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79 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados a seus respectivos autores Curso de ENFERMAGEM EM IMUNIZAÇÃO MÓDULO III Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos na bibliografia consultada. 80 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores MÓDULO III 1.0 FUNDAMENTOS IMUNOLÓGICOS O sistema imune compreende células e moléculas com funções especializadas na defesa contra a invasão e infecção por outros organismos. Seus principais componentes incluem a medula óssea, os leucócitos produzidos pela medula óssea e os tecidos linfóides. Os tecidos linfóides incluem o timo, o baço, linfonodos, tonsilas e adenóides. Existem dois tipos gerais de imunidade: natural (inata) e adquirida (adaptativa). Embora cada tipo de imunidade desempenhe um papel distinto na defesa do corpo contra os invasores perigosos, os diversos componentes comumente atuam de maneira interdependente. 1.1 Fatores inerentes ao organismo que recebe a vacina: mecanismos básicos da resposta imune Vários fatores inerentes ao organismo que recebe a vacina podem interferir no processo de imunização, isto é, na capacidade desse organismo responder adequadamente à vacina que se administra: - idade; - doença de base ou intercorrente; - tratamento imunodepressor. Há dois mecanismos básicos de resposta imune: os inespecíficos e os específicos. 81 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores UMecanismos inespecíficos Os fatores inespecíficos da resposta imune são constituídos por mecanismos superficiais e mecanismos profundos que dificultam a penetração, a implantação e/ou a multiplicação dos agentes infecciosos, tais como: Barreira mecânica constituída pela integridade da pele e das mucosas; “Flora” microbiana normal (microbiota) da pele e de mucosas, que se opõe à colonização de microorganismos (particularmente bactérias e fungos); Secreção cutânea (de glândulas sudoríparas e sebáceas), contendo ácidos graxos e ácidos lácticos; Secreção mucosa e atividade das células ciliadas do epitélio das vias respiratórias; Fluxo lacrimal, salivar, biliar e urinário; Peristaltismo intestinal; Acidez gástrica e urinária; Alcalinidade do suco pancreático; Ação mucolítica e bactericida da bile; Ação do lisozima presente na lágrima, na saliva e nas secreções nasais; Fatores séricos e teciduais, constituídos por betalisina, complemento, intérferon, fibronectina, lactoferrina, tuftisina, espermina (secreção prostática) e protamina (no esperma); Inflamação; Fagocitose. UMecanismos específicos A evolução biológica levou ao aprimoramento da resposta imune dos organismos superiores, quanto aos agentes infecciosos, possibilitando proteção específica e duradoura contra os patógenos pelos quais foram estimulados. O antígeno encontra-se no agente ou na substância reconhecida como estranha pelo organismo, podendo ser componente de bactérias, vírus, etc. Depois de sua 82 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores penetração, através da pele e/ou de mucosas (portas de entrada), atinge a circulação sangüínea e linfática e alcança os órgãos linfóides secundários (gânglios linfáticos, baço e nódulos linfóides). O antígeno sofre processamento inicial e, após esse processamento, o mesmo, agora fragmentado, é apresentado aos linfócitos envolvidos na fase efetora da resposta imune. Os linfócitos, originários das células primordiais da medula óssea, sofrem nos órgãos linfóides primários (timo e bursa de Fabricius ou equivalente, no caso do homem a medula óssea) processos de diferenciação celular, de que resulta o aparecimento dos linfócitos T e B, cujas atividades são distintas e complementares. Os linfócitos diferenciam-se em linfócitos T no timo e em linfócitos B na bursa de Fabricius (nas aves) ou medula óssea (no homem). Linfócitos T e B apresentam em sua membrana receptora específicos, determinada geneticamente com combinações diversificadas na seqüência dos seus peptídeos e diferentes conformações estruturais, o que possibilita alta seletividade de sua ligação com antígenos diversos. As linhagens de linfócitos T e de linfócitos B dotadas dos mesmos receptores constituem os clones; a grande variedade de clones existentes é que garante a ampla diversidade da resposta imune. Da interação dos antígenos com os receptores dos linfócitos T e B resulta o estímulo dessas células; com as alterações subseqüentes do seu metabolismo, os linfócitos entram em fase de ativação. UImunidade celular Como resultado da ativação de linfócitos T, dá-se o aparecimento de diversas subpopulações dessas células: linfócitos T-auxiliares, linfócitos T-supressores, linfócitos T-citotóxicos, linfócitos T responsáveis pelas reações de hipersensibilidade tardia e linfócitos T-memória. Os mediadores das respostas dos linfócitos T são substâncias solúveis de baixo peso moleculares denominadas linfocinas. Os linfócitos T-memória são responsáveis pela conservação da “lembrança” do primeiro contato com o antígeno, fato que proporciona resposta intensa e imediata, com curto período de latência, num segundo contato desses linfócitos com o antígeno que determinou o seu aparecimento (resposta secundária). A imunidade celular é responsável predominantemente pela proteção 83 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores específica contra infecções intracelulares, causadas por vírus, bactérias, fungos e protozoários. Linfócitos T-citotóxicos estimulados são capazes de lisar células infectadas quando determinantes antigênicos do patógeno se expressam em sua membrana. Lise de células infectadas também pode ser provocada por citotoxicidade mediada por anticorpos, cujas células efetoras são os linfócitos K (killer), que correspondem a cerca de 5% dos linfócitos do sangue, providos de receptores para a fração Fc de anticorpos da classe IgG. UImunidade humoral O estímulo antigênico dos linfócitos B determina a formação de clone de linfócitos B-memória e a transformação de outros linfócitos B em plasmócitos, responsáveis pela produção de substâncias com estrutura bem definida, com alto peso molecular. Denominadas imunoglobulinas - que recebem o nome de anticorpos quando são capazes de reagir com o antígeno responsável pelo seu aparecimento (imunidade humoral). As respostas de imunidade humoral são mais duradouras quando há participação de linfócitos T-auxiliares na ativação de linfócitos B (ou seja, quando os antígenos são T- dependentes). Três classes de imunoglobulinas séricas (IgM, IgG e IgA) e as IgA secretoras (liberadas na superfície das mucosas dos tratos respiratório, intestinal e genitourinário) atuam na imunidade contra os agentes infecciosos. Na resposta da imunidade humoral que se segue ao primeiro contato com o antígeno (resposta primária) há um período de latência de alguns dias ou algumas semanas entre o estímulo e o aparecimento de anticorpos séricos: de início aparecem os anticorpos da classe IgM (cujo desaparecimento geralmente se dá no fim de algumas semanasou meses), seguidos pelos anticorpos das classes IgA e IgG. Os anticorpos da classe IgG são detectados no sangue durante tempo prolongado, constituindo a sua presença indicação de imunidade ou contato prévio com o antígeno em questão. A resposta imune humoral primária não depende da participação da imunidade celular, tímica, sendo por isso denominada T-independente. A resposta humoral secundária, que ocorre no segundo contato com o antígeno, após curto período de latência, relacionada fundamentalmente com o acentuado aumento da concentração sérica de IgG, é também denominada resposta do tipo booster ou 84 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores anamnéstica. A resposta humoral secundária se traduz por imunidade rápida, intensa e duradoura e é dependente da participação da imunidade celular, tímica, sendo, por isso, chamada de T-dependente. A imunidade humoral e os mecanismos de defesa antiinfecciosos inespecíficos com que se associam (particularmente a fagocitose e a ativação do sistema complemento por via clássica) são responsáveis pela neutralização de toxinas e de alguns vírus, pela opsonização de bactérias capsuladas e pela lise de bacilos gram-negativos entéricos. UOs complexos de histocompatibilidade e seu papel na imunidade Antígenos produzidos extracelularmente (por exemplo, contidos em vacinas não- vivas, como os toxóides diftérico e tetânico, ou em Streptococcus pneumoniae ou Haemophilus influenzae do tipo b, etc.) são processados por células especializadas, como as dendríticas, macrófagos e linfócitos B denominados células apresentadoras de antígenos, que constituem pequena fração das células do corpo. Essas células apresentam os antígenos processados, por intermédio de proteínas intracelulares denominadas moléculas do complexo principal de histocompatibilidade de classe 2, ou MHC-II, aos linfócitos T-auxiliares, que irão secretar citocinas, moléculas estimuladoras de todo o sistema imune. A resposta imune aos antígenos de produção extracelular é basicamente