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Câncer de mama Mama normal Unidade funcional Lóbulos e ductos mamários Apresentam duas camadas de células: uma basal e outra luminal As células luminais são epiteliais e as células basais são mioepiteliais A camada de células basais e luminais expressam características imuno-histoquímicas específicas que no câncer de mama podem identificar o tipo específico de câncer que o paciente apresenta Marcadores imuno-histoquímicas Luminal Apresentam CK8, 18 e 19 e Caderina-E Basal Apresentam CK5, 6, 14, 17 e Caderina-P Marcadores epiteliais/ mioepiteliais Marcadores mesenquimáticos Actina e Vimentina (marcadores do estroma) Sistema secretor mamário Ductos Lóbulos Doença da mama Sinais e sintomas Nódulo (s) Corrimento mamilar Dor mamária (mastodinia) Anomalias dos mamilos Unidade funcional Marcadores imuno-histoquímicas Sistema secretor mamário Sinais e sintomas Alteração da dimensão das mamas A neoplasia mamária ou o processo epitelial proliferativo é classificado do ponto de vista histológico de acordo com a classificação da OMS Câncer de mama 1ª causa de doença neoplásica no sexo feminino 2ª causa de óbito por câncer no sexo feminino Pouco frequente no homem, porém apresenta mesmas características Fatores de risco Idade Idade no momento do diagnóstico (idade avançada) Idade da menarca (menarca precoce) Idade quando teve o primeiro filho (primeira gravidez depois dos 30 anos) Idade da menopausa (menopausa tardia) Fatores hereditários História familiar de 1° de câncer de mama História familiar de 2° de câncer de mama Estilo de vida/ habitat IMC (sobrepeso, obeso apresentam mais chance de desenvolver CA de mama) – pós menopausa Número de filhos (nuliparidade) Amamentação Anticoncepcionais ou terapia de reposição hormonal Uso de álcool Sedentarismo Exposição à radioterapia (radiações especialmente da área do tórax) Predisposição genética BRCA1 ou BRCA2 História de câncer de ovário, câncer de endométrio ou câncer de mama Mulheres nulíparas e que nunca amentaram, como freiras, tem maior predisposição Rico elevado para o desenvolvimento do câncer de mama Laudo histopatológico com diagnóstico de Lesão mamária proliferativa mesmo sendo benigna Atipias celulares Neoplasia “in situ” Câncer hereditário Transtorno autossômico dominante Mutação dos genes supressores BRCA1, BRCA2 Mais frequente em mulheres estadunidenses especialmente judias BRCA1: mama, ovário, próstata BRCA2: mama, ovário, próstata, gástrico, pâncreas e melanoma Localização Quadrante superior externo – 25% Quadrante superior interno – 8% Quadrante inferior externo – 5% Fatores de risco Risco elevado para o desenvolvimento do câncer de mama Câncer hereditário Localização Quadrante inferior interno – 4% Projeção axilar da mama – 1% Aréola – 1% Porção central da mama – 4% Outros lugares da mama, não específicos – 52% Manifestações clínicas Inversão do mamilo Prurido areolar ou lesões areolares que custam a cicatrizar Descarga mamilar sanguinolenta ou em ‘água de rocha” Gânglios axilares poucos móveis, duros, únicos ou múltiplos Dor mamária intensa cíclica com duração de 10 dias no mês durante 6 meses Dor mamária severa não cíclica (não cede com medidas gerais, uso de anti-inflamatórios) Espessamento, retração ou infiltração de pele (aspecto de casca de laranja) Classificação histológica Carcinoma de mama Carcinoma in situ (sempre respeitando a membrana basal) Lobular Ductal Carcinoma invasivo (infiltrante) (rompe a membrana basal) Ductal lobular Tubular Lobular invasivo Ductal infiltrante Mucinoso Medular Carcinoma ductal Mais frequente A partir do epitélio ductal mamário normal ocorre uma proliferação epitelial benigna Em algum momento dessa proliferação celular surge uma atipia celular (a atipia é um dos critérios para prognóstico de câncer de mama favorável) Essa atipia então se torna um crescimento importante intraluminal, provocando o carcinoma in situ (displasia grau III, grave ou severa), que corresponde a forma microscópica do câncer, na forma não invasiva/ não infiltrante, sendo a única forma onde o câncer pode ser curado Uma vez que se rompe a membrana basal se forma o carcinoma infiltrante/invasivo e metastizante da mama Carcinoma ductal in situ Membrana basal