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FACULDADE MARIA MILZA CURSO DE BACHARELADO EM BIOMEDICINA ALANA DOS SANTOS DE JESUS UTILIZAÇÃO DE ÁCIDO HIALURÔNICO E TOXINA BOTULÍNICA TIPO A COMO PROPOSTA PARA HARMONIZAÇÃO FACIAL REVISÃO BIBLIOGRÁFICA GOVERNADOR MANGABEIRA-BA 2019 ALANA DOS SANTOS DE JESUS UTILIZAÇÃO DE ÁCIDO HIALURÔNICO E TOXINA BOTULÍNICA TIPO A COMO PROPOSTA PARA HARMONIZAÇÃO FACIAL REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Monografia apresentada ao Curso de Bacharelado em Biomedicina da Faculdade Maria Milza, como requisito parcial para a obtenção do título de graduada. Orientadora: Prof. MSc. Elisangela Conceição Pereira da Silva GOVERNADOR MANGABEIRA-BA 2019 Ficha catalográfica elaborada pela Faculdade Maria Milza, com os dados fornecidos pelo(a) autor(a) Bibliotecárias responsáveis pela estrutura de catalogação na publicação: Marise Nascimento Flores Moreira - CRB-5/1289 / Priscila dos Santos Dias - CRB-5/1824 Jesus, Alana dos Santos de J58u Utilização de ácido hialurônico e toxina botulínica tipo a como proposta para harmonização facial: revisão bibliográfica / Alana dos Santos de Jesus. - Governador Mangabeira - BA , 2019. 51 f. Orientadora: Elisangela Conceição Pereira da Silva. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biomedicina) - Faculdade Maria Milza, 2019 . 1. Ácido Hialurônico. 2. Estética Facial. 3. Harmonização Facial. 4. Toxina Botulínica tipo A. I. Silva, Elisangela Conceição Pereira da, II. Título. CCD 547.03704 UTILIZAÇÃO DE ÁCIDO HIALURÔNICO E TOXINA BOTULÍNICA TIPO A COMO PROPOSTA PARA HARMONIZAÇÃO FACIAL REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Aprovado em __/__/___ BANCA DA APRESENTAÇÃO ________________________________________________ ELISANGELA CONCEIÇÃO PEREIRA DA SILVA FACULDADE MARIA MILZA ________________________________________________ PROFESSOR FACULDADE MARIA MILZA ________________________________________________ PROFESSOR FACULDADE MARIA MILZA GOVERNADOR MANGABEIRA-BA 2019 Dedico este trabalho à minha família, principalmente a minha mãe Dorimá (in memorian) a minha filha Ailla victória, meu esposo Ernando e aos meus irmãos Diego e Daiane. AGRADECIMENTOS Primeiramente à Deus, por ter me dado força e determinação para concluir essa caminhada sem desanimar e me mantendo firme e forte. À minha mãe Dorimá (in memorian) por ter me criado com tanto amor, dedicação e paciência do mundo, por ter plantado em mim sua essência, que hoje acredito está germinado da forma que lhe deixaria muito orgulhosa. À minha família pela paciência, confiança e incentivo para que eu conseguisse realizar o meu sonho, principalmente a minha filha Ailla Victória por ser luz e meu incentivo diário. Ao meu esposo Ernando, pela paciência e por ser esse ser humano maravilhoso, iluminado, meu espelho e orgulho. Aos meus irmãos Diego e Daiane pela paciência e compreensão. À minha vó Naide, um presente que Deus colocou na minha vida e de minha filha, muito obrigada vó, sem sua ajuda jamais estaria aqui. À minha orientadora Elisangela Conceição Pereira da Silva, por ter auxiliado no desenvolvimento do meu trabalho. À minha amiga Talita Brito, por estar sempre disponível para me ajudar, mesmo estando distante, nunca negou ajuda, sempre prestativa no desenvolvimento do meu trabalho. Sua ajuda foi fundamental, muito obrigada, afinal quem tem amigos tem tudo. Aos meus amigos de sala Barbara marques, Rodrigo fraga e Jadson Jhones por estarem sempre ao meu lado, suportando minhas loucuras e se divertindo ao mesmo tempo. Por ter me ajudado durante toda minha trajetória acadêmica, a amizade de vocês foi muito importante pra mim, obrigada. Aos meus professores que também tiveram sua participação para minha conquista e a minha coordenadora Lara Cristine pela atenção e carinho que tem por cada um dos seus alunos, onde vem trabalhando arduamente para mudar o curso de biomedicina na instituição desde o meu ingresso na faculdade e que também me ajudou muito. À todos o meu muito obrigado! “Nada é tão nosso quanto os nossos sonhos” Friedrich Nietzsche RESUMO Com o avanço progressivo da ciência e tecnologia a medicina estética tem-se aperfeiçoado e expandido cada vez mais com procedimentos e técnicas como a harmonização facial, que é um conjunto de técnica que tem como finalidade prevenir e tratar o envelhecimento e realizar assimetria facial. Diante do exposto, esse trabalho tem objetivo apresentar as técnicas de aplicação do ácido hialurônico e da toxina botulínica tipo A para fins de harmonização facial, bem como suas indicações, contraindicações. Os objetivos específicos são: avaliar os resultados entre as técnicas propostas pelo tema para estética facial; explanar possíveis riscos e complicações de cada procedimento proposto pelo trabalho; expor resultados obtidos com a utilização de cada procedimento e sua durabilidade. Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa, no qual foi feito um levantamento de artigos nacionais e internacionais publicados em revistas científicas por base de dados virtuais como: Google Acadêmico (Scholar), Pubmed, Scientific Eletronic Libray Online (Scielo) e Science Direct. A toxina botulínica é uma neurotoxina produzida pela bactéria Clostridium Botulinum, que ao passar por vários processos de estudo observou-se diversas utilidades. Sendo umas delas relacionada à medicina estética com a produção do soro tipo A, assim denominado: toxina botulínica tipo A. Seu principal objetivo é tratar as rugas hipercinéticas e amenizar as rugas estáticas paralisando os músculos na região facial por tempo determinado e propocionar aparencia mais jovem causando bem está aos pacientes. O ácido hialurônico (polissacarídeo biodegradável) é uma substância encontrada de forma natural no corpo humano com função de lubrificar e proteger nossas articulações, mas conforme o envelhecimento natural vai ser tornando escasso. Entretanto, com o avanço da tecnologia foi observado que era possível produzir tais substâncias pelo processo de fermentação. O ácido hialurônico passou a ser utilizado na medicina estética fazendo parte da classe dos bioestimuladores de colageno, procedimentos feitos por técnicas mini-invasivas com objetivo de tratar as rugas estáticas, dando volume facial e também minimiza as imperfeições a fim de modar a face e proporcionar uma harmonia facial mais agrádavel. Com isso foi possível observar que ambos os procedimentos estão ganhando progressivos adeptos por coresponder de forma satisfatória aos indivíduos que buscam o tratamento da hamonização facial.por fim, se tratando de procedimentos mini- invasivos, proporciona menor chance de riscos e complicações. Palavras-chave: Ácido Hialurônico. Estética Facial. Harmonização Facial. Toxina Botulínica tipo A. ABSTRACT With the progressive advancement of science and technology, aesthetic medicine has improved and expanded with procedures and techniques such as facial harmonization, which is a set of techniques that aims to prevent and treat aging and perform facial asymmetry. Therefore, this work aims to present the application techniques of hyaluronic acid and botulinum toxin type A for facial harmonization purposes, as well as their indications, contraindications. The specific objectives are: to evaluate the results among the techniques proposed by the theme for facial aesthetics; explain possible risks and complications of each procedure proposed by the work; expose results obtained with the use of each procedure and its durability. This is a narrative literature review, in which a survey of national and international articles published in scientific journals by virtual database such as: Google Scholar, Pubmed, Scientific Electronic Libray Online (Scielo) and Science Direct. Botulinum toxin is a neurotoxin produced by the bacterium Clostridium Botulinum, which went through some study processes and found several utilities. Being one of them related to aesthetic medicine with the production of type A serum, named: botulinum toxin type A. Its main objective is to treat hyperkinetic wrinkles and soften static wrinkles by paralyzing the muscles in the facial region for a certain time and providing younger appearance. causing well is to the patients. Hyaluronic acid (biodegradable polysaccharide) is a substance found naturally in the human body to lubricate and protect our joints, but as natural aging becomes scarcer. However, with the advance of technology it was observed that it was possible to produce such substances by the fermentation process. Hyaluronic acid is now used in aesthetic medicine as part of the class of collagen biostimulators, procedures performed by mini-invasive techniques to treat static wrinkles, giving facial volume and also minimizing imperfections in order to shape the face and provide a more pleasant facial harmony. With this, it was possible to observe that both procedures are gaining progressive adherents by satisfactorily responding to individuals seeking facial harmonization treatment. Finally, when dealing with mini- invasive procedures, it provides a lower chance of risks and complications. Palavras-chave: Hyaluronic acid. Facial Aesthetics. Facial Harmonization. Botulinum Toxin Type A. LISTAS DE SIGLAS TB- Toxina Botulínica; TBA- Toxina Botulínica Tipo A; AH- Ácido Hialurônico; ANVISA-Agência Nacional de Vigilância Sanitária FDA-“Food and Drug Administration” DAO-Depressor angoli oris LISTA DE FIGURAS Figura 1- Estrutura bioquímica da molécula da toxina botulínica tipo A ................... 