de natureza humoral, isto é, mediada por anticorpos. Quando os antígenos, através de infecções virais ou de vacinas virais vivas, penetram no organismo e é produzido intracelularmente (por exemplo, vacinas contra sarampo, caxumba, rubéola, oral contra poliomielite, ou as doenças correspondentes), o número de células que processa os antígenos é muito maior do que no caso anterior; todas as células que forem infectadas irão processá-los e apresentá-los ao sistema imune, não apenas as células especializadas apresentadoras de antígenos; os mesmos serão apresentados não somente pelas moléculas do complexo principal de histocompatibilidade de classe 2, mas também pelas moléculas do complexo principal de histocompatibilidade de classe 1 (MHC-I). Este último evoca resposta imunológica celular de tipo citotóxica, pelas quais linfócitos especializados (CD8) destroem as células infectadas; a imunidade humoral também é ativada. Desse modo, os antígenos 85 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores produzidos intracelularmente induzem resposta imunológica muito intensa, pois são apresentados tanto pelas moléculas do complexo principal de histocompatibilidade de classe 1 quanto pelas de classe 2, fenômeno que ocorre em grande número de células. Por essa razão, as vacinas vivas, em geral, provocam imunidade mais potente e duradoura, provavelmente por toda a vida, com apenas uma dose. A repetição das doses da vacina oral contra a poliomielite deve-se ao fato de que são três os tipos de vírus contidos na vacina, e em geral não se consegue imunizar com apenas uma dose contra os três tipos. No caso da repetição de outras vacinas virais vivas, como a contra sarampo, essa medida serve basicamente para corrigirem falhas vacinais primárias. Isto é, aquelas que são decorrentes de não-imunização com a primeira dose da vacina (por exemplo, por aplicação no primeiro ano de vida, ou por má conservação da vacina). Falhas secundárias, isto é, decorrentes de diminuição da imunidade ao longo dos anos, podem ocorrer com as vacinas virais vivas, mas são raras. Já as vacinas não-vivas precisam de repetição das doses para que se obtenha a imunidade desejável e muitas delas precisam ser repetidas periodicamente durante toda a vida, como as vacinas contra difteria e tétano. U Antígenos T-dependentes e T-independentes Os antígenos constituídos por proteínas ou polipeptídeos são denominados antígenos T-dependentes, pois envolvem linfócitos T-auxiliares na resposta imune humoral. Os antígenos polissacarídeos (como a vacina antimeningocócica A/C) recebem o nome de antígenos T-independentes e são capazes apenas de estimular linfócitos B, sem a participação de linfócitos T-auxiliares, induzindo imunidade de mais curta duração (alguns meses ou poucos anos). Uma característica da imunidade T-dependente é a sua capacidade de induzir resposta de memória, com mudança da classe predominante de imunoglobulinas, de IgM para IgG. 86 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores UIntegração de mecanismos de imunidade específica e inespecífica É importante ressaltar que a imunidade humoral e a imunidade celular atuam de forma integrada com os mecanismos de imunidade inespecífica, agilizando e potencializando a fagocitose por parte de neutrófilos polimorfonucleares e de macrófagos (por ação de anticorpos opsonizantes e de linfocinas) ou lisando células infectadas diretamente (linfócitos T-citotóxicos) ou indiretamente (por ativação do sistema complemento ou por citotoxicidade mediada por anticorpos). 2.0 AGENTES IMUNIZANTES U Natureza A vacina é o imunobiológico que contém um ou mais agentes imunizantes (vacina isolada ou combinada) sob diversas formas: bactérias ou vírus vivos atenuados, vírus inativados, bactérias mortas e componentes de agentes infecciosos purificados e/ou modificados quimicamente ou geneticamente. UComposição O produto em que a vacina é apresentada contém, além do agente imunizante, os componentes a seguir especificados: a) líquido de suspensão: constituído geralmente por água destilada ou solução salina fisiológica, podendo conter proteínas e outros componentes originários dos meios de cultura ou das células utilizadas no processo de produção das vacinas; b) conservantes, estabilizadores e antibióticos: pequenas quantidades de substâncias antibióticas ou germicidas são incluídas na composição de vacinas para evitar o crescimento de contaminantes (bactérias e fungos); estabilizadores (nutrientes) são adicionados a vacinas constituídas por agentes infecciosos vivos atenuados. Reações alérgicas podem ocorrer se a pessoa vacinada for sensível a algum desses componentes; 87 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores c) adjuvantes: compostos contendo alumínio são comumente utilizados para aumentar o poder imunogênico de algumas vacinas, amplificando o estímulo provocado por esses agentes imunizantes (toxóide tetânico e toxóide diftérico, por exemplo). 2.1 Fatores próprios das vacinas Os mecanismos de ação das vacinas são diferentes, variando segundo seus componentes antigênicos, que se apresentam sob a forma de: • Suspensão de bactérias vivas atenuadas (BCG, por exemplo); • Suspensão de bactérias mortas ou avirulentas (vacinas contra a coqueluche e a febre tifóide, por exemplo); • Componentes das bactérias (polissacarídeos da cápsula dos meningococosdos grupos A e C, por exemplo); • Toxinas obtidas em cultura de bactérias, submetidas às modificações químicas ou pelo calor (toxóides diftérico e tetânico, por exemplo); • Vírus vivos atenuados (vacina oral contra a poliomielite e vacinas contra o sarampo e a febre amarela, por exemplo); • Vírus inativados (vacina contra a raiva, por exemplo); • Frações de vírus (vacina contra a hepatite B, constituída pelo antígeno de superfície do vírus, por exemplo). U2.2 Origem das vacinas Laboratórios nacionais e estrangeiros fornecem as vacinas para uso no Brasil. Embora a maioria dos agentes imunizantes seja produzida a partir de cepas ou linhagens de bactérias ou vírus em instituições de referência da Organização Mundial da Saúde (OMS) - assim como são padronizados os meios de cultura e as células usadas em cultura de tecido para produção de vacinas. Existem particularidades no processo de produção de cada laboratório; também variam os conservantes, estabilizadores e adjuvantes utilizados. Esses fatores contribuem, eventualmente, para que as vacinas 88 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores apresentem diferenças em seu aspecto (presença de floculação) ou de coloração (a vacina contra o sarampo, por exemplo, apresenta-se, às vezes, depois da reconstituição, com tonalidades que variam do róseo ao amarelado). 2.3 Controle de qualidade O controle de qualidade das vacinas é realizado pelo laboratório produtor e deve obedecer a critérios padronizados, estabelecidos pela OMS. Após aprovação em testes de controle do laboratório produtor, cada lote de vacina é submetido à análise no Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) do Ministério da Saúde. Só depois a vacina é liberada para uso, garantida sua segurança, potência e estabilidade. 2.5 Conservação As vacinas precisam ser armazenadas e transportadas de acordo com as normas de manutenção da rede de frio, as quais deverão ser seguidas rigorosamente. Nenhuma das vacinas deve ser exposta à luz solar direta. 2.6 Vias de administração Para cada agente imunizante há uma via de administração recomendada, que deve ser obedecida rigorosamente. Caso isso não seja atendido, podem resultar em menor proteção imunológica ou maior freqüência de eventos adversos. Por exemplo, a vacina contra hepatite B deve ser aplicada por via intramuscular, no vasto lateral da coxa ou deltóide, não se devendo utilizar a região glútea, pela possibilidade de aplicação em tecido gorduroso e assim obter-se menor proteção contra a doença. As vacinas que contêm adjuvantes, como a tríplice DTP, se forem aplicadas por via subcutânea podem provocar abscessos. O mesmo pode acontecer se a vacina BCG for aplicada por via subcutânea, em vez de intradérmica. Já as vacinas contra febre amarela, tríplice viral contra sarampo caxumba e rubéola, monovalente contra sarampo, por exemplo, devem ser aplicadas por via subcutânea. 89 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 2.7 Pessoa a ser vacinada O Programa Nacional de Imunizações (PNI) tem como objetivo, em primeira instância, o controle de doenças imunopreveníveis através de amplas coberturas vacinais, para que a população possa ser provida de adequada proteção imunitária contra as doenças abrangidas pelo programa. Entretanto, continua sendo comum em no país à adoção de falsas contra-indicações à vacinação, apoiadas em conceitos desatualizados, com perda de oportunidade de vacinação durante os encontros da criança ou da família com o serviço de saúde e o conseqüente prejuízo da cobertura vacinal. 