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atividade 1 teoria do delito

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De início, a CF /88, em seu art. 1.º, caput, indica que o perfil político-constitucional do Brasil se filia a concepção de um Estado Democrático de Direito. Neste norte, surge a essência de toda a construção legal do sistema jurídico do país, enlaçada com a premissa de uma aplicação humanitária do Direito Penal.
 
Os princípios constitucionais penais estão ancorados na força motriz do princípio da dignidade humana (CF, art. 1.º, III). A sim, nenhuma norma legal ou atuação estatal pode contrariá-lo. Qualquer afetação aprincipiologia emanada da Carta Política de 1988 trará, por consequência, violação ao da dignidade da pessoa humana. Abaixo segue a análise específica destes princípios:
Princípio da Legalidade: 
O princípio da legalidade é base do ordenamento do Direito Penal. É a verdadeira garantia da liberdade individual do cidadão. A lei penal deve ser clara, exata e precisa, de simples leitura e interpretação, determinando que só haverá crime quando ocorrer um fato lesivo a um bem jurídico. O princípio da legalidade desdobra-se em três postulações, a saber:
a) da Reserva Legal 
O Princípio da Reserva Legal fica-se no art. 5º, XXXIX da Constituição Federal, in verbis: “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”. 
Segundo o princípio da reserva legal somente a lei em sentido estrito pode definir crimes e suas respectivas penalidades. Em consequência, a norma penal deve ser precisa e guardar correspondência com sua descrição. É válida apenas a lei que delimitar a conduta lesiva, apta a expor ou causar perigo/dano um bem jurídico de relevância, prescrevendo uma consequência punitiva.
b) da Taxatividade
 A segunda postulação do princípio da legalidade é a taxatividade, a qual traduz a exigência de que as leis penais, especialmente as de natureza incriminadora, sejam claras e precisas. Assim, é fundamental que lei defina o fato criminoso de forma cristalina, com os atributos essenciais da conduta humana incriminada, sem qualquer indeterminação.
c) da Irretroatividade 
O inciso XL do art. 5º. da CF/88, diz que a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu. A regra constitucional, portanto, é a da irretroatividade da lei penal; a exceção é a retroatividade, desde que seja para beneficiar o agente. 
Desta forma, a norma de direito material mais severa só se aplica, enquanto vigente, aos fatos ocorridos durante sua vigência, vedada em caráter inarredável a sua retroatividade. Tal princípio aplica-se a todas as normas de direito material, pertençam elas à Parte Geral ou à Especial. 
Com esse postulado tem-se a certeza de que ninguém será punido por um fato que, ao tempo da ação ou da omissão, não estava previsto em lei, tendo em vista a ausência de qualquer lei penal incriminadora (nullum crimen nulla poena sine lege praevia).
d) o Princípio da Reserva Legal e a Execução da Pena 
A ideia do princípio da legalidade na execução penal de ita raízes na reserva legal das regras sobre as modalidades de execução das penas e medidas de segurança, de modo a restringir de maneira legal o poder discricionário do Estado. 
A partir disso, observa-se que a aplicação de sanção disciplinar por uma falta grave, não pode ultrapassar as balizas fixadas pela Lei de Execução Penal. Inclusive, o processo disciplinar previsto na LEP é regido, pelo princípio da reserva legal: “ Não haverá falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou regulamentar”. (LEP, art. 45).
Análise: 
O princípio da legalidade, como todos os outros princípios penais, tem como finalidade limitar o poder punitivo, sendo um contrassenso, portanto, utilizá-lo para expandir tal poder. Assim, não há qualquer vedação à analogia in bonam partem ou à retroatividade benéfica das normas penais, permanecendo íntegros, nesses casos, os fundamentos do princípio da legalidade. Refere-se então a um dos direitos fundamentais mais importantes dentro de um Estado Democrático de Direito e no Brasil encontra expressa previsão legal na Constituição Federal vigente em seu art. 5°, inciso XXXIX:
XXXIX – não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
Demonstrando sua importância, houve também previsão expressa dentro no Código Penal em seu art. 1°:
Art. 1° - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal;
Esse princípio tem origem do latim Nullum crimen sine praevia lege, estabelecendo que nenhuma conduta, seja ela uma ação ou omissão, poderá ser considerada como criminosa, sem que antes de sua feitura houver lei nesse sentido. Exemplificando de maneira simplória, João ingere bebida alcoólica, este fato por si só não poderá ser considerado como infração penal, tendo em vista que as leis brasileiras não estabelecem tal conduta como criminosa. Ocorre que se no dia seguinte o Poder legislativo edita uma lei criminalizando tal conduta, ainda sim João não terá cometido nenhuma infração penal, pois para caracterização do crime/contravenção a lei deve ser anterior à conduta para que haja sua aplicabilidade.
A princípio legalidade dentro do direito penal desdobra princípio da Reserva Legal, onde se estabelece que somente a lei em sentido estrito, ou seja, elaborada diretamente pelo Poder Legislativo, sendo ela lei ordinária ou até mesmo uma lei complementar, poderá definir quais são as condutas consideradas criminosas e elencar qual será sua pena caso ela seja praticada.
A fonte da normal penal é única e exclusivamente a lei – em sentido estrito – federal. Trata-se de competência privativa da União (art. 22, inc. I, CF). 
· O princípio da legalidade está previsto no Código Penal.
· A legalidade é o corolário que estabelece o seguinte: somente após a definição de determinado crime nos moldes da competência fixada na forma do art. 22, inciso I da Constituição de 1988, poderá um fato ser considerado incriminável.

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