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PBL 3 - Função motora

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Ana Clara Paiva 
 PBL 3- Pax de Deux 
 
1. Revisar a anatomia das estruturas encefálicas responsáveis pelo controle do movimento voluntário 
(Córtex cerebral, Núcleos da Base, Cerebelo, Vias extrapiramidais) 
A maioria dos movimentos voluntários iniciados pelo córtex cerebral é produzida quando o córtex ativa 
padrões funcionais armazenados nas áreas cerebrais inferiores – medula, tronco cerebral, núcleos da base 
e cerebelo. Esses por sua vez, enviam sinais de controle especifico para os músculos. 
As regiões do encéfalo, as mais altas do córtex de associação e os núcleos da base estão envolvidos na 
elaboração dos comandos e programas que irão permitir a execução correta e precisa de cada 
movimento. 
- Há o córtex motor e o cerebelo, que irão determinar as contrações musculares adequadas de cada grupo 
muscular no tempo certo para agir de modo preciso. 
- Há a medula e o tronco encefálico, que irão responder pela execução do movimento. 
• Córtex Cerebral : 
A motricidade voluntaria só é possível porque as áreas corticais que controlam o movimento recebem 
constantemente informações sensoriais. 
A decisão de executar um determinado movimento dependa da integração entre o sistema sensorial e 
motor. 
O objetivo do movimento é determinado pelo córtex pré-frontal, que passa sua decisão ás áreas motoras 
do córtex, que são dividida em três subáreas, cada uma com sua própria representação topografia de 
grupos musculares e de funções motoras especificas : a área motora primaria (M1) e as áreas pré-motoras 
e motora suplementar. 
Essa região do cérebro se encontra localizada no lobo frontal, justamente na frente da fissura de 
Rolando e da região somatossensorial. 
Essa região consta de uma representação chamada de homúnculo de Penfield. Trata-se de uma 
representação da área do cérebro onde há uma indicação do tamanho das partes do córtex cerebral 
que se relacionam a cada parte do corpo. 
✓ Área Motora primaria (M1): 
- Ocupa parte posterior do giro pré-central corresponde a 
área 4 de brodmann, ele é anterior ao sulco central. 
- É caracterizado pela presença das células piramidais 
gigantes ou células de Betz. 
- A área 4 é a que tem o menor limiar para desencadear 
movimentos com a estimulação elétrica, e determina 
movimentos de grupos musculares do lado oposto. 
- É a principal que se encarrega de gerar os impulsos nervosos 
que são necessários para a produção do movimento 
voluntario. 
- As fibras motoras se encontram não somente no giro pré-
central, mas as relacionadas com movimento fino, em sua 
maioria, se encontram lá. É a área onde se situa as células 
piramidais típicas ( células de betz) 
- Trata-se de uma região com o limiar de excitação baixo. 
- Encarregada de enviar ordens aos músculos voluntários do organismo. 
✓ Área motora secundárias : 
⤷ Área pré-motora: Localiza-se no lobo frontal, adiante da área motora primaria 4, ocupa toda 
a extensão da área 6 de brodmann, situada na face lateral do hemisfério. 
 Ana Clara Paiva 
https://amenteemaravilhosa.com.br/cortex-pre-frontal/
 Ana Clara Paiva 
- É muito menos excitável que a área motora primaria, 
exigindo correntes elétricas mais intensas para que se 
obtenham respostas motoras. 
- As respostas obtidas são menos localizadas do que as 
que se obtém por estímulo de área 4. 
- Envolvem grupos musculares maiores, como os do 
tronco ou da base dos membros. 
- Localizados dentro da área 6, inervados por neurônios 
reticulo-espinais. 
- Sinais neurais gerados na área pré-motora causam 
padrões muito mais complexos de movimentos do que 
os discretos padrões gerados no córtex motor primário 
-A área pré-motora projeta-se, também para a área motora primaria e recebe aferências do cerebelo 
(via tálamo) e de varias áreas de associação do córtex. Entretanto, a função mais importante da arca 
pré-motora está relacionada com o planejamento motor. 
⤷ Área motora suplementar: 
- Ocupa parte da área 6, situada na face medial do 
giro frontal superior. 
- Suas principais conexões são com o corpo estriado, 
via tálamo, com a área motora primaria e com a 
área pré-frontal. 
- A função mais importante é o planejamento motor, 
de sequencias complexas de movimentos 
- Amplas conexões aferentes com o corpo estriado, 
que também estar envonvido nesse plenajamento 
motor. 
⤷ transmissão de sinais do cortex motor para os músculos : 
Os sinais motores são transmitidos diretamente do cortex para medula espinal pelo trato corticoespinal, 
e de modo indireta, por múltiplas vias acessórias, que envolvem os núcleos da base, o cerebelo vários 
núcleos do tronco cerebral, em geral, as vias diretas estão relacionadas aos movimentos discretos e 
detalhados, em especial dos segmentos distrais das extremidades, participando das mãos e dos dedos 
⤷ Trato corticoespinal ( piramidal) 
a via de saída mais importante do cortex motor é o trato corticoespinal, também chamado de trato 
piramidal. 
Depois de saírem do cortex, suas fibras passam pelo ramo posterior da capsula interna e, depois, desce 
pelo tronco cerebral, formando as pirâmides bulbares. A maior parte das fibras piramidais, então, cruza 
na parte inferior do bulbo, para o lado oposto, e desce pelos tratos corcicoespinais laterais da medula 
espinal, para, finalmente, terminarem, em sua maioria nos interneurônios das regiões inter,ediarias da 
substancia cinzenta da medula; algumas fibras terminanm em neurônios sensoriais de segunda ordem 
no corno dorsal, e em pouquíssimas terminam diretamente, nos neurônios motores anteriores que 
causam contração muscular. 
Referência : guyton & hall cap 56, pag 709 
• Núcleos da Base: 
Os núcleos da base, como o cerebelo, constituem outro sistema motor acessório que funciona, em 
geral, não por si mesmo, mas em estreita associação ao córtex cerebral e com o sistema de controle 
motor corticoespinal. 