2.8 Contra-indicações U Contra-indicações gerais As vacinas de bactérias ou vírus vivos atenuados não devem ser administradas, a princípio, em pessoas: a) com imunodeficiência congênita ou adquirida; b) acometidas por neoplasia maligna; c) em tratamento com corticosteróides em esquemas imunodepressores (por exemplo, 2mg/kg/dia de prednisona durante duas semanas ou mais em crianças, também em doses correspondentes de outros glicocorticóides). Ou submetidas a outras terapêuticas imunodepressoras (quimioterapia antineoplásica, radioterapia, etc.). UContra-indicações específicas Serão mencionadas nos itens relativos a cada vacina. UFalsas contra-indicações Não constituem contra-indicação à vacinação: 90 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores a) doenças benignas comuns, tais como afecções recorrentes infecciosas ou alérgicas das vias respiratórias superiores, com tosse e/ou coriza, diarréia leve ou moderada, doenças da pele (impetigo, escabiose etc.); b) desnutrição; c) aplicação de vacina contra a raiva em andamento; d) doença neurológica estável (síndrome convulsiva controlada, por exemplo) ou pregressa, com seqüela presente; e) antecedente familiar de convulsão; f) tratamento sistêmico com corticosteróide durante curto período (inferior a duas semanas), ou tratamento prolongado diário ou em dias alternados com doses baixas ou moderadas; g) alergias, exceto as reações alérgicas sistêmicas e graves, relacionadas a componentes de determinadas vacinas; h) prematuridade ou baixo peso no nascimento. As vacinas devem ser administradas na idade cronológica recomendada, não se justificando adiar o início da vacinação. (Excetuam-se o BCG, que deve ser aplicado somente em crianças com >2kg). i) internação hospitalar - crianças hospitalizadas podem ser vacinadas antes da alta e, em alguns casos, imediatamente depois da admissão, particularmente para prevenir a infecção pelo vírus do sarampo ou da varicela durante o período de permanência no hospital. Deve-se ressaltar que história e/ou diagnóstico clínico pregresso de coqueluche, difteria, poliomielite, sarampo, rubéola, caxumba, tétano e tuberculose não constituem contra-indicações ao uso das respectivas vacinas. É importante também dar ênfase ao fato de que, havendo indicação, não existe limite superior de idade para aplicação de vacinas, com exceção das vacinas tríplices DTP e dupla, tipo infantil. 2.9 Adiamento de vacinação Deve ser adiada a aplicação de qualquer tipo de vacina em pessoas com doenças agudas febris graves, sobretudo para que seus sintomas e sinais, assim como 91 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores eventuais complicações, não sejam atribuídos à vacina administrada. Também deve ser adiada a aplicação de vacinas em pessoas submetidas a tratamento com medicamentos em doses imunodepressoras, por causa do maior risco de complicações ou da possibilidade de resposta imune inadequada. Como regra geral, a aplicação de vacinas deve ser adiada por um mês após o término de corticoterapia em dose imunodepressora ou por três meses após a suspensão de outros medicamentos ou tipos de tratamento que provoquem imunodepressão. Após transplante de medula óssea, o adiamento deve ser por um ano (vacinas não-vivas) ou por dois anos (vacinas vivas). O uso de imunoglobulinas também deve adiar a aplicação de algumas vacinas vivas, como as contra sarampo e rubéola. O prazo de adiamento depende da dose de imunoglobulina. Isso não se aplica à vacina oral contra poliomielite e contra febre amarela, cuja resposta imune não é afetada pelo uso de imunoglobulinas. Não há interferência entre as vacinas utilizadas no calendário de rotina do PNI, que, portanto, podem ser aplicadas simultaneamente ou com qualquer intervalo entre si. Uma exceção, por falta deinformações adequadas, é a vacina contra febre amarela: recomenda-se que seja aplicada simultaneamente ou com intervalo de duas semanas das outras vacinas vivas. 2.10 Associação de vacinas A administração de vários agentes imunizantes num mesmo atendimento é conduta indicada e econômica que, além de facilitar a efetivação do esquema, permite, em reduzido número de contatos da pessoa com o serviço de saúde, vacinar contra o maior número possível de doenças. Devem ser consideradas diferentemente a vacinação combinada, a vacinação associada e a vacinação simultânea. Na vacinação combinada, dois ou mais agentes são administrados numa mesma preparação (por exemplo, vacina tríplice DTP, vacinas duplas DT e dT e vacina oral trivalente contra a poliomielite, que contém os três tipos de vírus atenuados da poliomielite). Na vacinação associada, misturam-se as vacinas no momento da aplicação, o que pode ser feito, por exemplo, entre determinadas apresentações (marcas) das vacinas contra Haemophilus influenzae do tipo b e vacina tríplice DTP. 92 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Chama-se a atenção para o fato de que a autorização para o uso dessas misturas tem que ser precedida de estudos que autorizem seu emprego, específicos para cada produto a ser associado. Na vacinação simultânea, duas ou mais vacinas são administradas em diferentes locais ou por diferentes vias num mesmo atendimento (por exemplo, a vacina tríplice DTP por via intramuscular, a vacina contra o sarampo por via subcutânea, o BCG por via intradérmica e a vacina contra a poliomielite por via oral). As vacinas combinadas a serem usadas são as registradas e licenciadas para uso no Brasil. A associação de vacinas só é permitida para vacinas e fabricantes específicos, de acordo com as recomendações de cada produto. Em relação às vacinas incluídas no PNI, as aplicações simultâneas possíveis não aumentam a freqüência e a gravidade dos efeitos adversos e não reduzem o poder imunogênico que cada componente possui quando administrado isoladamente. 2.11 Situações especiais USurtos ou epidemias Em vigência de surto ou epidemia de doença cuja vacinação esteja incluída no PNI, podem ser adotadas medidas de controle que incluem a vacinação em massa da população-alvo (estado, município, creche etc), sem necessidade de obedecer rigorosamente aos esquemas propostos por manuais de vacinação. UVacinação de escolares A admissão à escola constitui momento estratégico para a atualização do esquema vacinal. A vacinação de escolares deve ser efetuada prioritariamente na primeira série do primeiro grau, com a finalidade de atualizar o esquema de imunização. 3.0 CAMPANHA DE VACINAÇÃO Constitui estratégia cujo objetivo é o controle de uma doença de forma intensiva ou a ampliação da cobertura vacinal para complementar trabalho de rotina. Para manter a 93 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores erradicação da poliomielite e contribuir para a sua erradicação global, o PNI criou o Dia Nacional de Vacinação contra Poliomelite, com o objetivo de vacinar todas as crianças na faixa etária de zero a cinco anos de idade em um só dia. Desde 1980 realiza campanhas nacionais de vacinação contra a poliomielite em duas etapas anuais. Em 1994 o Brasil recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS), a certificação pela erradicação da transmissão autóctone do poliovírus selvagem. A estratégia de campanhas de vacinação visa aumentar a oportunidade das crianças em completar o esquema básico de vacinação e ajudar a disseminar o vírus na natureza, promovendo proteção coletiva contra o poliovírus, inclusive em crianças não vacinadas na campanha, diminuindo o número de suscetíveis. Dessa forma as campanhas de vacinação, ao alcançar crianças não vacinadas ou com esquema vacinal incompleto, compensam falhas existentes na vacinação de rotina. Além das campanhas para crianças, acontece também a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso – CNVI, que é uma das efetivações do compromisso do com a universalidade, a integralidade e a equidade da atenção à saúde no setor de imunizações. Atendendo, deste modo, aos princípios básicos fundamentais do Sistema Único de Saúde - SUS. Com isto, o Ministério da Saúde visa contribuir com a prevenção de enfermidades que interferem no desenvolvimento das atividades rotineiras da população em foco, reduzindo a morbimortalidade por doenças infecciosas imunopreveníveis e garantindo-lhe prioritariamente qualidade de vida, bem-estar e inclusão social. A Campanha Nacional de Vacinação para a terceira idade teve a sua primeira edição em 1999, e tinha como objetivo imunizar pessoas de 65 anos ou mais contra a gripe, tétano e difteria. A iniciativa surgiu para diminuir os casos de hospitalizações e mortes em decorrência da gripe. A vacinação contra o tétano está relacionada ao fato desse grupo etário não ter tomado vacina contra a doença na infância, e também pela necessidade de reforços a cada dez anos. Em 2005, o Brasil superou a meta de 70%, preconizada pelo Ministério da Saúde, e vacinou 83,9% da população com mais de 60 anos, conquistando uma das maiores coberturas vacinais do mundo. 94 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Muitos mitos ainda pairam sobre a vacina contra a gripe. Algumas pessoas insistem em afirmar que a vacina provoca a doença, o que é um equívoco. A vacina não impede que a gripe ocorra, mas ela acontecerá mais atenuada, menos intensa. