ao trabalho, só 
então as instituições de ensino estabeleceram sua abertura ao público leigo, mas com forte 
presença de membros da Igreja. 
É no período da Idade Moderna que instaurou-se as primeiras instituições 
educacionais, e foram constituídas pelos jesuítas, tendo seu início na cidade de Salvador. As 
famílias também começou a se interessar, com mais afinco, pela educação dos filhos, ocorrendo 
uma maior afinidade e proximidade entre os membros da família, anteriormente os filhos eram 
educados por outras famílias afastadas de casa até sua idade adulta e só tinham contatos no 
período das férias, ou na ocasião em que os familiares iam visitá-los, esse sistema suscitou a 
gerar, consequentemente, uma relação mais afetiva na família. O período de infância das 
crianças e jovens da época passou por uma severa castração, vivenciava um processo de ensino 
arcaico e rígido originando-se numa espécie de internato, retirava a criança de seu contexto 
sócio familiar e só regressava para a família quando a mesma se tornava adulta. Curioso é que 
aquilo o que anteriormente era desenvolvido por outras famílias, agora é organizado e os 
reflexos são evidenciados numa instituição escolar. 
Na Idade Moderna, com a expansão das instituições escolares, apareceu a necessidade 
de novas análises a respeito de como essas instituições deveriam atuar e a qual público elas 
se direcionariam. A composição e organização dos currículos, a divisão das etapas do ensino e 
as matérias a serem estudadas e debatidas. 
 
A educação não tem o poder de transformar sozinha a realidade social, é 
apenas um instrumento para que isso ocorra. A função primordial da escola 
é a de projetar-se como instância socializadora do saber historicamente 
acumulado, objetivando uma transformação social, através de ações 
elaboradas com objetivos bem definidos que colaborem para essa 
transformação (SAVIANI, 2005, p.13). 
 
Nas instituições escolares simples continha a base de ensino de todo o sistema colonial 
até então em formação. O ensino era ofertado nos colégios e integralmente em local na qual 
https://www.sinonimos.com.br/epoca/
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https://www.sinonimos.com.br/expansao/
https://www.sinonimos.com.br/composicao/
https://www.sinonimos.com.br/integralmente/
17 
 
houvesse uma casa da Companhia. Lá assimilavam a língua portuguesa, entendiam de contas e 
aprendiam a ler e escrever. No decorrer de dois séculos os jesuítas foram os encarregados pelo 
ensino público no Brasil, ensinavam em vilas e cidades do território do Brasil e nos estados de 
São Paulo, Bahia e Minas Gerais. Em seguida, no século XX, após a Primeira Grande Guerra, 
o Brasil passou por transformações em diversos setores sociais, e a educação foi uma delas. No 
período que antecedeu a aprovação da LDB/61, sucedeu um movimento em defesa da escola 
pública, universal e gratuita. 
Nos anos de 1969 e 1971, foram aprovadas respectivamente a Lei 5.540/68 e 5.692/71, 
inserindo modificações relevantes na organização do ensino superior e do ensino de 1º e 2º 
graus. A Constituição de 1988, promulgada logo após o vasto e relevante movimento pela 
redemocratização do País, buscou, com grau de importância, inserir inovações e compromissos, 
para a universalização do ensino fundamental e extinção do analfabetismo. 
 
Tais métodos situar-se-ão para além dos métodos tradicionais e novos, 
superando por incorporação as contribuições de uns e de outros. Serão 
métodos que estimularão a atividade e iniciativa dos alunos sem abrir mão, 
porém, da iniciativa do professor; favorecerão o diálogo dos alunos entre si e 
com o professor, mas sem deixar de valorizar o diálogo com a cultura 
acumulada historicamente; levarão em conta os interesses dos alunos, os 
ritmos de aprendizagem e o desenvolvimento psicológico, mas sem perder de 
vista a sistematização lógica dos conhecimentos, sua ordenação e gradação 
para efeitos do processo de transmissão-assimilação dos conteúdos cognitivos 
(SAVIANI, 2005, P. 69). 
 
O processo de educação brasileira, que em outras conjunturas históricas evidenciava 
um contexto precário em todos os aspectos, nos dias atuais aponta avanços consideráveis no 
que se refere a condições como infraestrutura, material didático, formação de professores, 
inovações tecnológicas, entre outras coisas que deveriam enriquecer o processo de 
aprendizagem. No entanto, apesar dos investimentos e incentivos, os dados de aprendizagem 
colhidos por meio de avaliações apresentam resultados que não são satisfatórios com referência 
aos esforços realizados pelo poder público e aos investimentos realizados no setor. 
A escola tem buscado se adequar a essas novas mudanças, simultaneamente com as 
famílias que veem as modificações no campo da educação, procurando a interação com a escola, 
propiciando uma maior eficácia noprocesso de educação e ensino das crianças. Desta forma, 
pode-se ressaltar que historicamente, a escola e a família são instituições que apareceram no 
primórdio da Idade Moderna, ambas com propósito de medicar e cuidar, cada uma a sua 
maneira, pela educação das crianças e jovens. 
 
https://www.sinonimos.com.br/em-seguida-a/
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18 
 
3 CONTEXTO LEGAL DA RELAÇÃO ENTRE FAMÍLIA E ESCOLA 
 
Nesta ocasião irá se falar a respeito do contexto legal, fundamentado no Estatuto da 
Criança e do Adolescente, nas Constituições, na Política Nacional de Educação Especial, no 
Plano Nacional de Educação e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação. 
A datar das primeiras décadas do século XX a educação aparece como um dos temas 
mais debatido na esfera política e social, provocando segundo Peixoto (2000) uma mobilização 
geral, não somente, em torno da prerrogativa de acesso da população à escola pública, como 
também a preocupação e atenção com a sua qualidade. À vista disso, a educação dá seus 
primeiros passos na esfera legal com o “Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova” de 1932, 
em que é colocado que se institua uma instituição universal de ensino, gratuita e laica como 
dever do Estado, assim como a criação de um capítulo a respeito da educação na Constituição 
brasileira de 1934. 
É, consequentemente, por intermédio da Constituição de 1934 que se conferiu lugares 
próprios a cada indivíduo: para o trabalhador, a indústria; para a mulher, a família; para as 
crianças e os jovens a instituição escolar, enfatiza Pinto (1999). Nesse contexto, a educação é 
estabelecida como direito de todos, devendo ser aplicado pela família e pelos Poderes Públicos 
(art.149) com perspectivas a um ensino “mais ativo”, voltada para a conjuntura econômica e 
social da comunidade escolar. Em seguida, a Constituição Federal de 1946, em seu artigo 166 
descrevia que: “A educação é direito de todos e será dada no lar e na escola. Deve inspirar-se 
nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana”1 (BALEEIRO, 1946, p. 291). 
A Constituição Brasileira de 1988, no que lhe diz respeito, trata a questão da família 
em alguns artigos, conforme o artigo 226 em que A família, alicerce da sociedade, tem especial 
proteção do Estado, apresenta uma nova definição de família, sendo: reconhecida a união 
estável entre o homem e a mulher como entidade familiar (§ 3º) e entendendo também como 
entidade familiar, a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes (§ 4º). 
Ainda reconhecendo que: os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são exercidos 
igualmente pelo homem e pela mulher (§ 5º). Já o artigo 227, estabelece que: 
 
