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NATHALIA FRANCESCATTO 
 
 
 
ENDODONTIA 2 
 
DIAGNÓSTICO EM ENDODONTIA: 
História médica anamnese exame clínico exames complementares. 
 
ANAMNESE: 
 História clínica: Está 
com dor? Há 
quanto tempo? Qual 
a intensidade da dor? Como 
é essa dor? Consegue 
localizar qual dente dói? A dor é 
provocada ou espontânea? O que 
desencadeia essa dor? 
 
EXAME CLÍNICO: 
Será usado para comprovar os sintomas que 
o paciente relatou e que ajudarão no 
diagnóstico. Existe três pilares para o 
exame: 
Inspeção: ela vai ajudar a identificar antes 
mesmo do início do atendimento algum 
edema, assimetria facial, traumatismo, 
lesão no lábio... 
Palpação: dentro da boca inicia-se a palpação para identificar se há algum edema, até de 
endurecimento... 
Exploração: ... 
 
 NATHALIA FRANCESCATTO 
 
 
 
Sinais a serem observados na coroa dentária: 
→ Alteração de cor: aspecto acinzentado, amarelado ou avermelhado; 
→ Presença de cavidade de cárie, restaurações extensas ou mal adaptadas; 
→ Presença de contatos prematuros e desgastes; 
→ Fissuras e trincas coronárias; 
Sinais a serem observados nos tecidos de suporte do dente: 
→ Tumefação e fístula (sempre rastrear a origem da fístula usando cone de guta persha, 
introduzi-lo até sentir resistência e radiografar); 
• Caso a origem da fístula esteja no terço cervical e médio da raiz pode significar 
que tem canal lateral contaminado, fratura radicular... 
• Se o cone estiver no terço apical da raiz, a patologia pode ser de origem 
periapical; 
• Nem sempre a fístula vai estar próxima ao dente acometido. 
→ Mobilidade e bolsa periodontal: importante para o diagnóstico diferencial entre a 
patologia endodôntica e doença periodontal; 
 
TESTES CLÍNICOS DE SENSIBILIDADE: 
O objetivo destes testes é reproduzir a dor que o paciente sem/te em casa, o consultório. 
Teste elétrico: eles imitem uma corrente elétrica de alta frequência e baixa voltagem, quando 
aplicado sobre a dentina do dente ele causa uma reação das fibras nervosa da polpa, que é a 
resposta esperada. O dente deve estar seco e isolado relativamente. Os dentes que estão 
hígidos respondem com baixa intensidade, se estiver com alteração pulpar responderá com 
estímulo ainda menor e com polpa necrosada não respondem. 
Teste térmico com frio: mais utilizado na clínica, dependendo da patologia ela pode diminuir 
ou exacerbar com ele. É útil quando o paciente relata dor ao comer/beber algo frio. Utiliza-
se um gás refrigerante com a temperatura entre –30 a –55 graus (ex: endoice). Para realizar 
o teste deve-se isolar relativamente e secar bem o dente, pegar uma bolinha de algodão 
pequena com a pinça e espirrar o spray nela, encostar a mesma na superfície coronária do 
dente por 2seg e aguardar resposta. Testa sempre mais que um dente, primeiro no dente 
vizinho, depois no possível afetado. O dente hígido dói bastante e passa imediatamente, em 
dente com polpa necrosada o pc não sente nada, se fazer o teste e o paciente sentir dor e 
continuar a sentir mesmo depois de retirar o algodão dele ele tem uma inflamação/pulpite. 
 NATHALIA FRANCESCATTO 
 
 
 
Buscamos com o teste a intensidade da dor e se a mesma passou rápido, foi contínua ou não 
existiu. 
 
Teste térmico com calor: realizado com guta persha. Para realizar o teste deve-se isolar 
relativamente, secar o dente, lubrificar a coroa dentária com vaselina, aquece uma guta 
persha e coloca-a na coroa removendo rapidamente (2seg). 
 
 
❖ Em alguns casos, como dentes portadores de prótese, com câmera pulpar estreita ou 
calcificada e dentes traumatizados, os testes térmicos podem não serem eficazes. 
 