De fato, os núcleos da base recebem a maior parte de seus sinais aferentes do córtex cerebral e 
também retornam quase todos os seus sinais eferentes para o córtex. 
 Ana Clara Paiva 
A cada lado do encéfalo, esses núcleos consistem no núcleo caudado, no putâmen, no globo pálido, 
na substância negra e no núcleo subtalâmico. 
Estão situados, em sua maior parte, laterais ao tálamo e à sua volta, ocupando grande parte das 
regiões interiores de ambos os hemisférios cerebrais. 
Quase todas as fibras nervosas motoras e sensoriais que ligam o córtex cerebral e a medula espinal 
atravessam o espaço situado entre as principais massas dos gânglios da base, o núcleo caudado e o 
putâmen. Esse espaço é chamado cápsula interna. 
 
→ Função dos gânglios da base na execução de padrões de atividade motora – os circuitos do 
putâmen 
- Um dos principais papéis dos gânglios da base no controle motor é o de funcionar associados ao 
sistema corticoespinal, para controlar padrões complexos de atividade motora. 
→ Vias Neurais dos Circuitos do Putâmen 
Área pré-motora ou suplementar do córtex → Putâmen 
→ parte interna do globo pálido → núcleos de 
retransmissão ventral-anterior e ventrolateral do tálamo 
→ retornam ao córtex motor primário. 
Desse modo, os circuitos do putâmen têm seus aferentes, 
principalmente, das partes do cérebro adjacentes ao 
córtex motor primário, mas não muito provenientes do 
próprio córtex motor primário. 
→ Papel dos gânglios da base para o controle cognitivo 
de sequências de padrões motores– o circuito caudado 
O termo cognição significa os processos cerebrais 
envolvidos no processo ao pensamento, os eferentes 
sensoriais mais informações já armazenadas na memória. 
A maior parte de nossas ações motoras ocorre como 
consequência de pensamentos gerados na mente, processo chamado controle cognitivo da atividade 
motora. 
 O núcleo caudado desempenha papel importante nesse controle cognitivo da atividade motora.As conexões neurais entre o núcleo caudado e o sistema de controle motor corticoespinal, diferem das 
do circuito do putâmen, porque o núcleo caudado, estende-se por baixo de todos os lobos do 
telencéfalo. 
Como o circuito do caudado do sistema dos gânglios da base funciona, principalmente, com áreas 
de associação do córtex cerebral, tais como o córtex parietal posterior, presumivelmente, a 
temporização e a graduação dos movimentos são funções desse circuito de controle motor cognitivo 
do caudado. 
Os distúrbios no núcleo da base afetam justamente a motricidade do indivíduo, o que indica 
que eles tem papel relevante na regulação destes. 
 Ana Clara Paiva 
- Area do forame oval, este é constituído de fibras mielínicas, que podem ser classificadas em dois 
grandes grupos: 
 ⤷ Fibras de projeção : que ligam áreas corticais situadas em pontos diferentes do cérebro. 
 ⤷ Fibras de associação: divididas entre fibras inter-hemisfericas e intra-hemisfericas, conforme 
associem áreas dentro de um mesmo hemisférios ou entre dois hemisférios 
Sua fisiologia é bastante complexa, e está intimamente ligada ao córtex motor primário e ao trato piramidal, 
que é o caminho pelo qual a informação motora vai do cérebro à medula espinhal. 
Esses núcleos estão ligados ao controle de padrões complexos de movimentos, e auxiliam o córtex cerebral 
na execução de padrões motores subconscientes, promovem ajustes posturais e realizam movimentos 
sequenciais e simultâneos 
os núcleos da base fazem parte do sistema motor 
acessório, pois não são os responsáveis por iniciar o 
movimento propriamente dito, essa função pertence 
ao córtex motor primário 
⤷Corpo estriado → ENTRADA 
- ativada pelo córtex cerebral, tálamo, mesencéfalo e 
rombencéfalo. 
- Neuronios difíceis de serem ativados pela atividade 
cortical ou talâmica na ausência de dopamina. 
⤷Globo pálido→ SAÍDA 
- neurônios inibitórios com alta atividade basal 
- inibe vários centros motores do diencéfalo e 
mesencéfalo 
- Quando um padrão motor é iniciado, os neurônios 
palidais envolvidos no movimento são inibidos, 
retirando a a inibição tonica sobre seus alvos. 
Dessas estruturas, apenas duas não se relacionam 
diretamente com a função motora: o corpo 
amigdalóide (relacionado com o comportamento 
emocional e a memória) e o claustro (de função 
desconhecida, embora se especule que esteja 
relacionado com função visual) 
• Cerebelo: 
O cerebelo é importante para a manutenção da postura, equilíbrio, coordenação dos movimentos e 
aprendizagem de habilidades motoras. 
O cerebelo é chamado a área silenciosa do cérebro, principalmente porque a excitação elétrica do 
cerebelo não causa nenhuma sensação consciente e, raramente ocasiona qualquer movimento motor 
O cerebelo é, especialmente vital durante atividades de musculatura rápida, como correr, tocar piano 
e até conversar. 
Ele auxilia na sequencia de atividade motora, assim como seu papel é monitorar e fazer ajustes 
corretivos nas atividades motoras corporais, enquanto estão sendo executadas de modo que 
elasfiquem de acordo com os programas motores elaborados pelo córtex motor cerebral e outras 
partes do sistema nervoso central. 
O cerebelo recebe das áreas de controle motor cerebrais informações continuamente atualizadas 
sobre a sequência das contrações musculares desejada; recebe também, continuamente, 
informações sensoriais das partes periféricas do corpo, informando sobre as mudanças sequenciais da 
situação de cada parte do corpo — sua posição, velocidade de movimento, forças que atuam sobre 
ela e assim por diante. 
