Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” INSTITUTO DE BIOCIÊNCIAS - RIO CLARO MARIANA PANZA BORTOLIN UMA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA QUANTO À EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO PERÍODO DE 1988 A 2013 Rio Claro 2015 LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA MARIANA PANZA BORTOLIN UMA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO BRASILEIRA QUANTO À EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO PERÍODO DE 1988 A 2013 Orientador: Prof. Dr. Roger Miarka Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Câmpus de Rio Claro, para obtenção do grau de licenciada em Pedagogia Rio Claro 2015 Bortolin, Mariana Panza Uma análise da legislação brasileira quanto à educação inclusiva no período de 1988 a 2013 / Mariana Panza Bortolin. - Rio Claro, 2015 28 f. : il. Trabalho de conclusão de curso (licenciatura - Pedagogia) - Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Rio Claro Orientador: Roger Miarka 1. Educação especial. 2. Legislação brasileira. 3. Leis na educação inclusiva. I. Título. 371.9 B739u Ficha Catalográfica elaborada pela STATI - Biblioteca da UNESP Campus de Rio Claro/SP 1 Dedico este trabalho ao meu pai e minha mãe, sem os quais eu nada seria. 2 AGRADECIMENTO Agradeço primeiramente meus pais, por cada esforço que fizeram, para me manter na Universidade até a conclusão do meu curso, por serem meus melhores amigos e estarem sempre por perto. Especialmente aqui, agradeço ao meu orientador Roger Miarka, pela orientação e incrível paciência comigo. A toda minha família, os Panza com as broncas e amor, e aos Bortolin pelas risadas e companheirismo inigualável. Aos meus amigos queridos da kitnet, que fizeram da Doce Cabana um verdadeiro lar, os amigos que fiz na Unesp Rio Claro e outros campus, que fizeram da minha jornada na faculdade algo inexplicavelmente maravilhoso. E também aos amigos de São José dos Campos pelo apoio constante. Dentre tantos nomes de amigos, vale citar minha querida companheira de casa, irmãzinha Tailiny e minha incrível Bruna por cada risada e confidência. Um beijo especial, aqui, para minha madrinha Cuca e meu primo Túlio, pelo apoio e auxílio nessa fase. E por fim, minhas estrelinhas que estão no céu, sempre olhando por mim aqui em baixo: vô Sebastião, tio Tadeu, meu sempre risonho padrinho Gibóia e vó Rosa. 3 RESUMO Vivemos em uma época em que a Educação Inclusiva é amplamente enfatizada. No que concerne à legislação brasileira, ela possuí inúmeros artigos e leis que citam a educação inclusiva em esfera nacional, que se movimentaram ao longo do tempo. Essa pesquisa procura trabalhar com as leis que tratam da inclusão desde 1988 até hoje, seus aspectos sociais analisadas em seu movimento histórico. Abordando referências bibliográficas que deem suporte teórico para a compreensão do tema. Palavras-chave: Educação inclusiva; Legislação Brasileira; Leis na educação inclusiva 4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ________________________________________________ p. 5 2 OBJETIVO ___________________________________________________ p. 6 3 METODOLOGIA _______________________________________________ p. 7 4 SÍNTESE CRONOLÓGICA DA EVOLUÇÃO LEGAL ACERCA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA ____________________________________________________ p. 8 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ______________________________________ p. 22 6 REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS ________________________________ p. 24 5 1 INTRODUÇÃO Ao longo dos meus estudos na Pedagogia, me inquietei com vários fatores, desde a interação do professor com o aluno, até as atividades mais simples da educação básica, mas por começar a trabalhar com uma criança que se encontra no espectro-autismo, a educação inclusiva me ajudou a ver a educação com outros olhos, olhos mais atentos às necessidades especiais de cada indivíduo. Juntamente com meu trabalho junto a essa criança autista, percebi que muitas vezes, mesmo com o suporte da lei, os pais ou responsáveis da criança não conseguem obter o melhor tratamento e sistema educacional necessário para o desenvolvimento psíquico e social do indivíduo. E a ideia para o projeto surgiu exatamente dessa situação, em que a mãe do meu aluno tinha que pagar meus serviços como apoio pedagógico dentro da sala de aula do próprio bolso, além da mensalidade da escola em que ele estava matriculado. Já existe uma legislação brasileira legislando sobre a educação inclusiva. Meu objetivo, com este trabalho, é analisar a movimentação histórica dessa temática na legislação brasileira, analisando-a, de modo a entender como a inclusão é realizada a partir de 1988, quando aparecem as primeiras disposições na legislação acerca dessa temática já existem, e o meu trabalho visa ao estudo dessas leis. 6 2 OBJETIVO O objetivo deste trabalho é compreender como se dá a legislação que trata da criança com necessidade especial, entendida em seu processo histórico de constituição a partir de 1988. Entender a presença da criança com necessidade especial na legislação brasileira de maneira atualizada, tomando-a em seu processo de constituição histórico. A pesquisa terá como objetivo a disponibilização de toda a legislação que lida com o tema educação inclusiva, para assim auxiliar os interessados no tema, como pais, professores e pesquisadores. 7 3 METODOLOGIA A pesquisa pode ser tomada como bibliográfica, tendo assim a análise de documentos existentes visando às diferentes contribuições disponíveis para o estudo da legislação brasileira no que se refere à Educação Inclusiva. Em um primeiro momento, levantarei todos os documentos oficiais brasileiros - tais como leis, decretos e portarias - que tratam do tema. Será necessário um estudo paralelo que me ajude a compreender qual é a diferença entre esses diferentes dispositivos legais. Uma vez que o primeiro documento oficial que trata desse tema é a LDB de 1988, tomo este como o marco inicial do trabalho, cujo recorte se encerrará no ano de 2013, ainda que, por ventura, haja atualização da legislação depois desse período. Realizado o levantamento das leis, decretos, estatutos e portarias presentes na Constituição de 1988 até o final de 2013, atentando-me às mudanças e aprimoramentos que beneficiam a criança com deficiência na escola e seus direitos como cidadãos, procederei com sua organização. Buscarei colocá-los em ordem cronológica para, então, realizar sua análise. Para isto, estudarei documento por documento em sequência cronológica. Após a leitura pormenorizada de cada documento, elaborarei uma síntese que buscará desvelar as mudanças que traz para a temática. Procedendo desse modo, elaborei uma visão histórica sobre o tema e a apropriação de um panorama legal de como a Educação Inclusiva se apresenta no Brasil. Todas as leis que possuem suas sínteses nessa pesquisa estão disponíveis no CD-apêndice do trabalho. 