Teste de percussão: realizado com o cabo do espelho, fazendo batidas leves tanto no sentindo 
vertical quanto horizontal no dente, para ver a resposta do dente referente ao tecido de 
 NATHALIA FRANCESCATTO 
 
 
 
sustentação. Realizado nos vizinhos e no dente suspeito. Se a resposta for positiva na 
percussão horizontal o comprometimento provavelmente é periodontal. Se a resposta for 
positiva na percussão vertical pode significar que o comprometimento é 
periapical/endodôntico. Se o dente tiver resposta positiva exacerbada denuncia que o mesmo 
pode ter comprometimento dos tecidos periapicais/periodontais. 
Teste de cavidade: é um teste confirmatório, utilizados nos dentes com câmera pulpar muito 
reduzida ou em casos que os testes não obtiveram resposta concretas. Não pode anestesiar, 
pois vai parar de doer. Usa uma broca e vai abrindo o dente suspeito em direção a polpa para 
ver se há uma resposta dolorosa. Se não sentir nada, está necrosado. 
Teste da anestesia: utilizado em casos difíceis de identificar, onde a dor é difusa ou reflexa, 
sempre ser feito quando o pc está com dor. Usado em último caso. Quando o paciente não 
sabe qual dente é e durante o exame intraoral não há nada que leve a certeza sobre qual 
dente pode ser, e os outros testes não são convincentes também. Anestesia-se a região 
suspeita, se caso a dor passe o comprometimento está naquela região. Se a dor continuar 
significa que não é naquela região, é uma dor irradiada. 
 
EXAME RADIOGRÁFICO 
É um exame essencial, nunca se faz apenas ele, deve estar associado a anamnese e ao exame 
clínico. Ele não dá o diagnóstico sozinho, nem sempre pode-se afirmar algo usando a 
radiografia. Na endodontia utiliza-se o rx periapical, assim pode-se observar o tamanho total 
do dente. 
Imagens radiolúcidas no dente: 
* Na coroa: cáries, fraturas, reabsorções; 
* No terço cervical e médio da raiz: fraturas radiculares, reabsorções; 
* Na região apical: fraturas e reabsorções. 
 
Imagens radiolúcidas nos tecidos perirradiculares: 
 NATHALIA FRANCESCATTO 
 
 
 
* Na região de furca: alteração de origem endodôntica ou não; 
* Nas áreas laterais: leões de origem endodôntica ou não; 
* Na região periapical: estruturas anatômicas, lesões de origem endodôntica ou não. 
 
Imagens radiopacas no dente: 
* Na coroa: restaurações, calcificações pulpares; 
* Terço cervical e médio da raiz: calcificações, obturações já feitas, retentor radicular; 
* Na região apical: hipercementose’’’ 
 
 
 
URGÊNCIAS ENDODÔNTICAS 
 
A dor de origem pulpar ou perirradicular correspondem a cerca de 90% dos casos de 
emergência em consultórios, sendo que, em muitas vezes, a intervenção endodôntica se 
torna imprescindível para alivio imediato dos sintomas. O sucesso do tratamento 
emergencial, caracterizado pela remissão da sintomatologia, é gratificante para ambos, 
 NATHALIA FRANCESCATTO 
 
 
 
profissional e paciente, e contribui decisivamente para que a confiança do paciente seja 
conquistada. 
 
EMERGÊNCIA x URGÊNCIA 
Urgência não representa uma condição séria, que necessite de intervenção imediata. A 
emergência requer tratamento imediato para restabelecimento do conforto do paciente. 
Para saber se o caso é realmente de emergência, faça algumas perguntas: 
¨ Seu problema está interferindo no sono, na alimentação, no trabalho, na 
concentração e em outras atividades diárias? 
¨ Há quanto tempo esse problema o atormenta? 
¨ Você precisou tomar algum medicamento para aliviar a dor? Ele foi eficaz? 
identificadas e diferenciadas essas duas condições, deve-se proceder da forma mais 
conveniente, que seria: tratamento imediato para as emergências e encaixe para os casos de 
urgência, levando em consideração a conveniência do paciente e do profissional. 
 