conservada Células pleomórficas Células de diferentes tamanhos, intensidade de cromatismos diferentes, etc. Dificuldade na identificação de células que se originam do epitélio luminal ou células miopeteliais Começam a se proliferar em excesso ocupando toda a luz do ducto mamário, sempre com membrana basal conservada Manifestações clínicas Classificação histológica Carcinoma ductla in situ Necrose Áreas císticas/ vazias dentro dos ductos preenchidos por células pleomórficas Infiltrado linfocitário Ao redor do ducto Resposta imunológica do carcinoma in situ Resposta imunológica tenta impedir a invasão das células ao restante do parênquima Sinal de bom prognóstico Comedocarcinoma Carcinoma ductal in situ com área central de necrose, sejam pequenos ou grandes Dependendo do tempo de necrose pode ter áreas de microcalcificação Carcinoma ductal invasivo Tumor que rompe a membrana basal Área central fibrótica que emite projeções fibrosas para todo o parênquima adiposo da mama Aspecto estrelado Somente carcinoma ductal invasivo Projeções fibrosas de colágeno infiltram a pele e mamilo Causa retração da pele e mamilo Áreas de necrose e colágeno denso Pleomorfismo célula, células anaplásicas e invasão das células do tecido adiposo Baseado na base de colágeno que o próprio tumor provocou se encontram os componentes infiltrantes/ invasor do câncer de mama Pode apresentar áreas de carcinoma in situ associados O carcinoma infiltrante de mama é obrigatóriamente um carcinoma desmoplásico As células neoplásicas transformam o componente do estroma da mama normal em tecido fibroso, conseguindo dessa forma infiltrar e invadir todo o tecido mamário, atingir vasos linfáticos e sanguíneos e metastizar a distância Quanto mais desmoplasia apresenta um câncer de mama, mais agressivo o câncer Importante fator de péssimo prognóstico Carcinoma ductal invasivo O carcinoma causa alterações das células adiposas em fibroblastos Causam alterações citoplasmáticas e morfológicas nas células adiposas, tornando-as fibroblastos produtores de colágeno, para formar o leito sólido que propicia sua disseminação Carcinoma lobular Segundo mais frequente Carcinoma lobular in situ Membrana basal conservada Lóbulo preenchido por células pleomórficas Carcinoma lobular invasivo Rompimento de membrana basal Aspecto amolecido, úmido, não rígido, não fibrótico Tumor pobre em colágeno No carcinoma lobular e no restante das neoplasias de mama, exceto o ductal, não há presença de colágeno ou há pouco colágeno Células disposta em “fila indiana” Infiltrado linfocitário peritumoral e prognóstico Qualquer tipo de tumor que apresente ao redor da neoplasia uma resposta imunológica, essa resposta inflamatória peritumoral é indicativo de bom prognóstico Presença de células T-CD4 é um bom indicativo de prognóstico Resposta imunológica contra a invasão/ proliferação e metástase Entretanto, estudos demonstram que a resposta inflamatória peritumoral pode contribuir para o crecimento do tumor Linfócitos e macrófagos presentes podem liberar citocinas, interleucinas e fatores de crescimento que podem ser utilizadas pelascélulas cancerígenas para aumentar a produção de colágeno Carcinoma lobular in situ Carcinoma lobular invasivo Outros tipos não carcinomas Raros Mioepitelioma Angiossarcoma Lipossarcoma Rabdomiossarcoma Osteossarcoma Leiomiossarcoma Tumor phylodes maligno (mais frequente dentre eles) Linfomas Classificação molecular/imuno-histoquímica Todo câncer de mama deve ter essa classificação no laudo anatomo-patológico Indica o prognóstico do câncer de mama da paciente e permite tratar exatamente o tumor identificado Marcadores Receptor de estrogênio (RE) Receptor/ marcador de núcleo (marcam o núcleo das células tumorais) Receptor de progesterona (RP) Receptor/ marcador de núcleo (marcam o núcleo das células tumorais) Índice de proliferação nuclear (Ki67) Marcador nuclear HER2 Marcador de membrana celular (marca a membrana das células tuorais) Pode ser denominado como C-erbB-2 Her2/neu HER-2 HER-2/neu Todo câncer de mama deve ter esses 4 marcadores Outros marcadores CK5/6 (citoqueratina 5 e 6) Expresso somente nas células mioepiteliais (células basais) Positiva: em tumor basal-Símile Câncer de mama cujas células se originam das células