8 4 SÍNTESE CRONOLÓGICA DA EVOLUÇÃO LEGAL ACERCA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA O Brasil acabava de sair de um regime militar, e a necessidade de se colocar os direitos no papel, para que assim se estipulasse a verdadeira democracia de um país livre, era iminente. E foi com a criação das Leis de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) em 1988 que se deu início a democratização da educação dos brasileiros. A Constituição de 88 teve como exemplo as reformas constitucionais de outros países, que no século XX tiveram a necessidade de democratizar suas políticas baseadas nos ideais e lutas para a melhoria dos direitos da população. 1988 – Constituição da República Federativa do Brasil Estabelece “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”(art.3º inciso IV). O artigo 5º inciso XLI estabelece que a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais. Temos também definido no artigo 6º os direitos sociais, sendo estes: educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados. Inserido no artigo 203, inciso IV acerca da assistência social, garante o direito a quem dela necessitar independente de contribuição à seguridade social, tendo por objetivo a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; Define, ainda, no artigo 205, a educação como um direito de todos, garantindo o pleno desenvolvimento da pessoa, o exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No artigo 206, inciso I, estabelece a “igualdade de condições de acesso e permanência na escola” como um dos princípios para o ensino e garante, como dever do Estado, a oferta do atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208). 1989 - Lei nº 7.853/89 9 Esta lei trás consigo os valores básicos da igualdade de tratamento e oportunidade, justiça social e respeito à dignidade a todos. Os dispositivos desta lei visam o dever do governo a garantia às pessoas portadoras de deficiência o pleno acesso a educação básica gratuita, além do direito a saúde, trabalho, lazer, previdência social, amparo à infância e à maternidade. Em seu artigo 2º a lei diz que o aluno portador de qualquer deficiência, deve ter direito a inserção no sistema educacional, tanto na esfera pública quanto na privada; a oferta da Educação Especial em estabelecimento público de ensino deve ser obrigatória e gratuita; os alunos de inclusão devem ter os mesmos direitos ao material escolar, merenda e bolsas de estudo da mesma forma que os alunos regulares. 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº. 8.069/90 No artigo 53 podemos encontrar no inciso I o direito de igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. Ainda no ECA em seu artigo 54 inciso III avaliamos o dever do Estado em garantir o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência. 1990 – Declaração Mundial de Educação para Todos Esse documento foi elaborado na Conferência Mundial sobre a Educação para Todos, realizado em 1990 na cidade de Jomtien, na Tailândia. Esse documento engloba políticas para o aprimoramento e novas abordagens no contexto de educação básica, visando a educação inclusiva. Documento esse que possa de alguma forma mudar políticas públicas vigentes para a evolução da educação inclusiva. 1994 – Declaração de Salamanca Este documento é uma Resolução das Nações Unidas que dispõe de políticas e práticas no âmbito da educação inclusiva. 1994 – Política Nacional de Educação Especial Orienta-se nesse parâmetro de educação especial uma integração que permite o acesso às classes regulares apenas aos que conseguirem manter um bom 10 acompanhamento perante os alunos “normais”. Essa Política não faz nenhuma mudança das práticas anteriores, apenas mantém a obrigatoriedade do ensino inclusivo às instituições de educação especial. 1994 - Lei Nº 8.859/94 Esta lei modifica alguns dispositivos da lei nº 6.494/77, dando aos portadores de necessidades especiais o direito a estágio. 1994 - Lei nº 10.098/94 No artigo 1º desta lei, encontra-se a necessidade da acessibilidade das pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida. O direito a educação que a acessibilidade garante está descrito no artigo 17º. 1994 - Portaria nº 1.793/94 Visa à capacitação dos professores que estão em contato com educandos com necessidades especiais. 1994 – Resolução SE nº 135/94 A Secretaria da Educação, o Centro de Apoio Pedagógico para o Atendimento ao Deficiente Visual – CAP, tendo esse centro como finalidade oferecer aos alunos com baixa visão ou cegueira total, o apoio necessário para o pleno desenvolvimento da leitura, à pesquisa e ao aprofundamento curricular, podendo atender esses educandos em sua sede ou nas unidades escolares desprovidas de sala de recursos. 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9.394/96 Em seu artigo 3º inciso I a LDBN assegura a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. Mais especificamente, no artigo 4º inciso III a Lei garante que o governo deve prover atendimento educacional especializado gratuito a todos os educandos que tiverem quaisquer tipos de deficiências, tanto intelectuais quanto físicas. O artigo 58º desta deferida lei diz que “Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do 11 desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação”, neste artigo encontramos os deveres das instituições de ensino o apoio especializado, se o educando não conseguir uma adaptação nas classes regulares poderá ser educado em locais que ofereçam serviços especializados. O modo como ensinar o educando que possua alguma deficiência deve ser assegurado pelo sistema de ensino em que o mesmo estiver inserido, também o acesso a educação especial para o trabalho para ter uma inserção na sociedade e seus direitos preservados para “os benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular” são encontrados no artigo 59º. 1999 – Decreto nº 3.298 que regulamenta a Lei nº 7.853/89 Este decreto reforça as normas de proteção a pessoa portadora de deficiência e esclarece quais são os tipos de deficiências aceitas perante a lei. E esse decreto adota os dispositivos legais anteriores a ele que correspondam aos direitos educacionais do deficiente perante a educação regular. 