DIAGNÓSTICO: é importante lembrar que só um diagnóstico adequado pode oferecer um 
tratamento adequado. Para isso, é necessário realizar sistematicamente os seguintes exames: 
▫ Subjetivo: história médica e dental; 
▫ Objetivo: exame clínico visual, testes de vitalidade pulpar,testes perirradiculares, 
sondagem periodontal; 
▫ Exame radiográfico. 
 
TRATAMENTO: algumas condições não requerem intervenção endodôntica para alívio da 
sintomatologia. Essas geralmente representam quadros de urgência. Porém, as verdadeiras 
emergências endodônticas requerem a intervenção no sistema de canais radiculares. 
 
Dor de origem pulpar: 
Pode ser o resultado da estimulação de duas fibras nervosas sensoriais, oriundas do gânglio 
trigeminal. Nos estágios iniciais, essa dor se caracteriza por ser rápida, provocada por 
estímulos externos e desaparece após remoção do estímulo. Normalmente, em situações 
como essa, não é necessário tratamento endodôntico. (Fibras do tipo A). Essa situação pode 
ser agravada. A dor torna- se grave, contínua, excruciante, espontânea, fastidiosa e, às vezes, 
 NATHALIA FRANCESCATTO 
 
 
 
difusa, própria de pulpite irreversível sintomática. Nesses casos, há a necessidade de 
intervenção endodôntica para alivio da sintomatologia. (Fibras tipo C). 
Condições associadas a polpas vitais que podem requerer tratamento para alívio da 
sintomatologia: 
* Hipersensibilidade dentinária; 
* Pulpites reversíveis e irreversíveis; 
Com exceção da hipersensibilidade dentinária, microrganismos representam o principal fator 
etiológico das pulpites. Na pulpite reversível, a remoção do agente infeccioso (cárie) é, na 
maioria das vezes, suficiente para alivio da dor. Na pulpite irreversível, além da remoção da 
cárie, há a necessidade de realizar um procedimento invasivo na polpa, cuja profundidade de 
atuação (pulpotomia ou tratamento endodôntico) dependerá do nível de degeneração 
tecidual. Nesses casos, apenas a remoção da causa (cárie) não é suficiente para remissão dos 
sintomas. 
Condições que não requerem terapia endodôntica: 
* Hipersensibilidade dentinária; 
* Pulpite reversível. 
 
HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA: 
É caracterizada por: 
→ Dor aguda, fugaz, localizada e provocada após estímulos mecânicos, osmóticos, 
térmicos e bacterianos. 
→ Associada à recessão gengival. 
TRATAMENTO: 
O tratamento consiste em realizar a oclusão dos túbulos expostos, reduzindo com isso a 
atividade nervosa sensorial. O selamento da dentina exposta pode ser feito por: 
→ Aplicação de um gel de oxalato de potássio por três minutos sobre a área de dentina 
exposta, sob isolamento relativo. Pode haver recidiva após curto período. 
→ Aplicação de adesivos dentinários, que agem por hibridização com a dentina, ou de 
cimento de ionômero de vidro fotopolimerizável, sob isolamento absoluto. É mais 
duradouro que o oxalato. 
OBS.: Em casos de abrasão ou atrição, onde houver perda de estrutura dentária na cervical 
do dente associada à hipersensibilidade, a área deve ser restaurada com resina composta ou 
cimento de ionômero de vidro. 
 
PULPITE REVERSÍVEL: 
É caracterizada por: 
 NATHALIA FRANCESCATTO 
 
 
 
→ Dor aguda, fugaz, localizada e provocada após estímulos mecânicos, osmóticos, 
térmicos e bacterianos. 
→ Exames revelam cárie profunda e/ou recidivante, restaurações extensas, recentes ou 
fraturadas. Não há exposição pulpar. 
TRATAMENTO: 
O tratamento consiste em remover tecido cariado ou restauração defeituosa. Aplicar curativo 
com cimento à base de óxido de zinco e eugenol. Em dentes anteriores ou mesmo posteriores 
que receberão restauração com resina composta é conveniente aplicar um forro com cimento 
de hidróxido de cálcio e selar a cavidade com cimento de ionômero de vidro. Após uma ou 
duas semanas, se o dente estiver assintomático, a restauração definitiva pode então ser 
aplicada. 
 