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde, em 2006, era imunizar 11 milhões de pessoas acima de 60 anos, o que corresponde a 70% dos 15,7 milhões de idosos em todo o território nacional. Essa expectativa foi superada, pois a campanha de 2006 atingiu mais de 85% dessa faixa etária. 68 70 72 74 76 78 80 82 84 86 88 90 92 94 96 98 00 02 04 05 0 1 2 3 4 0 20 40 60 80 100 Taxa de Incidência 1ª Campanha 2ª Campanha Ta xa d e In ci dê nc ia p or 1 00 .0 00 h ab . C ob er tu ra V ac in al (% ) Incidência de poliomielite e cobertura vacinal com a VOP*, em campanhas nacionais de vacinação, Brasil, de 1968 a 2005 Início dos dias nacionais de vacinação contra poliomielite * VOP: Vacina oral contra poliomielite. Fonte: Ministério da Saúde/Secretaria de Vigilância em Saúde. http://www.sbp.com.br/img/campanha/grafico_vacinacao.pps Cartazes da campanha contra a gripe e contra paralisia infantil. http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/campanhas_publicitarias http://www.ccs.saude.gov.br/revolta/images/cartazes 95 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 4.0 CALENDÁRIO BÁSICO DE VACINAÇÕES DE ROTINA Programa Nacional de Imunizações (PNI) - Ministério da Saúde IDADE VACINAS DOSES DOENÇAS EVITADAS HUBCG - ID UH Dose única Formas graves de tuberculose Ao nascer UVacina contra hepatite B (1) U 1ª dose Hepatite B 1 mês HUVacina contra hepatite B UH 2ª dose Hepatite B UVacina tetravalente (DTP + Hib) (2)U 1ª dose Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b UVOP (vacina oral contra pólio) U 1ª dose Poliomielite (paralisia infantil) 2 meses UVORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano)(3) U 1ª dose Diarréia por Rotavírus HUVacina tetravalente (DTP + Hib)UH 2ª dose Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadaspelo Haemophilus influenzae tipo b UVOP (vacina oral contra pólio) U 2ª dose Poliomielite (paralisia infantil) 4 meses HUVORH (Vacina Oral de 2ª dose Diarréia por Rotavírus 96 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Rotavírus Humano)(4) UH HUVacina tetravalente (DTP + Hib)UH 3ª dose Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b UVOP (vacina oral contra pólio) U 3ª dose Poliomielite (paralisia infantil) 6 meses UVacina contra hepatite B U 3ª dose Hepatite B 9 meses UVacina contra febre amarela(3) U Dose única Febre amarela 12 meses USRC (tríplice viral) U Dose única Sarampo, rubéola e caxumba. UDTP (tríplice bacteriana) U 1º reforço Difteria, tétano e coqueluche. 15 meses UVOP (vacina oral contra pólio) U reforço Poliomielite (paralisia infantil) UDTP (tríplice bacteriana) U 2º reforço Difteria, tétano e coqueluche. 4 - 6 anos HUSRC (tríplice viral) UH reforço Sarampo, rubéola e caxumba. 10 anos UVacina contra febre amarela U reforço Febre amarela http://pni.datasus.gov.br/calendario_vacina_Infantil.asp 97 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores (1) A primeira dose da vacina contra a hepatite B deve ser administrada na maternidade, nas primeiras 12 horas de vida do recém-nascido. O esquema básico se constitui de 03 (três) doses, com intervalos de 30 dias da primeira para a segunda dose e 180 dias da primeira para a terceira dose. (2) O esquema de vacinação atual é feito aos 2, 4 e 6 meses de idade com a vacina Tetravalente e dois reforços com a Tríplice Bacteriana (DTP). O primeiro reforço aos 15 meses e o segundo entre 4 e 6 anos. (3) É possível administrar a primeira dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 1 mês e 15 dias a 3 meses e 7 dias de idade (6 a 14 semanas de vida). (4) É possível administrar a segunda dose da Vacina Oral de Rotavírus Humano a partir de 3 meses e 7 dias a 5 meses e 15 dias de idade (14 a 24 semanas de vida). (5) A vacina contra febre amarela está indicada para crianças a partir dos 9 meses de idade, que residem ou que irão viajar para área endêmica (estados: AP, TO, MA MT, MS, RO, AC, RR, AM, PA, GO e DF), área de transição (alguns municípios dos estados: PI, BA, MG, SP, PR, SC e RS) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados BA, ES e MG). Se viajar para áreas de risco, vacinar contra Febre Amarela 10 (dez) dias antes da viagem. 5.0 VACINAS 5.1 Vacina contra Tuberculose (BCG) O BCG (Bacilo de Calmette e Guérin) vem sendo utilizado como vacina há várias décadas e tem por finalidade evitar que a primo-infecção natural, causada por Mycobacterium tuberculosis, evolua para doença. O BCG-ID provoca primo-infecção artificial e inofensivo, ocasionada por bacilos não-virulentos, com o objetivo de que essa infecção contribua para aumentar a resistência do indivíduo em face de uma infecção posterior, causada por bacilos virulentos. 98 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores UApresentação e Composição O BCG é preparado com bacilos vivos de cepa de Mycobacterium bovis com virulência atenuada, contendo também glutamato de sódio. Apresenta em ampolas com múltiplas doses. Idade de Aplicação A partir do nascimento. Desde que não tenha sido administrada na unidade neonatal, a vacina deve ser feita ao completar o primeiro mês de vida ou no primeiro comparecimento à Unidade de Saúde. Pessoas com qualquer idade podem ser vacinadas. Indicação É indicada principalmente para prevenir as formas graves da tuberculose (miliar e meníngea) em crianças com menos de cinco anos de idade, mais freqüentes em menores de um ano. Profissionais de saúde que apresentam nódulo com diâmetro menor de 5 mm e reatores fracos (nódulo com diâmetro entre 5 mm e 9 mm) no teste tuberculínico (PPD). É indicada aos contatos domiciliares de hanseníase independente da forma clínica, e indicada, também, e o mais precocemente possível, nas crianças HIV-positivas e filhos de HIV-positivas. São contra-indicadas nos indivíduos HIV-positivos sintomáticos. Via de Administração A vacina BCG liofilizada, após diluição com solução de cloreto de sódio e completa homogeneização, é aplicada por via intradérmica na dose indicada de 0,1ml, na inserção inferior do músculo deltóide do braço direito. A lesão vacinal evolui da seguinte forma: • Da 1ª à 2ª semana: mácula avermelhada com enduração de 5 a 15 mm de diâmetro; 99 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Da 3ª à 4ª semana: pústula que se forma com amolecimento do centro da lesão, seguida pelo aparecimento de crosta; • Da 4ª à 5ª semana: úlcera com 4 a 10mm de diâmetro; • Da 6ª à 12ª semana: cicatriz com 4 a 7mm de diâmetro, encontrada em cerca de 95% dos vacinados. Não se deve cobrir a úlcera ou colocar qualquer tipo de medicamento O tempo dessa evolução é de seis a doze semanas, podendo prolongar-se raramente até a 24ª semana. Eventualmente pode haver recorrência da lesão, mesmo depois de ter ocorrido completa cicatrização. Esquemas de aplicação Esquema básico: uma dose, o mais precocemente possível. Observações: a) Em crianças que receberam o BCG há seis meses ou mais, na qual esteja ausente a cicatriz vacinal, indica-se a revacinação, sem necessidade prévia do teste tuberculínico (PPD); b) Se a primeira dose for aplicada com seis anos de idade ou mais, não há necessidade de revacinação. Revacinação: Era realizada aos 10 anos, porém, foi suspensa pelo Ministério da Saúde em 2006, de acordo com o trecho da nota técnica descrita abaixo: “...Os estudos realizados no País para avaliar o efeito protetor da segunda dose da vacina BCG para tuberculose em crianças em idade escolar apontam baixa proteção em adolescentes e adultos jovens. O efeito protetor da primeira dose da vacina BCG, ao nascer, apresentou evidências de uma duração de mais de 15 anos. Diante dessas constatações obtidas por meio de evidências científicas e somadas às discussões com o Comitê Técnico Assessor em Imunizações (CTAI), além de parecer de estudiosos de notório saber sobre o tema, o PNI (Programa Nacional de Imunização) recomenda a 100 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores suspensão da administração da segunda dose da vacina BCG, no Brasil, para a faixa etária de 6 a 10 anos, a partir de junho de 2006. Ressalta-se ainda que a segunda dose deva ser mantida nas indicações do PNI para os contatos domiciliares de doentes com hanseníase, independente da forma clínica, com intervalo mínimo de seis meses (Brasil, Ministério da Saúde, 2001) ”. Contra-indicações Imunodeficiência congênita ou adquirida, incluindo crianças infectadas pelo vírus imunodeficiência humana (HIV) que apresentem sintomas da doença. Embora não apresentem contra-indicações absolutas, recomenda-se adiar a vacinação com BCG em recém-nascidos com peso inferior a 2.000g e em presença de afecções dermatológicas extensas em atividade. Conservação e Validade Conservar entre +2Po PC e + 8Po PC a vacina inativa-se rapidamente quando exposta diretamente a raios solares; não há, porém, risco de inativação se for exposta à luz artificial. Após a reconstituição, a vacina deveser utilizada no prazo máximo de seis horas. O prazo