1999 - Decreto nº 3.076/99 É criado o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência – CONADE. 1999 - Portaria nº 319/99 O Ministério da Educação mostra interesse a partir dessa Portaria na difusão e ensino da linguagem Braille de escrita. 2000 - Decreto nº 3.691/00 – Regulamenta a Lei nº 8.899/96 Determina o direito das pessoas com deficiência ao sistema de transporte coletivo interestadual. 2000 - Decreto nº 3.952/01 Esse decreto dispõe sobre o Conselho Nacional de Combate à Discriminação – CNCD. Tem como efeito “acompanhar e avaliar as políticas públicas afirmativas de 12 promoção da igualdade e da proteção dos direitos de indivíduos e grupos sociais e étnicos afetados por discriminação racial e demais formas de intolerância” (artigo 2º). 2001 - Decreto nº 3.956/01 Assim como decreto à cima, promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência, visando assim a garantia de igualdade de tratamento. 2001 - Portaria nº 554/00 Essa Portaria tem como objetivo aprovar o Regulamento Interno da Comissão Brasileira do Braille. 2001 – Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (Resolução CNE/CEB nº 2/2001) Em seu artigo 1º a Diretriz garante a introdução do aluno com necessidade especial em todas as etapas e modalidades da Educação Básica. A matrícula dos alunos especiais cabe ao Sistema de Ensino, mas a escola é que deve organizar-se para o pleno atendimento desse educando, assim de acordo com o artigo 2º dessa Diretriz. É importante ressaltar que entende-se “Por educação especial, modalidade da educação escolar, entende-se um processo educacional definido por uma proposta pedagógica que assegure recursos e serviços educacionais especiais, organizados institucionalmente para apoiar, complementar, suplementar e, em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos queapresentam necessidades educacionais especiais, em todas as etapas e modalidades da educação básica.” (artigo 3º). A acessibilidade do portador de necessidades especiais deve ser assegurada pela instituição de ensino em que o educando estiver inserido (acessibilidade essa que consiste na “eliminação de barreiras arquitetônicas urbanísticas, na edificação e nos transportes escolares, bem como de barreiras nas comunicações, provendo as escolas dos recursos humanos e materiais necessários”) assim como prevê o artigo 12º. 13 2001 – Plano Nacional de Educação – PNE, Lei nº 10.172/2001 No PNE encontra-se inserido novamente o direito a educação básica preferencialmente no ensino regular. Os objetivos e metas do Plano Nacional da Educação perante a Educação Especial abrange diversos dispositivos legais para a melhoria da inclusão, entre eles vale destacar a parceria que deve ser feitas entre os Municípios e as instituições de saúde e educação para o melhor atendimento dos portadores de necessidades especiais, as escolas devem prover aos alunos uma sala de recursos, para garantir o aprimoramento educacional e também é previsto neste Plano a introdução da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) nas escolas, tanto para os educandos surdos, quanto para seus familiares, equipe escolar e comunidade. 2001 – Convenção da Guatemala (1999), promulgada no Brasil pelo Decreto nº 3.956/2001 O artigo 1º deste Decreto afirma que está eliminada toda e qualquer tipo de discriminação à pessoa com deficiência, de acordo com a Convenção da Guatemala. E esta Convenção prevê o direito a igualdade total e plena integração social do portador de necessidades especiais. 2001 - Resolução CNE/CEB nº 2/01 A Resolução institui as Diretrizes Nacionais para a educação de alunos que apresentem necessidades educacionais especiais. 2002 – Resolução CNE/CP nº1/02 Nessa Resolução as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica diz que o professor deve se formar com foco na diversidade, visando o entendimento da situação em que o educando especial se encontra perante a educação. 2002 - Resolução CNE/CP nº 2/02 14 Encontra-se nessa Resolução a definição da carga horária dos cursos de Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena. 2002 – Resolução SE nº 61/02 As ações referentes a Projetos de Inclusão Escolar são dispostas nesta Resolução, prevendo políticas de ação governamental voltadas a um Programa de Atendimento aos alunos da rede pública, com necessidades educacionais especiais. 2002 – Lei nº 10.436/02 Nesta lei encontra-se a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) como meio legal de comunicação. Visa o apoio de todos no uso e difusão da LIBRAS como meio de comunicação objetiva (artigo 2º). Encontra-se também na lei a obrigatoriedade dos sistemas educacionais federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal na inclusão dos cursos de “Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente” (artigo 4º). 2002 – Portaria nº 2.678/02 Essa Portaria do MEC aprova a disseminação e ensino do sistema Braille de escrita e recomenda seu uso em todo o território nacional. 2003 - Portaria nº 3.284/03 Dispõe sobre a acessibilidade dos portadores de necessidades especiais nos cursos e instituições. 2004 – Cartilha – O Acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular Essa cartilha mostra a Educação Especial no Brasil, os direitos dos alunos com necessidades especiais e os parâmetros legais que asseguram essa educação. 15 2004 – Decreto nº 5.296/04 Esse decreto regulamenta as leis 10.048 e 10.098, visando a acessibilidade das pessoas com deficiência motora ou dificuldade de locomoção. Dispõe em seu artigo 6º o direito de acentos prioritários em veículos coletivos, mobília diferenciada na altura para o atendimento à cadeirantes, serviço de atendimento com intérpretes para pessoas com deficiência auditiva. Em seu artigo 8º inciso I define acessibilidade “condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida”. 2004 - Decreto nº 5.154/04 Este decreto revoga o Decreto nº 2.208/97. Este decreto regulamenta a Lei nº 9394/96 que estabelece a LDBN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional). 