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CÂNCER DE MAMA - teoria e patologia

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VICTORIA CHAGAS 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÂNCER DE MAMA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VICTORIA CHAGAS 
 
2 
 
CÂNCER DE MAMA 
 
❖ EPIDEMIOLOGIA 
 
 Tipo mais comum entre mulheres no mundo e no Brasil 
 Responde por cerca de 28% dos novos casos de câncer em mulheres 
 Também pode acometer homens, mas é raro (menos de 1% dos casos) 
 75% das mulheres com CA de mama tem mais de 50 anos e 5% tem menos de 40 anos 
 Neoplasia esporádica (sem associação do fator hereditário) → 90% dos casos 
 5º causa de morte por câncer em geral e 1º em morte nas mulheres 
 
❖ FATORES DE RISCO 
 
 Idade: >50 anos 
 Variações geográficas: hábitos alimentares e padrões reprodutivos 
 Raça/etnia: ↑ taxa em mulheres brancas nãp-hispânicas 
- Entretanto, mulheres hispânicas e negras tendem a desenvolver câncer mais jovem 
 Obesidade: inflamação contribui para resistência à insulina e progressão de cél. malignas 
 Dieta rica em gordura e pobre em fibras: tecido adiposo libera estrógenos 
 Consumo de álcool: 3 a 6 copos de vinho por semana aumenta de 7-10% da incidência 
 Alterações genéticas como o gene BRCA-1 e 2 
 Ciclos menstruais menores que 21 dias 
 Parente próxima com CA de mama ou ovário 
 Nuliparidade (não ter filhos): aleitamento tem efeito protetor 
 Gestações tardias (>30) 
 Desequilíbrio hormonal: menarca precoce (<11) ou menopausa tardia (>55) 
 Exposição a radiação ionizantes 
 
❖ PATOGENIA 
 
 Hiperexpressão do EGRF (receptor) → HER-2 (proto-oncogene - proteína que promove 
crescimento das células mamárias) 
 Amplificação do RAS e MYC → oncogenes 
 Silenciamento dos genes supressores de tumor (pRb e p53) 
 Hiperexpressão do VEGF e TGF-B (fatores de crescimento vascular) 
 BRCA-1 e BRCA-2 → supressor de tumor (envolvidos no reparo de DNA) 
- Estatisticamente falando, quando há mutação no gene BRCA-1 o risco de desenvolver 
câncer de mama é de 80% e até 60% de câncer de ovário. 
- No BRCA-2 há um risco de 20-85% de chance de ter câncer de mama feminino e 
masculino, câncer de ovário, câncer de próstata e câncer de pâncreas. 
- Nos indivíduos com mutações nos dois genes (BRCA-1 e BRCA-2), 90% dos casos são 
caracterizados como ‘’triplo-negativo’’ 
- Mutação no BRCA-2 → normalmente apresenta tumores 
mais diferenciados e mais receptores de estrogênio 
- Mutações no BRCA-1 → geralmente tumores mais 
agressivos e mal diferenciados (triplo-negativo), portando 
a hormonioterapia não são bem indicados nesse cenário 
 
 Localização mais comum: quadrante superior externo 
 Metástases: mais comuns no pulmão, fígado, osso. Vão 
para os linfonodos axilares, linfonodos das artérias 
mamárias e linfonodos supracraviculares. 
VICTORIA CHAGAS 
 
3 
 
 
❖ CLASSIFICAÇÃO E TIPOS 
 
 São classificados conforme sua penetração ou não na membrana basal limitante → as 
que estão dentro dos limites são os ‘’in situ’’ e os que se espalham ‘’carcinomas invasivos’’ 
 
o NÃO INVASIVO 
 
1. Carcinoma ductal in situ (CDiS) 
2. Carcinoma lobular in situ (CLiS) 
 
o INVASIVO 
1. Carcinoma ductal invasivo (“não 
especificado em outros aspectos”), o subtipo 
mais comum de carcinoma invasivo 
2. Carcinoma lobular invasivo 
3. Carcinoma medular 
4. Carcinoma coloide (carcinoma mucinoso) 
5. Carcinoma tubular 
6. Outros tipos 
 
 
 TRIPLO NEGATIVO → 
negativo para os três 
receptores (estrogênio, 
progesterona e HER2) 
acaba não 
respondendo aos 
tratamentos hormonais 
e drogas específicas 
para o HER2, limitando 
as estratégias mais 
gerais de tratamento. 
 
 CLASSIFICAÇÃO BIRADS MAMOGRAFIA: 
 
 
 
VICTORIA CHAGAS 
 
4 
 
❖ SINAIS E SINTOMAS 
 
 
 Nódulo indolor 
 Retração do mamilo 
 Secreção 
 Nódulos palpáveis na axila e no pescoço 
 Inchaço/vermelhidão 
 Inchaço no braço 
 Mudanças na textura da pele 
 Edema (casca de laranja) 
 Dor 
 
 Vale a pena lembrar que na grande 
maioria dos casos, a vermelhidão, 
inchaço na pele e mesmo o aumento de 
tamanho dos gânglios axilares 
representam inflamação ou infecção 
(mastite, por exemplo), especialmente se 
acompanhados de dor 
 
❖ RASTREAMENTO E DIAGNÓSTICO 
 
 RASTREAMENTO MINISTÉRIO DA SAÚDE: 
- Mamografia de rastreamento – exame de rotina em mulheres sem sinais de CA de mama 
- Recomendada na faixa etária de 50 a 69 anos, a cada dois anos; 
- Acima de 69 não é recomendado 
- Em casos de risco rastrear desde os 35 anos (como fatores genéticos) 
- SUS não recomenda o autoexame de mama para rastreamento 
 