 Ana Clara Paiva 
O cerebelo também auxilia o córtex cerebral no planejamento do próximo movimento sequencial. Para 
fazer isto, ocorrem alterações da excitabilidade de neurônios cerebelares apropriados, trazendo assim 
contrações musculares subsequentes até melhor correspondência com os movimentos pretendidos. 
Distingue-se no cerebelo uma porção ímpar mediana, o vermis, ligado a duas grandes massas laterais, 
os hemisférios cerebelares. 
⤷ O vermis é pouco separado dos hemisférios na face dorsal do cerebelo, o que não ocorre na face 
ventral, onde dois sulcos bem evidentes o separam das partes laterais. 
⤷ Ele é constituído de um centro de substância branca, o corpo medular do cerebelo, de onde irradiam 
as laminas brancas do cerebelo, revestidas externamente por uma fina camada de substancia 
cinzenta, o córtex cerebelar. 
O cerebelo fica localizado posterior ao tronco encefálico e inferior a tenda do cerebelo, na fossa do 
cerebelo. 
Ao seccionar o cerebelo, é possível observar um padrão de ramificações similar a galhos de arvore, o que 
levou a denominação de arvore da vida. 
O córtex cerebelar, assim como o córtex cerebral, possui dobras que ganham o nome de folhas, e que tem 
a mesma ideia dos giros e sulcos cerebelares ( aumentar a área de superfície) 
o cerebelo ele tem relações com o mesencéfalo, 
ponte e bulbo. 
Os pedúnculos cerebelares é como se fosse a porta 
de entrada e saída dos neurônios para o cerebelo. 
- pedúnculo cerebelar superior : são as informações 
que vem do mesencéfalo e córtex 
- Pedúnculo cerebelar médio: informações que vem 
da ponte 
- Pedúnculo cerebelar inferior: informações que vem 
da medula 
- O córtex cerebelar é revestido de uma substancia 
cinzenta enquanto que o corpo é revestido de uma 
substancia branca e no meio temos os núcleos ( assim 
como acontece no encéfalo, os núcleos da base) emboliform, globoso, dentiforme e fastigial. 
- Devido a essa formação estrutural e pelo fato de que essas duas estruturas não têm relação direta com 
nervos, cérebro e cerebelo constituem o chamado sistema nervoso supra segmentar. 
- As células de purkinje tem uma função inibitória sobre os núcleos, ou seja, para que ocorra uma 
estimulação dos núcleos do cerebelo tem que haver uma inibição das células de purkinje, para que as fibras 
musgosas e trepadeiras consigam estimular o núcleo. 
Tem a forma de uma elipse irregular 
Lembrando que uma lesão no cerebelo não afeta noções básicas do movimento, ou seja, uma lesão no 
cerebelo não altera reações de sensibilidade nem de força, nem grau de contração muscular. 
⤷ Aferência cerebelares: o que chega de informações pro cerebelo 
Sistema vestibular : traz informações sobre a posição dos olhos em relação a cabela, e a cabeça em relação 
ao corpo ( manutenção do equilíbrio) 
Medula : informações sobre o grau de contração dos músculos, a tensão das capsulas, articulações e 
tendões, posição e velocidade do movimento das partes do corpo. 
Córtex: informações do córtex oriundo de todos os lobos cerebelares, para que dessa fora o cerebelo possa 
organizar toda a aprendizagem motora e coordenação motora. 
Divisão funcional : 
 ⤷ Transversal ( anatômica) : Relações que chegam 
 Ana Clara Paiva 
Vestibulocerebelo ( arquicerebelo) : 
- Compreende o lobo floculonodular 
- Conexão com o núcleo fastigial e os núcleos vestibulares. 
- Está envolvido com a manutençãi do equilíbrio e posição dos 
olhos. 
Espinocerebelo ( paleocerebelo) 
- Compreende o vermis e a zona intermediaria dos hemisférios 
e núcleos fastígio e adjacente 
- Conexão com a medula 
- Recebe informações do trigêmeos e outros sensitivos. 
- É essencial para postura e movimentos do tronco e membros. 
Cerebrocerebelo ( neocerebelo) 
- Compreende a zona lateral 
- Coneções com o córtex cerebral. 
- Maior parte da porção. 
- Participa do planejamento dos movimentos e funções não-motoras. Envolve os hemisférios lateral e núcleo 
denteado. 
⤷ Divisão longitudinal : Uma divisão de saída do córtex 
cerebelar 
Zona medial ( Vérmis) 
- Projetam para os núcleos fastigial e vestibular lateral, ou seja, 
as informações que chegaram do sistema vestibular que foram 
para o vestíbulo, saíram em direção ao núcleo fastigial e após 
o vestibular lateral. 
Núcleo fastigial: EQUILIBRIO 
Zona intermediaria : 
- Projetam para o núcleo interpósito, vinheram do espino-
cerebelo e saíram pelo núcleo interpósio 
Núcleo interpósito : TONUS E POSTURA 
Zona lateral: 
- Projetam para o núcleo denteado, chegaram do córtex e fizeram conexões com o córtex cerebelar e 
saíram pelo núcleos denteados. 
Núcleo denteado: MOTRICIDADE FINA/ APRENDIZADO MOTOR 
⤷ Homúnculo cerebelar: 
Uma representação do corpo no cerebelo, onde a região mais mediana está relacionada com o tronco, 
enquanto que os hemisférios estão relacionadas com os membros e a área em branca está relacionada 
com os movimentos oculares. 
As lesões no vermis vai causar alterações na marcha. 
As lesões no cerebelo são na maioria, se não em todas ipsilaterais/homolaterais 
 - Lesões verminianas – alteração na marcha 
 - Lesões hemisféricas – Manisfestam-se nos membros do lado lesado 
O cerebelo é aquele que compara o movimento idealizado com o movimento real 
 Ana Clara Paiva 
Corrige o movimento em curso; 
Modifica programas centrais para atingir metas determinadas de controle motor; 
Regula a execução do movimento; único movimento que não consegue ser regulado é o balístico 
⤷ Funções motoras do cerebelo: 
- Manutenção do equilíbrio e postura 
- Controle do tônus muscular 
- Controle motor, junto com os núcleos da base. 
