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Cistos Odontogênicos Inflamatórios: A proliferação do epitélio se iniciou devido à estimulação de interleucinas e fatores de crescimento (mediadores da inflamação); Mais frequentes; Cisto periapical; Cisto residual. 1. Cisto Periapical: Origina-se em decorrência de produtos inflamatórios de um dente não vital; Mais comum dos cistos dos maxilares; Assintomático; Crescimento lento e geralmente atinge tamanhos pequenos; Pode causar abaulamento ósseo se atingir tamanhos maiores; Possui cápsula de tecido conjuntivo – tenta separar a lesão de tecido ósseo sadio. 2. Cisto Residual: É um cisto periapical que não foi curetado no momento da exodontia do dente; Pode desaparecer sozinho após a exodontia do elemento dentário, mas muitas vezes permanece na cavidade crescendo; Geralmente assintomático; Descoberto por coincidência (radiografia de área edêntula); Comumente são lesões pequenas, mas podem crescer e se tornar uma grande lesão, causando abaulamento, deslocamentos dentários e rechaçamento de nervos; Pode causar dor em casos infectados secundariamente (quando cresce demais pode perfurar a cortical do osso e ter contato com à cavidade oral). Histopatológico: Revestimento de epitélio escamoso estratificado não queratinizado; Células inflamatórias no epitélio. Tratamento: Remoção cirúrgica; Marsupialização (janela cirúrgica e uso de algum dispositivo para manter a comunicação com a cavidade oral) + remoção cirúrgica; Instruir o paciente a realizar a desinfecção da cavidade, quando realizada a marsupializção. Cistos Odontogênicos Cistos Odontogênicos Não-Inflamatórios (de Desenvolvimento): Fatores desconhecidos geram o aumento da proliferação dos restos epiteliais; Mais raros em relação aos cistos inflamatórios. 1. Cisto Dentígero: Comumente associado a terceiros molares inferiores inclusos, caninos, terceiros molares superiores e segundos pré-molares inferiores; Originado pela separação folículo – coroa de um dente não erupcionado (a partir do aumento do folículo pericoronário, ou seja, entrada de líquido no meio); Quando o folículo passa de 3-4 mm de espessura já se caracteriza como cisto dentígero; É o cisto odontogênico mais comum; Podem ocorrer em supranumerários ou odontoma; Radiograficamente aparece como uma lesão radiolúcida com a presença de halo radiopaco, que circunda a coroa de um dente incluso ou semi-incluso; Liga-se ao dente na junção amelocementária; Grandes lesões podem causar deslocamentos dentários, reabsorção radicular em de dentes adjacentes e rechaçamento de nervos; Mais comum em pacientes jovens e possui certa predileção pelo sexo masculino; Pequenas lesões são assintomáticas - Grandes lesões causa expansão indolor. Posições do Cisto em Relação à Coroa: Central: Lateral/Paradentário: Circunferencial: o Mais comum; Dentes semi-inclusos. Diagnóstico Diferencial: Ceratocisto Ameloblastoma – Lesões mais agressivas que acometem dentes inclusos ou semi-inclusos; Antes de realizar a biópsia se faz a punção aspirativa: Se for cisto terá líquido amarelo citrino. Realizar biópsia incisional – Confirmar no histopatológico. Histopatológico: Camada de tecido epitelial com poucas células e com algumas gordinhas e clarinhas; Lúmen; Tecido conjuntivo sem processo inflamatório associado (quando presente é relacionado a processos inflamatórios secundários); Junção entre epitélio e conjuntivo plana, sem cristas epiteliais. Tratamento: Remoção do dente e o cisto; Se o dente estiver em uma localização boa para erupcionar, remove-se parcialmente o cisto; Em casos de lesões grandes realiza primeiramente a marsupialização (janela cirúrgica para a cavidade oral) e depois a remoção do dente e da lesão. Prognóstico: Bom; Recidiva é rara; Quando não tratado pode ter transformação neoplásica em ameloblastoma, CEC e carcinoma mucoepidermóide. Cisto de Erupção: Cisto dentígero que ocorre somente no tecido mole; Hematoma de erupção ocasionado por trauma; Acometem jovens e crianças; Apresenta coloração arroxeada / avermelhada; Ocorre comumente nos incisivos centrais superiores e inferiores decíduos e primeiro molar permanente; Raramente são enviados para exame histopatológico; No histopatológico exibem o epitélio oral de superfície na porção superior. A lâmina própria mostra infiltrado inflamatório variável e a porção profunda do espécime, que representa o teto do cisto propriamente dito, mostra uma fina camada de epitélio pavimentoso não queratinizado; O tratamento consiste em analisar radiograficamente a formação radicular e realizar a ulectomia (facilitar a erupção do dente, através de uma excisão da face incisal/oclusal da coroa dentária). 2. Cisto periodontal Lateral: É um tipo incomum de cisto odontogênico de desenvolvimento que ocorre ao longo da superfície radicular lateral de um dente; Acredita-se que surja dos restos da lâmina dentária que ficaram aprisionados no tecido ósseo; Os dentes vão apresentar vitalidade; Tende a ser uma lesão pequena e indolor; Principal localização: Entre o canino e pré-molar inferior ou pré-molares inferiores; Mais frequente entre os homens, entre 5° e 6° década; A enucleação conservadora do cisto periodontal lateral é o tratamento de escolha. Histopatológico: Epitélio delgado e plano com áreas nodulares; Lúmen; Pode ter algumas células claras no tecido epitelial; Conjuntivo com ausência de inflamação. Características Radiográficas: Lesão radiolúcida circunscrita com halo radiopaco, localizada lateralmente a raiz de dentes com vitalidade; Normalmente são pequenas, menores que 1 cm; Lesões maiores causam o afastamento radicular e mudança da posição da coroa dos dentes. Cisto Periodontal Lateral Botrióide: Variante do cisto periodontal lateral; Não se apresenta unilocular, e sim multilocular; Possui maior potencial de recidiva; Possui as mesmas características histopatológicas.
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