de validade é indicado pelo fabricante e deve ser respeitado rigorosamente. Observações durante o preparo e a aplicação da vacina BCG Os eventos adversos decorrentes da vacina BCG são, em geral, locais e pouco freqüentes. Na maioria dos casos, estão relacionados à falhas na administração da vacina, devido a: • Aplicação profunda. Isto é, a vacina é aplicada na camada subcutânea, quando o correto é aplicá-la na camada superficial (via intradérmica); • Dose com maior volume. Deve ser injetada a dose exata, ou seja, 0,1 ml; • Contaminação durante o processo de preparação e aplicação da vacina 101 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Por isso, para atuar na sala de vacina, e aplicar a BCG, o profissional deve: • Valorizar a lavagem das mãos, no mínimo, antes e após o preparo e aplicação de cada vacina; • Durante a reconstituição da vacina, evitar a agitação intensa, e homogeneizá-la cuidadosamente com movimentos circulares, até a sua completa diluição; • Introduzir o diluente, vagarosamente, pela parede do frasco. Conferir a quantidade da dose a ser administrada, que deve ser de 0,1 ml, e o local de aplicação – inserção inferior do músculo deltóide no braço direito; • Utilizar seringa e agulha adequadas à técnica de aplicação intradérmica. Eventos Adversos Úlcera com diâmetro maior que 1 cm; Linfadenopatia regional não supurada (íngua): Presença de gânglios enfartados na região próxima à aplicação (região axilar, supra e infraclaviculares), sem a presença de pus. Ocorre principalmente nos três primeiros meses após a aplicação da vacina. Não devem ser puncionados; Linfadenopatia regional supurada: Presença de gânglios enfartados na região próxima à aplicação (região axilar, supra e infraclaviculares), com a presença de pus. Pode ocorrer drenagem espontânea originando fístulas. Ocorre principalmente nos três primeiros meses após a aplicação da vacina. Não devem ser puncionados; Abscesso subcutâneo frio: Associados à técnica incorreta de aplicação da vacina por via intradérmica. Neste caso, a aplicação da vacina ocorre de forma mais profunda, alcançando a camada subcutânea, provocando o abcesso frio; Abscesso subcutâneo quente: Associado à contaminação durante o processo de preparo e aplicação da vacina (infecção secundária); Cicatriz quelóide: Cicatriz geralmente elevada e volumosa, que ocorreria no cliente em outros processos de cicatrização, independentemente da aplicação da vacina. Não precisa ser notificado; 102 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Em pele: Lesões semelhantes à tuberculose cutânea, que ocorrem num período de tempo que varia de três meses a 30 anos após a vacinação; Em ossos e articulações: Os sinais e sintomas mais freqüentes são: dor local, inchaço e limitação à movimentação do membro acometido. Seu aparecimento varia de seis meses a três anos após a vacinação. São eventos muitos raros com a cepa vacinal brasileira; Em órgãos do tórax, abdome e linfonodos: Lesões semelhantes às da tuberculose em pulmões, rins, órgãos genitais. São extremamente raras. Ocorrem, em geral, entre seis meses a três anos após a vacinação; Lesões generalizadas: Lesões semelhantes às da tuberculose disseminada, podendo ser fatais. Podem causar aumento do fígado, do baço e, rápida deteriorização do estado geral. Geralmente ocorrem no primeiro ano após a vacinação, e nos indivíduos com comprometimento da imunidade celular, congênito ou adquirido. 5.2 Vacina contra Hepatite B O PNI recomenda atualmente a vacinação universal das crianças contra hepatite B. quando não for aplicada na unidade neonatal, a vacina deve ser feita na primeira consulta ao serviço de saúde. Pode ser aplicada simultaneamente com a vacina BCG. Nas áreas de alta prevalência, deve-se também vacinar as crianças com seis e sete anos de idade, por ocasião da entrada na escola, caso não tenham registro de esquema vacinal completo contra hepatite B. De modo semelhante, pode ser aplicada simultaneamente com o BCG. Outros grupos priorizados para vacinação são os grupos de risco, compreendendo hemofílicos, usuários de hemodiálise, portadores de outras doenças que implicam altos riscos de transfusões de sangue ou utilização de produtos sanguíneos, profissionais de saúde, comunicantes domiciliares de portadores, reclusos e participantes de outras comunidades fechadas, prostitutas e homossexuais masculinos. A vacinação da população com zero a 14 anos de idade em áreas de alta endemicidade, sob a forma de campanhas, deve ser implantada e mantida a cada ano, 103 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores considerando o risco da transmissão da infecção nessas regiões, desde os primeiros anos de vida. Apresentação e Composição Há dois tipos de vacina contra hepatite B: a de primeira geração contém partículas virais obtidas do plasma de doadores do vírus, inativadas pelo formol; a de segunda geração é preparada por método de engenharia genética e obtida por tecnologia de recombinação do ADN (ácido desoxirribonucléico). As duas vacinas utilizam hidróxido de alumínio como adjuvante e o timerosal como conservante. O PNI recomenda atualmente apenas o uso da vacina recombinante, isto é, a obtida por engenharia genética. As vacinas recombinantes licenciadas atualmente são produzidas a partir de leveduras (levedura de padeiro), nas quais se introduziu um plasmídio contendo o gene AgHBs. Contém cinco a 40mg/ml de antígeno (AgHBs), adsorvidos em hidróxido de alumínio,utilizando-se o timerosal como conservante. Três doses dessa vacina, aplicadas por via intramuscular, induzem títulos protetores em mais de 90% dos receptores adultos sadios e em mais de 95% dos lactentes, crianças e adolescentes de até 19 anos de idade. Idosos, dialisados e imunodeficientes apresentam resposta imunológica mais baixa. A vacina contra hepatite B é apresentada sob a forma líquida, em ampolas individuais ou frasco-ampola com múltiplas doses. Idade de Aplicação Iniciar de preferência logo após o nascimento, nas primeiras 12 horas de vida, para evitar a transmissão vertical. Caso isso não tenha sido possível, iniciar o mais precocemente possível, na unidade neonatal ou na primeira visita à Unidade de Saúde. A vacina contra hepatite B pode ser administrada em qualquer idade e simultaneamente com outras vacinas do calendário. 104 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Via de Administração Intramuscular profunda, no vasto lateral da coxa; em crianças com mais de dois anos de idade, pode ser aplicada na região deltóide. Não deve ser aplicada na região glútea, pois a adoção desse procedimento se associa com menor produção de anticorpos, pelo menos em adultos. Esquemas de aplicação As duas primeiras doses devem ser aplicadas com intervalo de um mês, e há terceira, seis meses após a primeira (esquema 0, 1, 6); o intervalo entre a segunda e a terceira doses deve ser de, no mínimo, dois meses. Caso o intervalo entre as doses tenha sido ultrapassado, não há necessidade de recomeçar o esquema, apenas completá-lo. Com relação aos volumes e doses, depende de situações individuais específicas. Deve-se seguir a orientação do fabricante, a ser referenciada por informe técnico do PNI. Contra-Indicações A ocorrência, muito rara, de reação anafilática sistêmica seguindo-seà aplicação de dose anterior. Conservação e Validade Deve ser conservada entre +2P o PCP P e +8P o PCP P o congelamento inativa a vacina. Depois de aberto o frasco-ampola de múltiplas doses, a vacina poderá ser utilizada até o final do prazo de validade, desde que tenha sido manipulada com técnicas corretas de assepsia. O prazo de validade é indicado pelo fabricante e deve ser respeitado rigorosamente. 105 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Observações durante o preparo e a aplicação da vacina Hepatite B • É indispensável fazer movimentos giratórios com o frasco, para que a vacina fique mais homogênea e provoque menos reações locais; • Lavar as mãos, no mínimo antes e após o preparo e aplicação da vacina; • Observar a técnica asséptica de preparação da vacina (manusear sem contaminar seringa, agulha e frasco da vacina); • Utilizar a via de aplicação correta, com introdução da agulha no terço médio da coxa (vasto lateral), observando o ângulo de aplicação para intramuscular nesta região. No caso do deltóide a palicação será na face externa superior do braço; • Adequar a agulha ao ângulo de aplicação conforme massa muscular da pessoa a ser vacinada; • Localizar visualmente o músculo vasto lateral, fazendo prega com o dedo indicador e o polegar. Introduzir a agulha no músculo respeitando o ângulo correto. Eventos Adversos Edema e eritema (vermelhidão) e nódulo indolor no local da injeção; Mal-estar, cefaléia (dor de cabeça), astenia, mialgia (dor muscular) e artralgia (dor nas articulações). Estes sintomas são de pequena intensidade e passam rapidamente; Febre de 37,5 Po PC: Geralmente aparece nas primeiras horas após a aplicação da vacina, ou até o dia seguinte; Atenção: Pode ocorrer febre igual ou acima de 39,5 P o PC nos dois dias após a aplicação da vacina. Nos casos de febre que aparecem após o segundo dia da vacinação, ou persistem por mais de 2 dias, deve ser feito diagnóstico diferencial com doenças que ocasionam febre. Este sinal pode indicar infecção não relacionada à vacinação (doença em período de incubação que ocorreu por coincidência); Abcessos quentes e frios, ocasionados por problemas na técnica de aplicação; 106 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Choque Anafilático: Caracteriza-se por hipotensão ou choque, associado à urticária, edema de face e laringoespasmo (sensação de sufocamento). É um evento adverso raro e grave. 