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Eduarda Gonzalez 1 Artrite Reumatóide É uma doença autoimune tipo IV e II, inflamatória sistêmica, crônica e progressiva, que acomete mais as mulheres adultas jovens e pode atacar vários órgãos e tecidos do corpo, mas apresenta uma preferência as articulações. Desenvolvendo Artralgia (dores nas articulações) e Artrite (Inflamação da articulação). A Artralgia é apenas a presença da dor, quando há a associação de outros sinais flogisticos, será a Artrite, que envolve os 4 sinais inflamatórios: Artralgia (dor), Edema, Hiperemia e Calor. Artrose X Artrite Artrose é a degeneração da articulação e por isso é mais comum no idoso. Por ser um processo lento e crônico tem uma inflamação que não ter um sinal de artrite evidente, vai apresentar apenas a Artralgia (dor), sem outros sinais flogisticos. Artrite é uma inflamação e pode acontecer na criança, no adulto ou no idoso, podendo ser uma artrite reumatoide juvenil, artrite reativa devido a uma infecção, ou até mesmo por pancada. • Artralgia: Dor • Artrite: Inflamação • Artrose: Degradação A artrite por ser um processo de inflamação crônica da articulação, deve evitar que essa inflamação aconteça, por poder desenvolver erosões, destruições e deformação. Assim, tendemos a deixar doses baixas e seguras nesse processo de remissão. Quadro clinico: Há a presença da poliartrite (mais de uma articulação acometida), com caráter aditivo, ou seja, vai inflamando e adicionando mais articulações a esse conjunto de atrites. Sendo assim, se trata de um processo aditivo e de forma simétrica (ambas os lados do corpo). Essa inflamação pode acometer praticamente todas as articulações, tanto as grandes quanto as pequenas de mãos e pés. Há uma rigidez matinal, porque quando a paciente dorme, vai tendo uma deposição da parte inflamada e vai demorar cerca de Eduarda Gonzalez 2 1 hora para poder mexer, além de ter outros sintomas como febre, fadiga e fraqueza. • Início Insidioso • Fadiga, fraqueza, mal estar. • Poliartrite Crônica • Sinais inflamatórios evidentes • Grandes e pequenas articulações • Simétrica e Aditiva • Poupa esqueleto axial (exceto cervical) • Rigidez Matinal >1hora. • Pode cursar com febre e manifestações extrarticular. • Evolução para deformidade e incapacidade funcional. É importante ressaltar que na fase aguda há uma artralgia com edema e hiperemia. Artrite Juvenil Se não imunossuprimirmos o paciente com artrite, vai ocorrendo uma erosão e a destruição da articulação, além disso, pode aparecer os nódulos subcutâneos. Eduarda Gonzalez 3 Etiologia Base Genética: Temos reconhecidos os genes do padrão HLA, da apresentação e reconhecimento de autoantígenos. Fatores Ambientais: • Tabagismo. • Hormônios Sexuais. • Álcool. • Obesidade. A associação da predisposição genética com os fatores ambientais irá desenvolver uma quebra de tolerância e por consequência haverá a indução da ativação imunológica, que vai ativar linfócitos B, que irão produzir anticorpos, além de ativar linfócitos T (TDC8), células dendríticas e macrófagos para atuar contra os antígenos citrulinados, que são os antígenos da articulação. Assim, começa a cascata inflamatória, com um meio rico em interleucinas que irão ativar fibroblastos a fazer fibrose, além dos condrócitos e osteoclastos que irão destruir a cartilagem e o osso. O endotélio vai fazer um processo de angiogênese e decorrera na lesão tecidual. A articulação vai sofrendo inflamação, acabando com a articulação formando a fibrose até parecer que os ossos foram fundidos, nesse estagio a perdeu totalmente a função da articulação. A artrite reumatoide vai ser uma reação de hipersensibilidade predominantemente tipo IV (mediada por células), mas também é tipo II (anticorpos). A questão de ser tipo II será importante porque o exame vai fazer a dosagem do anticorpo, para avaliar o fator reumatoide. Eduarda Gonzalez 4 A Artrite Reumatóide possui como resposta um padrão Th1 e Th17, desenvolvendo um percentual grande de destruição. A APC vai desenvolver uma resposta no padrão TH1, que vai ativar linfócito B a produzir anticorpos IgG e IGM, além de ativar o macrófago. Além disso, a APC vai induzindo o TH17, assim com essas interleucinas no perfil TH17 vai desenvolver uma super ativação de neutrófilos, fibroblastos, condrócitos e osteoclastos, que são células muito agressivas, por remover o osso, deposita colágeno e fibrosa. Assim, nesse processo temos a ativação de metaloproteinases que irão destruir a cartilagem, ocorre o processo de angiogênese, e vai depositando o pannus. O pannus é uma camada de tecido fibrovascular anormal que altera a estrutura e a funcionalidade das articulações, que vai desenvolver uma invasão e destruição óssea. • Th2: Parasita, helminto e alergias. • Th1 e TH17: Na desregulação vão fazer doenças autoimunes. • Th1: Atua contra microrganismos intracelulares. • Th17: Microrganismos extracelulares. Eduarda Gonzalez 5 Diagnóstico Baseada em 4 dos 7 critérios. Onde desses critérios temos os critérios clínicos, laboratoriais e raio X. Eduarda Gonzalez 6 Tratamento O tratamento na fase aguda vai ser a partir da utilização de corticoide (pode ser oral ou infiltrado na articulação), anti-inflamatório. O corticoide vai auxiliar desinflamando e bloqueando as vias para melhorar a qualidade de vida do paciente. Na fase crônica deve evitar manter a inflamação e destruição e por isso é utilizado os imunossupressores de uso crônico. Há terapias mais novas, que são os anticorpos monoclonais. Há drogas que bloqueiam o ciclo do DNA, ou seja bloqueia a mitose das celulas. Assim, todas as celulas que estao em alto ritmo de proliferação como linfocitos T e B vão ter seu ciclo bloqueado, não proliferam e há uma imunosupressao. Eduarda Gonzalez 7 • Anti-IL6 Vai desenvolver o bloqueio de uma interleucina essencial para ativação da inflamação e destruição dos osteoclastos e osteoblastos. É uma droga muito cara, mas vai ter um potencial melhor com menos efeitos colaterais.
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