Condições que requerem terapia endodôntica: 
* Pulpite irreversível sintomática. 
 
PULPITE IREVERSÍVEL SINTOMÁTICA: 
É caracterizada por: 
→ Nem sempre ocorre dor. A ocorrência da sintomatologia dolorosa em casos de pulpite 
irreversível é uma exceção; 
→ Há exposição pulpar por cárie, o dente apresenta dor aguda, contínua, excruciante, 
fastidiosa, espontânea e, às vezes, difusa; 
→ O uso de analgésico não é eficaz e pode haver dor à percussão. 
 TRATAMENTO: 
Quando há tempo disponível: 
Preparo inicial: anestesia, raspagem e polimento coronário. Inicia o isolamento absoluto; 
descontaminação do campo operatório com hipoclorito de sódio a 2,5% ou álcool iodado a 
2% e acesso à câmara pulpar. 
Exploração do canal: nessa fase obtemos o comprimento de trabalho. Durante a exploração 
de canais mais amplos, a polpa deve ser descolada das paredes dentinárias pela ação do 
instrumento. 
Pulpectomia: em canais mais amplos, realiza-se esse procedimento com limas rabo de rato 
ou extirpa nervos. Esses instrumentos são selecionados de acordo com o diâmetro do canal. 
Completo preparo químico-mecânico. 
Obturação do canal radicular: se não houver dor a percussão, pode-se proceder a obturação 
do canal radicular. 
 NATHALIA FRANCESCATTO 
 
 
 
Medicação intracanal: se por qualquer limitação (tempo, habilidade do operador, anatomia, 
dor à percussão) haver necessidade de uma consulta adicional, utilizamos medicação 
intracanal com pasta de hidróxido de cálcio associado a um veículo inerte. 
Quando não há tempo disponível: selamento coronário 
Unirradiculares: pulpectomia e medicação intracanal (Otosporin); 
Multirradiculares: pulpectomia do canal mais amplo (distal nos molares inferiores e palatino 
nos molares superiores). Pode-se optar também pela pulpotomia. Nos dois casos, deve-se 
proceder medicação intracanal com corticosteroide (Decadron Colírio ou Otosporin); 
Selamento coronário e prescrição de analgésico/anti-inflamatório: (Ibuprofeno 600 ou 
400mg, de 6 em 6 horas, por um ou dois dias. Se houver intolerância com AINEs, prescrever 
Paracetamol de 650 a 1000mg. 
 
Dor de origem perirradicular: 
A agressão microbiana aos tecidos perirradiculares pode induzir a liberação de mediadores 
químicos envolvidos no desenvolvimento de uma resposta inflamatória aguda. Como a causa 
da dor perirradicular de origem infecciosa é a presença de bactérias no interior do sistema de 
canais radiculares, o tratamento para essa condição é a eliminação, ou pelo menos a redução 
da população bacteriana intracanal. Uma vez que as bactérias localizadas na porção apical do 
canal são as principais envolvidas na agressão aos tecidos perirradiculares, parece obvio que 
aquele objetivo apenas é logrado quando o canal é instrumentado em toda sua extensão. 
Porém, sabe-se que a abertura coronária e a limpeza dos 2/3 coronários, pode-se ter o alívio 
de sintomas devido a diferença de pressão (perirradicular e atmosférica), que induz uma 
drenagem suficiente para reduzir a compressão ao nível do ligamento periodontal apical. 
Contudo, a remissão de sintomas é mais previsível quando o canal é limpo e desinfectado em 
toda sua extensão. 
Controle da dor após início de tratamento endodôntico pode ser feito com as seguintes 
medidas: 
✓ Emprego de analgésicos de longa duração (Bupivacaína) durante a execução do 
procedimento; 
✓ Prescrição de analgésicos e anti-inflamatórios (Ibuprofeno de 600 ou 400mg a cada 
6h). Outros agentes como Diclofenaco, Naproxeno, Cetoprofeno e piroxicam também 
são eficazes no controle da dor de origem endodôntica. 
✓ Em caso de dor severa: associar paracetamol de 650 a 1000mg no intervalo das doses 
do ibuprofeno. 
✓ Pacientes com intolerância aos AINEs: em caso de dor aguda, é recomendado 
paracetamol associado a um opióide (60mg de codeína ou 10mg de hidrocodona). 
 
