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Unidade VI - Incidentes de execução e outros insititutos

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Unidade VI - Incidentes de execução
Excesso ou desvio de execução (art. 185): ocorre toda vez que se ultrapassam os limites impostos na sentença condenatória ou na lei.
 Excesso: ocorre quando se extrapola a punição, impondo-se sanção administrativa, além do estabelecido em lei.
 Desvio: quando a autoridade se desvia dos parâmetros legais fixados. Pode até ser favorável ao condenado.
 OBS: O incidente pode ser iniciado de ofício pelo juiz, por requerimento do condenado ou do MP ou por representação de qualquer órgão da execução penal.
2. Anistia: é a declaração por parte do Estado, de que abdica do jus puniendi de certa conduta criminosa, praticada em um determinado lugar e em uma determinada época.
 A anistia atingirá apenas os delitos que enumerar (Ex: art. 8º ADCT)
Unidade VI - Incidentes de execução
A anistia torna inaplicável somente a sanção penal; o tipo em si permanece intacto. Os efeitos da condenação persistem.
3. Indulto: é um ato de clemência coletiva, sem individualização que, pelas condições dos condenados, a natureza da infração ou a quantidade da pena, encontram-se na situação prevista no decreto.
Não há possibilidade de ser provocado por um dos interessados, sendo ato espontâneo do Presidente da república.
É materializado por um ato administrativo (decreto presidencial- art. 84,XII, CF).
Assim como a graça, o indulto mantém a norma penal principal (tipo) intacta e subtrai o autor da incidência da norma secundária (pena).
O indulto visa à correção dos efeitos de uma sentença penal proferida entendida como injusta ou desnecessária e não a lei penal em abstrato (o que faz a anistia).
Unidade VI - Incidentes de execução
Cabimento: normalmente, o indulto é destinado a detentos que tenham bom comportamento, presos a um tempo determinado, ser paraplégico, tetraplégico, portador de cegueira, mãe de filhos menores de 14 anos e ter cumprido 2/5 da pena em regime fechado ou semiaberto. Ex: indulto natalino.
 Indulto natalino e saída temporária de natal:
Indulto natalino: não é requerido, é concedido pelo presidente da república, é coletivo, extingue a pena;
Saída temporária (de natal): é requerida, concedida pelo juiz da VEP, é individual, não afeta a pena.
O ato administrativo será aplicado individualmente a cada condenado, pelo juízo da execução, não sendo permitido ao juiz da VEP exigir requisitos que não estejam previstos no decreto.
Unidade VI - Incidentes de execução
Ao concedê-lo, o juiz emite uma sentença meramente declaratória.
Publicado o decreto de indulto, a autoridade que custodiar o condenado e os órgãos da execução (art.61, II a VIII) encaminharão de ofício ao juiz da execução a lista daqueles que satisfaçam os requisitos necessários para a concessão, de acordo com os requisitos do decreto. O juiz, de ofício ou a requerimento do MP ou da Defensoria, instaurará o incidente. Decidindo pelo provimento, declarará extinta a punibilidade.
O condenado não poderá opor-se ao indulto, salvo se precisar cumprir alguma condição, quando se tratar de indulto condicional.
Unidade VI - Incidentes de execução
4. Graça: benefício individual concedido pelo presidente da república, mediante provocação da parte interessada. Ex: graça concedida à pessoa em fase terminal de doença.
A graça somente atinge os efeitos principais da condenação, permanecendo todos os efeitos secundários penais (reincidência) e extrapenais (indenização).
Por meio de provocação que poderá partir do condenado, no MP, do Conselho Penitenciário ou da autoridade administrativa, a petição de graça, acompanhada dos documentos que a instruírem, será endereçada ao Presidente da República e deverá ser entregue ao Conselho Penitenciário para elaboração de parecer, que será encaminhado ao Presidente da República. Caso conceda a graça, expedirá um decreto que será anexado aos autos e devolvido ao juiz da execução.
Unidade VI - Incidentes de execução
A declaração da extinção da punibilidade dependerá ainda de decretação fundamentada do juiz da execução, precedida de manifestações da defesa e do MP (art. 112,§1º).
Como o indulto, a graça não pode ser recusada pelo condenado, exceto quando implicar comutação de penas ou imposição de condições.
5. Conversões (art. 180): sempre que a lei permitir, a pena aplicada poderá ser substituída ou ou convertida em outra. A conversão deverá ser realizada por meio de um procedimento judicial (incidente de execução), observando ampla defesa e o contraditório.
