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FISIOPATOLOGIA E TERAPIA NUTRICIONAL NOS ERROS INATOS DO METABOLISMO O QUE SÃO ERROS INATOS? - Categoria 1: Alterações que afetam - São distúrbios de natureza genética (autossômica recessiva) que geralmente correspondem a um defeito enzimático capaz de acarretar a interrupção de uma vida metabólica. - Existem mais de 500 doenças descritas, sendo consideradas raras: frequência de 1/5000 nascidos vivos. CATEGORIAS - Categoria 1: Alterações que afetam a um único sistema orgânico ou apenas um órgão. - Categoria 2: Compromete uma via metabólica comum a diversos órgãos ou restrito a um órgão apenas, porém com manifestações sistêmicas. Pode ser dividida em 3 grupos: Grupos Características Doenças 1 - Defeito na síntese/ catabolismo de moléculas complexas Sinais e sintomas permanentes e progressivos Doenças lisossomias e peroxissomiais Adrenoleucodistrofia ligada ao X 2 - Defeito no metabolismo intermediário Inxtoxicação aguda e crônica Aminoácidos, ácidos orgânicos, ciclo da ureia e intolerância aos açúcares 3 - Defeitos na produção/ utilização de energia Metabolismo intermediário de fígado, músculo ou cérebro Doenças de depósito de glicogênio; hiperlacticemias congênitas; doenças mitocondriais e defeito da beta- oxidação de ácidos graxos. A maioria das doenças estão relacionadas com defeitos no metabolismo de proteínas, açúcares e lipídeos. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Critérios e sinais que sem outra causa definida levam a pensar em uma Doença Metabólica Hereditária: • Hipotonia, hipoglicemia, irritabilidade, acidose, distúrbio hidroeletrolítico, entre outros. • Crianças que, em associação aos citados acima, apresentem odores peculiares ou dismorfias. • Perda de habilidades adquiridas anteriormente. • História de recorrência familiar ou consanguinidade entre os pais. - Para o diagnóstico: Historia clínica da doença e exame físico. - O diagnóstico clínico é dificultado pelo enorme número de doenças de grande complexidade, pela variedade de sintomas clínicos, além de serem consideradas raras. DIAGNÓSTICO - Pré-natal: Realizado quando nas famílias existe diagnóstico de uma doença metabólica e em pais consanguíneos. - Triagem neonatal: Teste do pezinho - Pode identificar alguns erros inatos (fenilcetonúria). - Diagnóstico definitivo: Determinação da atividade enzimática; Identificação do defeito molecular. OBJETIVO DA TERAPIA NUTRICIONAL - As intervenções nutricionais são desenvolvidas para contornar a ausência ou inatividade de enzimas a partir: • Restringir a quantidade de substrato disponível • Suplementar a quantidade do produto • Suplementar o cofator enzimático • Uma combinação de qualquer uma dessas abordagens TIPOS DE ERROS INATOS DO METABOLISMO - Distúrbios de aminoácidos (aminoácidopatias): • Fenilcetonúria • Leucinose • Homocistinúria - Distúrbios de carboidratos • Galactosemia • Glicogenoses • Frutosemia - Distúrbios do ciclo da ureia Distúrbios de Aminoácidos FENILCETONÚRIA (PKU) - L-fenilalanina: Aminoácido essencial e usado à síntese proteica. - A maior parte é oxidada em tirosina e uma parte menor em outros metabólitos (ácido fenilpirúvico). - A hipofenilalanemia no cérebro parecem influenciar negativamente as taxas de síntese proteica, o que pode prejudicar a proliferação dendrítica e a mielinização, aumentar o turnover da mielina e inibir a síntese de serotonina, dopamina e noradrenalina. Quadro clínico: - Ao nascimento, os fenilcetonúricos são clinicamente normais, não sendo aparente uma relação entre a gravidade da doença e o peso ao nascer. - Principais sintomas e sinais clínicos: • Atraso psicomotor • Odor característico na urina, devido a excreção de ácido fenilacético • Espasmos • Alterações no eletroencefaloframa (EEG) • Microcefalia • Eczema (em 20 a 40% dos indivíduos) • Diminuição da pigmentação dos olhos, cabelo e pele Quadro clínico - Materno: - Caracterizado por baixo peso ao nascer, microcefalia, retardo mental pós-natal, agenesia/hipoplasia de corpo caloso. Quadro clínico - Adultos: - Os que não fazem restrição apresentam um aumento de incidência de depressão, ansiedade e dificuldades psicossociais. - A deficiência de BH4: Causa uma deficiência mental grave, convulsões e irritabilidade (não é corrigida pela restrição dietética da