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao 
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à 
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à 
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, 
 
1 Constituição Federal de 1946. BALEEIRO, Aliomar. Constituição Federal de 1946. ─ 3. ed. ─ Brasília: Senado 
Federal, Subsecretaria de Edições Técnicas, 2012. Disponível em: <http://www2.senado.leg.br 
/bdsf/bitstream/handle/id/139953/Constituicoes_Brasileiras_v5_1946.pdf>. Acesso em 02 de julho de 2018. 
https://www.sinonimos.com.br/a-vista-disso/
https://www.sinonimos.com.br/esfera/
https://www.sinonimos.com.br/colocado/
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https://www.sinonimos.com.br/assim-como/
https://www.sinonimos.com.br/criacao/
https://www.sinonimos.com.br/a-respeito-de/
https://www.sinonimos.com.br/consequentemente/
https://www.sinonimos.com.br/proprios/
https://www.sinonimos.com.br/enfatiza/
https://www.sinonimos.com.br/nesse-contexto/
https://www.sinonimos.com.br/estabelecida/
https://www.sinonimos.com.br/aplicado/
https://www.sinonimos.com.br/trata/
https://www.sinonimos.com.br/conforme/
https://www.sinonimos.com.br/alicerce/
https://www.sinonimos.com.br/apresenta/
https://www.sinonimos.com.br/definicao/
19 
 
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, 
exploração, violência, crueldade e opressão (BRASIL, 2016, p. 355). 
 
E finalmente, consolida-se no artigo 229 a responsabilidade dos pais e dos filhos no 
que concerne à vida: “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os 
filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade” 
(BRASIL, 2016, p. 133). A responsabilidade da família no processo de escolarização e a 
relevância da sua participação e influência no âmbito escolar são publicamente certificadas na 
legislação nacional e nas diretrizes do Ministério da Educação aprovadas ao longo dos anos, tal 
como no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/90), como será apresentado abaixo. 
Deste modo, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) atesta no artigo 4º que: 
 
É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público 
de assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à 
vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à 
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à 
convivência familiar e comunitária (BRASIL, 2017, p. 11). 
 
No artigo 22 estabelece aos pais “[...] o dever de sustento, guarda e educação dos filhos 
menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as 
determinações judiciais” (BRASIL, 2017, p. 14). Enquanto no artigo 55, “Os pais ou 
responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino” 
(BRASIL, 2017, p. 21). 
Outros seguimentos legais destacaram a família e a escola como agentes essenciais ao 
processo de desenvolvimento das crianças, tais como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
e o Plano Nacional de Educação enunciados, brevemente, em seguida. A LDB (Lei 9394/96), 
no que lhe diz respeito, dispõe sobre todos os aspectos do sistema educacional, dos princípios 
gerais da educação escolar, as finalidades, recursos financeiros, formação e diretrizes para a 
carreira dos profissionais do setor. Ao que toca a temática aqui abordada, a LDB logo em seu 
artigo primeiro define que: 
 
A educação abrange os processos formativos da educação que se desenvolvem 
na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de 
ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil 
e nas manifestações culturais (BRASIL, 2017, p. 08). 
 
Sendo assim, a LDB se destaca ao enfatizar a educação escolar institucionalizada, sem 
menosprezar a educação adquirida em outros ambientes. Afinal, tanto a educação formal quanto 
https://www.sinonimos.com.br/responsabilidade/
https://www.sinonimos.com.br/relevancia/
https://www.sinonimos.com.br/participacao/
https://www.sinonimos.com.br/ambito/
https://www.sinonimos.com.br/tal-como/
https://www.sinonimos.com.br/tal-como/
https://www.sinonimos.com.br/apresentado/
20 
 
informal são imprescindíveis à formação dos sujeitos e está carregada de ensinamentos, 
aprendizagens e experiências. 
O Plano Nacional de Educação, mediante os planos decenais constitui suas diretrizes 
de ações conforme o artigo 2º do PNE 2014-2024: 
 
I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; 
III - superaçãodas desigualdades educacionais; IV - melhoria da qualidade do 
ensino; V - formação para o trabalho; VI - promoção da sustentabilidade 
socioambiental; VII - promoção humanística, científica e tecnológica do País; 
VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação 
como proporção do produto interno bruto; IX - valorização dos profissionais 
da educação; X - difusão dos princípios da equidade, do respeito à diversidade 
e a gestão democrática da educação (BRASIL, 2014, p. 12). 
 
Diante do que já foi exposto, pode-se afirmar que ocorreu uma crescente importância 
aplicada à família no âmbito escolar, sendo assim, criado, oficialmente, no ano de 2001, pelo 
Ministério da Educação e Cultura, o “Dia Nacional da Família na Escola”, a ser comemorado 
no País todo dia 24 de abril. Com o lema: “Um dia para você dividir responsabilidades e somar 
esforços”. A iniciativa nasce como estratégia de reforço à relevante presença da família na 
escola, tratando de temas como o desempenho escolar do filho e a própria administração 
escolar. Trata-se portanto, de um instrumento simbólico que tem a finalidade de aliar e integrar 
a comunidade à escola. 
 
3.1 A FAMÍLIA E A ESCOLA COMO CONTEXTOS DE APRENDIZAGEM 
 
A família e a escola na qualidade de instituições relevantes ao processo de 
aprendizagem têm como propósito fundamental o ato educativo, nessa circunstância, 
despontam ações capazes de proporcionar o desenvolvimento humano. Portanto, compartilhar, 
dividir e contribuir cada uma a sua maneira para que este processo se efetive com sucesso deve 
ser o objetivo de ambas. Tendo como referência a teoria sociocultural, a educação se apresenta 
como autora potencial de aptidões a princípio externas aos indivíduos e presentes na cultura e 
no meio social. desse modo, é por meio do contato com a cultura estabelecida pela humanidade 
e das relações sociais que se constitui a aprendizagem. 
 
