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Coagulação sanguínea Prof.ª Msc. Camila Amato Montalbano Doutoranda do PPGDIP-UFMS Sangue Formado por parte líquida (plasma) e parte celular (várias células); Líquido intersticial: líquido que banha as células corporais; O2(pulmões) e nutrientes (trato gastrointestinal) transportados sangue→ líquido intersticial→ tecidos corporais; CO2 e restos do metabolismo dos tecidos corporais→ líquido intersticial sangue→ pulmões, rins, pele e sistema digestivo. Plasma Líquido aquoso contendo substâncias dissolvidas 91,5%-água 8,5% de solutos(proteínas-albuminas, globulinas, fibrinogênio); Elementos Figurados ◦Glóbulos vermelhos do sangue(GVS), glóbulos brancos do sangue(GBS) e as plaquetas; FUNÇÕES DO SANGUE ◦Transporte: O2, CO2, nutrientes e hormônios; ◦Regulação: Participa da regulação do pH, regula a temperatura corporal; ◦Proteção: presença dos glóbulos brancos. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DO SANGUE ◦Mais viscoso que a água –fluxo lento; ◦Temperatura: 38◦C; pH: 7,35 e 7,45; 8% do peso corporal total; 5 a 6 litros (homens) e 4 a 5 litros (mulher); Funções do sangue Transporte de oxigênio Hemoglobina–proteína globina–cadeias polipeptídicas e pigmentos não-protéicos hemes; Cada heme–íons ferro–oxigênio(pulmões)–líquido intersticial–célula; Sangue–capilares teciduais–capta o CO2–hemoglobina–liberado pelos pulmões; Megacariócito (mega- + karyo- + -cyte, "grade núcleo celular") células da medula óssea, responsáveis pela produção de plaquetas sanguíneas (trombócitos), que são necessárias para a coagulação normal do sangue. Os megacariócitos são normalmente responsáveis por 1 a cada 10.000 células da medula óssea. Formação de plaquetas Células-tronco hematopoiéticas produzidas pelo fígado, rim, baço e medula óssea. Estas células estaminais multipotentes vivem nos sinusóides da medula e são capazes de produzir todos os tipos de células sanguíneas, dependendo dos sinais que elas recebem. Megacariócitos trombopoietina ou TPO. GM-CSF, IL-3, IL-6, IL-11, quimiocina (SDF-1, FGF-4) e eritropoietina. CFU-Me (células-tronco hematopoiéticas ou hemocitoblastos) → megacarioblasto → promegacariócito → megacariocítico. Quando chega a fase megacariocítica perde a sua capacidade de se dividir. No entanto, ainda é capaz de replicar o seu DNA e continuar o desenvolvimento. Trombocitopoese Formação de plaquetas Uma vez que existe diferenciação celular e concluiu-se um megacariocítico maduro, inicia-se o processo de produção de plaquetas. Replicação sincronizada endomitótica aumento do volume citoplasmático e número de núcleos, tornando-se granular e começando a produzir plaquetas. Trombopoietina desempenha um papel na indução dos megacariocíticos para formar pequenos processos proto-plaquetários. As plaquetas são mantidas dentro destas membranas internas dentro do citoplasma dos megacariócitos. Mecanismos propostos para a libertação de plaquetas Hipótese 1: Processos proto-plaquetários rompem-se explodindo para se tornar plaquetas. Hipótese 2: a célula pode formar fitas de plaquetas nos vasos sanguíneos. As fitas são formadas por meio de pseudópodes e são capazes de emitir continuamente plaquetas em circulação. Em qualquer cenário, cada um destes processos de proto-plaquetas podem dar origem a novas 2000-5000 plaquetas mediante separação. Em geral, de 2/3 destas plaquetas recém produzidas irá permanecer em circulação, e 1/3 será sequestrada pelo baço. O que resta do megacariócito é núcleo atravessa a barreira da medula óssea para o sangue e é consumido no pulmão por macrófagos alveolares. Trombocitopoese Plaqueta Hemostasia primária Membrana fosfolipídica antígenos, glicoproteínas, e vários tipos de enzimas através dos quais a plaqueta interage com outras células e com a parede dos vasos Muitas proteínas plasmáticas e fatores de coagulação (V, XI, fibrinogênio) fixam-se a essa superfície. Sistema canicular da membrana invaginações da membrana que serve como um condutor para as substâncias que se movem entre plaquetas e o plasma (aumento substancial na área de superfície externa das plaquetas após ativação Plaqueta Porção interna glicoproteínas da membrana (GPI, II, III, IV) GPIb receptor para trombina e fator de Von Willebrand GPIIb-IIIa e receptor para o fibrinogênio Actina e miosina mantém a forma discóide da plaqueta, permitindo formação de pseudópodes que orientam os movimentos plaquetários para a eliminação de produtos secretados através do sistema canicular e para a retração do coágulo. α-grânulos fator plaquetário IV, β-tromboglobulina, o fator de crescimento derivado de plaquetas, fatores de coagulação (V, VIII), albumina, fibrinogênio, FvW (fator de