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20/02/2022 Flavia Fumero de Souza Artrite Reumatoide Artrite reumatoide (AR) é uma desordem inflamatória, crônica, autoimune e sistêmica de etiologia desconhecida que primariamente envolve a membrana sinovial das articulações, podendo levar à destruição óssea e cartilaginosa. Esta doença acomete normalmente as articulações periféricas das mãos e pode progredir para as articulações mais proximais Introdução e epidemiologia Grande variedade de manifestações – é uma doença sistêmica, além de ter manifestações articulares o pacientes pode também ter manifestações extra articulares (cutâneas, cardíacas, pulmonares, oftalmológicas..) • Acomete cerca de 0,5%-1% da população mundial adulta, • É a doença autoimune mais prevalente • 30-50 anos • Acomete faixa etária economicamente ativa • Predomina no sexo feminino – 8:1 (américa Latina) -> A presença do estrógeno está associada a esse predomino no sexo feminino • O tabagismo é considerado um dos fatores de risco mais bem estabelecidos para AR. Etiopatogênese Grande parte das nossas doenças ocorrem de forma multifatorial, há diversas teorias de etiopatogenia e no caso da artrite reumatoide há um tripé que é composto pela genética, hormônios e ambiente Genéticos -> Agregação familiar Prevalência 2 a 10 x maior em parentes de primeiro grau de pacientes com AR o Epítopo compartilhado - HLA- DRB1 É a presença de uma sequência de aminoácidos em um complexo do histocompatibilidade 2(HLA-DRB1). Existem 5 sequências de aminoácidos que podemos ter no HLA-DRB1 que quando presentes predispõe o indivíduo a ter AR . A presença do epítopo compartilhado é, portanto, um fator de suscetibilidade para o desenvolvimento da doença. A presença dessa sequência de genes traz o prior prognostico para o individuo Nesses pacientes que possuem o epítopo compartilhado o tabagismo parece determinar risco maior de desenvolvimento de AR Ter o epítopo compartilhado não significa que necessariamente que o paciente terá AR, e sim que existe um risco maior, especialmente se houver exposição ao tabagismo Ambientais o Tabagismo A presença tabagismo e do fator reumatoide confere ao indivíduo um pior prognostico articular e extra articular na AR, esse paciente também tem maior risco de ter doenças cardiovasculares o Fatores infecciosos Doença periodontal – Porphyromonas gengivais É necessário fazer avaliação odontológica periódica dos pacientes com AR AR Microbioma intestinal Hormonais o Efeito estimulador do estrógeno no sistema imune Melhora a AR na gestação Recorrência no período pós-parto Fisiopatologia EM RESUMO : O fator que desencadeia o processo inflamatório sinovial pode ser um antígeno pode ser exógeno (fatores ambientais), endógeno ou combinação de ambos. 20/02/2022 Flavia Fumero de Souza A resposta autoimune na AR é constante com linfócitos T CD4+ hiper estimulados que migram para a sinóvia e atraem e ativam macrófagos e linfócitos B. Ocorre produção desordenada de citocinas que contribuem com perpetuação do processo inflamatório e estimulam a proliferação das células sinoviais, levando a uma expansão progressiva do PANNUS. Além disso, o paciente apresenta uma ativação dos linfócitos B em plasmócitos, podendo produzir uma série de autoanticorpos. Um dos mais encontrados é o Fator Reumatoide e os Autoanticorpos contra peptídeos citrulinados). As quimiocinas atraem neutrófilos para o líquido sinovial. (SanarFlix) EM DETALHES : O principal fator genético associado ao desenvolvimento de AR é o epítopo compartilhando, portanto, o individuo que tem a presença dessa epítopo ou alguma outra alteração genética e se exposto a um gatilho ambiental (tabagismo ou infecções)-> darão inicio ao processo bioquímico que chamamos de citrulinização no local atingido pelo agente ambiental, se for o tabagismo ocorre na arvore traqueobrônquica ou se for a Porphyromonas gengivais no tecido periodontal Citrulinização é a troca de um aminoácido arginina por uma citrulina, esse processo é feito pela enzima PAD4. A partir do momento que ocorre esse processo de citrulinização é desencadeado um processo autoimune, produzindo anticorpos (anticorpo anti peptídeo citrulinado