NECROSE PULPAR: 
 NATHALIA FRANCESCATTO 
 
 
 
É caracterizada por: 
 Dor intensa à mastigação; 
 Teste positivo de percussão e às vezes de palpação; 
 Dor ao toque, com sensação de dente crescido. Isso ocorre devido à ligeira extrusão 
do dente no alvéolo em decorrência do edema no ligamento periodontal apical; 
 Radiograficamente, pode haver ou não espessamento do espaço do ligamento 
periodontal. 
TRATAMENTO: 
Se o conteúdo tóxico no canal radicular é oresponsável pela inflamação perirradicular, então 
a limpeza completa do canal em toda sua extensão, por meio de técnicas progressivas de 
instrumentação, é o procedimento de escolha para alívio da dor. É importante lembrar que o 
completo preparo químico-mecânico só não deve ser realizado na consulta de emergência se 
houver limitação técnica do operador, carência de tempo ou interferências anatômicas. 
1ª opção: preparo inicial – utilizar anestesia com bupivacaína; inundação da câmara pulpar 
com NaOC l a 2,5%; desinfecção progressiva; limpeza por ampliação dos 2/3 coronários com 
brocas de Gates-Glidden ou outros instrumentos acionados a motor; limpeza apical e 
obtenção do CT com limas de pequeno calibre e irrigações abundantes com Na OCl a 2,5%; 
Completo preparo químico-mecânico; colocação de medicação intracanal com pasta de 
hidróxido de cálcio/paramono cloro fenol canforado/glicerina (HPG); Selamento coronário e 
prescrição de analgésico/anti-inflamatório; Alívio de oclusão. 
2ª opção: (Limitação de técnica, tempo, anatomia), preparo inicial – utilizar anestesia com 
bupivacaína; Instrumentação dos terços médio e cervical, preservando os 3 a 4mm apicais e 
irrigando-se com NaOCl a 2,5%; Remoção do excesso de NaOCl do canal por meio de 
aspiração. Não secar o canal; colocar uma mecha de algodão embebida em NaOCl na câmara 
pulpar, reduzindo a população bacteriana; Selamento coronário e prescrição de 
analgésico/anti-inflamatório; Alívio de oclusão. 
 
ABSCESSO PERIAPICAL AGUDO: 
Se confunde com pulpite aguda irreversível, só que a pulpite é difusa e o abscesso é localizado, 
se confunde com periodontite apical aguda, só que a dor é leve e no abscesso a dor é intensa. 
Se confunde com abscesso apical (periodontal) agudo, só que o abscesso apical pode ter 
vitalidade ou não, o abscesso periapical SEMPRE tem necrose e o abscesso periodontal está 
associado a bolsa periodontal, problema periodontal associado. (para ter abscesso apical 
agudo é NECESSÁRIO ter problema periodontal, se o pc não tem é abscesso periapical agudo). 
Diagnóstico diferencial: alteração nos tecidos da mucosa, tem extrusão e mobilidade, a 
palpação dói, dor intensa. É caracterizada por: 
➢ Dor espontânea, pulsátil e à mastigação; 
➢ Testes de percussão e palpação positivos; 
➢ Pode haver mobilidade dental e também envolvimento sistêmico, como febre. 
 NATHALIA FRANCESCATTO 
 
 
 