5.1. Pena privativa de liberdade em restritiva de direito: 
5.1.1. Requisitos: (art. 180)
A pena privativa de liberdade não seja superior a 2 anos (seja reclusão, detenção ou prisão simples);
O condenado deve estar cumprindo a pena em regime aberto (seja esse o regime inicial determinado ou por progressão);
Unidade VI - Incidentes de execução
c) Cumprimento de ¼ da pena imposta;
d) Antecedentes e personalidade do condenado indiquem ser a conversão recomendável (requisito subjetivo);
5.2. Restritiva de direitos em privativa de liberdade: (art. 181)
5.2.1. Prestação de serviços à comunidade: (art.181,§1º)
Condenado não for encontrado por estar em lugar incerto e não sabido, ou desatender intimação por edital;
Não comparecer, injustificadamente, à entidade que deva prestar serviço;
 recusar-se, injustificadamente, a prestar serviço que lhe foi imposto;
Praticar falta grave; 
Sofrer condenação por outro crime à pena privativa de liberdade,cuja execução não tenha sido suspensa.
Unidade VI - Incidentes de execução
5.2.2. Limitação de fim de semana: (art. 181,§2º)
O condenado não comparecer ao estabelecimento designado para o cumprimento da pena;
O condenado recusar-se a exercer atividade determinada pelo juiz;
Se ocorrer quaisquer das hipóteses das letras a, d e e, do parágrafo anterior.
5.2.3. Interdição temporária de direitos: (art.181, §3º)
O interessado exercer, injustificadamente, o direito interditado;
Se ocorrer qualquer das hipóteses das letras a e e do §1º do art. 181.
Agravo em execução
Considerações: Único recurso previsto na LEP (art. 197). Sua origem remonta do CPP que, em seu art. 512, alterava a constituição do atual recurso em sentido estrito, modificando sua denominação para “agravo”. O agravo em execução surge com a edição da Lei 7.210/84.
Finalidade: combater as decisões interlocutórias proferidas no processo de execução.
Cabimento: de acordo com o art. 581, do CPP, o agravo em execução será cabível das decisões que:
Decretar a prescrição ou julgar por outro modo extinta a punibilidade;
Indeferir o pedido de reconhecimento da prescrição ou de outra causa extintiva da punibilidade;
Conceder, negar ou revogar a suspensão condicional da pena;
Agravo em execução
Conceder, negar ou revogar livramento condicional;
Anular processo da instrução criminal no todo ou em parte;
Decidir sobre unificação das penas;
Decretar medida de segurança depois de transitar em julgado a sentença;
Extinguir antecipadamente a pena;
Autorizar progressão e regressão de regime;
Autorizar saída temporária;
Conceder remissão;
Acolher incidentes de execução;
Autorizar detração.
Agravo em execução
4. Processamento: o agravo subirá em apartado (art. 583,CPP), por meio de instrumento formado com o traslado das peças indicadas pela parte na interposição do recurso ou em requerimento avulso (art. 587,CPP).O traslado será extraído no prazo de 5 dias, devendo conter: a decisão recorrida, a certidão de sua intimação e o termo de interposição. O recorrente terá 2 dias para oferecer razões, contados da interposição do recurso. O recorrido terá o mesmo para prazo para oferecer contra-razões. Dentro de 2 dias, o juiz poderá reformar sua decisão (juízo de retratação) ou mantê-la (juízo de manutenção), mandando instruir o recurso com os traslados que lhe parecerem necessários. Reformada a decisão, a parte insatisfeita poderá peticionar pela subida do agravo ao juízo ad quem.
Monitoramento eletrônico
1. Conceito: (art. 146-A) é uma forma de fiscalização por meio eletrônico que viabiliza o acompanhamento à distância eao longo do tempo da posição e deslocamento da pessoa a ela submetida, por meio de um ship que permite a localização de seu posicionamento geográfico pelo sistema GPS.
2. Finalidade: viabilizar uma fiscalização mais eficaz e menos custosa dos condenados, além de substituir a prisão.
3. Cabimento na LEP: 
 a) Saída temporária (art. 122 e 146-B,II)
 b) Prisão domiciliar (art. 117 e 146-B,IV)
4. Obrigatoriedade: a sua utilização não é obrigatória, mas se o juiz decretá-la, o condenado não poderá se recusar.
5. Revogação: (art.146-D)
 a) quando se tornar desnecessária ou inadequada;
 b) se o condenado violar os deveres impostos ou cometer falta grave.
Prisão domiciliar 
1. Conceito: (art. 117) é aquela que admite, na fase da execução penal, o cumprimento da pena em residência particular, plenamente justificada em razão das condições pessoais dos condenados.
2. Cabimento: (art. 117)
I- Condenado maior de 70 anos;
II- Condenado acometido de doença grave;
III- Condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental;
IV- Condenada gestante.
OBS: O STJ entende que, além dos casos previstos na LEP, caberá prisão domiciliar quando não houver vaga em estabelecimento prisional próprio.
Prisão domiciliar
OBS: A lei 12.403/11 instituiu a prisão domiciliar na fase da persecução penal, ou seja, em caráter cautelar, de acordo com o art. 318 do CPP, quando o agente for:
Maior de 80 anos; 
Extremamente debilitado por motivo de doença grave;
Imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 anos de idade ou com deficiência;
Gestante;
Mulher com filho de até 12 anos incompletos;
Homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 anos incompletos.

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