2004 – Resolução SE nº 21/04 A Secretaria de Estado da Educação, vinculado ao Centro de Apoio Pedagógico Especializado – CAPE, o Núcleo de Apoio Pedagógico e Produção Braille para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual, jurisdicionado à Diretoria de Ensino – Região de Araçatuba, visando o interesse do educando perante suas necessidades estudantis. 2005 – Decreto nº 5.626/05 Decreto que prevê a inclusão de alunos surdos nas instituições de ensino e a LIBRAS deve ser disposta como componente curricular nas escolas, prevendo também a necessidade do professor conhecer também a língua de sinais. 2006 – Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos Em seu quarto parágrafo do setor de ações pragmáticas, o Plano diz que deve-se apoiar a capacitação dos profissionais da educação em vários setores, entre eles o da Educação Especial. Em suas concepções e princípios, é considerado as necessidades individuais e coletivas dos educandos. E no âmbito de conhecimento dos direitos e deveres dos seres humanos, legislação, estatutos, etc., é confirmada a 16 necessidade e direito de ter esses materiais modificados, contemplando as pessoas com necessidades especiais (como material em braille por exemplo). Encontra-se também nessas ações o projeto de que, dessa forma promover com a inclusão a permanência na educação superior. 2006 - Portaria nº 976/06 Esta Portaria dispõe sobre os critérios de acessibilidade aos eventos do Ministério da Educação. 2006 – Resolução SE nº 34/06 Assim como em Araçatuba em 2004, a Secretaria de Estado da Educação, vinculado ao Centro de Apoio Pedagógico Especializado – CAPE, o Núcleo de Apoio Pedagógico e Produção Braille para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual, jurisdicionado à Diretoria de Ensino – Região de Marília, visando o interesse do educando perante suas necessidades estudantis. 2007 – Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE O PDE reafirma a necessidade da acessibilidade urbanística, o atendimento especializado para os educandos especiais e a sala de recursos nas instituições de ensino. 2007 – Decreto nº 6.094/07 No artigo 2º inciso IX encontra-se o dever da escola de garantir o acesso e permanência na escola das pessoas com necessidades especiais. 2007 - Decreto nº 6.214/07 Aprova o Regulamento do Benefício de Prestação Continuada em seu artigo 1º e o direito a Previdência Social é assegurado pelo artigo 2º. 2007 – Decreto nº 6.253/07 17 Este Decreto revoga o Decreto nº 2.264/97. Neste Decreto, o direcionamento dos recursos do FUNDEB são exemplificados, a exemplo em seu artigo 9º, 2º parágrafo admite-se o recurso do FUNDEB ser utilizado para o atendimento educacional especializado aos estudantes da rede pública com atuação exclusiva na educação especial. 2007 – Resolução SE nº 32/07 De acordo com a LDBN de 1996, essa Resolução considera a importância de oferecer dispositivos legais para agilizar o desenvolvimento das ações do programa de atendimento aos alunos da rede pública com necessidades educacionais especiais. Em seu artigo 1º a Resolução trás o dever da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas – CENP em capacitar os educadores na área de Educação Especial quando necessário.2008 – Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva Essa Política Nacional visa a elaboração de políticas públicas voltadas para a Educação Especial, tendo embasamento no movimento histórico educacional em que o foco são os educandos com necessidades especiais. 2008 - Decreto nº 186/08 – Aprova o texto da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e de seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova Iorque, em 30 de março de 2007, os dispositivos desta Convenção serão descritos no Resolução a baixo. 2008 – Resolução SE nº 11/08 A Resolução aponta quais são, perante a lei, os alunos com necessidades especiais, e quais devem ser as providências que devem ser tomadas para assegurar o pleno atendimento das necessidades educacionais dos educandos. 2008 – Resolução SE nº 86/08 18 Decorre sobre as diretrizes e procedimentos para atendimento à demanda escolar nas unidades escolares da Rede Estadual de Ensino. 2009 – Decreto nº 6.949 - Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência Considerando que essa Convenção foi aprovada pelo Congresso Nacional por meio do Decreto nº 186 de 2008, segue os dispositivos do Decreto nº 6.949 de 2009, Decreto esse que promulga a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, em 30 de março de 2007. Em seu artigo 1º o Decreto afirma o direito igualitário dos portadores de necessidades especiais aos direitos humanos e liberdades fundamentais. O direito a igualdade, a desaprovação de qualquer tipo de discriminação e a necessidade de acessibilidade são encontrados no artigo 3º e 5º. Em relação a educação especial, o artigo 24º deste referido Decreto dispõe do direito a permanência estudantil em escolas regulares, e direito a educação pública, desde o ensino infantil até o ensino superior. 2009 – Resolução nº 4 CNE/CEB Essa Resolução foi promulgada para o Decreto nº 6.571/08, que posteriormente seria revogado para o novo Decreto nº 7.611/11 (citado à baixo). Institui-se na Resolução nº 4 do Conselho Nacional da Educação e Câmara da Educação Básica o dever do sistema de ensino em matricular os alunos especiais na rede regular de ensino, em seu artigo 2º a Resolução aponta a necessidade das AEEs como função complementar e suplementar do ensino regular. Tendo o atendimento pedagógico que ser domiciliar ou hospitalar, o mesmo sistema de ensino deve ofertar ao aluno a Educação Especializada (artigo 6º). Essa Resolução engloba as diretrizes que deve- se tomar para a implementação das leis de inclusão. Em seu artigo 1º encontra-se a obrigatoriedade do sistema de ensino matricular os alunos especiais nas classes convencionais e oferecer vagas nas salas de recursos multifuncionais ou nos centros de Atendimento Educacional Especializado (AEE) da rede pública ou de instituições sem fins lucrativos. A elaboração e execução dos planos de AEE são de responsabilidade dos professores que atuam nessas salas multifuncionais, porém com o apoio e parceria com os outros professores da rede regular de ensino (artigo 19 9º); essa elaboração e execução do plano da AEE é dever do professor, que deve focar no aproveitamento do educando, na parceria da família e comunidade no cotidiano escolar das crianças especiais e principalmente ensinar a ampliar habilidades funcionais do educando, promovendo assim sua autonomia e participação; 2009 – Resolução SE nº 38/09 Dispõe sobre a admissão de educadores que tenham qualificação na Língua Brasileira de sinais – LIBRAS na rede estadual de ensino, para garantir a comunicação e facilitar a educação dos alunos surdos ou com deficiência auditiva matriculados em salas de aula comuns do ensino regular. 