TRATAMENTO: 2 modos de tratamento: 
- Quando tem acesso ao canal; 
- Quando não tem acesso ao canal. 
Deve-se sempre tentar abrir o dente. 
o Estágio inicial – quando tem acesso ao canal: 
• Características clínicas: dor intensa, pulsátil, localizada, aumento de 
mobilidade, cresceu na boca, não consegue morder que dói. 
• Tratamento com acesso ao canal e drenagem do dente – furo na coroa no 
ponto de eleição com broca para liberar pus, irrigar com hipoclorito 2,5% até 
que pare de drenar, aplicar tricresol, selar e aliviar a oclusão. NÃO modelar 
dente com dor, a tendência é piorar a dor. 
• Medicação: se houve drenagem e o paciente for saudável e não tiver nada 
sistemicamente afetando (febre, não ficou sem se alimentar), não precisa 
medicar. Se paciente debilitado medicar com antibiótico e analgésico. 
(Paracetamol 750mg, 1 comp de 8/8 por 3 dias); (Amoxicilina 500mg, 1 comp 
de 8/8 horas por 7 dias). Não precisa anti-inflamatório – pois não há edema, 
febre... a reação inflamatória ainda está sob controle. 
OBS: Há situações de abscesso em fase inicial que não se consegue fazer a drenagem do pus, 
fazer radiografia, medir o CAD – 3 = CTEX, aplicar hipoclorito 5%, esvaziar o canal no terço 
cervical e médio, se houver a drenagem nesse momento, aplicar tricresol. Se não houver 
drenagem mesmo assim, esvaziar todo o canal com instrumento fino no CTEX. Se não houver 
drenagem, pode ser que o forame apical seja estreito e a pus não consiga passar, essa é ÚNICA 
situação que se pode ultrapassar o periápice para drenagem. Medicar o paciente com 
antibiótico e analgésico mesmo que saudável, pois não se conseguiu a drenagem. 
o Em evolução: 
• Mesmo sabendo que não vai haver drenagem, deve-se abrir o dente, não 
haverá drenagem, pois, a secreção purulenta não está mais dentro do canal, já 
houve rompimento da cortical e está nos tecidos. Deve se abrir para diminuir 
a pressão de gases, diminuindo um pouco a dor do paciente, limpando o terço 
cervical e médio com hipoclorito 5%, para diminuir as bactérias, não 
ultrapassar o terço apical. Na fase do abscesso que o paciente está com celulite 
fascial, não deve ultrapassar o instrumento além do terço médio, porque não 
vai drenar e possui alto risco de levar bactérias para o periápice e piorar a 
situação do paciente (questão de prova). 
• Medicar o paciente mesmo sendo saudável ou não, com antibiótico, anti-
inflamatório e analgésico. Utilizar anti-inflamatório nesta fase pois a reação 
inflamatória está muito intensa, deve-se tentar diminuir com este 
medicamento. (Diclofenaco de sódio ou potássio, 50mg 1 comp de 8/8 por 3 
dias). Não medicar com anti-inflamatório sem antibiótico pois ajuda a 
disseminar a infecção, podendo ser fatal. 
o Estágio evoluído: 
 NATHALIA FRANCESCATTO 
 
 
 
• Edema pode estar duro a palpação (imaturo) ou estar flutuante (maduro); 
• Se tem acesso ao canal, abrir o canal e medicar pois não há drenagem e a dor 
irá continuar, medicar com antibiótico, anti-inflamatório e analgésico. Aplicar 
tricresol após perfurar a coroa, limpar o terço cervical para diminuir 
contaminação e facilitar a ação do medicamento. 
• Se estiver maduro faz a drenagem, se imaturo, acrescenta bochecho com água 
quente e sal ou aplicação de calor no local, acelerando para que o processo 
fique maduro para posterior drenagem. Se estiver imaturo NÃO drena. 
• A drenagem é de extrema importância pois tira a dor do paciente na hora. 
 
