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Mama em Normalidade: A mama é uma glândula sudorípara modificada, presente entre o 3º e o 5º espaço intercostal Estroma mamário: É composto por: Estroma intralobular - tecido conjuntivo frouxo, contendo células inflamatórias e que responde às variações hormonais Estroma interlobular - tecido fibroso denso, com alguns adipócitos na mulher jovem, após a menopausa predomina o tecido adiposo Parênquima mamário: estrutura funcional da glândula mamária, nele há de 15 a 20 lobos secretores que são separados por bandas fibrosas, chamadas de ligamentos suspensos da mama Tecido glandular: Ductos + lóbulos + lobos + ácinos + ductos, que são sustentados pelo estroma Lobos: Conjunto de 20 a 40 lóbulos com seus ductos. Cada lobo termina drenando para um único ducto secretor, chamado de ductos lactíferos (segm.) Ductos: Os lóbulos drenam para o ducto terminal e, estes, drenam para o ducto subsegmentar. Vários ductos subsegmentar formam o ducto segmentar. Na extremidade final, há uma dilatação formando o seio lactífero. Todos os ductos segmentares se convergem, formando o ducto coletor Lóbulos: Conjunto de 10 a 100 alvéolos e ductos terminais Alvéolos ou Ácinos: Possuem várias células e acinares produtoras de leite, que se unem formando o alvéolo Aréola: Anel centrado pelo mamilo que contém glândulas sebáceas modificadas que formam elevações conhecidas como tubérculos de Montgomery - produzem secreção antimicrobiana que protege a superfície Mama na Gravidez: A placenta produz altos níveis de estrogênio e progesterona que impede que ocorra o ciclo menstrual, fazendo a manutenção da gravidez, além de proliferar os alvéolos e ductos para a lactação A placenta também produz prolactina - responsável pelo crescimento e atividade secretora dos alvéolos mamários - e produz o lactogênio - age desenvolvendo os alvéolos. Ambos são inibidos pelos altos níveis de progesterona e estrogênio. Quando a placenta é retirada, suspende o efeito inibidor da lactação - possibilita o início da produção de leite. A sucção gera estímulos nervosos para a secreção de occitocina pela adenohipófise - age nas células mioepiteliais dos alvéolos, fazendo-as se contraírem expulsando o leite para os ductos segmentares Doenças nas mamas: Mastites Mastite Aguda: São lesões inflamatórias do parênquima mamário pouco frequentes; Mais comuns durante as primeiras semanas de amamentação (primeiro mês), pois a mama fica mais vulnerável à penetração de bactérias - ETIOLOGIA: Flutuações hormonais, comum em adolescentes que apresentam níveis hormonais oscilantes; Traumatismo local ou infecção, em decorrência do bloqueio dos ductos por sangue e/ou restos celulares; Tumores que secundariamente acometem a pele ou gera obstrução linfática; Mais comumente infecciosa: Principalmente Staphylococcus Aureus e menos pelo Estreptococos - PATOGENIA: Penetração de bactérias, provenientes da nasofaringe do bebê lactente ou das mãos da mãe, através de fissuras e rachaduras do mamilo ou na aréola causada pela sucção vigorosa, gerando uma infecção inicial aguda, difusa, dolorosa, com aumento de volume da mama por edema, hiperemia e exsudato neutrofílico, frequentemente há febre e os ductos tornam-se obstruídos Inicialmente, apenas um sistema ductal ou setor da mama é envolvido. Se não tratada, a infecção pode se espalhar por toda a mama - SINTOMAS: Aumento doloroso e eritematoso das mamas DIAGNÓSTICO: Clínico; Ultrassonografia PAAF → Punção Aspirativa por Agulha Fina - coleta o material de nódulos da mama e faz análise TRATAMENTO: O quadro geralmente regride com uso de antibióticos e drenagem completa do leite; Aplicação de compressas frias ou quentes; excisão; aspiração; analgésicos suaves e uso de sutiã firme ou estabilizador mamário Caso a lesão evolua para abscesso, é necessário drenagem cirúrgica (raramente) Mastite Crônica: ETIOLOGIA: É rara, podendo resultar da mastite aguda com resolução incompleta. PATOGENIA: Caracteriza-se por fibrose e infiltrado inflamatório linfoplasmocitário Mastites Granulomatosas ETIOLOGIA: São raras e ocorrem de doenças granulomatosas sistêmicas, como: tuberculose, micose (paracoccidioidomicose, histoplasmose, actinomicose) e na sífilis. PATOGENIA: Acomete mulheres que amamentaram. É um processo inflamatório do parênquima mamário que se manifesta através de uma massa ou abscesso recorrente com fístula, podendo simular carcinoma SUBTIPOS: Mastite Granulomatosa associada a Mycobacterium tuberculosis: Extremamente incomum, responsável por até 3% de todas as lesões mamárias tratáveis nos países em desenvolvimento ∟ Pode ser primária → quando não há nenhum outro foco tuberculoso no corpo ou pode ser secundário a uma lesão pré-existente em outra parte do corpo (mais comum) como nos pulmões ou linfonodos próximos a mama → presume-se que o acometimento da mama se dê por disseminação hematogênica direta ∟ Sintomas: febre; nódulo, abscesso, fístula, geralmente unilaterais ∟ Exame histopatológico: Presença de granulomas com células gigantes de Langerhans e necrose caseosa Mastite Granulomatosa Neutrofílica Cística: Doença rara que acomete mulheres em idade reprodutiva. Prevalentes em pacientes imunossuprimidos ou com corpos estranhos (próteses, piercings) ∟ Causa: Infecção por espécies de Corynebacterium ∟ Exame histopatológico: Presença de lipogranuloma (nódulo de tecido adiposo constituído de gordura necrosada) supurativo (pus amarelo), contendo vacúolos centrais que podem conter o microrganismo e um cinturão de macrófagos ao redor Ectasia Ductal Nódulos palpáveis e indolores periareolar, de etiologia não definida, que envolve os ductos grandes subareolares em mulheres na peri e pós-menopausa. Também pode ser visto em crianças lactentes ∟ Manifesta-se como uma descarga papilar serosa (saída de secreção através da papila mamária não associada a gravidez e lactação - fisiológica), sanguinolenta ou amarelada ∟ Patogenia: Afeta ductos extralobulares na região retro-areolar → Dilatação progressiva dos grandes ductos que são preenchidos por secreção espessa, restos celulares e macrófagos repletos de lipídios, até a ruptura dos ductos. Quando rompidos, gera uma reação inflamatória crônica intersticial e periductal, com infiltrado inflamatório rico em linfócitos, plasmócitos e macrófagos. Forma-se granulomas em volta dos depósitos de colesterol e secreções. ∟ Com a evolução, inicia a fibrose que pode causar retração do mamilo e da pele, além de produzir uma massa firme irregular que simula o carcinoma invasivo na palpação ou mamografia ∟ Sintomas: Dor e vermelhidão, além dos nódulos palpáveis ∟ Tratamento: Excisão cirúrgica do ducto comprometido, para evitar câncer de mama
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