5.3 Vacina Oral contra Poliomelite (VOP) A Vacina Oral contra a Poliomelite (VOP) é a vacina de escolha no Brasil, com base em considerações sobre riscos e benefícios, que são citados a seguir: • Induz imunidade intestinal; • É mais simples de administrar; • É bem aceita pelos pacientes; • Resulta em imunização dos contatos das pessoas vacinadas; • Viabilizou a eliminação da doença causada pelos polivírus selvagens nas Américas. A paralisia associada à vacina oral contra poliomelite é rara, 1/ 2,4 milhões de doses distribuídas, nos Estados Unidos. A taxa após a primeira dose é de 1/760.000 doses, incluindo recipientes e comunicantes. No Brasil, a incidência de poliomelite associada à vacina tem sido baixa: 1caso/4,4 a 6,7 milhões de doses administradas, entre todos os vacinados; 1caso/6,7 a 15,5 milhões de doses administradas entre os comunicantes de vacinados; após a primeira dose, 1cso/671.141 primeiras doses; entre os comunicantes de receptores da primeira dose, 1caso/1.000.000 primeiras doses. A intensificação da vacina de rotina no Brasil, resultou na manutenção de altas coberturas vacinais. E a realização de campanhas de vacinação em massa, através do estabelecimento do Dia Nacional de Vacinação, para todas as crianças abaixo de 5 anos de idade, que ocorrem duas vezes ao ano, foi fundamental para a erradicação da poliomelite em nosso país. 107 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Composição e Apresentação A VOP é indicada para a prevenção da poliomelite e é produzida a partir de vírus atenuados em cultura de células derivadas especialmente de tecido renal de macacos da espécie Cercophecos aethiops. Contém os três tipos de polivírus atenuados (tipos I, II e III). Contém, além disso, conservantes (antibióticos) e termoestabilizador (por exemplo, cloreto de magnésio e aminoácidos ou sacarose). É apresentada sob forma líquida, habitualmente em um conjunto de frasco, aplicador e tampa rosqueável, moldados em plástico maleável e resistente, contendo 20 ou 25 doses. Idade de Aplicação A vacinação de rotina é recomendada a partir dos dois meses de idade. Situações epidemiológicas especiais podem indicar a vacinação a partir do nascimento da criança. Em campanhas maciças, a vacina é administrada nas crianças com menos de cinco anos de idade, independente do estado vacinal prévio. Via de Administração A vacina contra poliomelite deve ser administrada por via oral. Cada dose corresponde a duas gotas, que equivalem a 0,1ml, ou de acordo com as especificações do fabricante. Esquema de aplicação Esquema de vacinação de rotina: três doses a partir dos dois meses de idade, obedecendo a um intervalo de 60 dias entre as vacinações. Uma quarta dose deve ser aplicada aos 15 meses de idade. O intervalo mínimo entre as doses é de 45 dias. 108 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Contra-Indicações Não existem contra indicações para aplicação de vacina contra poliomelite. Entretanto, nos caos abaixo, a criança deverá ser encaminhada aos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais para receberem a vacina inativada do tipo Salk (VIP). a) Crianças imunodeprimidas (com deficiência imunológica congênita ou adquirida) não-vacinadas ou que receberam esquema incompleto de vacinação contra poliomelite; b) Crianças que estejam em contato domiciliar com pessoa imunodeficiente suscetível e que necessitem receber vacina contra poliomelite; c) Pessoas submetidas a transplante de medula óssea. As crianças com AIDS devem receber a VIP; quando não disponível esta vacina, deve-se utilizar a VOP; as crianças assintomáticas com infecção pelo HIV podem receber a VOP. Conservação e Validade Quando a vacina for mantida à temperatura igual ou inferior a -20 Po PC (freezer) mantém a sua potência por 24 meses. Após o descongelamento, conservada sob refrigeração à temperatura de 2 P o PC a 8P o PC (geladeira), a validade será mantida por um período de três meses, observando o prazo de validade estabelecido para cada lote da vacina. A validade da vacina encontra-se impressa na embalagem do fabricante e deve ser rigorosamente obedecida. Na utilização da vacina, os seguintes cuidados devem ser observados: 1) Retornar a vacina ao refrigerador imediatamente após a vacinação; 2) Se houver necessidade de utilizar a vacina em ambiente externo ao da Unidade de Saúde, manter a vacina refrigerada na caixa térmica específica ou em banho de gelo (gelo + água), ao abrigo da luz solar direta; 3) Sobras de vacinas devem ser descartadas após cinco dias úteis da abertura dos frascos; 109 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 4) Na vacinação extramuros, os frascos de vacina deverão ser utilizados num único dia, desprezando-se as sobras. Eventos Adversos O evento adversoque pode ocorrer após o uso da vacina Sabin (VOP) é a própria doença, a poliomelite. Diferentemente das demais vacinas, este evento pode acometer à criança vacinada, ou a seus comunicantes (pessoas que têm contato com o vacinado). Caso de poliomelite associado ao vacinado: a criança apresenta quadro agudo de febre, seguido de paralisia flácida aguda, que pode ocorrer de 4 a 40 dias após a aplicação da vacina, apresentando seqüela, compatível com poliomelite, 60 dias após o início do quadro; Caso de poliomelite associado ao comunicante do vacinado: a paralisia flácida aguda surge após o contato com criança que tenha sido vacinada até 40 dias antes. O comunicante apresenta quadro agudo de febre, seguido dos sinais de paralisia flácida, os quais podem surgir em 4 a 85 dias após a vacinação, apresentando seqüelas, compatíveis com poliomelite, 60 dias após o início do quadro. 5.4 Vacina contra Difteria, Tétano e Coqueluche e a infecção pelo Haemophilus influenzae tipo b (vacina tretavalente DTP - Hib) Apresentação e Composição A vacina DTP-Hib (tetravalente), protege contra a difteria, o tétano, a coqueluche e outras doenças causadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b, tais como meningite bacteriana, pneumonia, otite, artrite e septicemias. Esta vacina além de ser eficaz, reduz o número de aplicações injetáveis em crianças menores de 01 ano, já que reúne em uma única vacina, os componentes imunológicos capazes de proteger contra todas estas doenças. 110 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores A vacina DTP-Hib é uma associação da vacina DTP (tríplice bacteriana) e da vacina contra a infecção causada pelo Haemophilus influenzae tipo b (Hib). A vacina DTP apresenta-se na forma líquida (diluente). É uma vacina combinada, isto é, contém no mesmo frasco-ampola os toxóides diftéricos e tetânicos e a bactéria Bordetella pertussis inativada. Contém ainda o hidróxido de alumínio como adjuvante e o timerosal como preservativo. A Hib é uma vacina conjugada, ou seja, contém parte da bactéria Haemophilus influenzae unida a uma proteína, aumentando, assim, sua capacidade de produzir resposta imunológica. Apresenta-se sob a forma liofilizada (pó). Quando se juntam estas vacinas (reconstituição), obtém-se a vacina DTP-Hib. Ela se apresenta em blisters (frascos) contendo 05 ou 10 doses. Esta vacina depois de reconstituída (diluída) deverá ser utilizada, no máximo, até 8 horas. Idade de Aplicação A partir de dois meses. Via de Administração Intramuscular profunda, no vasto lateral da coxa; em crianças com mais de dois anos de idade pode ser aplicada na região deltóide. Esquema de aplicação Esquema básico: três doses com intervalos de 60 dias. • O intervalo mínimo entre as doses é de 30 dias; • O aumento do intervalo entre as doses não invalida as feitas anteriormente, e, portanto, não exige que se reinicie o esquema; • Recomenda-se completar as três doses no primeiro ano de vida; • Não se usa a vacina tríplice DTP-Hib a partir de sete anos. 111 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Reforço: entre seis a 12 meses depois da terceira dose de esquema básico, de preferência no 15º mês de idade, simultaneamente com a dose de reforço das outras vacinas do Calendário de Vacinação. O reforço será feito com a DTP (tríplice bacteriana). OBS: Em caso de ferimento com alto risco de tétano antes dos sete anos de idade, e já decorridos mais de cinco anos da quarta dose, aplicar mais uma dose da DTP. Contra-Indicações A aplicação da vacina tríplice DTP-Hib é contra-indicada em crianças que tenham apresentado após a aplicação de dose anterior. a) reação anafilática sistêmica grave (hipotensão, choque, dificuldade respiratória); b) encefalopatia nos primeiros sete dias após a vacinação. OBS: Na situação do item a, já que não se pode estabelecer qual o componente da vacina responsável pela reação anafilática e por causa da importância da proteção contra o tétano, é conveniente que o indivíduo que apresentou esse raro evento receba, quando indicada, a imunização passiva contra o tétano; Não devem ser administradas doses subseqüentes da vacina contra a coqueluche às crianças em que se manifestou encefalopatia nos primeiros sete dias após a vacinação, mesmo que a responsabilidade da mesma pelo evento não possa ser estabelecida. O esquema vacinal básico será completado com DT. Conservação e Validade Deve ser conservada entre +2P o PC e +8P o PC. Não podendo congelar, pois inativa a vacina. Depois de aberto o frasco-ampola de múltiplas doses, a vacina poderá ser utilizada, no máximo, até 8 horas, desde que tenha sido manipulada com técnicas corretas de assepsia. O prazo de validade é indicado pelo fabricante e deve ser respeitado rigorosamente. 