TRATAMENTO DA DOR PROVOCADA POR ENFERMIDADE PERIAPICAL: 
→ Abcesso periapical agudo: quando eu não tenho acesso ao canal como faço o 
tratamento? Somente medicar o paciente. 
→ Se estiver em fase inicial: antibiótico e analgésico; 
→ Se houver edema associado: antibiótico, anti-inflamatório e analgésico. Bochecho 
com coisa morna ou aplicação de calor. 
→ Se o paciente não tiver trismo pode anestesiar, sempre a distância de bloqueio. 
→ Quando na radiografia identifica-se que o dente causador da dor possui PT fixa, núcleo 
de retenção, endodontia, alivia-se a oclusão, medica, e quando passar a fase aguda 
faz-se a endodontia. 
→ Quando devo medicar? Quando não drena ou quando o paciente está medicado. 
→ Qual medicação indicada? Antibiótico, analgésico e anti-inflamatório (quando tem 
edema associado). 
→ Quando o anti-inflamatório está indicado? Quando a reação inflamatória é tão intensa 
que acaba fazendo mal ao paciente. Para acabar com a inflamação? Não, para diminuir 
a intensidade dela. 
→ Quando associa antibióticos? Quando o amoxil não combate as bactérias anaeróbicas, 
isso é comum quando o dente é aberto e fica aberto no meio bucal e fica exposto a 
bactérias que não são comuns ao canal radicular. 
→ Quando o paciente é alérgico a penicilina = clindamicina. 
→ As penicilinas são os antibióticos de primeira escolha no tratamento das infecções 
odontogênicas. 
→ TODO MEDICAMENTO DEVE SER INDICADO POR ESCRITO NUNCA VERBALMENTE. 
→ Abcesso periapical crônico agudizado em fase inicial: se houver fistula ativa não 
precisa medicar, porque a pressão vai sair por ali. 
→ A sintomatologia do APA e o tratamento é o mesmo para reagudização de processos 
crônicos. 
→ Quais são os processos crônicos? Abcesso periapical crônico agudecido, granuloma 
agudecido, cisto agudecido. 
→ Como é a dor? Intensa, continua, pulsátil, localizada, espontânea. 
 NATHALIA FRANCESCATTO 
 
 
 
→ O que tem de diferente? Lesão. De acordo com as características clinicas da lesão 
consegue-se um diagnóstico. 
→ CISTO: se for causado por necrose pulpar pode resolver-secom endodontia. 
→ SE NÃO FALAR DE LESÃO na história médica, não falar de expressão radiográfica, NÃO 
SE DÁ DIAGNÓSTICO DE LESÃO. 
 
TRATAMENTO DA DOR SURGIDA DURANTE A REALIZAÇÃO DO TRATAMENTO 
ENDODONTICO (FLARE UP): 
Quando a pessoa estava fazendo um tto endodôntico e reagudizou. 
▫ Em pulpectomias: por resto de polpa, ou quando se coloca sobre instrumentação 
(pericmentite ou periodontite apical aguda) O que fazer? lava-se com soro, coloca 
otosporin, alivia a oclusão e receita um analgésico. Receitar anti-inflamatório só 
quando tiver certeza que não contaminou. 
▫ Em dentes despolpados: (quando leva bactérias pro canal, quando se faz muita 
pressão na irrigação, hipolocorito 5% no periápice, restauração provisória alta, 
excesso de tricresol...). Desequilíbrio por iatrogenia. 
▫ O correto diagnostico e o atendimento resolutivo trará um resultado positivo. 
 
 
ACIDENTES E ERROS 
 
Complicações: ato ou efeito de dificultar a resolução de um tratamento endodôntico. Pode 
advir dos acidentes ou serem inerentes aos dentes. 
 
Formação de degrau - Perfuração radicular- Fratura de instrumentos - Desvio de preparo 
 NATHALIA FRANCESCATTO 
 
 
 
 
Canal atrésico/calcificado - Curvatura radicular – Rizogênese incompleta 
 
CAUSAS NÃO IATROGÊNICAS: características do próprio dente. 
¨ Rizogênese incompleta; 
¨ Má formação anatômica; 
¨ Raízes e canais extras; 
¨ Traumatismo; 
¨ Reabsorção externa /interna; 
¨ Fraturas radiculares; 
¨ Nódulo pulpar. 
 
CAUSAS IATROGÊNICAS: erros e acidentes. 
¨ Abertura coronária; 
− Abertura insuficiente; 
− Desgaste acentuado; 
− Material restaurador na cav. pulpar; 
− Fratura de broca; 
− Perfuração (há sangramento), para solucionar irriga-se com soro fisiológico, 
seca com cone de papel, coloca pó hidróxido de cálcio PA, pasta hidróxido de 
cálcio MTA e por último CIV; 
− Desgaste compensatório pode ajudar. 
¨ Instrumentação; 
¨ Irrigação; 
¨ Curativo de demora; 
¨ Obturação; 
¨ Pós-tratamento. 
¨ Isolamento absoluto 
− Deglutição; 
− Aspiração; 
− Solução irrigadora na cavidade bucal. 
− Usar super bonder em gel, topdam... 43 
 NATHALIA FRANCESCATTO

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