[...] o aprendizado não é desenvolvimento: entretanto o aprendizado 
adequadamente organizado resulta em desenvolvimento mental e põe em 
movimento vários processos de desenvolvimento que, de outra forma, seriam 
impossíveis de acontecer. Assim, o aprendizado é um aspecto necessário e 
https://www.sinonimos.com.br/mediante/
https://www.sinonimos.com.br/constitui/
https://www.sinonimos.com.br/afirmar/
https://www.sinonimos.com.br/relevante/
https://www.sinonimos.com.br/aliar/
https://www.sinonimos.com.br/na-qualidade-de/
https://www.sinonimos.com.br/relevante/
https://www.sinonimos.com.br/proposito/
https://www.sinonimos.com.br/fundamental/
https://www.sinonimos.com.br/proporcionar/
https://www.sinonimos.com.br/a-principio/
https://www.sinonimos.com.br/deste-modo/
https://www.sinonimos.com.br/por-meio-de/
https://www.sinonimos.com.br/estabelecida/
https://www.sinonimos.com.br/constitui/
21 
 
universal do processo de desenvolvimento das funções psicológicas 
culturalmente organizadas e especificamente humanas. (VYGOTSKY, 1989, 
p. 101). 
 
A aprendizagem escolar, por sua vez, orienta e estimula processos internos e externos 
de desenvolvimento. De acordo com Bock et al (1999). A escola surgirá, então, como lugar 
privilegiado para esse desenvolvimento e/ou aprendizagem, pois é o espaço em que o contato 
com a cultura é feito de forma sistemática, intencional e planejada. O desenvolvimento, que só 
ocorre quando situações de aprendizagem o provocam, tem seu ritmo acelerado no ambiente 
escolar. O professor e os colegas formam um conjunto de mediadores da cultura que possibilita 
um grande avanço no desenvolvimento da criança. 
Nesse âmbito, a aprendizagem e o desenvolvimento são processos importantes e 
diferenciados, contudo, interdependentes, uma vez que a aprendizagem tem a incumbência de 
despertar processos internos de desenvolvimento que até então não se evidenciaram nos 
indivíduos, prevendo-se que o ensino adiante o desenvolvimento. Sendo a família encarregada 
não só pela manutenção da vida e desenvolvimento dos indivíduos, que nela estão postos, como 
também o processo educativo, esta atribui o papel de relevância nas trocas intersubjetivas e na 
construção de experiências, em síntese, no desencadeamento dos processos evolutivos. 
Nessa perspectiva, o que várias vezes acontece é a família conferir obrigações que 
sobrecarregam a escola e os professores, tornar difícil desse modo o processo de aprendizagem 
das crianças. As incumbências ao invés de ser transferidas devem ser distribuídas entre a família 
e escola, pois as mesmas devem ser parceiras, visto que a escola por mais esforços que faça 
nunca dará conta de substituir a família. 
 
[...] Em todas as atividades está o “outro”. Parceiro de todas as horas, é ele 
que lhe diz o nome das coisas, a forma certa de se comportar; é ele que lhe 
explica o mundo, que lhe responde aos “porquês”, enfim, é o seu grande 
interprete do mundo. A atividade externa se internaliza possibilitando 
desenvolvimento das funções psíquicas superiores (Bock et al, 1999, p. 124). 
 
 A fim de que exista uma articulação no âmbito da relação entre a família e a escola, é 
necessário em primeiro lugar conhecer relativamente o que pensam os pais com relação a seu 
papel no acompanhamento escolar dos seus filhos, e dessa forma tentar sensibilizá-los da seu 
valor e relevância no processo de ensino e aprendizagem. Visto que essa participação poderá 
assessorar na prática pedagógica dos professores, e juntos família-escola serão responsáveis 
pela inclusão do sujeito na sociedade, despertando nele um cidadão autônomo e crítico no 
tocante ao contexto em que está inserido. “A família tem como função social transmitir a criança 
https://www.sinonimos.com.br/importantes/
https://www.sinonimos.com.br/contudo/
https://www.sinonimos.com.br/uma-vez-que/
https://www.sinonimos.com.br/incumbencia/
https://www.sinonimos.com.br/encarregado/
https://www.sinonimos.com.br/relevancia/
https://www.sinonimos.com.br/em-sintese/
https://www.sinonimos.com.br/conferir/
https://www.sinonimos.com.br/obrigacoes/
https://www.sinonimos.com.br/distribuido/
https://www.sinonimos.com.br/visto-que/
https://www.sinonimos.com.br/a-fim-de/
https://www.sinonimos.com.br/em-primeiro-lugar/
https://www.sinonimos.com.br/conhecer/
https://www.sinonimos.com.br/relativamente/
https://www.sinonimos.com.br/com-relacao-a/
https://www.sinonimos.com.br/dessa-forma/
https://www.sinonimos.com.br/relevancia/
https://www.sinonimos.com.br/visto-que/
https://www.sinonimos.com.br/assessorar/
https://www.sinonimos.com.br/inclusao/
22 
 
normas e condutas, valores e crenças, requisitos da reprodução humana para a manutenção e 
continuidade da vida humana na terra” (CHINOY, 2008, p. 223). 
 Assim sendo, não se pode conferir unicamente para a escola a obrigação e 
incumbência pelo processo de desenvolvimento de formação da personalidade da criança. A 
instituição escolar deve simplesmente complementar o papel da família, desta forma a divisão 
das responsabilidades de ambas, no processo de aprendizagem da criança, é fundamental. 
 
Costuma-se dizer que a família educa e a escola ensina, ou seja, à família cabe 
oferecer à criança e ao adolescente a pauta ética para a vida em sociedade e à 
escola instruí-los, para que possam fazer frente às exigências competitivas do 
mundo na luta pela sobrevivência. Talvez essa seja uma concepção por demais 
simplista para equacionar as relações entre a família e a escola em nossos dias 
[...] (OSÓRIO, 1996, p. 82). 
 
 
A transferência da família por outra instituição pode ocasionar instabilidade emocional 
na criança. Na escola, por ser um ambiente distinto da família a criança constitui relações com 
outras crianças e com adultos, é aí que ela contém a assistência dos professores na procura por 
conhecimentos, dessa forma compete aos professores, além de acrescentar suportes teóricos à 
formação do indivíduo, a incumbência de auxiliar nas dificuldades evidenciadas pelos 
educandospor meio da afetividade, função esta, também, indispensável e fundamental no 
convívio familiar. 
 