mioepiteliais Negativa: triplo negativo Tumor onde todos os resultados de receptores são negativos e a CK5/6 também está negativa Tratamento Receptores de estrogênio e progesterona Presença de marcadores RE e RP permitem o tratamento com terapia hormonal (tamoxifeno) Ki-67 Permite o tratamento com quimioterapia Quanto maior o índice de proliferação nuclear maior a efetividade da quimioterapia C-erbB2 (HER-2, HER2/neu) Permite o tratamento com imunoterapia (anticorpos monoclonais) Trastuzumab (Herceptin) Marcadores Outros marcadores Tratamento Lapatinib (Tykerb) Pertuzumab (Perjeta) T-DM1 (Kadcyla) HER-2 positivo é indicativo de pior prognóstico e perfil agressivo Qualquer tumor capaz de expressar HER-2 é altamente metastático Classificação do CA de mama com base nos marcadores Classificação Luminal A Luminal B Triplo negativo Basal like HER-2 + RE + + - - - RP + + ou - - - - HER-2 - + ou - - - + Ki67 <14% - baixo >14% - elevado Elevado Elevado Elevado CK5/6 - - - + - Prognóstico Bom Ruim Ruim Ruim Ruim Tratamento Terapia endócrina (tamoxifeno) HER-2 +: terapia endócrina + quimioterapia + terapia monoclonal HER-2 -: terapia endócrina +quimioterapia Quimioterapia Quimioterapia Terapia monoclonal + quimioterapia Fatores preditivos no câncer de mama Receptor de estrogênio Receptor de progesterona HER-2 PIK3CA Marcador novo Presente em câncer de mama dominante Geralmente presente em Ca de mama receptor hormonal positivo (RH+) e HER-2 expresso, que são extremamente agressivos (40% das neoplasias atuais de mama) Prognóstico ruim Associado a um crescimento rápido do tumor Indicativo de resistência ao tratamento, incluindo anticorpo monoclonal Câncer de mama triplo negativo Mutações gen BRCA1 Mulheres jovens, negras, hispânicas 15% de cânceres de mama invasivos Não se beneficiam com a terapia endócrina Crescimento rápido, alto grau Metástases: linfática, SNC, ossos, pulmão, fígado Prognóstico: ruim Fatores prognósticos no câncer de mama Tamanho do tumor (T) Número de linfonodos comprometidos (N) Grau histológico (alto grau, baixo grau, bem diferenciado, moderadamente diferenciado, etc.) Receptor de estrogênio e progesterona HER-2 Marcadores de proliferação celular (ki67) Classificação do CA de mama com base nos marcadores Fatores preditivos no câncer de mama PIK3CA Câncer de mama triplo negativo Perfil genético (Oncotype DX e MammaPrint) Metástases Principais metástases Pele (infiltração) Infiltração de tecidos adjacentes e estroma mamário Linfonodos Metástase linfática para: SNC (36%), pulmões (12%), fígado (13) e ossos (27%) 7,3% dos pacientes tem recorrência tumoral, seja local, regional ou à distância Carcinoma ductal Osso, pulmão, fígado, linfonodos Carcinoma lobular Meninges, ovários, superfícies serosas, retroperitônio, linfonodos e intestino Recorrência/ recidiva 2 primeiros anos após a cirurgia inicial (recorrência local, regional ou doença metastática) Prognóstico ruim Tratamento anterior não é efetivo quando ocorre recorrência Critérios que permitem a recorrência do tumor Falta de radicalidade cirúrgica Tratamento inadequado Número de linfonodos comprometidos Tamanho da neoplasia Número de mitoses Necroses Receptores hormonais negativos Invasão linfática, vascular Idade inferior a 40anos Diagnóstico Auto-exame Exame clínico Mamografia Ultrassonografia Citologia aspirativa com agulha fina Core biopsy Mamotomia (biópsia percutânea e vácuo) Biópsia cirúrgica Suspeita de metástase RX tórax Cintilografia óssea Principais metástases Carcinoma ductal Carcinoma lobular Critérios que permitem a recorrência do tumor Provas de função hepática USG abdome-pelve PT scan Marcadores tumorais (CEA15-3 e CA 27-29) Tratamento Características do tumor utilizadas para o tratamento Apoptose Proliferação celular Diferenciação celular Sinalização celular Vias Sinais extra/ intracelulares Receptores Matriz extracelular Metástases Prognóstico Número de linfonodos Menor o número de linfonodos examinados e retirados = pior prognóstico Maior número de linfonodos examinados e retirados = melhor prognóstico Estudar Fibroadenoma da mama Lesões epiteliais benignas Câncer de mama masculino Características do tumor utilizadas para o tratamento
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