112 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Eventos Adversos Febre: geralmente, aparece nas primeiras horas após a aplicação da vacina ou, no máximo, até o dia seguinte. Com a aplicação das doses subseqüentes, tende a aumentar a freqüência das reações febris; Hiperemia (vermelhidão), calor. Endurecimento e edema acompanhados ou não de dor, podem ocorrer, sendo pouco intensos e restritos ao local da aplicação. Estas manifestações podem comprometer por algum tempo a movimentação do membro e provocar dificuldade ao andar; Nódulo indolor no local da injeção: é reabsorvido, desaparecendo após algumas semanas; Sonolência: pode manifestar-se, nas primeiras 24 horas após a aplicação da vacina, e persiste por até 3 dias; Anorexia (falta de vontade de comer): é transitória e de leve intensidade; Vômito: pouco comum, sendo normalmente relatado após a primeira dose da vacina; Abscessos quentes e frios: são eventos associados à técnica de aplicação, que devem ser notificados e não contra-indicam doses subseqüentes da vacina; Choro persistente: caracteriza-se por um choro contínuo e inconsolável, que pode durar mais de 3 horas. Em geral, aparecem nas primeiras 2 a 8 horas após a aplicação da vacina; Reações de hipersensibilidade cutânea: apresentam-se com urticária, exantema ou aparecimento de petéquias; Convulsão: caracteriza-se por alteração do nível de consciência, acompanhada de contrações musculares involuntárias. Aparece nos três primeiros dias após a aplicação da vacina. Em crianças menores, pode ocorrer convulsão sem contrações evidentes. Contra-indica doses subseqüentes. Utilizar nas doses seguintes: DTP acelular (DTaP) e a vacina Hib contra as infecções pelo Haemophilus influenzae tipo b; Episodio Hipotônico Hiporresponsivo (EHH): é de instalação súbita e de curta duração. Há presença de palidez, ou cianose perioral, hipotonia, diminuição ou 113 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores ausência de resposta aos estímulos. Contra-indica doses subseqüentes. Utilizar nas doses seguintes : DTP acelular (DTaP) e a vacina Hib contra as infecções pelo Haemophilus influenzae tipo b; Encefalopatia: distúrbio do sistema nervoso central grave, agudo, que se assemelha clinicamente à encefalite, mas sem evidência de reação inflamatória. Quando acontece após aplicação desta vacina, ou da DTP, pode ocorrer até 7 dias após sua aplicação (geralmente nas primeiras 72 horas). Contra-indica a administração do componente pertussis. Utilizar nas doses subseqüentes: DT (dupla infantil) e Hib; Choque Anafilático: podem instalar-senas primeiras 2 horas após a aplicação da vacina (em geral nos primeiros 30 minutos). Caracteriza-se por hipotensão ou choque associado à urticária, edema de face e laringoespasmo. Contra- indica a administração de todos os componentes desta vacina, e também das vacinas DTP, DT/dT, TT e Hib. Caso o cliente sofra um acidente com risco de contrair o tétano, deve receber o método profilático passivo (imunoglobulina antitetânica). 5.5 Vacina contra Difteria, Tétano e Coqueluche (DTP) A vacina que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche (pertussis), é conhecida como DTP, ou tríplice bacteriana. O esquema de proteção contra estas doenças vem se dando no calendário vacinação, através da aplicação da vacina DTP-Hib (visto anteriormente). A vacina DTP (Tríplice Bacteriana), por orientação do PNI, tem sido indicada apenas para o reforço do esquema básico com a vacina DTP-Hib. Apresentação e Composição Vacina de células inteiras da Bordetella pertussis, agente causador da coqueluche, combinada com os toxóides tetânico e diftérico, que tem como adjuvante o hidróxido de alumínio. 114 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Idade de aplicação Atualmente está indicada aos 15 meses, como dose de reforço do esquema básico da vacina DTP-HIB. A Via de administração, contra-indicações, e as reações adversas são as mesmas atribuídas a vacina DTP-Hib. 5.6 Vacina contra Difteria e Tétano (vacina dupla bacteriana - DT/dT) Apresentação e Composição A vacina dupla contém toxóide diftérico e toxóide tetânico, tendo como adjuvante hidróxido ou fosfato de alumínio. É apresentada sob forma líquida em ampola com dose única ou em frasco-ampola com múltiplas doses. Há dois tipos de vacina dupla: vacina dupla do tipo infantil (DT) e vacina dupla do tipo adulto (dT). A vacina dupla do tipo infantil (DT) contém a mesma concentração de toxóide diftérico e de toxóide tetânico presente na vacina tríplice (DTP), enquanto a dupla do tipo adulto (dT) contém menor quantidade de toxóide diftérico. A vacina dupla do tipo infantil DT poderá ser aplicada em menores de sete anos e dupla do tipo adulto dT a partir desta idade. Via de Administração Intramuscular profunda, preferencialmente no vasto lateral da coxa; em crianças com mais de dois anos de idade pode ser aplicada na região deltóide. Esquema de aplicação Vacina dupla do tipo infantil (DT): indicada para crianças com menos de sete anos de idade para as quais haja contra-indicação de receberem a vacina contra 115 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores coqueluche (componente pertussis=P) da vacina tríplice DTP. O esquema de administração é o mesmo utilizado para a vacina tríplice DTP. Vacina dupla do tipo adulto (dT): indicada a partir de sete anos de idade a pessoas que não receberam nenhuma dose da vacina tríplice DTP ou da vacina dupla do tipo infantil – DT, ou não completaram o esquema básico com uma dessas vacinas, ou cujo estado vacinal não seja conhecido. É ainda empregada como reforço da vacinação efetuada com a tríplice DTP ou com a dupla do tipo infantil – DT. Esquema básico: pode ser adotado um dos seguintes esquemas: a) Três doses aplicadas com intervalo de dois meses, mínimo de um mês, entre a primeira e a segunda, e de seis meses entre a segunda e a terceira (esquema 0,2,8); b) Três doses aplicadas com intervalos de dois meses, mínimo de um mês (esquema 0,2,4). Por motivos de ordem operacional tem-se optado por um ou outro esquema nas diferentes regiões do país. Reforços: de dez em dez anos, por toda a vida. Contra-Indicações Reação anafilática sistêmica grave seguindo-se à aplicação de dose anterior; Síndrome de Guillain-Barré nas seis semanas após a vacinação contra difteria e/ou tétano anterior. Se uma pessoa, que não completou o esquema básico de imunização contra o tétano, tiver contra-indicação absoluta ao uso de uma preparação contendo toxóide tetânico e sofrer um ferimento que não seja limpo ou superficial, deve receber somente imunização passiva (soro ou imunoglobulina humana antitetânica). Conservação e Validade Deve ser conservada entre +2P o PC e +8P o PC. O congelamento inativa a vacina. Depois de aberto o frasco-ampola de múltiplas doses, a vacina poderá ser utilizada até o 116 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores final do prazo de validade, desde que tenha sido manipulada com técnicas corretas de assepsia. O prazo de validade é indicado pelo fabricante e deve ser respeitado rigorosamente. Eventos Adversos Dor, eritema (vermelhidão), edema no local da aplicação; Linfadenopatia (íngua) – o vacinado se queixa de dor e aumento dos gânglios mais próximos do local da aplicação; Febre, raramente superior a 39 P o PC; Na vacinação com DT/dT – dupla bacteriana, como já observado em outras vacinas, também podem ocorrer os abscessos quentes e frios, eventos associados à técnica de aplicação, que devem ser notificados e não contra-indicam dose subseqüente da vacina; Reação de Arthus ou reação de hipersensibilidade do tipo III. É um evento local grave que se apresenta de forma mais intensa. Nesse caso, o edema pode estender-se do ombro até o cotovelo. Pode estar acompanhada de cefaléia e de mal-estar geral. Contra indica a aplicação de toxóide tetânico e diftérico por dez anos. Isto é, não deve ser administrada dose de reforço até 10 anos depois da aplicação dessa última dose; Neuropatia periférica: sua ocorrência é muito rara. Está relacionada à repetidas doses de vacina antitetânica. Contra-indica doses seguintes desta vacina e da vacina antitetânica. Exige notificação imediata; Síndrome de Guillain Barre: caracteriza-se por dor nos membros inferiores e paralisia ascendente, ou seja, começa nas extremidades (pés) e vai subindo, paralisando outros músculos. Contra-indica doses seguintes desta vacina e da vacina antitetânica. Exige notificação imediata; Choque Anafilático: caracteriza por hipotensão e choque, associado à urticária, edema de face e laringoespasmo. Pode instalar-se nas primeiras duas horas após a aplicação da vacina(em geral nos primeiros 30 minutos). Contra-indica a administração de todos os componentes da vacina DT, dT, TT. Caso o cliente sofra um 117 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores acidente com risco de contrair o tétano, deve receber o método profilático passivo (imunoglobulina antitetânica). Exige notificação imediata. 