- Aprendizagem motora 
Referencia : Guyton e hall cap 57 
• Vias Extraporamidais: 
O termo sistema motor extrapiramidal é muito usado nos círculos clínicos para denotar todas as partes do 
cérebro e do tronco cerebral que contribuem para o controle motor, mas que não fazem parte do sistema 
corticoespinhal-piramidal direto. Eles incluem vias pelos núcleos da base, pela formação reticular do tronco 
cerebral, pelos núcleos vestibulares e, muitas vezes, pelo núcleo rubro. 
Esse é grupo tão completamente inclusivo e diverso, de áreas de controle motoras, que é difícil atribuir 
funções neurofisiológicas específicas ao chamado sistema extrapiramidal como um todo. 
De fato, os sistemas piramidal e extrapiramidal são, extensamente, interligados e interagem para o controle 
dos movimentos. Por essas razões, o termo “extrapiramidal” está sendo cada vez menos usado na clínica e 
na fisiologia. 
A atividade motora somática não visceral é controlada pelo córtex cerebral, cerebelo, gânglios da base e 
outras estruturas subcorticais. Esquematicamente, as vias eferentes somáticas fazem parte de dois sistemas, 
o piramidal e o extrapiramidal. 
Os comandos voluntários iniciam no córtex cerebral e seguem pelo trato piramidal, passam para os 
neurônios motores inferiores que, através de nervos cranianos ou espinhais, chegam aos músculos estriados, 
que são as estruturas efetoras. 
Córtex cerebral →Trato piramidal →Neurônios motores → músculos estriados. 
As vias extrapiramidais são constituídos de gânglios da base, substância negra e núcleo subtalâmico (de 
Luys), área extrapiramidal do córtex cerebral (área 6), alguns núcleos talâmicos, núcleo rubro, oliva, 
formação reticular, teto mesencefálico. 
O sistema extrapiramidal é responsável pela parte automática, isto é, feitos sem pensar, dos movimentos 
como os associados ao caminhar, falar, escrever, nadar, dirigir uma bicicleta ou automóvel. 
Lesões do sistema extrapiramidal não provocam paralisias. Lesões do sistema extrapiramidal causam 
movimentos involuntários anormais, alterações do tono (hipertonia ou hipotonia), pobreza de movimentos 
(hipocinesia). Entre os movimentos involuntários anormais (hipercinesias), há tremores, coréia, atetose, 
balismo. 
Referencia : Guyton & Hall cap 56 pag 711 
2. Descrever as vias ascendentes responsáveis pela correção da postura e do tônus. 
Via aferente = via ascendente = Via sensitiva 
Os estímulos estão sendo conduzidos do sistema nervoso periférico, para o sistema nervoso central. 
Tratos ou fascículos : organização de axônios por função. 
• Trato Espinocerebelares: 
Este nível consiste na maior parte do verme do cerebelo posterior e anterior mais as zonas intermediárias 
adjacentes em ambos os lados do verme. Fornece os circuitos responsáveis principalmente pela coordenação 
dos movimentos das partes distais das extremidades, em especial as mãos e os dedos. 
eles estão envolvidos na coordenação do movimento e na manutenção da postura. 
 Ana Clara Paiva 
Os tratos espinocerebelares anterior e posterior percebem a propriocepção dos fusos musculares, dos órgãos 
tendinosos de Golgi e dos receptores articulares 
O trato espinocerebelar posterior é específico para os membros inferiores; 
- As fibras originam-se dos neurônios de segunda ordem localizados no corno posterior da medula espinhal, 
viajam póstero-lateralmente através da substância branca sem decussar e projetam-se no córtex cerebelar 
passando pelo pedúnculo cerebelar inferior 
trato cuneocerebelar. Consiste em fibras arqueadas externas que acompanham o trato espinocerebelar 
posterior. 
A maioria dos axônios dos neurônios de segunda ordem, mas nem todos, decussam na medula espinhal, e 
então alcançam o cerebelo contralateral passando pelo pedúnculo cerebelar superior 
 As fibras que se cruzam na medula cruzam novamente para o lado oposto, terminando no córtex cerebelar 
ipsilateral. Portanto, o trato espinocerebelar anterior decussa duas vezes no total. 
• Tratos EspinoTalâmicos ( laterais e anterior) : 
 - trato espinotalâmico anterior transporta impulsos sensitivos de tato protopático e pressão 
A via começa com neurônios periféricos de primeira ordem localizados nos gânglios espinhais nas raízes 
dorsais, cujos axônios fazem sinapse com os neurônios de segunda ordem no corno posterior da medula. 
As fibras dos neurônios de segunda ordem sobem sete segmentos da medula espinhal pelo funículo anterior 
ipsilateral, decussam, e daí seguem subindo até o tálamo, onde se localizam os neurônios de terceira ordem. 
Finalmente, seus axônios se projetam do tálamo para o córtex somatossensorial primário. 
 trato espinotalâmico lateral transita pelo funículo lateral e conduz sensações de dor e temperatura 
Este trato também decussa na medula espinhal, porém mais precocemente, após cerca de dois a três 
segmentos espinhais ipsilaterais. 
Ao atravessar a medula, forma o trato anterolateral (lemnisco espinhal) juntamente com os tratos 
espinotalâmico anterior e espinotectal. 
 Os axônios dos neurônios de segunda ordem, viajando pelo trato espinotalâmico lateral, também terminam 
no tálamo, e os subsequentes neurônios de terceira ordem se projetam ao córtex somatossensorial primário. 
⇾ Anterior : responsáveis pelo estimulo de tato e pressão, vão ser recebidos pelo 
⇾Lateral: serve para conduzir estímulos de dor e temperatura. 