Apego, família e educação constituem os pilares sobre os quais a criança 
configura sua estrutura emocional, bem como características e peculiaridades 
importantes de sua personalidade e de seu modo pessoal de estar no mundo. É 
muito provável que se de certa continuidade entre o apego, o estilo educativo 
e as estruturas que caracterizam as respectivas famílias. Isso quer dizer que o 
modo como se configuram as estruturas familiares possivelmente depende do 
estilo de apego existente entre pais e filhos e do modo como a criança e o 
adulto se relacionam (FREDDO, 2004, p. 56). 
 
Portanto acredita-se que a família na relação com a escola contribui para o sucesso 
escolar dos alunos, de diversas formas, suas ações podem colaborar ou não para que seu filho 
dê continuidade aos estudos, já outros manifestam condutas de objeção à escola. Os 
responsáveis devem ter o entendimento de que para a formação tanto formal tanto quanto a não 
formal dos sujeitos, os mesmos, têm que estar presentes e incentivá-los nesse processo, tão 
importante na vida das pessoas, visto que, se não tiver uma relação ativa com a instituição de 
ensino, conhecendo o comportamento de seus filhos e seu rendimento escolar, pode acarretar 
em um mau rendimento no processo de ensino e aprendizagem do discente. 
 
https://www.sinonimos.com.br/assim-sendo/
https://www.sinonimos.com.br/conferir/
https://www.sinonimos.com.br/unicamente/
https://www.sinonimos.com.br/obrigacao/
https://www.sinonimos.com.br/incumbencia/
https://www.sinonimos.com.br/dessa-forma/
https://www.sinonimos.com.br/transferencia/
https://www.sinonimos.com.br/ocasionar/
https://www.sinonimos.com.br/constitui/
https://www.sinonimos.com.br/contem/
https://www.sinonimos.com.br/assistencia/
https://www.sinonimos.com.br/dessa-forma/
https://www.sinonimos.com.br/compete/
https://www.sinonimos.com.br/acrescentar/
https://www.sinonimos.com.br/incumbencia/
https://www.sinonimos.com.br/auxiliar-se/
https://www.sinonimos.com.br/por-meio-de/
https://www.sinonimos.com.br/indispensavel/
https://www.sinonimos.com.br/portanto/
https://www.sinonimos.com.br/contribui/
https://www.sinonimos.com.br/formas/
https://www.sinonimos.com.br/conduta/
https://www.sinonimos.com.br/objecao/
https://www.sinonimos.com.br/tanto-quanto/
https://www.sinonimos.com.br/ativo/
23 
 
4 INTERVENÇÃO SÓCIOESCOLAR: ANALISANDO A RELAÇÃO FAMÍLIA E 
ESCOLA 
 
O presente tópico é apresentação dos relatos e análises do processo de intervenção 
realizado no Educandário Santa Teresinha, no município de Caicó-RN, para o trabalho de 
conclusão do curso de Pedagogia, da Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, Busca-se 
apresentar elementos que possibilitem uma reflexão sobre a relação família e escola, visto que, 
nos dias atuais o assunto em questão é muito estudado devido a sua conexão direta com o nível 
de aprendizagem das crianças, visto que sozinhas, nem a família e nem a escola conseguem 
preparar e capacitar a criança em sua totalidade. 
No tocante a intervenção realizada na instituição supracitada, para os alunos do curso 
de Pedagogia, é fundamental, pois considera-se que este é um momento de possibilidades para 
articulação entre teoria e prática. Realizar as práticas educativas possibilita a oportunidade não 
só de socializar o contexto real encontrado na sala de aula, mas permite repensar tanto a relação 
que se faz entre teoria e prática, quanto os teóricos lidos e compartilhados durante o processo 
formativo. É uma execução que precisa ser realizada pelos discentes, nos futuros campos de 
atuação profissional, em que os estudantes devem fazer a leitura da realidade, o que exige 
competências para “saber observar, descrever, registrar, interpretar e problematizar e, 
consequentemente, propor alternativas de intervenção” (PIMENTA, 2001, p. 76). 
Os relatos e análises da intervenção estão divididos em tópicos, organizados por 
temáticas de extrema importância para a compreensão das atividades realizadas na Escola 
pesquisada. Na sequência, será apresentada a contextualização e a caracterização do 
Educandário Santa Teresinha, trazendo alguns dados físicos, além das ações realizadas neste 
espaço e apresentação dos recursos humanos da Instituição. 
Apresentadas estas questões, as seções seguintes explicitarão, Relato das Observações, 
Análise das entrevistas e análise da Prática de intervenção, nas quais serão apresentadas as 
atividades desenvolvidas no processo, buscando trabalhar, de forma breve, as experiências 
vivenciadas a partir da observação e intervenção. Com o olhar cuidadoso, a outra seção é 
destinada à análise das entrevistas e resultados dos dados da mesma, por meio de gráficos, de 
uma pesquisa quantitativa exploratória, através da realização de questionários aplicados com a 
equipe pedagógica da escola e com os pais. 
A escolha por inseri-las neste trabalho se dá porque compreende-se que facilita o 
entendimento do conteúdo aqui apresentado, expondo alguns momentos de formação, 
principalmente nos segmentos destinados às práticas educacionais desenvolvidas na escola. 
https://www.sinonimos.com.br/visto-que/
https://www.sinonimos.com.br/capacitar/
24 
 