 DIAGNÓSTICO: 
- Biópsia 
- Exame físico 
- Mamografia (padrão outro) 
- Ultrassom – usado em mulheres mais jovens 
com alto fator de risco 
 
 MARCADORES TUMORAIS: 
- CA 15.3 é o 
mais sensível e 
específico 
(prognóstico) 
- CEA o 
aumento pode 
sugerir que o 
tratamento não 
está 
funcionando 
- CA 125 
(triagem e 
recidiva) 
 
 
VICTORIA CHAGAS 
 
5 
 
CÂNCER DE MAMA - PATOLOGIA 
o HISTOLOGIA DA MAMA 
 
 Mama normal: sistema secretor (lóbulos e ductos) no estroma interlobular 
 Mulher jovem: estroma interlobular é composto por tecido fibroso denso e alguns 
adipócitos → após a menopausa predomina tecido adiposo 
 Lóbulos mamários: unidade secretora da mama (constituído por ácinos) 
 Estroma intralobular: tecido conjuntivo é mais 
frouxo; contém uma população fisiológica de 
células inflamatórias crônicas, principalmente 
linfócitos; responde às variações hormonais do 
ciclo menstrual normal, sendo mais edemaciado 
e com mais linfócitos na segunda metade do; 
fora da gravidez os ácinos estão quiescentes 
 Cada ácino é composto por dois tipos de 
células: uma camada interna de células 
epiteliais e uma camada externa de células 
mioepiteliais (contração para extrusão do leite), 
que destacam pelo citoplasma mais claro 
 Ductos mamários: drenam os lóbulos; também 
são constituídos por dupla população, de células epiteliais de revestimento (internas) e 
mioepiteliais (externas) 
 
o CA DA MAMA 
 
 Estrogênio → ativa o gene Bcl-2 
que estimula o crescimento do 
câncer 
 Progesterona → desativa o Bcl-
2 e ativa o p53 que inibe o 
crescimento de tumores 
 Quando o p53 é ativado, ele 
retarda a reprodução celular e 
restaura a morte celular 
programada (apoptose) 
 
 Principais fatores de risco: fatores genéticos e influências 
hormonais 
 
 Macroscopia: nódulo irregular, firme, mal delimitado, 
brancacento, com pontilhado granulado; pode infiltrar a pele 
suprajacente ou a musculatura e parede torácica subjacente 
 
 Mamografia: 
 
 
 
 
 
 
 
 
VICTORIA CHAGAS 
 
6 
 
❖ CARCINOMA DUCTAL IN SITU/INTRADUCTAL 
 
 Células não se disseminam através dos ductos para o tecido mamária adjacente → ainda 
não rompeu a membrana basal (sem evidencias de invasão estromal) 
 Considerado um pré-câncer 
 Deve ser tratado (quimioterapia, cirurgia ou radioterapia) 
 
 
 
 
 
 
❖ CARCINOMA DUCTAL INVASOR 
 
 
 
 
 
 Tipo mais comum de CA de mama 
 80% dos canceres invasivos 
 Se inicia no ducto de leite, rompe parede e cresce no tecido adiposo da mama podendo 
se espalhar para outras partes do corpo por via linfática e sanguínea (metástase) 
 
 
microcalcificações no lúmen 
necrose 
VICTORIA CHAGAS 
 
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❖ CARCINOMA LOBULAR DE MAMA 
 
 Células pequenas com pouco citoplasma, isoladas ou em fila indiana 
 
 
 
 
 
 
❖ CLASSIFICAÇÃO E FATORES PROGNÓSTICOS 
 
 CLASSIFICAÇÃO: 
- Morfologia 
- Expressão proteica (RH e outras 
proteínas) 
- Mutação de linhagem germinativa 
 
 EXAME IMUNOHISTOQUÍMICO 
- é realizado nas amostras para 
determinar se as células 
cancerígenas têm receptores de estrogênio e progesterona (escolha do tratamento) 
- Além disso, a imunohistoquímica também indica a expressão da proteína Ki67, que 
indica a velocidade com a qual as células tumorais se dividem. 
→ câncerde mama receptor de hormônio positivo: ER+ ou PR+ 
- Podem ser tratados com terapia hormonal que reduzem/bloqueiam receptores estrogênio 
- Mais comuns após a menopausa 
→ câncer de mama receptor de hormônio negativo: ER – ou PR – 
- Tratamento com terapia hormonal não é útil 
- tendem a crescer mais rápido do que os cânceres receptores hormonais positivos; recidiva 
nos primeiros anos; mais comuns em mulheres que ainda não chegaram à menopausa 
→ câncer de mama triplo negativo: ER -, PR -, HER2 – 
- Mais comuns em mulheres mais jovens e em mulheres negras ou hispânicas/latinas 
- Crescem e se disseminam mais rápido do que a maioria dos outros tipos de CA de mama 
- Terapia hormonal e alvo para HER2 não são úteis; quimioterapia é mais eficaz 
 PROGNÓSTICO: 
- Tamanho do tumor (T), in situ/Invasor, tipo histológico. 
- Avaliação linfonodos regionais (N): pesquisa linfonodo sentinela (1º q recebe drenagem) 
- Metástase (M) 
- Positividade para receptores hormonais (RE+, RP+) 
- Hiperexpressão de HER-2 
- Invasão linfovascular 
- Grau de atividade proliferativa (Ki67) → é universalmente expressa entre as células em 
proliferação e ausente em células em repouso (indica velocidade da divisão)

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