17 Figura 2- Musculatura da região da glabelar terço superior com vários pontos de injeção ....................................................................................................................... 20 Figura 3- Antes e depois do tratamento com TBA região glabelar terço superior .... 21 Figura 4- Musculatura da região frontal terço superior ............................................ 22 Figura 5- Antes e depois do tratamento com TBA região frontal terço superior ....... 22 Figura 6- Musculatura da região orbicular do olho terço superior ............................. 23 Figura 7- Antes e depois do arqueamento de sobrancelha com TBA região orbicular do olho....................................................................................................................... 23 Figura 8- Musculatura da região orbicular do olho terço médio ................................ 24 Figura 9- antes e depois do tratamento com TBA na região orbicular do olho terço médio......................................................................................................................... 24 Figura 10- Musculatura da região orbicular do olho próximo do músculo zigomático .................................................................................................................................. 25 Figura 11- Musculatura da região procerus terço médio .......................................... 25 Figura 12- Antes e depois do tratamento com TBA da região procerus terço médio ................................................................................................................................. .26 Figura 13- Antes e depois do tratamento da TBA da região DAO ............................ 27 Figura 14- Antes e depois da aplicação da TBA no orbicular da boca terço inferior ................................................................................................................................ ..27 Figura 15- Estrutura química do ácido hialurônico ................................................... 30 Figura 16- Antes e depois do tratamento com AH na sulco nasolabial..................... 33 Figura 17- antes e depois do preenchimento com AH na linha de marionete .......... 34 Figura 18- Imagem representativa da região nasal: 1radix, 2 dorso, 3 columela, 4-5 ponta ......................................................................................................................... 35 Figura 19- Antes e depois do tratamento nasofrontal e nasolabial ........................... 35 Figura 20- Antes (a) e depois (b) da técnica de volume labial .................................. 36 Figura 21- Durante (a), Antes (b) e depois (c) da técnica de contorno labial............ 37 Figura 22- Antes (a) e depois (b) do tratamento de rugas periorais ......................... 37 Figura 23- Durante (a), antes (b) e depois (c) do tratamento da região periorbital superior ..................................................................................................................... 38 Figura 24- Antes e depois do tratamento de olheiras na região periorbital............... 38 Figura 25- Imagem ilustrativa do local de aplicação do AH da região periorbital inferior .................................................................................................................................. 39 Figura 26- Figura antes e depois do tratamento com preenchimento de mento ....... 40 Figura 27- Ptose de queixo visão perfil/lateral .......................................................... 40 Figura 28- Figura ilustrativa de antes e depois de preenchimento com AH na mandíbula .................................................................................................................. 41 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13 2 TOXINA BOTULÍNICA ....................................................................................... 15 2.1 HISTÓRIA DA TOXINA BOTULÍNICA ............................................................. 15 2.2 TOXINAS BOTULÍNICAS TIPO A.................................................................... 16 2.3 ESTRUTURADA TOXINA BOTULÍNICA E MECANISMO DE AÇÃO .............. 17 2.4 DILUIÇÃO, DISSEMINAÇÃO E ABSORÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA ....... 18 2.5 APLICAÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA TIPO A NA ESTÉTICA..................... 19 2.5.1 Região glabelar ........................................................................................ 20 2.5.2 Músculo frontal ........................................................................................ 21 2.5.3 Músculo orbicular do olho...................................................................... 22 2.5.4 Músculo procerus/nasal ......................................................................... 25 2.5.5 Músculo Depressor Anguli Oris ............................................................. 26 2.5.5 Músculo orbicular da boca ..................................................................... 27 2.6 RISCOS E COMPLICAÇÕES DE TBA NA ESTÉTICA .................................... 28 3 ÁCIDO HIALURÔNICO ..................................................................................... 29 3.1 ASPECTOS RELEVANTES DO ÁCIDO HIALURÔNICO ................................ 29 3.2 CARACTERÍSTICAS DO ÁCIDO HIALURÔNICO ........................................... 30 3.3 ÁCIDO HIALURÔNICO: MICROORGANISMO PRODUTOR E PROCESSO DE FERMENTAÇÃO ................................................................................................... 30 3.4 TIPOS DE ÁCIDOS HIALURÔNICO COMERCIALIZADOS ............................ 31 3.5 APLICAÇÃO DE ACIDO HIALURÔNICO NA ESTÉTICA ................................ 32 3.5.1 Região nasolabial .................................................................................... 33 3.5.2 Sulco lábio mentoniano .......................................................................... 33 3.5.3 Rinomodelação ou rinoplastia ............................................................... 34 3.5.4 Preenchimento da região labial ............................................................. 36 3.5.5 Preenchimento periorbital ...................................................................... 37 3.5.6 Preenchimento de mento........................................................................ 39 3.5.7 Preenchimento região mandibular ........................................................ 40 3.6 COMPLICAÇÕES ............................................................................................ 41 3.7 INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES PARA TRATAMENTO ESTÉTICO COM TBA e HA ..................................................................................................... 42 4 METODOLOGIA ................................................................................................ 