4.1 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA 
 
O Educandário Santa Teresinha, está situado na Rua Visitador Fernandes, nº 78, no 
Centro da cidade de Caicó / RN. A Escola apresenta as seguintes modalidades de ensino: 
Educação Infantil, Fundamental (Anos Iniciais e Finais) e Ensino Médio, iniciando do Nível I. 
Ela funciona de segunda à sexta, com horários de 7h às 12h 20mim e das 13h às 17h 30min. O 
ano letivo abrange um mínimo de 200 dias de efetivo trabalho escolar e uma carga horária 
mínima de 800 horas. 
Dom José Pereira Alves, Bispo de Natal em 1925, tinha o desejo de fundar, em Caicó, 
uma escola para meninas. Ir. Teresina Werner, juntamente com mais 8 Irmãs, Filhas do Amor 
Divino, assumiu esta missão e no dia 11 de outubro de 1925 chegaram a Caicó decididas a 
enfrentarem o desafio. Na época, o Prefeito da cidade, Sr. Cel. Joel Damasceno colocou a sua 
residência (hoje biblioteca pública) a disposição das Irmãs. 
MISSÃO: Formar cidadãos íntegros, conscientes, detentores do conhecimento 
científico e comprometidos com o desenvolvimento da ciência e da cultura, na promoção dos 
valores éticos e cristãos inspirados no carisma da Serva de Deus, Madre Francisca Lechner, 
fundadora da Congregação das Filhas do Amor Divino. 
VISÃO DE FUTURO: Ser reconhecido pela sociedade como uma instituição de 
excelência educacional que oferece educação de qualidade, baseada nos valores éticos e cristãos 
refletidos em suas práticas educativas, pelo trabalho participativo, comprometido, criativo e 
inovador de sua equipe, e pelo respeito dispensado aos seus alunos, pais e colaboradores. 
VALORES: Amor; Paz; Amizade; Justiça; Respeito; Sinceridade; Solidariedade. 
MARCO DOUTRINAL: Nós que fazemos o Educandário Santa Teresinha nos 
propomos a ajudar na construção de uma sociedade digna, plural e justa, que acolha as 
diferenças; ecologicamente sustentável; humanizada, humanizadora e solidária; pacífica e feliz, 
articulada e mobilizada popularmente; consciente, conscientizadora e reflexiva, capaz de 
superar as ideologias manipuladoras. Objetivamos também contribuir para a formação de 
cidadãos cristãos íntegros, conscientes, comprometidos com o desenvolvimento da ciência e da 
cultura e a serviço dos valores indispensáveis à vida, inspirados no carisma de Madre Francisca 
Lechner. 
MARCO OPERATIVO: Para fazer acontecer à sociedade ideal, descrita no Marco 
Doutrinal, optamos por uma educação que seja: Científica e Cristã; Crítica e Reflexiva; Ética e 
Democrática; Formadora de Autonomia; Formadora da Cidadania. 
25 
 
A instituição conta em sua infraestrutura com uma recepção, uma sala de diretoria, 
quatro salas de coordenação para os respectivos níveisinfantil, fundamental e médio, sala para 
professores, refeitório para funcionários, mecanografia, tesouraria, secretaria, sala para o 
serviço social e psicologia, cantina, sala de disciplina, e quatro banheiros para professores e 
funcionários, cozinha para atender as necessidades da educação infantil, além de uma capela. 
Uma biblioteca, atendendo as respectivas necessidades de cada etapa de ensino. 
Laboratório de informática que comporta até vinte e cinco alunos em computadores individuais, 
laboratório de ciências que comporta até trinta alunos e um auditório com capacidade para 220 
(duzentos e vinte) pessoas. Possuindo a disposição um total de 20 (vinte) salas a disposição 
para o ensino fundamental e médio e 09 (nove) na Educação Infantil. 
Conta também, com uma área de recreação com três pátios, dois cobertos de 80m² e 
outro com 252m² e um descoberto 736m², uma quadra coberta 27x30m e piscina semiolímpica 
25x12,5m, parque infantil, sala de vídeo, e sala multifuncional. Possuindo o prédio 
acessibilidade através de rampas, elevador para alunos com necessidades especiais, e banheiro 
adaptado. Possuindo para sua segurança hidrantes e vinte e seis extintores e três saídas de 
emergências e sanitário em número suficiente para atender até novecentos e cinquenta alunos 
na proporção de um para cinquenta. 
O quadro de pessoal é composto de: 8 (oito) Irmãs, 1 (uma) Diretora, 1 (uma) Vice-
Diretora, 4 (três) Coordenadores pedagógicos, 1 (um) Coordenador de esportes,1 (uma) 
Coordenadora do SER (Serviço de Ensino Religioso), 56 (cinquenta e seis) Professores, 6 (seis) 
Auxiliares, 1 (uma) Secretária, 1 (uma) Auxiliar de secretaria, 1 (uma) Tesoureira, 1 (um) 
Auxiliar de tesouraria, 2 (dois) Auxiliares de disciplina, 1 (um) Técnico de Laboratório de 
informática, 1 (um) Assessor de Comunicação 1 (um) Técnico de digitação, 2 (dois) Auxiliares 
de Cantina, 2 (duas) Recepcionistas, 1 (uma) Auxiliar de Biblioteca, 2 (dois) Vigias, 8 (oito) 
ASG, 1 (um) Carpinteiro e 1 (um) Eletrotécnico. 
A gestão do Educandário Santa Teresinha é democrática-participativa, busca objetivos 
comuns assumidos por todos e defende uma forma coletiva de tomada de decisões, sem, 
todavia, desobrigar as pessoas da responsabilidade individual, desenvolvendo a autonomia 
pedagógica e administrativa garantindo a qualidade do ensino-aprendizagem. 
A Coordenação Pedagógica é formada por uma equipe de profissionais licenciados em 
Pedagogia, áreas afins ou pós-graduação na área com experiência comprovada na atividade, e 
submetidos ao processo de seleção do Educandário Santa Teresinha, atuando da educação 
infantil ao ensino médio. 
26 
 
O corpo docente do Educandário Santa Teresinha é constituído por uma equipe de 
Professores legalmente graduados ou pós-graduados, preferencialmente com experiência e 
diploma reconhecido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), a desempenharem suas 
atividades na forma da lei, submetidos ao processo de seleção interna, para o segmento no qual 
irão atuar. Já o corpo discente é constituído por todo o universo de estudantes, regularmente 
matriculados na forma da lei, constituindo o centro de convergência das ações pedagógicas 
inseridas no Projeto Político Pedagógico da Escola. 
 
4.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
A demanda e procura pelo conhecimento não se dar por casualidade. Sempre será para 
sanar um problema ou para elucidar uma curiosidade de uma pessoa que busca respostas, sendo 
que essa procura por resposta já envolve um processo investigatório, mesmo que seja definido 
por traços, puramente, ligados ao senso comum, ressalta Barros; Lehfeld, (2005). 
Quanto aos procedimentos metodológicos de coleta de dados, foram realizados vários 
tios de pesquisas, primeiramente, entre elas, as pesquisas bibliográficas, dando norte ao estudo 
de caso. Realizou-se análises de artigos elaborados para a Internet e artigos de revistas 
especializadas disponíveis ao público em geral, monografias, projetos, sites especializados e o 
acervo de biblioteca. Posteriormente foram realizadas duas entrevistas, uma com a equipe 
pedagógica da escola e outra com os pais, por meio de um questionário. 
 