ou anti CCP) contra essa proteína modificada (peptídeo citrulinado). CORIOSIDADE!!! Da mesma forma que temos a citrulinização na arvore traqueobrônquica e no tecido periodontal, na parede intestinal existe um processo que chamamos de carbamilação, onde ocorre a troca de uma lisina por uma homocitrulina, processo chamado de barbamilação, produzindo autoanticorpos (anti carbs) No indivíduo que possui predisposição genética esse processo de produção de autoanticorpos é maior e em consequência desencadeiam um processo de autoimunidade maior Esta fase e chama de pré articular pois ainda não afetou a articulação, (não se sabe bem ao certo o porquê esses autoanticorpos que estão na corrente sanguínea vão acarretar recrutamento para a articulação de células inflamatórias (macrófagos e linfócitos) e de outras células (fibroblastos, condroblastos e osteoclastos) TNFalfa célula T -> ativam macrófagos (linhagem TH-17) que recrutam citocinas pró-inflamatória (TNF-α, IL-6 e IL-1) -> dando continuidade ao processo inflamatório (ativam fibroblastos, condrócitos e osteoclastos) e promovem a ativação de metaloproteinases (que são enzimas que vão acarretar em última análise erosão, tanto na cartilagem articular como erosão óssea ,que, será perdida) Ainda na região da membrana sinovial, forma-se um tecido granulomatoso com células gigantes, fibroblastos e macrófagos denominado PANNUS. Logo após a fase pré-rticular e o organismo entrar em recrutamento 20/02/2022 Flavia Fumero de Souza O linfócito T ativa o linfócito B o qual passa por varias etapas até se transformar linfócito B maduro plasmócito, o linfócito B pré maduro expressa na sua superfície uma molécula de identificação (CD20), cuja principal função é a produção de imunoglobulinas (anticorpos), um desses é o fator reumatoide. Quando esses autoanticorpos se ligam aos seus antígenos formam imunocomplexos levam a ativação da cascata complemento culminando em uma sinovite crônica. Importante : Rituximabe (anti-CD20) -> medicação que atua bloqueando células que expressão DC20, com isso não se tem a formação de plasmócito e consequentemente não há produção de autoanticorpos, levando a redução do processo inflamatório crônico presente na AR. Pannus é um tecido metabolicamente ativo e que é o processo inflamatório ativo que leva a erosão óssea e articular Dado importante Porque o paciente que tem doença reumatológica tem um risco cardiovascular aumentado? Na sinovite o macrófago produz várias citocinas pró-inflamatórias, todas essas citocinas tem efeitos sistêmicos, em contrapartida no fígado promovem a produção de proteína de fase aguda (proteína C reativa e fibrinogênio), no tecido adiposo promovem aumento de triglicerídeos, LDL e redução do HDL, ou seja, altera o perfil lipídico do paciente, no tecido muscular periférico atuam aumentando a resistência periférica a insulina, tudo isso leva a lesão endotelial que culmina em aterogênese acelerada Manifestações articulares Instalação insidiosa o Se instala em semanas a meses Manifestações constitucionais o Astenia o Fadiga o Febre baixa o Perda ponderal o Dores musculoesqueléticas o Linfadenopatia Poliartrite – acometimento de >5 articulações o Crônica - 6semanas ou + Aditiva - vão se adicionando articulações acometidas, (“começou a doer e inchar o punho esquerdo, depois de 5 dias foi para o punho direito, agora já está no joelho”). -> não confundir com migratória, Simétrica – acomete os dois ladosdo corpo ->não precisa ser absoluta Caráter inflamatório Piora com repouso e melhora com a movimentação (na de caráter mecânico tem melhora com repouso e piora com movimentação), é muito frequente o paciente falar que acorda muito mal e conforme vai se movimentando a dor tende a melhorar Rigidez matinal (não é considerada critério classificatório) • Importante para diagnostico 20/02/2022 Flavia Fumero de Souza • Grau de atividade articular e eficácia do tratamento • Difícil documentar este dado com o paciente, não é mais um critério classificatório o Potencialmente erosiva Dor o Variável o Moderada Edema – borrachóide • Predomina MCFs, IFPc, punhos, MTFs, • ombros e joelhos, mas pode acometer qualquer articulação do corpo Características