2009 – Resolução SE nº 72/09 Essa Resolução engloba os convênios que o governo deverá fazer para facilitar a implementação concreta da Educação Inclusiva no caso de alunos que não puderam ser inseridos na rede regular de ensino, observamos seu objetivo no artigo 1º que diz que a Secretaria da Educação firmará esses convênios com instituições particulares sem fins lucrativos, se assim comprovarem o oferecimento de atendimento aos educandos com deficiência. 2011 – Decreto nº 7.611 Este Decreto reafirma a necessidade da inclusão prévia do aluno especial desde a infância na educação infantil, e pune a exclusão do aluno do sistema de ensino por alegação de qualquer tipo de deficiência. Em seu artigo 2º vê-se o direito do educando de ter um profissional especializado para sua educação. A Educação Especial especializada visa a integração social e intelectual do aluno com os demais colegas, assegura a continuidade do educando no sistema escolar e fomenta o desenvolvimento de recursos que eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem, assim como dito no artigo 3º. O Decreto nº 7.611 revoga o Decreto nº 6.571 de 17 de setembro de 2008. 2011 – Decreto nº 7.612 Este Decreto revoga o Decreto no 6.215, de 26 de setembro de 2007. Neste Decreto a Presidente da República institui em seu artigo 1º o Plano Nacional dos Direitos da 20 Pessoa com Deficiência – Plano Viver sem Limite, que garante a articulação legal de políticas, programas e ações visando os direitos das pessoas com deficiência. 2011 – Plano Nacional de Educação (PNE) O PNE deve entrar em vigor nos sistemas de ensino nacionais entre 2011 e 2020, e demonstra como podemos reivindicar as conquistas legais previstas até sua data final de adequação. Seguindo o modelo de metas do PDE de 2007. Suas metas englobam desde o direito a matrícula no ensino regular para os educandos com necessidades especiais, até mesmo a continuidade na escola desde o ensino infantil até o ensino superior. 2011 – Resolução Conjunta SE/SELJ/SDPCD nº 1/11 Os Secretários de Estado da Educação, de Esporte, Lazer e Juventude e dos Direitos da Pessoa com Deficiência, dispõe nesse Decreto o direito do aluno com deficiência participar das Olimpíadas Escolares. 2011 – Resolução SE nº 27/11 Dispõe sobre a concessão do transporte escolar, assegurando assim ao aluno o acesso às escolas públicas estaduais. Ajudando também na não evasão escolar. 2011 – Resolução nº 54/11 Reafirma a celebração de convênios com instituição sem fins lucrativos que atuam na área de Educação Especial, assim como a Resolução SE nº 72/09. 2011 – Resolução SE nº 77/11 Essa Resolução foca na Educação de Jovens e Adultos, nos Centros Estaduais de Educação de Jovens e Adultos – CEEJAs, e dispõe sobre a organização e o funcionamento dos cursos inseridos nos Centros. 2012 - Lei nº 12.764 As pessoas encontradas dentro do espectro autismo são defendidas por essa lei, sendo esta a primeira que foca apenas nessa necessidade especial. Em seu artigo 21 2º, inciso IV diz ser de responsabilidade do poder público a informação pública relativa ao transtorno e suas implicações. O direito a educação e cursos profissionalizantes ao educando dentro do espectro autismo é garantido no artigo 3º, inciso IV desta lei. O gestor escolar que não permitir a matrícula de um aluno no espectro autismo será punido de três a vinte salários mínimos, pela discriminação que o educando estará sendo submetido (punição assegurada pelo artigo 7º). 2012 – Resolução SE nº14/12 Como nas Resoluções nº 54/11 e SE nº 72/09, esta celebra os convênios com instituições sem fins lucrativos que trabalhem com Educação Especial, mas dessa vez atendendo os alunos que estão matriculados em escolas na rede regular de ensino. 2012 – Resolução SE nº 81/12 O processo de aceleração de estudos na rede regular de ensino, é disposto nesta Resolução, para alunos com superdotação e/ou altas habilidades. 2013 – Resolução Conjunta da SEDPcD, SES, SEE, SEDS, SEERT, SEELJ, SEC, SEJDC, SEDECT nº 1/13 Em conjunto, os Secretários de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Saúde, da Educação, do Desenvolvimento Social,do Emprego e Relações de Trabalho, do Esporte, Lazer e Juventude, da Cultura, da Justiça e Defesa da Cidadania e do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, dispõem nessa Resolução sobre o Programa Estadual de Atendimento à Pessoa com Deficiência Intelectual, que definirão e adotarão os princípios e diretrizes desse Programa. Em seu artigo 2º os secretários visam o reconhecimento das pessoas com deficiência intelectual como sujeitos de direito e o direito a igualdade. A garantia à uma educação inclusiva efetiva esta presente no artigo 3º inciso II. 2013 – Resolução SE nº 32/13 A Resolução descreve as atribuições em diretorias de ensino do Núcleo de Apoio Pedagógico Especializado – CAPE, sendo este um Núcleo que engloba o suporte à inclusão educacional dos alunos com deficiência, avalia multiprofissionalmente os alunos para que eles recebam o atendimento necessário visando suas 22 especificidades e garantir o amplo acesso dos educandos a uma educação de qualidade (parágrafo único na Resolução das atribuições do Núcleo). 