Toda vez que temos espino no nome é uma via ascendente 
Fascículo grácil e cuneiforme : 
- NÃO SÃO CRUZADOS 
- localizados lado-a-lado no funículo dorsal da medula espinhal e conduzem impulsos nervosos responsáveis 
pelo toque fino e discriminativo, bem como pelas sensações proprioceptivas 
- formam a chamada "sistema coluna dorsal-lemnisco medial" 
- Os neurônios de primeira ordem localizam-se nos gânglios espinhais e seus axônios ascendem ipsilateralmente 
(do mesmo lado) pela medula espinhal, fazendo sinapse com os neurônios de segunda ordem localizados 
nos núcleos grácil e cuneiforme do bulbo. Os axônios dos neurônios de segunda ordem decussam (cruzam a 
linha mediana da medula espinhal) e continuam subindo como lemnisco medial até o tálamo. Após a sinapse, 
os neurônios de terceira ordem alcançam o córtex somatossensorial primário, onde as sensações são 
mapeadas e a fonte identificada 
O trato espinocerebelar posterior, transmite informações da parte inferior do tronco e membros. 
Trato cuneocerebelar transmite informações da parte superior dos troncos e membros. 
 Ana Clara Paiva 
Esses tratos perpassam pelo penduculi cerebelar inferior, sendo exemplo de fibras musgosas. Se comunicam 
como núcleo interpósito 
 
• Trato Espinotectal 
o que permite a você virar seu olhar e cabeça e o seguir em direção a um súbito lampejo de luz que aparece 
em seu campo de visão 
Elas finalmente se projetam no colículo superior, uma parte do tecto mesencefálico. 
• Trato Espinoreticular 
O trato espinoreticular influencia os níveis de consciência. Percorre a coluna lateral da substância branca sem 
cruzar e termina na formação reticular do tronco cerebral 
Os estímulos vão decussar na medula espinhal 
Todos os estímulos sensitivos vão entrar pela coluna posterior, e a maioria deles cruza pelo outro lado, podendo 
chegar no trato espinotalamico ou tratoepinocerebelar anterior 
Os tratos ascendentes são vias neurais sensoriais que viajam através da substância branca da medula 
espinhal, levando informações somatossensoriais até o cérebro. Eles permitem que você sinta sensações 
provenientes do ambiente externo (exteroceptivo), como dor, temperatura e toque, assim como transmitem 
informações proprioceptivas provenientes do interior do corpo, como por exemplo dos músculos e 
das articulações. 
3. Descrever as vias descendentes responsáveis pelo controle do movimento. 
Essas fibras motoras percorrem a substância branca levando informações do cérebro para os efetores 
periféricos. Elas estão envolvidas nos movimentos voluntários e involuntários, nos reflexos, na regulação do 
tônus muscular e nas funções viscerais 
A comunicação com o encéfalo com os NM da medula se dá por axônios descendentes, que correm por 
duas vias especificas. Uma delas é a coluna lateral, e a outra ventromedial. 
As vias laterais se desenvolvem no movimento voluntario da musculatura distal, sob controle direto do córtex 
envolvem no controle de postura e locomoção, sob controle do tronco encefálico ( tratos reticuloespinal, 
vestibuloespinhal e tectoespinal). 
Neurônios de primeira ordem partem do córtex cerebral ou do tronco cerebral e fazem sinapse no corno 
anterior da medula espinhal; 
Neurônios de segunda ordem muito curtos transmitem o impulso a neurônios de terceira ordem que também 
estão localizados no corno anterior; 
Estes últimos neurônios eferentes então percorrem todo o caminho até os músculos lisos e esqueléticos, 
inervando-os 
• Trato corticoespinal: 
O trato corticoespinhal é responsável por transmitir impulsos relacionados à velocidade e à agilidade dos 
movimentos voluntários. 
A mais importante é via do trato cortiço-espinal ( ou trato corticoespino-lateral), sendo o mais longo 
trato do SNC, tendo a maior parte dos axônios originados do córtex motor. 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-cabeca
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/tipos-de-articulacoes-artrologia
 Ana Clara Paiva 
Os impulsos se originam principalmente do córtex motor primário no giro pré-central (área de Brodmann 4) e 
o trato é composto por apenas dois neurônios em vez de três; 
Os neurônios motores de primeira ordem, ou neurônios motores superiores (NMS), emitem axônios que descem 
até o bulbo, onde cerca de 90% decussa e forma os tratos corticoespinhais laterais. 
O restante das fibras desce homolateralmente como os tratos corticoespinhais anteriores e decussa mais 
abaixo na medula espinhal, depois de sua passagem pelo bulbo 
As fibras descendentes dos tratos anteriores percorrem o funículo anterior da medula espinhal, enquanto as 
fibras dos tratos laterais viajam pelo funículo lateral. 
As fibras continuam até o corno cinzento anterior da medula, onde fazem sinapse com os neurônios motores 
de segunda ordem ou neurônios motores inferiores (NMI). Estes neurônios se projetam nos músculos efetores 
periféricos, resultando em movimento. 
O trato corticoespinhal recebeu seu nome alternativo, trato piramidal, porque forma uma pirâmide enquanto 
passa pelo bulbo. 
A grande maioria das fibras decussam no bulbo, seguem pelo funículo lateral contralateral, até o trato 
corticoespinal lateral. 
Esse trato vai se afunilar conforme desce pela medula, as fibras fazem sinapses com interneurônios →neuronios 
motores alfa ( no corno anterior) →neuronios motores gama. 
• Trato corticonuclear/ corticobulbar 
Ao longo do trajeto do trato corticoespinal, algumas fibras emergem dele para se conectar com os núcleos 
motores do tronco cerebral; 
Algumas dessas fibras irão decussar outras não; 
Os nervos cranianos que recebem influencia da via piramidal são : porção motora do trigêmeo, nervo facial, 
nervo glossofaríngeo, vago, acessório e hipoglosso. 
Algumas fibras vem da área 8, relacionadas com o movimento ocular. 
O trato corticomesencefalito, por se considerar um trato além do piramidal, visto que vem de outra área 
motora além das áreas 4 e 6. 