Articulares 1- Desvio ulnar dos dedos (mão em ventania), deformidade causada por subluxação das metacarpo falangianas que pode ocorrer na AR, inicialmente é reversível, causada por frouxidão ligamentar, mas se não tratada evolui com deformidade irreversível, • atrofia da musculatura interóssea, • subluxação do processo estiloide • aumento de volume (edema) na 3º interfalangiana proximal direita e na 1º interfalangiana esquerda 2- Lesão em dorso de camelo, tem aumento de volume na topografia das metacarpofalangianas, • Característica a palpação : borrachóide (Pannus), tem atrofia importante da musculatura interóssea 3- Lesão em dorso de camelo, onde há o aumento do volume do punho • presença de tecido borrachoide, sinovite na 2º e 3º metacarpo falangiana • atrofia muscular 4- Edema na 2º e 3º metacarpofalangiana proximal, chamamos de dedo em fuso 5- Dedo de caroneiro, • subluxão da articulação trapéziometacarpiana • extensão da 1º interfalangiana, desvio ulnar dos dedos, • edema nas articulações 6- 3º dedo está em botoeira e o 5º dedo está em forma de pescoço de cisne, • no dedo em pescoço de cisne há uma hiperextensão da interfalangiana proximal e flexão da distal, • no dedo em botoeira a uma flexão da interfalangiana proximal e hiperextensão da distal FIQUE DE OLHO-> AR em estágio avançado, edema de punho, atrofia da musculatura, desvio dos dedos, mostra o polegar em forma de dedo do caroneiro e os demais em forma de pescoço de cisne 20/02/2022 Flavia Fumero de Souza 7- Halux valgo, calosidades (ocorrem, pois, as metatarsos falangianas também sofrem subluxação e luxação havendo desvio da cabeça da metatarso falangiana, com a pressão do “pisar” formando calos que são extremamente dolorosos e de difíceis tratamento), • deformidade em vários pododáctilos, 8- Pé Plano : ausência do arco plantar longitudinal: denominados -> pé plano/chato • Toda a planta do pé está em contato com o chão, possui ainda um valgismo de tornozelo 9- Pé plano valgo : Perda total do arco plantar longitudinal + valgismo de tornozelo = pé plano valgo Pode acometer também Ombros, cotovelos, joelhos e coxo-femorais o Bloqueios (articulações onde existam membrana sinovial) • Coluna vertebral o Subluxação ou luxação C1-C2 - união atlantoaxial Clinica – inicio : cervicalgia alta, evoluindo para rigidez do pescoço ,evoluindo com sinais neurológicos de compressão medular se tornando uma emergência articular Diagnostico : radiografia da coluna cervical em perfil com a flexão máxima da coluna • ATMs:Cabeça e pescoço: articulação temporamandibular: mastigação comprometida + dor no ouvido; • articulação cricoaritenoidea : rouquidão Manifestações periarticulares • Tenossinovites o Inflamação da tenosinovia : Tenossinovite é um tipo de inflamação que causa dor em mãos, pés, tornozelos e punhos dos pacientes, porque afeta os tendões o Síndrome do túnel do carpo o Compressão do nervo mediano. A membrana sinovial espessada pode comprimir o retinaculo e assim comprimir o n. mediano, com isso o paciente tem clinica sugestiva de síndrome do túnel do carpo Terá parestesia do 1, 2 e 3º e porção lateral do 4º quirodáctilo • Cistos sinoviais o Pode ocorrer aumento do volume do liquido sinovial devido o processo inflamatório, essa membrana sinovial pode formar uma bolsa e se encher de cisto sinovial o Cisto de Baker – ocorre na fossa poplítea. Esse achado aparece na AR mas não é especifico o Pode ocorrer de cistos grandes se romperem, com isso o liquido sinovial acaba escorrendo para a musculatura da panturrilha por exemplo, esse liquido acaba sendo irritativo para o tecido muscular, levando a um processo inflamatório caracterizado por dor, edema, rigidez e calor local. Podemos fazer diagnostico diferencial com TVP Manifestações extra-articulares • Nódulos reumatoides o Nódulos de tamanhos variados que acometem geralmente a superfície extensora do cotovelo e antebraço o Moveis e indolores o A presença do fator reumatoide guarda relação com a ocorrência Pior evolução articular e maior índice de manifestações extra-articulares • Olhos o Ceratoconjuntivite seca Dor/ fotofobia; sensação de área nos olhos Se xerostomia + queixa de xerostomia + AR pensar em síndrome