5.7 Vacina contra o tétano (TT) Apresentação e Composição A vacina contra tétano é constituída pelo toxóide tetânico (TT), tendo como adjuvante hidróxido ou fosfato de alumínio e sendo apresentada sob a forma líquida em ampola com dose única em frasco-ampola com múltiplas doses. Idade de aplicação Antes dos sete anos de idade a vacinação contra o tétano deve ser realizada com a vacina tríplice DTP ou tetravalente DTP-Hib; se houver contra-indicação ao uso do componente antipertussis (P), deve ser empregada a vacina dupla do tipo infantil (DT). A partir dos sete anos de idade, deve se utilizar, de preferência, a vacina do tipo adulto (dT) ou, em sua falta, a vacina contra o tétano (TT), isoladamente. Via de administração Intramuscular profunda, preferencialmente no vasto lateral da coxa. Em crianças com mais de dois anos de idade e adultos pode ser aplicada na região deltóide. Esquema de aplicaçãoEsquema básico: pode ser adotado um dos seguintes esquemas: a) Três doses aplicadas com intervalo de dois meses, mínimo de um mês, entre a primeira e a segunda, e de seis meses entre a segunda e a terceira (esquema 0, 2,8); 118 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores b) Três doses aplicadas com intervalos de dois meses, mínimo de um mês (esquema 0, 2,4). Por motivos de ordem operacional tem-se optado por um ou outro esquema nas diferentes regiões do país. Reforços: de dez em dez anos, por toda a vida. Contra-indicações a) Reação Anafilática seguindo-se à aplicação de dose anterior; b) Síndrome de Guillain-Barré nas seis semanas após a vacinação anterior contra difteria e/ou tétano; Observações: 1) Se uma pessoa, que não completou o esquema básico de imunização contra o tétano, tiver contra-indicação absoluta ao uso de preparação contento toxóide tetânico e sofrer um ferimento que não seja limpo ou superficial, deve receber somente imunização passiva (soro ou imunoglobulina humana antitetânicos); 2) Pessoas que apresentaram reação de hipersensibilidade local, tipo fenômeno de Arthus, após dose anterior de vacina contendo toxóide tetânico (DT, dT ou TT), usualmente têm altos níveis séricos de antitoxina e não devem receber doses de emergência d DT ou dT antes de decorridos dez anos, mesmo que tenham sofrido um ferimento que não seja limpo ou superficial. Conservação e Validade Deve ser conservada entre +2 Po PC e +8P o PC. O congelamento faz inativar à vacina. Depois de aberto o frasco-ampola de múltiplas doses, a vacina poderá ser utilizada até o final do prazo de validade, desde que tenha sido manipulada com técnicas corretas de assepsia. O prazo de validade é indicado pelo fabricante e deve ser respeitado rigorosamente. 119 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Eventos adversos Dor; Calor; Eritema; Enduração local; Febre. Cuidados adicionais na profilaxia do tétano Na profilaxia do tétano pós-ferimento também está indicado à limpeza do ferimento com água e sabão e, se necessário, desbridamento, o mais amplo e profundo possível; não há indicação para o emprego de penicilina G benzatina e de outros antimicrobianos. 5.8 Vacina contra Sarampo, Caxumba e Rubéola (vacina tríplice viral) Apresentação e Composição A vacina tríplice viral é composta por três vírus vivos atenuados: os vírus do sarampo, da caxumba e da rubéola. Contém pequena quantidade de proteína do ovo (meio de cultivo em embrião de galinha), além de outros elementos. Seu efeito é de longa duração. No Brasil, a vacina monovalente do sarampo foi instituída em 1973, com a criação do PNI. Em 1992, foi implantado o Plano Nacional de Erradicação do Sarampo. A adoção dessa medida teve como resultado a inexistência, na população brasileira, do registro de casos autóctones (presença do vírus selvagem) desde o ano 2000. Neste mesmo ano, foi modificada a estratégia de vacinação, sendo suspensa à vacina monovalente do sarampo e antecipada a aplicação da vacina tríplice viral no calendário de rotina, para crianças a partir de um ano de idade. 120 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores A vacina tríplice viral, quando administrada em mulheres em idade fértil (de 12 a 49 anos), inclusive no puerpério e no pós-aborto, tem se mostrado bastante eficaz no controle destas doenças (sarampo, caxumba e rubéola), bem como na prevenção da Síndrome de Rubéola Congênita (SRC). Apresenta-se sob a forma liofilizada, em frasco-ampola com uma ou múltiplas doses. Idade de aplicação A partir dos 12 meses. Via de administração Subcutânea Esquema de aplicação Dose única Contra-indicações • Antecedente de reação anafilática sistêmica após a ingestão de ovo de galinha; • Em gestantes; • Administração de imunoglobulina normal (gamaglobulina), sangue total ou plasma nos três meses anteriores. 121 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Conservação e Validade Deve ser conservada entre +2 Po PC e +8P o PC após a diluição, mantida nas condições mencionadas, deve ser aplicada em prazo máximo de oito horas. O prazo de validade é indicado pelo fabricante e deve ser respeitado rigorosamente. Reações adversas Reações locais como dor, eritema, ardência e/ou enduração no local da aplicação; Reações alérgicas como eritema com prurido no local de aplicação, a exantema (manchas vermelhas por todo o corpo acompanhadas ou não de prurido); Febre de 39,5 P o PC ou mais. Surge normalmente no quinto dia após a vacinação e dura no máximo cinco dias. As crianças predispostas não contra-indicam a revacinação; Cefaléia. É um evento de evolução rápida, observado em adolescentes após o sétimo dia de vacinação. Não contra-indica doses subseqüentes da vacina e devem receber tratamento sintomático; Mal-estar geral, coriza e tosse, semelhante aos sintomas de um resfriado comum (período denominado como prodromico no sarampo). São freqüentes e evoluem favoravelmente, se não houver outras complicações. Não contra-indica, doses subseqüentes da vacina e devem receber tratamento sintomático; Púrpura trombocitopênica: caracterizada por manchas violáceas ou arrocheadas na pele, que aparecem até dois meses após a vacinação. Geralmente ocorre em crianças que anteriormente apresentariam história de púrpura. Exige notificação imediata; Choque Anafilático: caracterizado por hipotensão arterial ou choque associado à urticária, edema de face, laringoespasmo. Exige notificação imediata. 122 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores 5.9 Vacina contra Febre Amarela A febre amarela é uma doença causada pelo vírus amarílico, que é encontrado principalmente em regiões de mata. É transmitido por um vetor, o mosquito Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue. Apresentação e Composição A vacina contra febre amarela é constituída de vírus vivo atenuado e produzida em cultura de ovo de galinha. É uma vacina bastante segura e eficaz. É apresentada sob forma liofilizada em um frasco-ampola, acompanhada de diluente para sua reconstituição. Idade de aplicação A partir dos seis meses de idade nas áreas endêmicas (onde há casos humanos). Nas regiões onde há casos de febre amarela entre macacos (áreas enzoóticas ou epizoóticas), mas não em seres humanos, a vacina é utilizada a partir dos nove meses. Via de administração Subcutânea Esquema de aplicação Dose única (0,5 ml); Reforço a cada dez anos; A vacina contra febre amarela deve ser aplicada simultaneamente ou com intervalo de duas semanas para outras vacinas virais vivas. Efetua-se a vacina oral contra poliomelite, que pode ser aplicada simultaneamente ou com qualquer intervalo. 123 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Contra- indicações • Alergia ao ovo de galinha. A vacinação esta contra-indicada para as pessoas que têm esta alergia, ou que já apresentaram reações de hipersensibilidade em dose anteriores; • Gestantes: não devem ser vacinadas, porém, se isso ocorrer, não há indicação de interrupção da gravidez. Conservação e Validade Deve
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