43 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 44 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 45 13 1 INTRODUÇÃO Com o avanço progressivo da ciência e tecnologia, torna-se evidente que diversas áreas têm evoluído trazendo inúmeros benefícios à população. Desta maneira observa-se que a medicina estética, enquadrada no processo de evolução, objetiva expandir e aperfeiçoar procedimentos e técnicas para fins estéticos, trazendo um melhor resultado de harmonização facial, minimizando e tratando o envelhecimento e linhas de expressão (LORENZETTI et al., 2012). O envelhecimento facial é uma consequência gradual da idade e de processos biológicos naturais do corpo humano, caracterizando-se por fatores intrínsecos e extrínsecos. Os fatores intrínsecos são ocasionados com o passar do tempo de forma que a pele tende a perder água, fibra e colágeno. Além disso, têm-se as instabilidades hormonais que ocorrem principalmente nas mulheres. Por outro lado, os fatores extrínsecos estão relacionados aos fatores externos, como exposições a radiação solar, poluição do meio ambiente, tabagismo, alcoolismo dentre outros (CHAVES; RAMOS, 2018). A harmonização facial não é uma característica única e exclusiva de pessoas que estão envelhecendo, dessa forma, também tem por objetivo atender à demanda jovem em relação à estética facial, que traz como requisito a harmonia da face e, por conseguinte são realizados procedimentos com o Ácido Hialurônico (preenchimento) que também faz parte na produção e estimulação de colágeno e elastina que são classificados como bioestimuladores. Entretanto a toxina botulínica tipo A, além de ter função de tratar o envelhecimento facial pode ser utilizado para prevenir as linhas hipercinéticas antes de seu aparecimento, tornando-se cada vez mais popular e tendo um maior número de adeptos por meio de sua segurança e eficácia (SUNDARAM et al., 2015). Com a TBA é realizado tratamento estético facial que se enquadra no conjunto de técnica da harmonização facial juntamente com o Ácido hialurônico, famoso preenchedor estes são procedimentos que podem ser trabalhados de forma associada ou isolada, em que cada um terá funções distintas, podendo trabalhar na mesma áreas na face, onde nos músculos faciais é injetada a TBA, um tipo de proteína que age paralisando o músculo em contra partida ácido hialurônico é um polissacarídeo que 14 pode ser injetado na derme dando volume e moldando a face (CARRUTHERS; GLOGAU; BLITZER, 2008). Esta revisão bibliográfica tem como objetivo apresentar às técnicas de aplicações do ácido hialurônico e toxina botulínica tipo A para fins estéticos bem como a harmonização facial, suas indicações e contra indicações. Objetiva-se também estabelecer os critérios para uso da TBA e do ácido hialurônico, além de explanar possíveis riscos e complicações de cada procedimento e por fim esclarecer maneiras requeridas nas associativas e técnicas de utilização dos mesmos e sua durabilidade. 15 2 TOXINA BOTULÍNICA 2.1 HISTÓRIA DA TOXINA BOTULÍNICA Ao final do século de 1700 a bactéria Clostridium Botulinum era a causadora de muitas mortes na Europa devido ao consumo de alimentos contaminados. Esses alimentos não eram produzidos de forma adequada, sendo suscetíveis a proliferação da bactéria causadora do botulismo como é denominada a patologia. Entretanto, com o passar do tempo, na década de1800, houve o primeiro estudo proposto pelo físico alemão Justinus Kerner. Assim pôde-se perceber que a bactéria em pequenas quantidades causava envenenamento, paralisando o sistema nervoso periférico e autônomo (SANTOS; MATTOS; FULCO, 2015). Diante da evolução da bactéria do botulismo e ao passar por vários processos de estudos, observou-se diversos tipos de utilidades na medicina patológica com a Toxina Botulínica, em diversas áreas, dentre as quais se destacam a oftalmologia, neurologia e dermatologia (QAQISH, 2016). A toxina botulínica (TB) é uma neurotoxina produzida pela bactéria Clostridium Botulinum Gra-positiva anaeróbica, que em temperatura apropriada a sua reprodução cresce e produz oito tipos diferentes de toxina (A, B, C, D, E, F, G, H). Dentre os oito soros apresentados, apenas A e B é usada para procedimentos estéticos, o soro tipo A, por proporcionar otimização nos resultados e pela alta potência e durabilidade (CHAVES; RAMOS, 2018). Diante da evolução e estudos da bactéria causadora do botulismo, a FDA1 na década de 90 aprovou a toxina botulínica para realizar tratamentos cirúrgicos de alguns tipos de patologias, promovendo melhora de pacientes com estrabismo, tremores e espasmos faciais. Entretanto no ano de 2000 a TBA foi aprovada pela ANVISA2 para procedimentos na área da estética sendo manipulada para diminuir as expressões faciais, constituindo-se como a primeira marca a ser comercializada denominada Botox®, após três anos a Dysport® lançou-se no mercado e em 2005 a Prosign® e Botulift® (SANTOS; MATTOS; FULCO, 2015). 1Agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos. 2Agência Nacional de Vigilância Sanitária. 16 2.2 TOXINAS BOTULÍNICAS TIPO A Atualmente existem diversas marcas de TBA empregadas tanto na medicina terapêutica, para tratar algumas doenças, quanto para uso em procedimentos estéticos. Tendo algumas marcas comercializadas, porém destacando as três primeiras marcas de TBA liberadas pela ANVISA e FDA para comercialização que foram: A Botox®, fabricada nos Estados Unidos, Botulift® na coréia do sul, Dysport® fabricada na suecia e a Xeomin® na Alemanha. Ao avaliar as composições químicas dos produtos foi possível observar que cada uma delas muda sua composição, entretanto é preciso salientar que há uma divergência entre elas em relação a maior ou menor quantidade de toxina em sua substância alterando os resultados como durabilidade do procedimento (CHAVES; RAMOS, 2018). Na atualidade essas marcas são as mais utilizadas pelos profissionais da área da estética avançada. No entanto, ainda que existam similaridades nos resultados clínicos entres as marcas, elas se diferenciam em suas formulações químicas, estruturas, proteínas associadas e fabricações. A partir do exposto, pode-se considerar que a toxina botulínica tipo A da marca Xeomin® tem efeito mais rápido com alta durabilidade, de forma que a sua composição possui albumina humana 1000mcg, 0,6mg de toxina, sucrose 5mg e peso por volta de 150KDa. Destarte, a Xeomin® possui menor peso molecular, estando entre as melhores também em decorrência de ser mais resistente as variações de temperaturas. Em contrapartida a TB da marca Dysport® tem uma difusão no tecido cutâneo facial melhor, atendendo a uma demanda de rugas com expressões mais finas, sua composição é maior que 0,125mg de albumina humana, 12,5mg de toxina, 2,5mg de lactose, contendo um peso de 500 e 900KDa. A marca Botulift® sendo bastante indicada para região frontal incluindo a glabela contém albumina humana com 149KDa (GUTOWSKI, 2016). Por fim e não menos importante, a marca Botox® primeira a ser lançada e aprovada pela ANVISA e FDA, tem componentes químicos que trabalham de forma significativa na contração muscular da face, pois tem peso molecular maior que todas as marcas anteriormente citadas, sendo indicada para as expressões faciais mais profundas. Por conseguinte, é importante salientar que as marcas que são comercializadas têm efeitos positivos mediante aos tratamentos, sendo visível a paralisação dos músculos e minimizando as linhas de expressões (SANTOS; MATTOS; FULCO, 2015). 17 Faz mister salientar que dentre as marcas eticamente comercializadas, a de maior destaque é a Botox® pois sua potencialização é quatro vezes maior comparando com Dysport® e para que a mesma atinja um efeito similar ao do Botox® devem-se obter doses de três a quatro vezes maior de seu produto, entretanto a marca Botulitf® vem ganhado o mercado pelos profissionais por proporcionar alta segurança e durabilidade e menos custo quando comparada a marca Botox® (CHAVES; RAMOS, 2018). 