de Sjogren secundaria, devido a síndrome de superposição, quando o paciente tem mais de uma doença reumatológica Episclerite/ esclerite → Inflamação da esclera e episclera 8 10 9 20/02/2022 Flavia Fumero de Souza o Lesões associadas a fármacos Antimaláricos – retinopatia Corticosteroides – glaucoma e catarata • Pulmão o Pleurite/ derrame pleural o Derrame pleural: exsudato o Doença pulmonar intersticial (DPI) fibrosante Pneumonia intersticial usual (PIU) Começa na periferia e vai em direção ao hilo pulmonar o Nódulos pulmonares o Síndrome de Caplan • Caracterizada por AR, pneumoconiose (foi exposto a minas de carvão) e tem nódulos reumatoides • 10 a 20% das mortes dos pacientes com AR • Coração o Manifestações da AR em praticamente todas as estruturas cardíacas: pericardite, endocardite, miocardite, distúrbios do sistema de condução e artrite coronariana o Doença arterial coronariana (DAC) Ocorre cerca de 1 década mais cedo nos pacientes com AR • Assim como DM, a AR é um fator de risco significativo e independente para DAC Indivíduos com AR possuem risco de ate 3x maior de novos eventos cardiovascular quando em comparação com pessoas sem doença inflamatória, mesmo após correção de fatores de risco tradicionais de DAC Manifestações extra-articulares / maior inflamação sistêmica/ maior mortalidade DCVs o Síndrome de Felty o AR + esplenomegalia + leucopenia Doença de longa evolução/ deformidades Nódulos subcutâneos Fator reumatoide (FR) e FAN Pancitopenia (diminuição no número de hemácias, leucócitos e plaquetas) o Doença de Still o AR em uma forma sistêmica – na presença de px com estes sintomas sempre diagnóstico de doença de Still é feito por exclusão Febre - paciente que inicialmente não tinha nada, de repente apresenta febre com predomínio dos episódios no período da tarde/início da noite Eritema róseo evanescente – pode ser precipitado pela febre/banho quente ou estresse Artralgia/ artrite Linfadenopatia – cheio de linfonodos palpaveis Hepatoesplenomegalia Serosites – Serosite é a inflamação de qualquer serosa do organismo quer pleura, pericárdio ou peritônio Leucocitose Elevação de PFAs FR/ anti-CCP/ FAN geralmente negativos Ausência de nódulos subcutâneos Corticosterapia imunossupressora MTX Anti- TNFα Anti-IL-T Manifestações laboratoriais NÃO EXISTE EXAME ESPECÍFICOS PARA AR, OS EXAMES DISPONÍVEIS VÃO MOSTRAR INFLAMAÇÃO CRÔNICA • Hemograma → Anemia – tende a ser normal • Leucocitose → devido ao processo inflamatório • Eosinofilia→ guarda relação com apresença do Fator Reumatoide • Trombocitose ou plaquetose Esses resultados não são específicos de nada, mostram apenas que se trata de um processo inflamatório que pode ser reumatológico, neoplásico ou infeccioso • Elevação de provas inflamatórias →PCR e VHS • Elevação de ferritina • Fator reumatoide (FR) → 70 a 80% 20/02/2022 Flavia Fumero de Souza Negatividade não exclui diagnóstico de positividade não fecha diagnostico. O FR pode estar presente em idosos, em outras doenças reumatológicas e em outras doenças • Nódulos reumatoides • Manifestações extra-articulares • Anti-CCP o 70-80% • Maior especificidade que o FR o Diagnostico em fase iniciais da doença o Curso mais grave da doença Exames de imagem Importante para diagnostico, identificação do dano estrutural, avaliação prognostica e monitoramento do tratamento • Mãos punhos e pés o Raio – X – a normalidade não exclui diagnostico • US – partes moles. Doppler é utilizado para avaliar se há aumento da vascularização ou não(lembra que em já que em uma vasculatura inflamada há o aumento da vascularização • RNM – ganha do US no edema medular ósseo. É muito importante no quadro de artrite indiferenciada Raio – X Inicialmente : recomenda-se iniciar pelo carpo • Simetria • Aumento de partes moles • Osteopenia – rarefação óssea próxima a articulação (osteopenia periarticular) • Com a evolução • Redução do espaço articular • Erosões ósseas • Cistos ósseos Culminando • Subluxações • Anquilose óssea – desaparecimento do espaço articular Diagnostico Não existe exame laboratorial ou de imagem que possa confirmar ou descartar a doença. Associar achados com as manifestações clinicas (poliartrite, crônica, simétrica, predominando