O trato corticobulbar conecta o cérebro ao bulbo, também conhecido com medula oblongata 
Este trato possui apenas dois neurônios: os NMS saem do córtex motor primário, dos campos oculares frontais 
e do córtex somatossensorial até os NMI no tronco encefálico, representados pelos núcleos dos nervos 
cranianos. 
• Trato rubro-espinal : 
Se origina no núcleo rubro, no mesencéfalo; 
Suas fibras vao decussar na ponte; 
Se reunindo depois com as fibras do TCEL. 
Recebe aferencias do córtex frontal 
Essa é uma via motora existente antes do TCEL. 
• Trato vestíbulo espinal: 
Envolvida no equilíbrio 
Ao receber informações dos canais semicirculares do ouvido interno, esse trato ativa os músculos extensores e 
inibe os flexores. 
Origina-se nos núcleos vestibulares do tronco encefálico e desce sem cruzar através do funículo 
anterior da medula espinhal, terminando no corno anterior. 
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/ouvido
 Ana Clara Paiva 
Esse trato inerva a musculatura do pescoço e costas, guiando movimentos da cabeça. 
Inerva também musculaturas das pernas, para manter a postura ereta. 
• Trato tecto-espinal : 
Se origina do coliculo superior do mesencéfalo, que recebe aferencias da retina e projeções do córtex visual. 
atravessam a linha média e descem pelo tronco encefálico seguindo o trajeto do fascículo longitudinal medial 
(FLM). 
a medula espinhal eles continuam através do funículo anterior e fazem sinapse no corno anterior dos 
segmentos cervicais da medula espinhal. 
Por ele temos a conciencia do mundo ao redor, e um estimulo de uma região captada pelo nosso sistema 
sensorial que faz nossa cabeça e olhos se orientarem para esse estimulo. 
• Trato reticulo-espinal : 
Ajuda facilitando ou inibindo ações voluntárias e reflexas. 
ele ajuda a manter a postura inibindo os flexores e aumentando os impulsos para os extensores para que você 
fique em pé. 
Essas fibras não cruzadas se originam da formação reticular que atravessa o tronco encefálico e descem como 
os tratos reticuloespinhais medial (pontino) e lateral (medular) através dos funículos anterior e lateral da 
substância branca, respectivamente. 
Eles fazem sinapse com os neurônios localizados no corno anterior cinzento da medula, que por sua vez 
regulam os neurônios eferentes. 
O trato pontinho ( medial) aumenta os reflexos antigravitacionais da medula, facilicando os extensores, 
promovendo a postura ereta. 
O trato bulbar ( lateral) libera esses músculos, senco controlada por comando do córtex. 
Agem de modo sincronizado, para promover o movimento preciso e adequado, sem que o individuo perca 
o equilíbrio. 
4. Compreender como o encéfalo auxilia a medula espinhal no controle do movimento. 
Sem os circuitos neuronais especiais da medula, mesmo os sistemas de controle motor mais complexos no 
encéfalo não poderiam gerar qualquer movimento muscular internacional. 
Os circuitos para os movimentos estão na medula, e o encéfalo simplesmente envia sinais de comando para 
a medula espinal para iniciar o processo. 
O encéfalo faz os programas que controlam as atividades sequenciais da medula, por exemplo, para 
promover movimentos de rotaçãoquando são requeridos, inclinando o corpo para frente durante a 
aceleração, mudando os movimentos de continuidade e controlando o equilíbrio. 
Tudo que é executado por meio de sinais de comando são gerados pelo encéfalo. Entretanto, são 
necessários muitos circuitos neuronais da medula espinal, que são os objetivos desse comando. 
Esses circuitos são a base de quase todo o controle direto dos músculos. 
→Organização da medula espinal para funções motoras: 
Os sinais sensoriais entram na medula pelas raízes sensoriais, também conhecidas por raízes posteriores ou 
dorsais. 
Após entrarem na medula, cada sinal sensorial trafega duas vias separadas: 
a) Um ramo do nervo sensorial termina quase imediatamente na substancia cinzenta da medula e 
provoca reflexos sinais segmentares locais e outros efeitos locais. 
b) Outro ramo transmite sinais para níveis superiores do sistema nervoso, isto é, para zonas 
superiores da própria medula, para o tronco cerebral ou mesmo para o córtex cerebral. 
 Ana Clara Paiva 
Cada segmento da medula espinal (no nível de cada nervo espinal) contém muitos milhões de neurônios 
em sua substância cinzenta. Exceto os neurônios-relé sensoriais, os outros neurônios são de dois tipos: (1) 
neurônios motores anteriores; e (2) interneurônios. 
→ Neurônios Motores Anteriores: 
Eles dão origem às fibras nervosas que deixam a medula pelas raízes ventrais e inervam, diretamente, as 
fibras musculares esqueléticas. Os neurônios são de dois tipos: neurônios motores alfa e neurônios motores 
gama. 
# Neurônios Motores Alfa: 
Essas fibras se ramificam várias vezes após chegarem ao músculo e inervam as grandes fibras musculares 
esqueléticas. A estimulação de uma só fibra nervosa alfa excita de três a centenas de fibras musculares 
esqueléticas, e a esse conjunto dá-se o nome unidade motora. 
# Neurônios Motores Gama: 
Ao lado dos neurônios motores alfa, que promovem a contração das fibras musculares esqueléticas, estão 
os neurônios motores gama com aproximadamente metade do tamanho dos primeiros. 
Esses neurônios motores gama transmitem impulsos por fibras nervosas motoras muito menos calibrosas do 
tipo A gama (Ag) que inervam as pequenas fibras musculares esqueléticas especiais, chamadas fibras 
intrafusais. 
Essas fibras constituem o centro do fuso muscular, que auxilia no controle do “tônus” muscular básico. 
→ Interneurônios: 
Os interneurônios estão em todas as áreas da substância cinzenta medular — nos cornos dorsais, nos cornos 
anteriores e nas áreas intermediárias entre eles. 
Elas são pequenas e muito excitáveis 
Elas apresentam bastantes interconexões entre si e muitas delas fazem sinapse, diretamente, com os 
neurônios motores anteriores. 