2.3 ESTRUTURADA TOXINA BOTULÍNICA E MECANISMO DE AÇÃO As neurotoxinas são compostas por apenas uma cadeia polipeptídica contendo 1295 aminoácidos com o peso de 150KDa formado por três tipos de cadeias que são L, Hn e Hc (Figura 1). As cadeias fazem a ligação entre sim através das pontes de protease para realizar sua função. A clivagem proteolítica acontece com o objetivo de ativar a toxina que são ligados por pontes dissulfidicas, pelo qual a clivagem e importante para que possa ocorrer a neuro intoxicação (SPOSITO, 2009). Figura 1-Estrutura da toxina botulínica. Fonte: https://clinicawulkan.com.br A cadeia mais leve (L) é construída com o peso de 50KDa sendo encarregada de impedir a liberação dos neurotransmissores e mantendo o comando de bloquear as vesículas de fusão pré-sináptica. As cadeias pesadas são divididas em duas porções, entres elas estão Hn e Hc que unidos pesam 100KDa. Desse modo, ambas as cadeias têm função de fazer internalização na célula nervosa e ligações dos receptores extracelulares (SPOSITO, 2004). L HC HN https://clinicawulkan.com.br/ 18 O mecanismo de ação da toxina botulínica tipo A atua impossibilitando a liberação exocitótica da acetilcolina, na paralisação temporária da terminação nervosa motora colinérgica que é produzida pela bactéria Clostridium botulinum, ocasionando diminuição nas contrações musculares minimizando as linhas de expressões. Essa ação acontece em três etapas: (i) ligação (ii) internalização (iii) bloqueio. (CHAVES; RAMOS, 2018). A primeira etapa, denominada ligação, ocorre após ser administrada a TBA, a cadeia pesada e leve ambas têm função de fazer internalização na célula nervosa e a ligações por ponte dissulfeto e ligação não covalente, sendo que a cadeia pesada tem os dois comandos o de ligação (metade C-terminal da cadeia pesada) e translocação exibido por Hn (metade N-terminal da cadeia pesada) (SCHLOSSER et al., 2016). A TBA se liga aos receptores da cadeia pesada (H). No procedimento de internalização, considerada a etapa posterior, a TBA internaliza a célula nervos apelo processo de entrada de substâncias nas células sendo que a cadeia pesada tem função de transporte e a leve penetra o citoplasma no axônio, fazendo a ligação neural. Por fim, na última fase acontece o bloqueio responsável pela paralisação muscular, sendo que a cadeia leve se liga ocorrendo de imediato uma clivagem da proteína e nos aminoácidos responsáveis pela união das vesículas sinápticas através de terminais nervosos, fazendo o bloqueio de liberação do neurotransmissor acetilcolina (SPOSITO, 2004; RIBEIRO et al., 2014). 2.4 DILUIÇÃO, DISSEMINAÇÃO E ABSORÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA Estudos feitos em ratos tiveram como objetivo analisar a absorção e disseminação da TB, avaliando se a mesma possuía uma propagação demorada no músculo injetado, porém, constatou-se que houve uma rápida metabolização sistêmica em excreção urinária. Toda quantia de substância injetada no músculo se reduz até a metade por volta de dez horas, a excreção urinária rápida ocorre em vinte e quatro horas após a substância ser injetada no músculo e 60% dessa substância é excretada pela urina por conta da metabolização da protease e dos integrantes moleculares (SILVA, 2012). A toxina botulínica tipo A é diluída antes de ser administrada nos pacientes, ela se apresenta comercialmente em forma de pó e deve ser diluída em solução de cloreto 19 de sódio. Os estudos realizados por profissionais habilitados mudaram a forma de diluição com o objetivo de causar menos desconforto ao paciente durante a aplicação, dessa forma foi trocada a solução de cloreto de sódio 0,9%, por cloreto de sódio preservada com álcool benzalcônio sendo possível alcançar o objetivo, pois a solução preservada na diluição consegue deixar o valor do PH mais favorável causando o menor desconforto durante o procedimento (GART; GUTOWSKI, 2016). A diluição das substâncias é muito importante para a difusão, pois a disseminação aumenta com a diluição, ou seja, quanto melhor for diluída a substância, melhor será sua disseminação nos músculos injetados. Da mesma forma que se a diluição da substância for maior do que o esperado em um frasco de toxina, pode haver a possibilidade de disseminação em outro músculo que não é o esperado, com isso sua durabilidade é menor que o desejado. O ideal é fazer uma aplicação menor de substância (maior concentração e baixo volume) em músculo menor e menor quantidade e nos músculos maiores aumentando a quantidade. Exemplo disso é em músculos da região frontal da face onde serão encontrados variados tamanhos (SILVA, 2012; QAQISH, 2016). 2.5 APLICAÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA TIPO A NA ESTÉTICA O objetivo do tratamento da TBA na estética tem como finalidade amenizar as rugas e linhas de expressões, sejam elas estáticas ou dinâmicas, proporcionando bem-estar e maior autoestima ao paciente. Vale ressaltar que as rugas estáticas são as mais difíceis de minimizar, pois mesmo quando a musculatura do rosto está paralisada, elas ainda se tornam aparentes assim a melhor indicação é o uso de preenchedores como AH (FERREIRA; CAPOBIANCO, 2016). A TBA tem resultados mais satisfatórios nas linhas de expressões dinâmicas, as quais são linhas aderidas por contração muscular da face ao fazer expressões faciais repetitivas e cotidianas. A aplicação da TBA pode eliminar todas as possíveis linhas de expressões, em um tempo pré-determinado em torno de 4 a 6 meses. Por se tratar de um tratamento de caráter temporário, cada paciente poderá repetir aplicação de acordo com a necessidade (GIMENEZ, 2006). A procura pelo uso da TBA na estética está cada vez maior, uma vez que a mesma tem por objetivo de tratar e prevenir linhas de expressões faciais, mantendo a 20 naturalidade sem deixar a face com o aspecto totalmente “paralisada”. A utilização do BOTOX de caráter preventivo, apresenta maior durabilidade por não existirem linhas de expressões nos pacientes isso evita por muito tempo o aparecimento sobretudo das linhas estáticas que são as mais profundas. Porém o BOTOX preventivo não deve ser usado em uma faixa etária tão jovem como abaixo dos 18 anos, visto que o uso muito precoce e recorrente em uma determinada idade não terá mais o efeito esperado ao longo do tempo (RODRIGUEZ; GORGOJO, 2015). Os músculos da face utilizados para harmonização facial são: região glabelar, frontal, orbiculares da lateral do olho, orbicular da boca, músculo nasal, procerus, depressor angulionris. Dessa forma, cada musculatura facial citada, ao ser tratada, abrange uma variação de pontos em uma única região, sendo possível tratar cada paciente de acordo a sua demanda. No entanto para realizar o procedimento é imprescindível a consulta com profissionais habilitados a fim de realizar o melhor tratamento de acordo com a necessidade de cada paciente (CHAVES; RAMOS, 2018). 2.5.1 Região glabelar O primeiro músculo a ser aprovado pela FDA para aplicação da TBA foi à região superior da face denominado por glabelar no ano de 2002, com a finalidade de suavizar as linhas de expressões sem causar um efeito artificial. Essa região continua sendo a mais indicada para aplicação da toxina por ser uma área que não tem muita perda de volume facial e por abrange mais de um tipo de músculo em apenas uma região (Figura 2) havendo vários pontos de injeção (GART; GUTOWSKI, 2016). Figura 2 - Musculatura da região da glabelar terço superior com vários pontos de injeção. Fonte: GART; GUTOWSKI, 2016. 21 As expressões da região do músculo glabelar (Figura 3) são causadas pelos gestos repetidos na face. O músculo está localizado entre as sobrancelhas as deprimindo-as e constitui-se do músculo anulatório, supercílio e do músculo procero central. Aplicação da TBA é indicada para linhas moderadas, graves e também para prevenção na qual o paciente irá franzir a testa e serão observadas as expressões e o quanto de severidade tem e até que ponto incomoda. O tratamento indicado para as linhas glabelar é a utilização quantitativa entre 0,5 a 10 U de toxina botulínica tipo A em cada ponto da região totalizando 5 pontos e tendo resultado satisfatório das linhas de expressões (Figura 3b), e também nas linhas que ficam aparente mesmo o músculo em repouso, o efeito começa a ser mais visível em torno de 2 a 8 dias (MOLINA et al., 2015) Figura 3-Antes e depois do tratamento com TBA região glabelar terço superior Fonte: GIMENEZ, 2006. 