A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências 
teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como 
livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico 
inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador 
conhecer o que já se estudou sobre o assunto (FONSECA, 2002, p. 32) 
 
Além da análise dos estudos bibliográficos, foram efetuadas visitas à escola, reuniões 
com a coordenação e gestão e roda de conversa com alunos e pais. O desenvolvimento do 
trabalho, tem como caracterização a pesquisa qualitativa e quantitativa, com a realização de 
uma entrevista, através de questionário, aplicada com a equipe pedagógica da escola e com os 
pais. Essa entrevista teve como principal finalidade acrescentar informações que venham 
contribuir para o resultado do estudo. 
 
A pesquisa qualitativa não se preocupa com representatividade numérica, mas, 
sim, com o aprofundamento da compreensão de um grupo social, de uma 
https://www.sinonimos.com.br/demanda/
https://www.sinonimos.com.br/elucidar/
27 
 
organização, etc. Os pesquisadores que adotam a abordagem qualitativa 
opõem-se ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para 
todas as ciências, já que as ciências sociais têm sua especificidade, o que 
pressupõe uma metodologia própria (GOLDENBERG, 1999, p. 34): 
 
Diante desse contexto, a pesquisa qualitativa preocupa-se, portanto, com aspectos da 
realidade que não podem ser quantificados, centrando-se na compreensão e explicação da 
dinâmica das relações sociais. 
 
Diferentemente da pesquisa qualitativa, os resultados da pesquisa quantitativa 
podem ser quantificados. Como as amostras geralmente são grandes e 
consideradas representativas da população, os resultados são tomados como 
se constituíssem um retrato real de toda a população alvo da pesquisa. A 
pesquisa quantitativa se centra na objetividade. Influenciada pelo positivismo, 
considera que a realidade só pode ser compreendida com base na análise de 
dados brutos, recolhidos com o auxílio de instrumentos padronizados e 
neutros (FONSECA, 2002, p. 20). 
 
A pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de 
um fenômeno, as relações entre variáveis, etc. A utilização conjunta da pesquisa qualitativa e 
quantitativa permite recolher mais informações do que se poderia conseguir isoladamente. Para 
um melhor entendimento do assunto abordado, os dados, obtidos por meio da entrevista, foram 
analisados e estão apresentados em forma de gráficos, tratando-se de uma pesquisa exploratória, 
que tem como objetivo expor e aprimorar as convicções e ideias, propiciando a reflexão dos 
mais diversificados aspectos relativos ao tema estudado. Segundo Marconi e Lakatos (2003), 
as pesquisas exploratórias são compreendidas como investigações de pesquisa empírica cujo 
objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade: desenvolver 
hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato ou fenômeno para 
a realização de uma pesquisa futura mais precisa ou modificar e clarificar conceitos. 
Portanto, a pesquisa é o resultado de um inquérito ou exame minucioso, realizado com 
o objetivo de resolver um problema, recorrendo a procedimentos científicos. A pesquisa como 
sendo a inquisição, o procedimento sistemático e intensivo, que tem por objetivo descobrir e 
interpretar os fatos que estão inseridos em uma determinada realidade. 
 
4.3 RELATO E ANÁLISE DA INTERVENÇÃO 
 
Após as experiências e contato com os pais e equipe pedagógica do Educandário Santa 
Teresinha debrucei em busca de subsídios teóricos que contemplassem a temática da pesquisa, 
https://www.sinonimos.com.br/expor/
https://www.sinonimos.com.br/conviccoes/https://www.sinonimos.com.br/reflexao/
28 
 
pois a intervenção realizada na escola não pode ser uma prática isolada, mas é a partir da relação 
de subsídios teóricos que são construídas práticas que atendam aos problemas a serem 
superados. 
Segundo Pimenta e Lima (2004), ao contrário do que se promulgava, a prática de 
intervenção da docência não é só uma atividade prática, mas também teórica, de conhecimento, 
fundamentação e diálogo, entendida como atividade de transformação da realidade. 
Diante disso buscou-se, por meio da intervenção, trabalhar a temática da pesquisa com 
os familiares e os demais componentes da escola. Considerando que a escola funciona como 
uma “máquina”, com pequenas peças e engrenagens diferenciadas, desenvolvendo funções 
diversificadas, é necessária para o bom funcionamento da mesma, no tocante ao processo de 
ensino e aprendizagem dos alunos, um trabalho coletivo com às famílias. 
 
4.3.1 Relato das Observações 
 
No campo de atuação, entende-se o processo de observação, em uma intuição escolar, 
no processo de estágio supervisado, como uma ferramenta pedagógica fundamental na 
formação inicial de profissionais, na medida em que amplia possibilidades de percepção da 
prática. 
 
Observar uma situação pedagógica é olhá-la, fitá-la, mirá-la, admirá-la, para 
ser iluminado por ela. Observar uma situação pedagógica não é vigiá-la, mas 
sim fazer vigília por ela, isto é, estar e permanecer acordado por ela na 
cumplicidade pedagógica (FREIRE, 1992, p. 14). 
 
Por ser vista como ferramenta de prática pedagógica, é possível associar às 
observações inúmeras vantagens, dentre elas o fato de que os profissionais da área educacional 
e os estagiários, se beneficiam uns das experiências dos outros. Além disso, as observações 
podem criar uma espécie de sistema de suporte na medida em que ao abranger o todo, tanto 
aspectos positivos quanto negativos da sala de aula poderão ser vivenciados. 
Por efeito do Estágio Supervisionado IV, o primeiro dia de observação, ocorreu no dia 
05 de junho de 2018, às 08 horas, no Educandário Santa Teresinha, numa visita feita pelo 
estagiário, Hingleyson de Medeiros Saraiva, aos Coordenadores da Educação Infantil e Ensino 
Fundamental I, Psicóloga, Assistente Social, Professores e a Diretora da Escola. Nesta visita a 
equipe diretiva se colocou à disposição para auxiliar no plano de ação e em tudo 
desenvolvimento do estágio. Após apresentação à equipe pedagógica da instituição, foi dado 
29 
 