23 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Após a elaboração do meu estudo, verifiquei a movimentação legal da educação inclusiva, desde 1988 até final de 2013. Desde muito tempo, como mostrado na introdução deste trabalho, a sociedade e os órgãos governamentais de educação vêm se preocupando com a inclusão no meio educativo. A necessidade da implementação de dispositivos legais para a não segregação do aluno com necessidade especial dos demais educandos foi o estopim para a melhoria das leis ao longo dos anos para, dessa forma, o educando ser inserido na verdadeira educação inclusiva, educação essa que respeita suas individualidades e dá total apoio as suas necessidades. Conforme demonstrado na evolução legislativa acerca do tema abordado, verifica-se importantes melhorias na garantia e efetividade dos direitos das pessoas com necessidades especiais. Como a permanência na escola desde a primeira infância até a conclusão do ensino superior, assegurada por leis que auxiliam esse fator, evitando a evasão escolar, e também a melhoria da qualidade de ensino, para a plena formação estudantil desses indivíduos. Pergunto-me, contudo, como a educação inclusiva pode ser baseada nas necessidades reais do aluno? Para isso existem leis que dão suporte a melhor educação que a criança deve receber. Anteriormente a 1988 tais direitos ao aluno com necessidade especial não eram garantidos de maneira efetiva, contrariando assim o princípio constitucional da igualdade entre os cidadãos. Assim, foi constituído o problema que abordei neste estudo. A intenção desta pesquisa foi estudar a legislação brasileira para entendermos como essa inclusão é feita, e quais são os parâmetros de direitos legais que as crianças com necessidades especiais têm para se manter na escola e ter a melhor educação possível. Observa-se ao longo desse movimento legal em seu processo histórico, a importância que os órgãos governamentais deram ao focar a necessidade constante 24 de profissionais capacitados, para que a inclusão do educando com necessidades especiais no sistema de ensino fosse completa. A garantia de acessibilidade, aos portadores de deficiência motora, não apenas nos centros educacionais, mas também na área urbana, facilita a vida do indivíduo com deficiência no cotidiano, garantia essa que é assegurada por diversos dispositivos legais presentes nessa pesquisa, é um dos fatores que mais me chamou a atenção, pois não apenas a qualidade do ensino e a permanência do educando na escola deve ser priorizada, mas o trajeto até a escola e seu bem estar como cidadão independente também. Acredito que o levantamento existente nesse estudo e as sínteses dispostas após cada lei (para dessa forma facilitar o entendimento de cada dispositivo legal), ajudará possíveis pais e educadores que visam aos direitos dos filhos e educandos que necessitam de atenção especial em seu meio educacional. 25 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Presidência da República Casa Civil. Brasília, DF. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9394.htm>. Acessado em 18 dez 2014. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988: atualizada até a Ementa Constitucional nº56, de 20-12-2007. AASP, 2008. BRASIL. Comitê Nacional de Educação em Direitos Humanos. Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos: 2007. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2007. 76 p. BRASIL, Ministério da Educação: Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, 24 de abril de 2007. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/arquivos/livro/>. Acesso em: 18 fev 2014. CASTRO, M. L. O. A constituição de 1988 e a educação brasileira após 20 anos, Disponível em: < http://www12.senado.gov.br/publicacoes/estudos- legislativos/tipos-de-estudos/outras-publicacoes/volume-v-constituicao-de-1988-o- brasil-20-anos-depois.-os-cidadaos-na-carta-cidada/educacao-e-cultura-a- constituicao-de-1988-e-a-educacao-brasileira-apos-vinte-anos>. Acesso em: 18 fev 2014. FÁVERO, E. A. G., PANTOJA, L. M. P., MANTOAN, M. T. E. O Acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular - Ministério Público Federal: Fundação Procurador Pedro Jorge de Melo e Silva, 2ª ed. rev. e atualizado, Brasília: Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, 2004.LEGISLAÇÃO. São Paulo. Resoluções publicadas sobre educação especial no site da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Disponível em: <http://www.educacao.sp.gov.br/lise/sislegis/pesqpalchav.asp?assunto=68>. Acesso em 18 fev 2014. LEGISLAÇÃO do Estado de São Paulo. São Paulo. Disponível em: <http://www.legislacao.sp.gov.br/legislacao/index.htm>. Acesso em 24 out 2013. 26 APÊNDICE I. - CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 II. - 1989 - Lei nº 7.853/89 III. - 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº. 8.069/90 IV. - Declaração Mundial sobre Educação para Todos V. - 1994 – Declaração de Salamanca VI. - Política Nacional de Educação Especial VII. - LEI N.º 10.098 de 23 de março de 1994 VIII. - PORTARIA N.º 1.793, de dezembro de 1994 IX. 1994 – Resolução SE nº 135/94 X. 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 9.394/96 XI. 1999 – Decreto nº 3.298 que regulamenta a Lei nº 7.853/89 XII. 1999 - Decreto nº 3.076/99 XIII. 1999 - Portaria nº 319/99 XIV. 2000 - Decreto nº 3.691/00 – Regulamenta a Lei nº 8.899/96 XV. 2001 - Decreto nº 3.956/01 XVI. 2001 – Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (Resolução CNE/CEB nº 2/2001) XVII. 2001 – Plano Nacional de Educação – PNE, Lei nº 10.172/2001 XVIII. 2001 – Convenção da Guatemala (1999), promulgada no Brasil pelo Decreto nº 3.956/2001 XIX. 2002 – Lei nº 10.436/02 XX. 2003 - Portaria nº 3.284/03 XXI. 2004 – Cartilha – O Acesso de Alunos com Deficiência às Escolas e Classes Comuns da Rede Regular XXII. 2004 – Decreto nº 5.296/04 XXIII. 2004 - Decreto nº 5.154/04 XXIV. 2004 – Resolução SE nº 21/04 XXV. 2005 – Decreto nº 5.626/05 XXVI. 2006 – Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos XXVII. 2006 - Portaria nº 976/06 XXVIII. 2006 – Resolução SE nº 34/06 XXIX. 2007 – Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE XXX. 2007 – Decreto nº 6.094/07 XXXI. 2007 - Decreto nº 6.214/07 XXXII. 2007 – Decreto nº 6.253/07 XXXIII. 2007 – Resolução SE nº 32/07 XXXIV. 2008 – Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva XXXV. 2008 - Decreto nº 186/08 XXXVI. 2008 – Resolução SE nº 11/08 XXXVII. 2008 – Resolução SE nº 86/08 XXXVIII. 2009 – Decreto nº 6.949 - Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência XXXIX. 2009 – Resolução nº 4 CNE/CEB XL. 2009 – Resolução SEnº 38/09 XLI. 2009 – Resolução SE nº 72/09 XLII. 2011 – Decreto nº 7.611 XLIII. 2011 – Decreto nº 7.612XLIV. 2011 – Plano Nacional de Educação (PNE) XLV. 2011 – Resolução Conjunta SE/SELJ/SDPCD nº 1/11 XLVI. 2012 – Resolução SE nº 81/12 XLVII. 2013 – Resolução Conjunta da SEDPcD, SES, SEE, SEDS, SEERT, SEELJ, SEC, SEJDC, SEDECT nº 1/13 XLVIII. 