Essencialmente, todos os diferentes tipos de circuitos neuronais são encontrados no conjunto dos 
interneurônios das células da medula espinal, incluindo divergência, convergência, descargas repetitivas e 
outros tipos de circuitos. 
Somente poucos sinais sensoriais aferentes, provenientes dos nervos espinais ou sinais do encéfalo, terminam 
diretamente sobre os neurônios motores anteriores. 
 Em vez disso, quase todos esses sinais são transmitidos primeiro para os interneurônios, onde são 
adequadamente processados. 
→ Inervação Sensorial do Fuso Muscular 
A porção receptora do fuso muscular é a porção central. Nessa região, as fibras musculares intrafusais não 
apresentam os elementos contráteis actina e miosina. 
Pode-se observar facilmente que o receptor do fuso muscular pode ser excitado de duas maneiras: 
1. Com o aumento do comprimento do músculo, ocorre o estiramento da região central do fuso e, 
portanto, excita o receptor. 
2. Mesmo que o comprimento do músculo não se altere, a contração das regiões terminais das fibras 
intrafusais do fuso provocam o estiramento da região central do fuso e, portanto, excitam o receptor. 
São encontrados dois tipos de terminações sensoriais nessa região central do fuso muscular, as terminações 
ou receptores aferentes primários e as terminações ou receptores aferentes secundários. 
 Receptores Primários: no centro da área receptora, grande fibra nervosa sensorial envolve a parte 
central de cada fibra intrafusal, formando a chamada terminação ou receptor aferente 
primário ou receptor anulospiral. Essa fibra nervosa é do tipo Ia, e transmite sinais sensoriais para 
 Ana Clara Paiva 
a medula espinal na velocidade de 70 a 120 m/s, tão rápida como qualquer outro tipo de fibra nervosa 
encontrada em nosso corpo. 
 Receptores Secundários: em geral, fibra nervosa sensorial menor, algumas vezes são duas fibras — fibras 
tipo II — inerva a região receptora em um ou em ambos os lados da terminação primária. Essa 
terminação sensorial é chamada terminação ou receptor aferente secundário; às vezes, ela envolve as 
fibras intrafusais do mesmo modo que as fibras tipo Ia, mas, em geral, ela se espalha como os ramos de 
um arbusto. 
→ REFLEXO DE ESTIRAMENTO MUSCULAR 
A manifestação mais simples da função do fuso muscular é o reflexo de estiramento muscular. Sempre que 
um músculo é rapidamente estendido, a excitação dos fusos causa a contração reflexa das fibras 
musculares esqueléticas grandes (extrafusais) do próprio músculo estirado e, também, dos músculos 
sinérgicos estreitamente relacionados. 
→ Circuitaria Neuronal do Reflexo de Estiramento 
A ramificação desta fibra, então, segue para o corno anterior da substância cinzenta da medula, fazendo 
sinapse diretamente com os neurônios motores anteriores que enviam fibras nervosas motoras para o mesmo 
músculo, de onde as fibras do fuso muscular se originaram. 
Assim, essa via monossináptica possibilita que o sinal reflexo retorne ao músculo, com o menor atraso possível, 
após a excitação do fuso. A maioria das fibras tipo II do fuso muscular termina em interneurônios múltiplos, 
na substância cinzenta da medula espinal, e eles transmitem sinais com retardo para os neurônios motores 
anteriores, ou se prestam a outras funções. 
→ Reflexo de Estiramento Dinâmico e Reflexos de Estiramento Estático 
O reflexo de estiramento pode ser dividido em dois componentes: o reflexo de estiramento dinâmico e o 
reflexo de estiramento estático. 
 O reflexo de estiramento dinâmico é provocado por sinais dinâmicos potentes, transmitidos a partir das 
terminações sensoriais primárias dos fusos musculares, causados pelo estiramento ou encurtamento 
rápidos. Isto é, quando o músculo é rapidamente estirado ou encurtado, forte sinal é transmitido para a 
medula espinal, o que produz contração reflexa forte e instantânea (ou redução da contração) do 
mesmo músculo no qual o sinal teve origem. Assim, o reflexo se opõe às alterações rápidas do 
comprimento do músculo. 
 Reflexo de estiramento estático, mais fraco, continua por período prolongado. Esse reflexo é provocado 
pelos sinais contínuos dos receptores estáticos, transmitidos por ambas as terminações, primária e 
secundária. 
A importância desse reflexo de estiramento estático reside no fato de ele manter o grau de contração 
muscular razoavelmente constante, exceto quando o sistema nervoso da pessoa determina que seja 
diferente. 
→ Função de “Amortecimento” dos Reflexos de Estiramento Dinâmico e Estático 
 Suavização da Contração do Músculo Liso Uma função especialmente importante do reflexo de 
estiramento é a sua capacidade de impedir oscilações ou sacudidas nos movimentos do corpo, que é uma 
função de amortecimento ou alisamento. 
Os sinais da medula espinal são transmitidos para o músculo, geralmente em forma não uniforme, 
aumentando em intensidade em poucos milissegundos e, em seguida, diminuindo em intensidade, 
mudando então para outro nível de intensidade, e assim por diante. 
Quando o sistema do fuso muscular não está funcionando satisfatoriamente, a contração muscular é 
brusca, durante o curso de tal sinal. 
→ FUNÇÃO DO FUSO MUSCULAR NA ATIVIDADE MOTORA VOLUNTÁRIA 
Para entendera importância do sistema eferente gama, deve-se reconhecer que 31% de todas as fibras 
nervosas motoras para o músculo são finas fibras motoras eferentes do tipo A gama, em vez de 
fibras motoras tipo A alfa. 
 Ana Clara Paiva 
Sempre que os sinais são transmitidos do córtex motor ou de qualquer outra área do encéfalo para os 
neurônios motores alfa, na maioria das vezes, os neurônios motores gama são estimulados simultaneamente, 
efeito chamado coativação dos neurônios motores alfa e gama. 