2.5.2 Músculo frontal As linhas de expressões horizontais localizadas na testa se tornam aparentes exatamente por manter o hábito de expressão facial no qual ocorre o aparecimento das linhas hipercinéticas que são acometidas quando o músculo frontal se contrai levantando sobrancelha (Figura 4). Para ser realizado o tratamento dessas linhas será feita uma anamnese do paciente para observar diferentes tipos de queixa de um paciente para o outro, o que leva a ser um tipo de tratamento personalizado, podendo haver linhas mais leves onde, será usada uma quantidade menor de toxina, e podendo encontrar também linhas mais profundas, como característica de homens utilizando quantidade maior, mas sempre com objetivo de manter a naturalidade facial (DORIZAS; KRUEGER; SADICK, 2014). A B 22 Figura 4- Musculatura da região frontal terço superior Fonte: GART; GUTOWSKI 2016. Durante a aplicação na região superior especificamente a área frontal é administrada a toxina botulínica tipo A em 4 a 10 locais alvos. É importante ter o máximo de cuidado para deixar um limite de intervalo de mais ou menos 1 a 2 cm da borda orbital superior antes de fazer aplicação da toxina para evitar ptose das pálpebras e sobrancelhas (GART; GUTOWSKI, 2016; QAQISH, 2016). Figura 5-Antes e depois do tratamento com TBA região frontal terço superior Fonte: https://rejuvena.com.br. 2.5.3 Músculo orbicular do olho Esse é um tipo de músculo esfincteriano que envolve a órbita em que abrange mais de um tipo de tratamento, podendo ser realizado o arqueamento de sobrancelha (Figura 6) e o tratamento das linhas periórbitas (pés de galinha). É possível realizar o arqueamento lateral da sobrancelha de até 4mm, e para isso é injetado de 2 a 5 U da TBA localizado abaixo da cauda da sobrancelha (QAQISH, 2016). A B https://rejuvena.com.br/ 23 Figura 6- Musculatura da região orbicular do olho terço superior Fonte: GART; GUTOWSKI, 2016. O levantamento lateral da sobrancelha é parte do tratamento da região glabelar e frontal, deixando o rosto esteticamente mais harmônico, porém é um tratamento opcional (GART; GUTOWISKI, 2016). Todavia, essa região do músculo precisa ter muito cuidado para que não ocorra nenhum tipo de intercorrência e efeitos colaterais indesejáveis como a aptose das pálpebras (RODRIGUEZ; GORGOJO, 2015). Figura 7-Antes e depois do arqueamento de sobrancelha com TBA região orbicular do olho Fonte: https://deskgram.cc/explore/tags/botoxparasobrancelhas. Dando continuidade ao músculo da região orbicular dos olhos, abrangendo a região lateral canto externo do olho, (figura 8) popularmente conhecido como pés de galinha, são linhas expressivas que costumam incomodar bastante principalmente as mulheres, podendo ser caracterizado como umas das áreas mais tratadas em consultórios com excelentes resultados (OLIVEIRA; ROSSI; MOREIRA, 2016). A B https://deskgram.cc/explore/tags/botoxparasobrancelhas 24 Figura 8- Musculatura da região orbicular do olho terço médio Fonte: GART; GUTOWSKI, 2016 São linhas que se tornam aparentes com o gesto do sorriso, ficando mais forte quando o sorriso mostra os dentes em que se faz uma força muscular maior dessa região (Figura 9a), os pontos utilizados para tratar os “pés de galinha” variam em torno de 2 a 5 pontos de cada lado, mas isso vai depender do caso clínico de cada paciente. A quantidade de TBA aplicada em ambos os lados deve conter a mesma quantidade que pode variar de 2 a 4 U, os pontos de aplicação da TBA deve ter um limite de espaçamento em média até 1,5 cm da borda orbital para que não haja nenhum tipo de intercorrência como o congelamento das pálpebras (DORIZAS; KRUEGER; SADICK, 2014). Figura 9- antes e depois do tratamento com TBA na região orbicular do olho terço médio Fonte: RODRIGUEZ; GORGOJO, 2015. É importante destacar que as linhas do canto externo do músculo orbicular, mesmo que se espalhe além dessa região do canto do olho, não se deve aplicar a TBA, pois se trata também de área comum do músculo zigomático podendo ocorrer A B 25 grande risco de paralisia no músculo prejudicando o movimento do sorriso malar (imagem 10). As rugas desta região próximo do músculo zigomático são indicadas o uso de procedimento como os preenchedores de ácido hialurônico umas das áreas em que podem ser realizadas os dois tipos de procedimentos associados gerando melhor resultado e satisfação ao paciente (CARRUTHERS; GLOGAU; BLITZER, 2008). Figura 10- Musculatura da região orbicular do olho próximo do músculo zigomático Fonte: CARRUTHERS; GLOGAU; BLITZE, 2008. 2.5.4 Músculo procerus/nasal O músculo procerus, popularmente conhecido como linhas de coelho, localizado no dorso nasal superior (Figura 11) que ao se contrair por mímicas faciais elevando o nariz e fazendo máxima contração muscular na regiao nasal e possível intentificar as linhas dessa regiao, é um tipo de expressão que se torna mais visiveis quando já foi feito tratamento com a toxina apenas da região glabelar e orbital deixando as linhas dos procerus mais aparentes (Figura 12a) (GART; GUTOWSKI, 2016). Figura 11- Musculatura da região procerus terço médio Fonte: GART; GUTOWSKI, 2016; 26 A indicação de injeçao da TBA para esse região é em cada barriga muscular ou apenas uma aplicação central, porém o mais indicado são duas injeções bilaterais as quais deixam a região com mais naturalidade, suavizando as linhas (Figura 12b). A quantidade ideal para ser injetada é de 2 a 5 U, podendo ser feita de forma superficial para evitar que se espalhe para outro músculo, como o do maxila, assim revitando paralisia excessiva e indesejada (DORIZAS; KRUEGER; SADICK, 2014). Figura 12- Antes e depois do tratamento com TBA da região procero terço médio Fonte: BALTAZAR,2019. 2.5.5 Músculo Depressor Anguli Oris A contração do músculo Depressor Anguli Oris (DAO) se manifesta da linha da mandibula ocasiona depressão do canto da boca bilateral dando aparencia de tristeza ou raiva (Figura 13a). A toxina botulinica tipo A é um tipo de tratamento que pode ser feito nessa região levantando esse músculo por tempo determinado e trazendo uma aparencia mais elegante ao paciente (MESS, 2017). Ainda que a TBA seja um tratamento de método seguro pode acontecer efeito colatereis indesejaveis se não for aplicado de forma correta e em quantidade adequada, pode ocorrer a disseminção para o músculo orbicular da boca, afetando a expressão dessa região e o movimento da musculatura. A indicação para cada lado da boca vai variar de acordo com a necessidade. Aplicação deve ser feita de forma cuidadosa, superfical e mais pra baixo no músculo depressor anguli oris por questão de segurança assim evitando que atinja outro musculo nessa região gerando efeito indesejado (CHOI et al., 2014). A B https://sbsmiles.pt/servicos/harmonizacao-facial/ 27 Figura 13- Antes e depois do tratamento da TBA da região DAO Fonte: MESS, 2017. 2.5.5 Músculo orbicular da boca Esse músculo conhecido como ``código de barra``abrange a região da boca como um todo se trata de músculo esfincteriano, abragendo lábios superiores e inferiores. Esse tipo de tratamento é muito procurado pelos pacientes principalmente quando já tem uma de perda significativa de volume nessa aréa deixando a aparência enrrugada e envelhecida(GART; GUTOWSKI, 2016). Ainda que o uso da TBA possa melhorar o envelhecimento das rugas dinâmicas da regiao superior dos lábios não é tanto utilizada, por não ter um resultado muito satisfaório podendo ocorrer também complicações como paralisação indesejada na parte superior dificultando os movimentos orais esperados como franzir a boca, pronúncias de palavras que necessitem franzir os lábios ou até mesmo utilizar canudos. Mediante a isso os preenchimentos dermico como Acido hialurônico são mais aconselháveis podendo tratar a região proporcionando volume e amenizando aparência envelhecida (GART; GUTOWSKI, 2016; MOSTAFA, 2018). Figura 14- Antes e depois da aplicação da TBA no orbicular da boca terço inferior Fonte: KANE, 2018. A B A B 28 2.6 RISCOS E COMPLICAÇÕES DE TBA NA ESTÉTICA Ainda que a TBA seja indicada para os músculos faciais a fim de tratar as linhas hipercinéticas, os profissionais devem estar habilitados para atuar na área da estética necessitam ser especialistas em anatomia facial e precisam estar ciente das indicações e contras-indicações para fazer o melhor tratamento, evitar possíveis riscos e complicações (COSTA et al., 2016). Apesar da toxina botulinica tipo A na estética ser sucestível a riscos e complicações. O seu uso de forma correta os eliminam, porque na maioria das vezes as intercorrências acontecem pelo uso incorreto. Porém é possivel ter uma alta capacidade de segurança e tolerância em aplicações na estética como fins de harmonização facial. Nesse caso, os riscos mais comuns nos locais da injeção são: edemas, hematomas, inchaço e sagramentos. No que diz respeito as complicação são: paralisia excessiva dos músculos, acontecendo quando é injetado uma dose além do necessário ou a diluição não é feita da forma adequada delimitando os movimentos da face, podendo correr risco de ptose em algumas regiões (SUNDANRAM, 2016) Após aplicação de TBA é habitual ocorrer inchaço no músculo injetado, além disso, pode ocorrer também dores de cabeça, hematomas no local e fraqueza muscular excessiva sintomas que são temporários e corriqueiros Em relação aos hematomas é possível ser evitado em alguns casos, especificamente em pacientes que fazem uso de anticoagulantes, que nesses casos é orientado suspender a medicação com orientação medica durante duas semanas consecutivas para evitar que o sangue fique fino a ponto de causar hematomas (SUNDANRAM et al., 2016). 