2013 – Resolução SE nº 32/13 file:///C:/Users/Pesquisa/Documents/HYPERLINK%23penultimo file:///C:/Users/Pesquisa/Documents/HYPERLINK%23penultimo Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 Emendas Constitucionais Emendas Constitucionais de Revisão Ato das Disposições Constitucionais Transitórias Atos decorrentes do disposto no § 3º do art. 5º ÍNDICE TEMÁTICO Texto compilado PREÂMBULO Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. TÍTULO I DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/indicetematico44.doc http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/quadro_DEC.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#adct http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/quadro_ecr.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/quadro_emc.htm I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da pessoa humana; IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; V - o pluralismo político. Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: I - independência nacional; II - prevalência dos direitos humanos; III - autodeterminação dos povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os Estados; VI - defesa da paz; VII - solução pacífica dos conflitos; VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político. Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. TÍTULO II DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; <p III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem; VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva; VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;(Vide Lei nº 9.296, de 1996) XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer; XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9296.htm XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar; XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento; XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; XXII - é garantido o direito de propriedade; XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição; XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano; XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a leisobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar; XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas; b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas; XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País; XXX - é garantido o direito de herança; XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; (Regulamento) (Vide Lei nº 12.527, de 2011) XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12527.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12527.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11111.htm a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada; XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a) a plenitude de defesa; b) o sigilo das votações; c) a soberania dos veredictos; d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal; XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido; XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos; XLVII - não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis; XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação; LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei; LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião; LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória; LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei; (Regulamento). LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal; LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Lei/L12037.htm LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado; LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel; LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: a) partido político com representação no Congresso Nacional; b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados; LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania; LXXII - conceder-se-á habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativasà pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei: (Vide Decreto nº 7.844, de 1989) a) o registro civil de nascimento; b) a certidão de óbito; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7844.htm LXXVII - são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania. (Regulamento) LXXVIII a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) § 1º - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata. § 2º - Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Atos aprovados na forma deste parágrafo) § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) </p CAPÍTULO II DOS DIREITOS SOCIAIS Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Art. 6o São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 26, de 2000) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc26.htm#1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc26.htm#1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/quadro_DEC.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/quadro_DEC.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc45.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9265.htm Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 64, de 2010) Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos; II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário; III - fundo de garantia do tempo de serviço; IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho; VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo; VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável; VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme definido em lei; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc64.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc64.htm#art1 XII - salário-família para os seus dependentes; XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943) XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º) XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei; XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança; XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art59%C2%A71 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art478%C2%A72 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm#art478%C2%A72 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 XXIV - aposentadoria; XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até seis anos de idade em creches e pré-escolas; XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho; XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; XXIX - ação, quanto a créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de: a) cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção do contrato; b)até dois anos após a extinção do contrato, para o trabalhador rural; XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) a) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) b) (Revogada). (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 28, de 25/05/2000) XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc28.