início a observação em alguns setores da escola, verificando, de que forma procede, o 
atendimento e acolhimento dos pais na instituição e interesse dos mesmos na vida escolar dos 
filhos. A partir das observações e futuras intervenções, será possível diagnosticar o nível de 
relação entre os família e escola no processo de desenvolvimento do ensino e aprendizagem do 
aluno. 
No segundo dia de observação, dia 06, de junho de 2018, às 17h 30min foi realizado 
uma reunião com pais, dos alunos das turmas do 2º ao 5º Ano, juntamente com a coordenação 
pedagógica e professores. No início da reunião pode-se constatar a satisfação dos pais em 
virtude do horário, pois os mesmo que trabalham durante o dia não podem participar deste tipo 
de encontro no horário normal de aula. Diante da satisfação a reunião teve público recorde. 
O objetivo das reuniões foi compartilhar interesses e estratégias tendo em vista os 
benefícios para o aluno. Nesse sentido foram abordados alguns assuntos como por exemplo: 
Conhecer a escola a fundo; Acompanhar o aprendizado do aluno em casa; Conhecer seu filho 
sob outros pontos de vista; Firmar parceria com a escola; Entender as crises da idade e 
Esclarecer dúvidas de interesse geral. A relação entre a escola e os pais deve ser de parceria. 
Do ponto de vista social, estar presente nas reuniões também traz benefícios aos pais e, 
consequentemente, ao aluno, pois a troca de vivências excepcional para um bom 
desenvolvimento no processo de ensino aprendizagem. 
Já no terceiro dia de observação, dia 07 de junho 2018, participei da reunião da equipe 
pedagógica e gestão da escola. A equipe debateu o planejamento da festa junina que acontecerá 
dia 16 de junho de 2018. A princípio a escola tem a preocupação de promover a integração da 
família com a escola; conhecer a história das festas juninas e os elementos que a compõem; 
desenvolver o interesse e o gosto pela tradição. Este ano a festa terá como tema: “Chuva de 
Bênção no Sertão de Caicó”. O Arraial acontecerá no clube ASSEC e o EST prepara uma equipe 
para recepcionar e acolher os pais na chegada ao evento. Foi pensado estratégias para acolher 
os pais da melhor maneira. Uma lista de atividades foi elaborada - organização da estrutura 
física para o São João do Educandário Santa Teresinha, montagem do cardápio e divulgação da 
festa. Professores e funcionários serão responsáveis na execução do evento. 
No quarto e penúltimo dia de observação, 08 de junho de 2018, ocorreu na Educação 
Infantil, onde pode-se perceber alguns aspectos referente ao acolhimento da família na 
instituição. Coordenação, Professores e Auxiliares estão sensibilizados e dispostos para as 
especificidades da recepção e acolhimento aos pais, entendendo que a presença dos mesmos é 
necessária para um bom desenvolvimento da escolarização de seus filhos. A equipe de 
funcionários compartilha do objetivo do trabalho do professor, dando o apoio de sua área, 
https://www.sinonimos.com.br/excepcional/
30 
 
conhecendo os desafios e as etapas desse momento. Segundo a coordenadora quando a família 
é bem recebida na escola, a relação construída com a instituição passa a constituir-se como algo 
positivo. “O sentimento de bem-estar acaba gerando atitudes de respeito e gentileza entre 
funcionários, famílias e crianças”, salientou a mesma. Ela ainda ressaltou que na primeira 
reunião do ano letivo são esclarecidos às famílias os objetivos da educação infantil, a missão 
da escola, a rotina da sala de aula. Abri espaço para a escuta às famílias, suas dúvidas, seus 
medos. “Estes momentos de fala das famílias é algo fundamental, para o compartilhamento de 
ideias e construção de estratégias de trabalho, construindo, assim, uma boa relação entre família 
e escola”, frisou a coordenadora. 
Assim, durante a observação nesse nível de ensino, foi possível perceber o quanto os 
professores e auxiliares dedicam-se a acolher as famílias e crianças, com turmas cheias de 
diversidades e possibilidades. Os docentes realmente se propõem a entender a lógica das 
crianças e a compreender estas estruturas familiares em suas singularidades. 
 
4.3.2 Análises das entrevistas 
 
Para o desenvolvimento da intervenção, além da análise das observações, foi realizado 
uma entrevista através de dois questionários, um com a coordenação pedagógica, professores e 
funcionários da escola e outro com os pais. Essa entrevista tinha como principal finalidade 
acrescentar informações que viessem contribuir para o resultado da pesquisa. Os questionários 
foram aplicados com 20 pais e 20 integrantes da escola. A entrevista foi realizada, obedecendo 
a um roteiro de perguntas fechadas a cada entrevistado, que permitiu uma coleta de dados de 
forma ágil. Assim, por meio das entrevistas, buscou-se conhecer a visão das da equipe 
pedagógica do Educandário Santa Teresinha e o pensamento dos pais, a respeito da relação 
existente entre a escola e a família. 
 
 Entrevista com os Integrantes da Escola 
 
Com o intuito de verificar o processo de relação escola e família, a primeira pergunta 
buscava saber dos entrevistados, na percepção deles, se os pais vão somente à escola quando 
são solicitados. 
 
31 
 
 
Fonte: Produzido pelo autor. 
 
Através das respostas, com a margem de 89% (Sim) constatou-se que, segundo a 
instituição, a maioria dos pais vão à escola quando são solicitados, já 11% responderam que os 
pais não comparecemà escola quando são chamados. 
A segunda pergunta vem ressaltar acerca da participação dos pais nas reuniões e 
eventos realizados pela escola. Com 74% de resposta, que os pais às vezes participam das 
reuniões e eventos realizados pela escola e 26% responderam que eles frequentam todos os 
eventos. 
 
 
Fonte: Produzido pelo autor. 
 
89%
11%
A maioria dos pais somente vão à escola quando são 
chamados?
SIM
NÃO
26%
0%
74%
Os pais participam das reuniões e eventos realizados pela 
escola?
SIM
NÃO
ÀS VEZES
32 
 
A escola faz reunião com os pais, para orientá-los sobre às ações pedagógicas 
desenvolvidas a cada trimestre, informa-los a respeito do desempenho escolar do aluno, 
procurando, sempre, manter um bom diálogo para que os pais participem, cada vez mais, da 
escola. 
Através de reuniões e outros eventos escolares, a família e a escola buscam atingir os 
mesmos objetivos, preparar a criança para o mundo, devem estes comungar os mesmos ideais 
para que possam vir a superar dificuldades e conflitos que diariamente angustiam os 
profissionais da escola e também os próprios alunos e seus pais. 
As famílias com suas diversas configurações, necessidades, e perspectivas em relação 
a escola, que precisam ser envolvidas neste processo e se conectarem a este espaço, como 
afirmam as autoras: 
 
Assim, além das trocas de informações entre a escola e famílias a respeito dos 
processos de cuidar e educar as crianças, é fundamental que as famílias compartilhem 
e discutam suas expectativas, dificuldades e críticas em relação ao trabalho, que 
participem da construção da proposta pedagógica e dos demais processos de decisão 
da escola (FARIA; SALLES, 2012, p. 44). 
 