Esse efeito faz com que tanto as fibras musculoesqueléticas extrafusais como as fibras musculoesqueléticas 
intrafusais do fuso muscular se contraiam ao mesmo tempo. 
O propósito de contrair as fibras musculares intrafusais ao mesmo tempo que as fibras musculoesqueléticas 
extrafusais são dois: primeiro, para impedir a alteração do comprimento da porção receptora do fuso 
muscular, durante o curso de contração muscular. 
Portanto, a coativação impede que o reflexo do fuso muscular se oponha à contração muscular. Segundo, 
para manter adequada a função de amortecimento do fuso muscular, independente de qualquer 
alteração no comprimento do músculo. 
→ Áreas Encefálicas Envolvidas no Controle do Sistema Motor Gama 
O sistema eferente gama é estimulado de modo específico por sinais provenientes da região facilitatória 
bulborreticular do tronco cerebral e, secundariamente, por impulsos transmitidos para a área bulborreticular 
do (1) cerebelo; (2) gânglios da base; e (3) córtex cerebral. 
como a área facilitatória bulborreticular está particularmente relacionada às contrações antigravitacionais 
e como os músculos antigravitacionais têm densidade especialmente alta de fusos musculares, é dada 
ênfase à importância do mecanismo eferente gama, no amortecimento dos movimentos de diferentes 
partes do corpo, durante a caminhada e a corrida. 
Reflexo flexor e reflexos de retirada 
O reflexo flexor, na sua forma clássica, é provocado 
mais fortemente pela estimulação das terminações 
para dor, tais como alfinetada, calor, ferimento e, por 
essa razão, ele é também chamado reflexo 
nociceptivo ou simplesmente reflexo à dor. 
A estimulação dos receptores para o tato pode 
também provocar reflexo flexor mais fraco e menos 
prolongado. 
Se alguma parte do corpo, exceto os membros, é 
estimulada dolorosamente, essa parte de modo 
semelhante será afastada do estímulo, mas o reflexo 
pode não se restringir aos músculos flexores, embora 
seja basicamente o mesmo tipo de reflexo. Portanto, 
os vários padrões desses reflexos em diferentes áreas 
do corpo são chamados reflexos de retirada. 
→ Mecanismo Neuronal do Reflexo Flexor 
As vias que provocam o reflexo flexor não passam diretamente para os neurônios motores anteriores, mas 
primeiro passam pelo conjunto de interneurônios da medula espinal e apenas de forma secundária, para os 
neurônios motores. 
O circuito mais curto possível é a via de três ou quatro neurônios; entretanto, a maioria dos sinais do reflexo 
trafega por muitos neurônios e envolve os seguintes tipos básicos de circuitos: 
a) circuitos divergentes para propagar o reflexo aos músculos necessários para a retirada; 
b) circuitos para a inibição dos músculos antagonistas, chamados circuitos de inibição recíproca; 
c) circuitos que promovem a pós-descarga, com duração de muitas frações de segundo, após o 
estimulo ter terminado. 
O reflexo flexor aparece, em poucos milissegundos, após o nervo relacionado à dor ter sido estimulado. 
Então, nos próximos poucos segundos, o reflexo começa a entrar em fadiga, o que é característico 
de quase todos os reflexos integrativos complexos da medula espinal. 
 Ana Clara Paiva 
 A duração da pós-descarga depende da intensidade do 
estímulo sensorial que provocou o reflexo; estímulo tátil fraco 
quase não provoca pós-descarga, enquanto o estímulo 
doloroso forte provoca pós-descarga que pode durar por 1 
segundo ou mais. 
A pós-descarga, que ocorre no reflexo flexor resulta, quase 
certamente, de ambos os tipos de circuitos de descargas 
repetitivas. 
A pós-descarga que ocorre, após estímulo doloroso forte 
também é quase um resultado de vias recorrentes que 
iniciam a oscilação nos circuitos de interneurônios 
reverberantes. Esses, por sua vez, transmitem impulsos para os 
neurônios motores anteriores, algumas vezes, por vários 
segundos, após o sinal sensorial ter terminado. 
→ Padrão de Retirada Durante o Reflexo Tensor 
O padrão de retirada do reflexo flexor, quando provocado, 
depende do nervo sensorial que é estimulado. 
Assim, o estímulo doloroso na face interna do braço provoca a contração dos músculos flexores do braço e 
também a contração dos músculos abdutores, empurrando o braço para fora. 
 Em outras palavras, os centros integrativos da medula espinal induzem a contração dos músculos que 
podem mais efetivamente remover a parte dolorida do corpo para longe do objeto que causa dor. 
Embora esse princípio se aplique a qualquer parte do corpo, ele é especialmente aplicável aos membros, 
devido aos seus reflexos flexores muito desenvolvidos. 
→ Reflexo extensor cruzado 
Aproximadamente, 0,2 a 0,5 segundo após o estímulo provocar reflexo flexor no membro, o membro oposto 
começa a se estender. Esse reflexo é chamado reflexo extensor cruzado. 
A extensão do membro oposto pode empurrar todo o corpo para longe do objeto, que causa o estímulo 
doloroso no membro retirado. 
→ Mecanismo Neuronal do Reflexo Extensor Cruzado 
Uma vez que o reflexo extensor cruzado geralmente não se inicia antes de 200 a 500 milissegundos, após o 
início do estímulo doloroso inicial, certamente, muitos interneurônios estão envolvidos no circuito, entre os 
neurônios sensoriais aferentes e os neurônios motores do lado oposto da medula, responsáveis pela extensão 
cruzada. 
Após a remoção do estímulo doloroso, o reflexo extensor cruzado tem período mais longo de pós-descarga 
do que o reflexo flexor. 
Novamente, presume-se que essa pós-descarga prolongada seja o resultado de circuitos reverberantes 
entre interneurônios. 
A pós-descarga prolongada auxilia na manutenção da área dolorida do corpo afastada do objeto que 
causou a dor, até que outras reações do sistema nervoso afastem todo o corpo do estímulo.

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