von Willebrand) e PF4 (antagonistas de heparina), grânulos densos que contêm Ca2+ (cálcio), Mg2+ (Magnésio), serotonina, pirofosfato, antiplasmina, ADP (difosfato de adenosina) e ATP (trifosfato de adenosina) Função das plaquetas Função hemostática auxiliar na reparação da lesão vascular e impedir a ocorrência de hemorragia por participação na formação do tampão hemostático primário. Função não hemostática inflamação e cicatrização de feridas. Interagem com leucócitos e liberam aminas vasoativas, citocinas, mitógenos e fatores de crescimento. Os fatores de crescimento, contidos nos α-grânulos plaquetários, promovem quimiotaxia, proliferação e diferenciação celular, neovascularização e deposição de matriz extracelular. Coagulação Em resposta à ruptura do vaso→cascatas de reações químicas no sangue→ complexo de substâncias ativadas (ativador da protombina); Ativador da protombina +C→ protrombina → trombina; Trombina(enzima)→ fibrinogênio→ filamentos de fibrina→ retém as plaquetas, células sanguíneas e o plasma→ coágulo. Regeneração: crescimento de tecidos fibrosos no coágulo sanguíneo para obturar o orifício do vaso. Coagulação Iniciada dentro de 20 segundos após a lesão ocorrer ao vaso sanguíneo causando dano às células endoteliais. As plaquetas formam imediatamente um tampão plaquetário no local da lesão. Essa é a chamada hemostasia primária. A hemostasia secundária acontece quando os componentes do plasma chamados fatores de coagulação respondem (em uma completa cascata de reações) para formar fios de fibrina, que fortalecem o tampão plaquetário. As plaquetas ativadas então liberam o conteúdo de seus grânulos que estimulam uma ativação ainda maior de outras plaquetas e melhoram o processo hemostásico. Hemostasia primária Vasoconstrição: primeiramente o vaso lesado se contrai. Adesão: Inicia-se quando as plaquetas se aderem ao endotélio vascular. Essa aderência acontece com uma ligação entre a glicoproteína Ib/IX/V na superfície das plaquetas e colágeno exposto durante a lesão do endotélio. A aderência leva a ativação plaquetária. Quando ocorre falta da glicoproteína Ib ocorre a Síndrome de Bernard-Soulier. Ativação Plaquetária: elas mudam de forma e liberam conteúdos dos seus grânulos no plasma entre eles produtos de oxidação do ácido araquidônico pela via cicloxigenase (PGH2 e seu produto, o tromboxane), ADP, fator de ativação plaquetária (PAF). Quando ocorre uso de aspirina por um indivíduo, ocorre a inativação da enzima cicloxigenase evitando a síntese de PGH2 e tromboxane e ocorre um prolongamento do tempo de sangramento. Agregação plaquetária: as plaquetas se agregam uma às outras, formando o chamado "trombo branco". Hemostasia secundária- cascata de coagulação Possui duas vias: intrínseca (via da ativação de contato) e extrínseca (via do fator tissular). Ambas vias tem grande importância e acabam se juntando para formação do coágulo de fibrina. Os fatores de coagulação são numerados por algarismos romanos e a adição da letra ”a” indica que eles estão em sua forma ativada. Os fatores de coagulação são geralmente enzimas (serino proteases) com exceção dos fatores V e VIII que são glicoproteínas e do fator XIII que é uma transglutaminase. As serino proteases agem clivando outras proteínas. Via intríseca Necessita dos fatores de coagulação VIII, IX, X, XI e XII alémdas proteínas pré-calicreína (PK), cininogênio de alto peso molecular (HWHK) e íons cálcio. Começa quando a PK, o HWHK, factor XI e XII são expostos a cargas negativas do vaso lesado, isso é chamado de "fase de contato". A pré-calicreína então converte-se em calicreína e esta ativa o fator XII. O fator XII activado acaba convertendo mais prekalicreína em calicreína e activando o factor XI. Na presença de íos cálcio, o fator XI ativado ativa o IX. Por sua vez o factor IX ativado junto com o factor VIII activado, levam à activação do factor X. Deste modo, o complexo enzimático constituído pelo fator X ativado, juntamente com o factor V activado e Ca++, denomina-se de Protrombinase. Via extrínseca Após a lesão vascular, o fator tecidual (fator III) é lançado e forma junto ao fator VII ativado um complexo (Complexo FT-FVIIa) que irá ativar os fatores IX e X. O fator X ativado junto ao fator V ativado formam um complexo (Complexo protrombinase) que irá ativar a protrombina em trombina. A trombina ativa outros componentes da coagulação entre eles os fatores V e VII (que ativa o fator XI que por sua vez ativa o fator IX). Os fatores VII, juntamente com o fator tecidual e Ca++ ativados formam o Complexo Tenase Extrínseco que por sua vez ativa o fator X. Obrigada!!!!!!!! montalbano.c@hotmail.com
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