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc28.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc28.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc28.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc28.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc28.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc53.htm#art1 XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos; XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre aos menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de quatorze anos, salvo na condição de aprendiz; XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integração à previdência social. Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a simplificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiaridades, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como a sua integração à previdência social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 72, de 2013) Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc72.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1 II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município; III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas; IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei; V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato; VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho; VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais; VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei. Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer. Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. § 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. § 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei. Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação. Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. CAPÍTULO III DA NACIONALIDADE Art. 12. São brasileiros: I - natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente, ou venham a residir na República Federativa do Brasil antes da maioridade e, alcançada esta, optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira; c) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, pela nacionalidade brasileira;(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 54, de 2007) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc54.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc54.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12ic http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12ic II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de trinta anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) § 1º - Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros,serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro nato, salvo os casos previstos nesta Constituição. § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) § 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. § 3º - São privativos de brasileiro nato os cargos: I - de Presidente e Vice-Presidente da República; II - de Presidente da Câmara dos Deputados; III - de Presidente do Senado Federal; IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; V - da carreira diplomática; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12%C2%A71 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12%C2%A71 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12iib http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12iib VI - de oficial das Forças Armadas. VII - de Ministro de Estado da Defesa(Incluído pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999) § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade por naturalização voluntária. II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil. § 1º - São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo nacionais. § 2º - Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios. CAPÍTULO IV DOS DIREITOS POLÍTICOS Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12%C2%A74ii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12%C2%A74ii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12%C2%A74ii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12%C2%A74ii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12%C2%A74ii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/ECR/ecr3.htm#art12%C2%A74ii http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc23.htm#art1 II - referendo; III - iniciativa popular. § 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. § 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: I - a nacionalidade brasileira; II - o pleno exercício dos direitos políticos; III - o alistamento eleitoral; IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; V - a filiação partidária; Regulamento VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9096.htm c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; d) dezoito anos para Vereador. § 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. § 5º - São inelegíveis para os mesmos cargos, no período subseqüente, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído nos seis meses anteriores ao pleito. § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subseqüente.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) § 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. § 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. § 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade. § 9º - Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a normalidade e legitimidade das eleições contra http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art14%C2%A75 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art14%C2%A75 a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) § 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. § 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. Art. 16 A lei que alterar o processo eleitoral só entrará em vigor um ano após sua promulgação. Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc04.htm
Compartilhar