29 3 ÁCIDO HIALURÔNICO O ácido hialurônico é uma substância produzida pelo nosso organismo através de células que tem função de lubrificar algumas partes do corpo, como manter o fluido sinovial das articulações a fim de evitar atrito entre os ossos, cartilagem e olhos. O ácido hialurônico é formado por dois polímeros de açúcares (ácido glucurônico e N- acetilglucosamina) (BERNARDES et al., 2018). Estudos comprovam que a pele é o reservatório principal do ácido hialurônico contendo em média um volume de mais de 50% presente no corpo humano. Assim, o ácido hialurônico é um tipo de substância que será encontrado em todos os tecidos vertebrados, sendo que a parte que contém maior quantidade são os tecidos conjuntivos frouxo, também encontrados no sangue em menor quantidade (PEREIRA; DELAY, 2014). Todavia, o ácido hialurônico é um glicosaminoglicano em maior quantidade na matriz extracelular, com a potencialidade na estrutura e organização na camada da derme, e também ajudando na flexibilidade do corpo, principalmente nas partes em que contém cartilagem, ajudando com a flexibilidade, motilidade e firmando a pele (PEREIRA; DELAY). Apesar de ter grande quantidade de AH (ácido hialurônico) no organismo humano, com o passar do tempo o envelhecimento natural da pele o AH cutâneo torna-se escasso. Em vista disso, a camada dérmica da nossa pele tende a perder hidratação, consequentemente perda de volume, gerando flacidez facial, presença de linhas expressivas e rugas (BERNARDES et al., 2018). 3.1 ASPECTOS RELEVANTES DO ÁCIDO HIALURÔNICO Em 1934 houve a grande descoberta do ácido hialurônico, consoante a isso se descobriu também as macromoléculas naturais advindas do AH. Logo depois Karl Meyere e colaboradores coletaram o ácido hialurônico da pele, articulações, cordão umbilical e crista de galo, e isolaram a substância para estudo. Apenas no ano 1937 foi observado que o ácido hialurônico possui substâncias semelhantes de um polissacarídeo da cápsula de Streptococcus do grupo A hemolítico (MACEDO, 2006). Na década de 1950 que Meyere e colaboradores conseguiram esclarecer a composição do ácidohia lurônico e suas especialidades. Sua nomenclatura está associada ao termo grego hialóide com significado vítreo e ácido urônio através de 30 uma das moléculas de monossacarídeos que estão presentes no mesmo (MORAES et al., 2017). 3.2 CARACTERÍSTICAS DO ÁCIDO HIALURÔNICO O ácido hialurônico é um polissacarídeo oriundo da família dos glicosaminoglicanos de unidade dissacarídicas de ácido D-glicurônico (GlcUA) e N- acetilglicosamina (GlcNAc) unidas alternadamente por ligações glicosídicas β-1,3 e. Os polissacarídeos são encontrados de forma natural ou pelo processo de fermentação de bactérias, que tem o benefício de minimizar os sintomas alérgicos em pessoas com hipersensibilidade, em relação ao extrair dos animais (PAN et al., 2013). Figura 15: Estrutura química do ácido hialurônico Fonte: MAIA; SALVI, 2018. O AH tem uma consistência gelatinosa e um alto teor de viscosidade e devido as suas características estruturais têm um poder de hidratar a derme. Ao existir a incorporação com uma fonte líquida neutra faz com que ocorra a ligação por hidrogênio entre moléculas de água. Por essa razão, o AH tem um papel de extrema relevância na harmonização facial o qual será administrado na região da derme ajudando a garantir a hidratação e firmeza da pele na região facial (BUKHARI et al., 2018; MACEDO, 2006). 3.3 ÁCIDO HIALURÔNICO: MICROORGANISMO PRODUTOR E PROCESSO DE FERMENTAÇÃO A produção do ácido hialurônico, feita através do Streptoococcus, bactéria Gram- positivade catalase negativa anaeróbias facultativas com algumas estirpes aero tolerantes, sem esporos com produção ácido lático como subproduto do catabolismo 31 da glicose. Sendo os mais comuns do grupo A e C de Lancefield, no qual o grupo A é patógeno humano e do grupo C, patógeno animal (PAN et al., 2013). Desde a época dos anos 80 o ácido hialurônico vem sendo comercializado pelo processo de fermentação usando o Streptoococcus zooepidemicus. Foram produzidos em batelada com temperatura de 37°C com PH ótimo em 7,5, entretanto sua viscosidade no meio diminui a produção do AH sendo menor que 5-10 g.L-1 (MORAES et al., 2017). O processo de fermentação foi implantado para redução de custos e aumento de produção do AH e para diminuir polímeros de peso moleculares. Mediante a isso o processo constante tem mostrado restrições e baixa produtividade volumétrica ao usar taxas altas de diluição, relacionado à instabilidade do fenótipo da cepa produtora, justificando o enorme emprego de processos em batelada na fabricação industrial do AH (MORAES et al., 2017). A temperatura tem uma relevância importante pois influencia diretamente no crescimento e cultivo celular e na produção do ácido hialurônico, sendo possível observar um rendimento de massa molar de AH em temperatura que varia 30°C a 37°C e PH entre 6,5 e 7,5 e observando que se tem a produtividade elevada em pH neutro e temperatura em 37°C (MACEDO, 2006). 3.4 TIPOS DE ÁCIDOS HIALURÔNICO COMERCIALIZADOS Restylane® foi um dos primeiros tipo de HA comercializado nos Estados Unidos, um gel com particulas de 400µm tratando melhor as linhas grossas como das dobras nasolabiais, bochecha, queixo e lábios. Perlane® ou Restylane Perlane® não é de origem animale tem partículas maiores com tamanho de 1000 µm usados em tratamentos moderados. Juvederm® é indicado para linhas suaves, tratando pequenas imperfeições na face. Restylane Lipp® é um AH é em forma de gel especifico para aumentar o volume labial. Atualmente existe três marcas mais utilizadas pelos profissionais de origem não animal que são: Renova, Perfectha e Princes (SÁNCHES-CARPINTERO; CANDELAS; RUIZ-RODRÍGUEZ, 2010) Em geral a escolha de cada marca do ácido hialurônico irá depender da queixa e necessidade de cada paciente. Os tratamentos feitos com os AH são para tratamentos faciais, como contorno, assimetria, rugas, tratando das finas as mais profundas e atuando como preenchedores gerando volume facial. O mercado do AH 32 tem uma expansão muito grande em suas substâncias variando de humana a animal (COIMBRA; OLIVEIRA; URIBE, 2015). As marcas Zyderm® e Zyplast® são as duas marcas mais utilizadas, oriunda de colágeno bovino um produto temporamente biodegradavel. Já os Cosmoderm® e Cosmoplast® ambos são colágenos oriundos de substância humana e são também biodegradáveis com durabilidade de até 7 meses. Por fim o colágeno de porco denominados Evolence® e Evolence Breeze®, são mais utilizados onde cada um possui especialidade de aplicação diferentes. O Evolence® é indicado para as rugas e para correção de contorno facial não podendo ser utilizado nos lábios e o Evolence Breeze®é indicado para linhas finas e realce labial (SÁNCHES-CARPINTERO; CANDELAS; RUIZ-RODRÍGUEZ, 2010). 3.5 APLICAÇÃO DE ACIDO HIALURÔNICO NA ESTÉTICA O preenchimento com AH está sendo um dos procedimentos menos invasivos mais utilizados em relação ao rejuvenescimento facial, com finalidade de preencher à face minimizando o envelhecimento e tratando as rugas mais profundas da pele. É bastante usado em procedimento de harmonização facial com objetivo de moldar a face para deixar mais simétrica e minimizar as imperfeições (ABDULJABBAR; BASENDWH, 2016) Durante aplicação do AH é habitual ocorrer sangramento e após a injeção é normal apresentar edema e roxidão local, no entanto algumas orientações podem evitar tais sinais a exemplo de: interromper uso de anti-inflamatórios não hormonais e anticoagulante durante uma semana para que o edema e roxidão sejam minimizados. Antes de ser aplicado o preenchimento é utilizado um anestésico com tempo de pausa de 30 minutos qual vai diminuir o desconforto quando injetado. A algumas substâncias de AH já possuem anestésico na sua formulação que ainda não dispensado o uso de anestésico tópico (FERREIRA; CAPOBIANCO, 2016). Aplicação pode ser realizada com agulha ou cânula, e em relação às agulhas é feito uma aplicação mais simples e precisa. A cânula, ao contrário da agulha não faz uma atividade intravascular, não atingindo a segunda camada da pele conhecida como derme superficial, média e profunda. Ao restaurar a perda de tecido mole, os preenchimentos são realizados em diversas áreas da face como: das dobras nasolabiais, fossa temporal, almofadas de gordura malar, linhas de marionetes, 33 aumento de lábios e linhas glabelares. O AH é encontrado em forma de gel em que cada caixa comercializada contém apenas uma ampola que é constituída por 1mL de sua substância, a depender da queixa e necessidade de cada paciente pode-se usar mais de uma ampola. São substâncias seguras e estáveis com durabilidade de 07 a 12 meses (NARINS, 2008). 