em pequenas articulações de caráter inflamatório, aditivo e potencialmente erosivo) + alterações em exames complementares Diagnósticos diferenciais →AO, SSJ, LES, AP, artrite reacional Critério de classificação do ACR-EULAR (2010), e, para confirmação, o paciente tem que apresentar no mínimo 6 pontos. Duração: < 6 semanas: 0 > 6 semanas: 1 Inflamação: VHS/PCR normais: 0 VHS/PCR alterados: 1 Articulações: 1 grande: 0 2-10 grandes: 1 20/02/2022 Flavia Fumero de Souza 1-3 pequenas: 2 4-10 pequenas: 3 >10 pequenas: 5 Sorologia: FR/Anti-CCP negativos: 0 FR/Anti-CCP baixos títulos: 1 • Critérios classificatórios ≥6 = define RA Lembrar →Não é mais critério classificatório • Rigidez matinal • Nódulos reumatoides • Alterações radiológicas Prognostico Principais fatores de mau prognostico • Sexo feminino • Tabagismo • Inicio da doença em idade precoce • Baixo nível socioeconômico • Demora no diagnostico e atraso no inicio do tratamento • Níveis elevados de atividade da doença – VHS/ PCR/ ICADs • Manifestações extra-articulares • Alterações radiográficas precoces • FR e anti-CCP em altos títulos • Epítopo compartilhado Avaliação da atividade da doença ICADs → DAS 28 (avalia 28 articulações) → ombros, cotovelos, punhos, metacarpo falangianas, interfalangianas proximais, joelhos + uma prova inflamatória + EVA • Avaliar se a inflamação permanece sob controle • Reconhecer se o tratamento está sendo efetivo • Ajustar as drogas empregadas RESULTADOS < 2,6 paciente em remissão entre 2,6 e 3,2 atividade leve 3,2 a 5,1 atividade moderada e >5,1 alta atividade O colégio americano considera o paciente em remissão aquele que tem 1 ou menos articulação dolorosa, uma ou menos articulação edemaciada, PCR ≤ 1 e o EVA ≤ 1, isso é muito difícil de conseguir alcançar, mas é o preconizado 20/02/2022 Flavia Fumero de Souza Tratamento Começar nos primeiros 12 meses da doença →AR inicial →Janela de oportunidade terapêutica Esclarecimento sobre a enfermidade, evolução e prognostico É uma doença que não tem cura e se não tratada vai evoluir mal Amparo psicológico ao paciente →Relação médico-paciente X auxilio psicoterápico/ droga antidepressivas Não há tratamento especifico para cura OBJETIVOS : • Controle da doença • Prevenir progressão/ destruição articular • Melhora das desabilidades • Prevenção de deformidades Órteses e Cinesioterapia→Preservar mobilidade articular e tônus muscular Termoterapia → Sinovite ativa – crioterapia • Correção de deformidades Cirurgia ortopédica Sinovectomia →Ortopedista rétira o tecido sinovial inflamado (Pannus) Osteotomia Artrodese Artroplastia o Dor e inflamação →Analgésicos comuns e opioides →AINEs e Corticosteroides Redução gradual e progressiva – menor dose e tempo, fazer redução gradual e progressiva Período de atividade da doença até ação das drogas modificadoras do curso da doença (DMCDs) fazerem efeito (8-12s) Manifestações extra-articulares Infiltrações intra ou peri-articulres Suplementação de cálcio e colecalciferol Estratégias de tratamento Estratégia terapêutica →Treat-to-target o Remissão ou baixa atividade • Avaliação periódica a cada 3m • Mudança de doses • Troca e/ou associação de drogas o Todas as fases • Corticosteroides /AINEs • Analgésicos • Infiltração intra-articular com corticosteroides Medicamentos modificadores do curso da doença (MMCD) sintéticos convencionais: metotrexato,leflunomida, antimaláricos (difosfato de cloroquina e hidroxicloroquina) e sulfassalazina. Medicamentos modificadores do curso da doença (MMCD) biológicos: anti-TNF (adalimumabe, certolizumabe pegol, etanercepte, golimumabe, infliximabe), bloqueador da coestimulação do linfócito T (abatacepte), Bloqueador do receptor de IL-6 (tocilizumabe), anti-CD20 (rituximabe). Medicamentos modificadores do curso da doença (MMCD) sintéticos alvo-específicos: tofacitinibe, baricitinibe e upadacitinibe. Corticoides e anti-inflamatórios podem ser utilizados em associação aos medicamentos específicos, por curto intervalo de tempo (fases iniciais do tratamento, períodos de agudização/recidiva). 20/02/2022 Flavia Fumero de Souza Seguimos um algoritmo para o tratamento
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