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Sistema Linfático Embriologia Seu desenvolvimento começa após a 5ª semana a partir de protuberâncias saculiformes a partir do endotélio das veias do embrião. Há a formação de 6 sacos linfáticos principais: 2 sacos linfáticos jugulares (direito- D e esquerdo- E)- que surgem no encontro da veia cardinal superior (veia jugular interna) com a veia subclávia. 2 sacos linfáticos posteriores ou ilíacos (D e E)- na junção entre as veias ilíacas com a veia cardinal posterior. 1 saco linfático retroperitoneal- região dorsal próxima à raiz do mesentério. 1 saco chamado Cisterna do quilo- fica na região dorsal do saco linfático retroperitoneal. Vários vasos se formam comunicando esses 6 sacos primários, formando uma rede de condução para a linfa desde o período embrionário. O saco linfático jugular e a cisterna do quilo se comunicam a partir de ductos torácicos, D e E, que fazem anastomoses, e se tornam um ducto torácico único, no lado esquerdo do embrião, que é conservado até a vida adulta. Anatomia Componentes: linfa- líquido que transita nos vasos vasos linfáticos órgãos contendo tecidos linfáticos- drenam e filtram a linfa medula óssea vermelha- produz alguns componentes desses tecidos linfáticos timo- faz parte da maturação de linfócitos T Como é a dinâmica desse sistema? No sistema circulatório eu tenho extravasamento desse líquido para o meio intersticial. Se esse liquido continuar ali, eu tenho edema; então o sistema linfático faz a drenagem desse líquido, independentes do sistema cardiovascular. Quem capta esse líquido são os capilares linfáticos e conduz a linfa unidirecionalmente através de vasos linfáticos aferentes até os linfonodos. Nos linfonodos são eliminadas as substâncias estranhas caso elas existam. Se o líquido estiver limpo, ele segue para os vasos linfáticos eferentes. Há a presença de válvulas que impedem que ocorra o refluxo. A linfa é drenada para vasos com calibres maiores, os troncos linfáticos; que a drenam para veias ou para ductos linfáticos (ducto torácico), que vai devolver esse líquido para a circulação sistêmica. Gabriela O. - 2º período Principais troncos linfáticos Troncos lombares drenam a linfa da parte livre dos membros inferiores, da parede e das vísceras da pelve, dos rins, das glândulas suprarrenais e da parede abdominal. Tronco lombar D e E, cada um recebe a linfa do seu lado. Tronco intestinal drena a linfa do estômago, intestinos, baço, pâncreas, fígado. Tronco �oncomediastinal D e E recebem a linfa drenada da parede torácica, pulmões e coração Troncos subclávios D e E drenam a parte livre dos membros superiores Tronco jugulares D e E drenam a linfa da cabeça e pescoço Todos esses troncos fazem o retorno da linfa para o sistema venoso. A região superior D do corpo, ou seja, drenada pelo tronco jugular D, tronco subclávio D, e tronco broncomediastinal, desembocam independentemente no sistema venoso; na região anterior da junção das veias jugular interna D e subclávia D. A região superior E e inferior do corpo é drenada para um ducto comum, o ducto torácico; que se inicia como uma dilatação, a cisterna do quilo, onde vão chegar os troncos lombares e intestinal, e esse ducto vai ascender em direção ao pescoço. No pescoço, ele recebe o tronco jugular E e o tronco subclávio E, e esse ducto torácico desemboca no sistema venoso na região anterior da região de junção entre a veia jugular interna E e a veia subclávia E. Gabriela O. - 2º período O tronco broncomediastinal E não se une ao ducto torácico, ele desemboca na região anterior da veia subclávia independentemente. Órgãos e tecidos linfáticos primários local onde as células tronco se dividem e se tornam imunocompetentes. Medula óssea e timo. Órgãos e tecidos linfáticos secundários local onde ocorre a maioria das respostas imunes; locais de filtração, em que caso o agente estranho estiver na linfa, vai desencadear uma resposta. linfonodos, baço e nódulos linfáticos (massas aglomerados de tecidos linfóides). Histologia Linfonodos Sua face côncava recebe vasos linfáticos aferentes; sua face convexa é onde chegam os vasos sanguíneos e de onde sai o vaso linfático eferente. Os vasos aferentes perfuram a cápsula de tecido conjuntivo que protege esse órgão, e direcionam a linfa para o interior do linfonodo. A linfa pode ser depositada nos seios do linfonodo, e pode entrar no tecido linfóide e voltar para os seios. Caso uma célula apresentadora de antígeno ou um macrófago reconheça uma substância estranha, essas células migram por esses vasos para apresentar o antígeno para o linfócito B, para ativar o linfócito B É dividido em: córtex: seios subcapsular- emite prolongamentos que divide o linfonodo em compartimentos que se comunicam na região medular- e peritrabeculares- é a continuação do seio subcapsular ao redor do córtex. folículos linfáticos região paracortical medula: cordões medulares- agregado de vasos linfóides seios medulares- por onde a linfa transita para adentrar o vaso eferente. O linfonodo é recoberto por uma cápsula de tecido conjuntivo, embaixo dela há os seios. Seio subcapsular e peritrabeculares: tecido linfóide frouxo; possui espaços para que a linfa flua, são espaços irregulares; há a presença de células reticulares com fibras reticulares para sustentação e de macrofágos. Gabriela O. - 2º período Na região superior do córtex estão os folículos linfáticos (FL), formados predominantemente por linfócitos B- que serão ativados se necessário. Caso eles sejam ativados, o nome de FL muda para centro germinativo, onde o centro fica mais claro, porque os linfócitos estão ativados. (é o primeiro FL da imagem acima) Na região paracortical predominam linfócitos T, jã não há mais a presença de nódulos. Os linfócitos T também são necessários para ativar o linfócito B. Entre os FL, tenho uma mistura de várias células, que filtram a linfa que está passando. Já na região de medula, há os cordões medulares, constituídos por aglomerados de linfócitos, macrófagos, plasmócitos, células reticulares; entre esses cordões eu tenho os seios medulares, que é onde a linfa passa, são células descontínuas. O seio medular é delimitado por células endoteliais. Gabriela O. - 2º período