3.5.1 Região nasolabial Essa é uma região bastante aparente principalmente no processo de envelhecimento, localizada ao lado do nariz até o canto da boca, conhecida popularmente como ‘’bigode chinês’’. A aplicação do AH nessa região tem objetivo de preencher essa perda de volume estimulando colágeno e suavizando a profundidade do sulco gerando o rejuvenescimento nessa região. Pode-se caracterizar essa perda de volume das seguintes formas: leve, moderado e grave. Geralmente é indicado 1mL de AH de cada lado, quando necessário aumenta a quantidade de preenchimento nas rugas mais profundas considerando sulco grave (SOOD; NANDA, 2011). Figura 16- Antes e depois do tratamento com AH na sulco nasolabial Fonte: ZIMBRES, 2018. 3.5.2 Sulco lábio mentoniano O sulco labiomentoniano conhecido popularmente por “linhas de marionetes” ao contrário da ruga nasolabial, são características do envelhecimento, ou seja, pessoas mais jovens geralmente não possuem e, na maioria das vezes, quando o A B 34 paciente faz o tratamento para as rugas labiomentonianos também já possuem as rugas nasolabias, Mediante a isso é um procedimento na maioria das vezes feito em conjunto (BASS, 2015). São rugas encontradas no canto da boca dando aparência de tristeza e carrancuda em que a perda de colágeno nessa região por conta do envelhecimento facial tende a perder o volume e consequentemente com aspecto caído da comissura lateral dos lábios até a mandíbula. A quantidade do AH injetado nessa área também vai variar de acordo com a perda de volume podendo ser injetado de 0,4 a 1,0 ml de cada lado (MESS, 2017). Figura 17- antes e depois do preenchimento com AH na linha de marionete Fonte: SILVA, 2012. 3.5.3 Rinomodelação ou rinoplastia A rinomodelacão é um tratamento feito para corrigir pequenas imperfeições na região nasal utilizando AH e tem tido muitos adeptos, por ser um tipo de tratamento com resultados bastante significativos e um procedimento menos invasivo não cirúrgico no qual os pacientes tem aderido para não precisar fazer um procedimento cirúrgico como rinoplastia. É um tratamento temporário podendo durar de 7 a 12 meses. Para realizar o procedimento é preciso ser feito uma anamnese antes para identificar qual a indicação do paciente, porque na região nasal pode ser feito mais de um tipo de tratamento como: correção do ângulo nasal, nasofrontal, nasolabial (LIEW et al., 2016). Para tratar a região nasofrontal e nasolabial, pode ser feitos tratamentos isoladamente de cada área, como também pode ser feita a aplicação de injecão de A B 35 AH em inúmeras regiões nasais, fazendo um conjunto de técnicas aplicando no radix, dorso, columela e ponta (figura 18) (COIMBRA; OLIVEIRA; URIBE, 2015). Figura 18: Imagem representativa da região nasal: 1radix, 2 dorso, 3 columela, 4-5 ponta Fonte: COIMBRA; OLIVEIRA; URIBE, 2015 A quantidade adequada para cada área irá depender de cada paciente, mas pode variar por região sendo de 0,3 a 1,0 mL por cada sessão. Na maioria das vezes por realizar uma aplicação mais precisa, não é indicado quantidades absurdas na região nasal só havendo uma deformidade severa, pois pequenas quantidades têm resultados muito satisfatório(Figura19) (COIMBRA; OLIVEIRA; URIBE, 2015). Figura 19: Antes e depois do tratamento nasofrontal e nasolabial Fonte: COIMBRA; OLIVEIRA; URIBE, 2015 A B 36 3.5.4 Preenchimento da região labial O preenchimento labial é outro procedimento bastante utilizando com objetivo de tratar o envelhecimento pela perda de colágeno e elastina nessa região, preenchendo a região superior dos lábios e minimizando as rugas periorais popularmente conhecida como ‘’código de barra’’, definiçao de contorno dos lábios e volume. Várias técnicas são utilizadas de modos diferente para o preenchimento labial em qua cada uma dessas técnicas tem resultados diferentes, destacando que pode ser usadas todas as técnicas em um único paciente caso haja necessidade (SAHAN; TAMER, 2018). A quatidade de AH nessa região tem que ser adequada podendo variar de acordo com cada demanda. É importante ser administrada a dose correta para que não ocorra complicações como ‘’bico de pato’’ quando não tem uma distancia do septo nasal muito longe do vermelhão da boca (GUIDONI et al., 2019). A técnica de volume labial geralmente é feita com cânula movendo-se em direção da mucosa oral onde é respeitado o limite de 5mm de distância da parte do vermelhão superior e inferior de ambos os lados da boca (Figura 20a) (SHARAN; TAMER, 2018). Já ocontorno labial com técnica de comissura e inserida a cânula é inserida de forma horizontal com o espaço de mais ou menos 1 cm entre os 3 pontos do canto lateral da boca formando um triangulo (Figura 21a). No tratamento para as rugas periorais a cânula é inserida de forma horizontal na parte superior dos lábios com objetivo de preencher a região minimizando o envelhecimento nessa região (Figura 22a) (MUKAMAL; BRAZ, 2011). Figura 20: Antes (a) e depois (b) da técnica de volume labial Fonte: SAHAN; TAMER,2018. A B 37 Figura 21: Durante (a), Antes (b) e depois (c) da técnica de contorno labial Fonte: MUKAMAL; BRAZ, 2011. Figura 22: Antes (a) e depois (b) do tratamento de rugas periorais Fonte: MUKAMAL; BRAZ, 2011; WOLINNA, 2013. 3.5.5 Preenchimento periorbital Essa é uma região considerada um dos primeiros locais que apresenta sinal de envelhecimento por perda de volume causando flacidez ao tecido mole e reabsorção óssea, deixando a região mais fundo com aparência envelhecida. O tratamento com preenchimento de AH tem como finalidade preencher a área superior e inferior, minimizando olheiras, olhos fundos e flacidez. Rejuvenescendo e causando bem está ao paciente (BRAVO et al., 2015). A região superior periorbital está bem próxima da região supra orbital, local que fornece as sobrancelhas sua projeção e quando há perda de volume nessa região as sobrancelhas ficam sem sustentação, com aparência envelhecida. É feito tratamento dessa região com quantidade de AH em torno de 0,2 a 0,4 ml de cada lado com finalidade de preencher o local dando volume e firmando o tecido para atribuir aparência mais jovem. A injeção administrada no canto do olho em direção a cauda A B C A B 38 da sobrancelha consequentemente se eleva possibilitando firmar a região superior periórbita Figura11 (ALMEIDA; SAMPAIO; QUEIROZ, 2017). Figura 23: Durante (a), antes (b) e depois (c) do tratamento da região periorbital superior Fonte: BRAVO et al., 2015. As olheiras e perda de volume encontrada na região perorbital da pálpebra inferior são ocasionadas por diversos fatores variando da anatomia funda dessa região, flacidez, hiperpigmentação e envelhecimento (Figura 25a). O tratamento das olheiras e da perda de volume são bastante eficazes, (Figura 25b) mas é preciso muita técnica para evitar intercorrências (SHARAD, 2012; BRAZ; AQUINO, 2012). Figura 24: Antes e depois do tratamento de olheiras na região periorbital Fonte: SHARAD, 2012. O ponto de entrada da injeção na maioria das vezes é abaixo da região periorbital em direção da pupila do olho a baixo da orbita ocular 1,5 cm. A cânula ou (agulha) deve estar perpendicular a pele podendo ser aplicado ou não nos três pontos A B C A B 39 da pálpebra inferior canto medial, linha média pupilar e canto lateral (figura 24). A aplicação deve ser feita de forma lenta evitando que seja injetado o AH de forma muito superficial para evitar complicações como atingir os vasos sanguíneos. A quantidade do AH injetado pode variar de 0,2 a 0,5mL em cada um dos pontos de acordo com avaliação e necessidade de cada paciente (SHARAD, 2012; CYMBALISTA; GARCIA; BECHARA, 2012). Figura 25:Imagem ilustrativa do local de aplicação do AH da região periorbital inferior Fonte: SHARAD, 2012. 