A terceira pergunta do questionário buscou conhecer a qualidade do atendimento e 
acolhimento entre a escola e família. Desta forma, 50% dos entrevistados, da equipe do EST, 
responderam que, o atendimento e acolhimento aos pais, são bons, 30% falaram que são muito 
bons e 20% afirmaram que são ótimos. 
 
 
Fonte: Produzido pelo autor. 
 
0%
50%
30%
20%
Acerca do acolhimento e atendimento entre a escola e 
famílias, pode ser classificado como:
REGULAR
BOM
MUITO BOM
ÓTIMO
33 
 
O atendimento e acolhimento é um dos pilares para a construção de uma relação de 
parceria entre família e escola, além de constituir-se como elemento fundamental na rotina do 
trabalho pedagógico em diferentes espaços e tempos na escola. 
Segundo Faria e Salles (2012, p. 44) “desse modo, torna-se claro também que quanto 
mais forte a parceria entre a família e a instituição, mais positivo e significativo será o resultado 
na formação do sujeito”. Acolher as famílias em sua diversidade e acolher as crianças em suas 
singularidades são atitudes fundamentais para a efetivação do trabalho da escola. As crianças 
são sujeitos históricos, vivendo suas infâncias dentro de diferentes configurações familiares, na 
escola tudo isto se mistura e se relaciona. 
A quarta pergunta foi a respeito da influência da família, de forma positiva, no 
processo ensino e aprendizagem dos alunos. Os resultados apontaram que 74% da equipe do 
EST acreditam a família influenciam no desenvolvimento do processo de ensino e 
aprendizagem do aluno e 26% responderam que às vezes isso acontece por parte das famílias. 
 
 
Fonte: Produzido pelo autor. 
 
Embora existam diferenças distintas entre as obrigações da família e da escola há 
também responsabilidades e objetivos comuns em ambas as instituições, que é criar condições 
favoráveis para o desenvolvimento da criança é um dos objetivos comuns das duas instituições. 
Tanto uma quanto a outra influenciam e ajuda a determinar o curso da vida das crianças, razão 
pela qual a relação entre a escola e a família é vista como complementar e não como forças 
distintas e separadas. 
74%
0%
26%
A família influencia de forma positiva no processo ensino e 
aprendizagem dos alunos?
SIM
NÃO
ÀS VEZES
34 
 
Família e escola numa relação com um único foco trará benefícios para a criança, 
tornando-as capazes de seguir um caminho de sucesso no futuro seja ele pessoal e profissional, 
trabalhando juntas e traçando caminhos eficazes que permitam gradativamente uma melhoria 
na aprendizagem escolar e de mundo da criança. 
A quinta pergunta foi referente a opinião da equipe escolar (professores, coordenação 
pedagógica e funcionários) se a ausência da família na escola causa déficit na aprendizagem 
dos filhos. De forma geral, 86% responderam que (Sim), que a ausência da família na vida 
escolar do aluno pode acarretar em alguma dificuldade de aprendizagem na criança. Já 14% 
responderam que isso pode ocorrer às vezes. 
 
 
Fonte: Produzido pelo autor. 
 
Na ausência da família na vida escolar do aluno, as crianças ficam expostas a toda 
sorte de influências principalmente oriundas dos meios de comunicação modernos e da internet. 
E, a família que deveria ser o berço da formação de regras, princípios e valores, acaba deixando 
essa responsabilidade da formação da criança a cargo das escolas, e em alguns casos, a cargo 
destes instrumentos de comunicação citados acima. A criança acaba por receber todo tipo de 
influências externas. 
A família, sendo à base de uma formação completa do indivíduo, tendo papel decisivo 
na formação de caráter, deve ter participação direta na educação das crianças. É fundamental 
que aconteça essa parceria entre escola e família, e que juntos possam alcançar o objetivo em 
comum, de formar cidadãos que saibam como viverem no mundo atual. 
86%
0%
14%
A ausência da família na escola causa um déficit na 
aprendizagem dos filhos?
SIM
NÃO
ÀS VEZES
35 
 
Já na sexta pergunta do questionário procurou conhecer se a escola estimula a 
participação das famílias no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. O resultado revela 
que 100% dos entrevistados afirmam que a escola promove orientações e estímulos com os pais 
no processo de acompanhamento do ensino e aprendizagem dos alunos. 
 
 
Fonte: Produzido pelo autor. 
 
É importante que a escola faça um trabalho de estímulo para com os familiares e toda 
comunidade, permitindo uma maior participação de todos. A participação das famílias no 
processo de aprendizagem, é de grande interesse da escola que esta interação ocorra, pode-se 
dizer que é papel da escola promover esta interação, garantindo uma troca de informação e de 
ideias, orientando as famílias e mostrando o quanto é importante sua participação na educação 
das crianças. 
Na penúltima pergunta foi abordado se a família conhece os projetos desenvolvidos 
pela escola. Os resultados revelam alternâncias de opiniões: 50% dos entrevistados 
responderam que às famílias têm conhecimento dos projetos desenvolvidos na escola, 40% 
revelaram que as mesmas às vezes procuram conhecer o que a escola está desenvolvendo de 
projetos e 10% responderam que os pais não têm conhecimento dos projetos da escola. 
 
100%
0%
A Escola estimula a participação dos pais no 
acompanhamento do processo de ensino aprendizagem dos 
alunos?
SIM
NÃO
36 
 
 
Fonte: Produzido pelo autor. 
 
Hoje em dia, é impossível imaginar qualquer projeto de inovação e de mudança que 
não passe pelo investimento positivo dos poderes da família e das comunidades. É preciso 
pensar a escola como um todo inserido na sociedade, pensar na democratização do sucesso (dela 
e de todos os sujeitos) que passa pela participação de todos os agentes sociais, dentre eles os 
parceiros. Sabe-se que a escola não quer que a família realize os projetos pedagógicos 
desenvolvido na escola ou ensine conteúdos, pois isso é pertinente à escola fazê-lo, o que ela 
precisa é que os pais acompanhem seus filhos no sentido de organizá-los quanto aos horários 
de estudo, descanso e lazer, sendo o hábito de estudo diário, fundamental para que ele possa 
realizar suas tarefas com responsabilidade e autonomia. 
A oitava e última

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