3.5.6 Preenchimento de mento O preenchimento do mento popularmente conhecido como queixo é uma área em que costuma ser tratado com AH para proporcionar aumento dessa região, promovendo aspecto de queixo maior e com isso transferindo uma assimetria facial mais agradável (Figura 26b) de acordo com a queixa do paciente. A técnica de preenchimento é um dos procedimentos mais utilizados para harmonização facial para fins assimétricos, uma vez que se enquadra em procedimentos menos invasivos havendo menores possibilidades de complicações comparados aos procedimentos cirúrgicos. Habitualmente, a injeção é aplicada na segunda camada da pele com o objetivo de prolongar o queixo. A aplicação deve ser feita de forma cuidadosa, principalmente em pacientes que possuem queixo muitos pequenos para que não ocorra a ptose do queixo (Figura 27) pela falta de suporte esquelético (KANG; CHAI, 2017) Figura 26 - Figura antes e depois do tratamento com preenchimento de mento 40 Fonte: https://www.clinicaavallon.com.br/mentoplastia-bioplastia Figura 27: Ptose de queixo visão perfil/lateral Fonte: KANG; CHAI, 2017. Não é uma regra porém, na maioria das vezes, em que é realizado o preenchimento do mento também pode fazer a associação com assimetria da mandíbula utilizando o método de tunelamento profundo ao longo do osso da mandíbula finalizando no queixo (Figura 26a), porque a maior parte dos casos de pacientes que possuem o queixo pequeno tem o formato do rosto largo e curto sem mandíbula marcada (BELMONTES; GROVER; VERPAELE, 2006). 3.5.7 Preenchimento região mandibular As técnicas dessa região têm como finalidade dá volume e fazer contorno mandibular para definir linha e assimetria na mandíbula. O contorno mandibular na maioria das vezes, é feito com cânulas, no qual irá permitir que seja executado um tratamento que abrange uma área maior no rosto, havendo uma menor perfusão gerando menos desconforto. A injeção é introduzida em direção ao queixo através da https://www.clinicaavallon.com.br/mentoplastia-bioplastia 41 via subcutânea podendo variar a quantidade de AH a ser injetado (ORMOND; PACOLA, 2018; ZIMBRES, 2018). O contorno é um procedimento de resultados satisfatório, muito aderido por homens com objetivo de deixar o rosto mais desenhado na região mandibular com formato másculo e também muito utilizado pelas mulheres com intuído de deixar a face marcada com contorno (Figura 28b), gerando uma harmonia facial mais assimétrica com isso proporcionando bem está aos pacientes (ORMOND; PACOLA, 2018). Figura 28: Figura ilustrativa de antes e depois de preenchimento com AH na região mandibular Fonte:www.paulinelyrio.com.br/post/preenchimento-mandibula-e-queixo-vitoria-es 3.6 COMPLICAÇÕES Apesar de toda tecnologia e avanço da medicina estética, elas não estão completamente livre de riscos e complicações por fazerem parte de procedimentos menos invasivos podendo ocorrer infecções, necrose tecidual e edemas, mas são raras e na maioria das vezes reversíveis, frisando que os riscos podem ser evitados se o produto for aplicado de forma adequada (GÁLVEZ et al., 2017). O risco imediato que ocorre até as primeiras 24 horas são os hematomas, esses podem ser reversíveis ou evitados. Medidas como a utilização do gelo, cremes com vitamina C, na aplicação do AH de forma lenta e a interrupção por alguns dias do uso de anticoagulante são fatores que minimizam as complicações. Outro risco é a complicação visual, apesar de muito raro pode acontecer se a ponta da agulha atingir na parede de um ramo distal da artéria oftálmica, podendo causar cegueira reversível se tratado no ato do acontecimento, caso não volte a visão deve-se encaminhar o A B https://www.paulinelyrio.com.br/post/preenchimento-mandibula-e-queixo-vitoria-es 42 paciente para um médico especialista. Oclusão também é uma complicação preocupante causada pela injeção de AH intravascular direta e compreensão dos vasos, podendo aumentar o risco de necrose tecidual (HONART et al., 2013; GÁLVEZ et al., 2017) 3.7 INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES PARA TRATAMENTO ESTÉTICO COM TBA e HA A aplicação da TBA não é indicada apenas para a população mais velha, assim também como o AH, ambos são indicados para a demanda do público mais jovem com intuito de prevenir e tratar o envelhecimento facial. também pode ser utilizada para outros tipos de tratamentos, como patologias: estrabismo, blefaroespasmo, espasticidades, distonias, céfaleia, doença de Parkinson, bruxismo, vaginismo, mamilo irritável, prostatite, bexiga neurogênica, hiperidrose, entre outros (CHAVES; PAULA, 2018; BERNARDES et al., 2018). No que diz respeito a contra indicação dos procedimentos é importante salientar às pessoas que possuem algum tipo de alergia ou alta sensibilidade aos componentes químicos que estão presentes na composição da toxina e do ácido. Também é necessário ressaltar os mesmo cuidados aos pacientes com problemas no sistema nervoso periférico, com processo inflamatório na pele no local de aplicação, em grávidas e lactantes (CHAVES; PAULA, 2018; SILVA, 2012; DIAS 2017). Para que todos esses requisitos sejam respeitados é preciso que a administração da TBA e do AH sejam feita por um profissional habilitado na área evitando alguns transtornos e resultados indesejados. Os profissionais habilitados são os biomédicos estetas, dentistas, médicos dermatologistas ou cirurgiões plásticos. (SILVA, 2012). 43 4 METODOLOGIA O pressuposto metodológico foi realizado por meio de revisão bibliográfica narrativa, e objetivou-se abordar a associação do ácido hialurônico com a toxina botulínica tipo A como proposta de harmonização facial, esclarecendo as diferenças entre as substâncias utilizadas em cada procedimento e diferenciando cada indicação ou até mesmo a associação de ambos. Para a realização desta pesquisa foi feito um levantamento de artigos publicados em revistas científicas por base de dados virtuais como: Google Acadêmico (Scholar), Pubmed, Scientific Eletronic Libray Online (Scielo), Science Direct. Foram encontrados 85 artigos que versam sobre o tema, e para este trabalho, 49 foram selecionados. Também foram utilizadas 3 dissertacões e 2 trabalhos de conclusão de curso. O critério para escolha dos textos foi: artigos que versam sobre a história da estética de modo que se compreenda todo o processo de surgimento da harmonização. Para realizar as buscas dos artigos foram utilizados os seguintes descritores: ácido hialurônico, toxina botulínica A, preenchimento, botox, harmonização facial, estética facial. 44 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da análise do trabalho conclui-se que a harmonização facial é um conjunto de técnicas que tem como finalidade proporcionar ao paciente bem estar prevenindo e minimizando o envelhecimento e deixando a face mais assimétrica. Nesse trabalho foram abordados dois tipos de técnicas diferentes que atualmente estão sendo bastante utilizadas e os resultados estão sendo muito satisfatórios e eficazes, onde são usadas injeções de ácido hialurônico e toxina botulínica tipo A, substâncias essas biodegradáveis pelo organismo promovendo tratamentos temporários em que a TBA dura em média de 3 a 6 meses e AH tem durabilidade em trono de 5 a 7 meses. Observou-se a diferença de ambos os procedimentos desde a sua substância ao processo de fabricação, aplicação e durabilidade, deixando de forma mais transparente que o TBA é diferente do preenchimento e relatando a extrema importância das técnicas serem realizadas apenas por profissionais habilitados na área da estética avançada e que estejam sempre em busca de novos conhecimentos relacionados aos procedimentos estéticos faciais. Literaturas publicadas comprovam que o ácido hialurônico e toxina botulínica tipo A são utilizados para harmonização facial, podendo ser realizados os procedimentos individuais ou associadas no mesmo paciente, desde quando cada tipo de técnica tem resultados distintos mesmo tratando mesma regiões. São técnicas menos invasivas, mas não exclui a possibilidades de riscos e complicações, entretanto riscos esses reversíveis e raramente acometidos caso sejam executados de maneira adequada. Caso contrário, riscos severos podem ocorrer como a cegueira, que na maioria das vezes é irreversível. As limitações obtidas nesse trabalho estão relacionadas principalmente a associação de ambos os procedimentos em apenas um paciente (ácido hialurônico + toxina botulínica Tipo A). Tal limitação, complexifica a análise de aplicações e resultados no âmbito acadêmico. Contudo, esse trabalho não se esgota o tema, mas serve como contribuição para futuros biomédicos esteta ou profissionais habilitados, com a finalidade de mais trabalhos relacionados ao tema. 45 REFERÊNCIAS ABDULJABBAR, M. H.; BASENDWH, M.A. Complications of hyaluronic acid fillers and their managements. Journal of Dermatology Dermatologic Surgery, v. 20, n. 2, p. 100–106, 2016. ALMEIDA, A.; SAMPAIO, G.; QUEIROZ, N.. Hyaluronic acid in the rejuvenation of the upper third of the face: review and update. Part 2: temporal and supraorbital regions. Surgical Cosmetic Dermatology, v. 9, jan. 2017. AVALLON, C.. 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