fenilalalina - Tratamento clínico específico). *A variabilidade entre os fenilcetonúricos não depende apenas dos fatores genéticos; fatores ambientais e estilo de vida diferentes, como a idade do início do tratamento e o grau e controle da dieta, também contribuem para estas variações. DIAGNÓSTICO - É realizado através da triagem neonatal em até 48h pós-parto - Teste do pezinho. - Classificação: • Fenilcetonúria clássica: > 20 mg/dL • Fenilcetonúria leve: Entre 6 mg/dL e 20 mg/dL • Hiperfilalaninemia persistente benigna ou permanente: Entre 3 mg/dL e 6 mg/dL TERAPIA NUTRICIONAL Objetivos: - A dieta deve ser nutricionalmente completa, de fácil preparo, de sabor agradável e adaptada ao estilo de vida de cada paciente. - Ao mesmo tempo, a dieta deve possibilitar a manutenção dos níveis de FAL sanguíneos aceitáveis de acordo com a tolerância individual de metabolização da FAL de cada paciente e proporcionar crescimento e desenvolvimento dentro da normalidade. - Recomendar o tratamento dietético para toda a vida! Fenilalanina: - A recomendação deve ser individualizada, depende da atividade enzimática, idade, velocidade de crescimento e estado de saúde. - Inicio do tratamento: Leite materno (mantido como fonte de FAL) + Fórmula. Exclusão total da FAL da dieta até redução dos seus níveis séricos: - Valores de FAL ao rastreio superiores a 20 mg/dL - Pausa durante 2 dias. - Suspender provisoriamente o aleitamento materno - Oferecer a fórmula metabólica + Completar as necessidades energéticas (proteína e carboidrato). Acompanhamento: - Recomendações diárias de ingestão de aminoácidos e proteínas totais para lactantes, crianças e adultos com fenilcetonúria. Calorias Lactantes Kcal/kg/dia < 6 meses 145 a 195 6 a 12 meses 135 a 180 Crianças Kcal/dia 1 a 4 anos 1300 4 a 7 anos 1700 7 a 11 anos 2400 11 a 15 anos 2200 a 2700 15 a 19 anos 1800 a 2100 - Calorias: Manter ganho de peso adequado. - Proteínas: • Alimentos ricos em proteínas de origem vegetal ou animal não devem fazer parte da dieta. • Frutas, hortaliças e outros alimentos in natura ou processados com baixo teor de proteína podem ser consumidos em quantidades controladas. Proteínas Lactantes g/kg/dia < 6 meses 3,0 a 3,5 6 a 12 meses 2,5 a 3,0 Crianças g/dia 1 a 4 anos 30 4 a 7 anos 35 7 a < 11 anos 40 - Carboidratos: • 0 a 12 meses: 30 a 35% do VET • 1 a 19 anos: 50 a 60% do VET - Lipídeos: • 0 a 12 meses: 50% do VET • 1 a 19 anos: 35% do VET • Ácidos graxos de cadeia longa: A acuidade visual e o desenvolvimento neurológico. • A diminuição da síntese endógena dos ácidos araquidônico e DHA, a partir, respectivamente, do ácido linoleico e ácido a-linolênico - SUPLEMENTAR! GRUPO VERDE Permitidos: Alimentos deste grupo no precisam de cálculo do conteúdo de FAL para serem consumidos. Frutas: Maioria das frutas, com excreção de figos secos. Vegetais: Maioria dos vegetais, picles em vinagre. Gorduras: Manteiga, margarina, toucinho, óleos e gorduras vegetais. Bebidas: Limonada, café, chá, água mineral, sucos de frutas e refrigerantes sem aspartame. Açúcares: Refinados, balas de frutas e gomas, pirulitos, geleias de frutas, manjar, tapioca, sagu. GRUPO AMARELO Alimentos deste grupo contêm níveis médios de FAL, devendo seu conteúdo ser calculado acuradamente. Pesar a comida após cozinhar. Vegetais: Batatas, aipim, batata-doce.Frutas: Banana (uma pequena porção por dia), abacate, maracujá, frutas secas. Alimentos especiais com baixo teor de proteína. Arroz. GRUPO VERMELHO Alimentos deste grupo contêm altos níveis de FAL e não devem ser consumidos por pacientes com FNC. Todos os tipos de carnes, peixe, ovos. Nozes, soja, lentilha, ervilha, feijão, leite e produtos feitos destes alimentos. Laticínios: Leite, queijos, sorvete, cremes. Grãos, mingau de leite, cereais, pão, massas, aveia. Chocolate e achocolatados. Aspartame. LEUCINOSE - Doença de xarope de bordo - Trata-se de uma aminoacidopatia. - Caracterizada pelo aumento na concentração de aa leucina, isoleucina e valina (devido a um defeito na atividade enzimática, desidrogenase de cetoácido de cadeia ramificada. SINAIS CLÍNICOS - Os lactentes são normais ao nascimento - Com 4 a 5 dias de vida apresentam diminuição do apetite, vômitos, letargia e hipertonia periódica - Ao longo do final da primeira semana de vida a presença de odor característico adocicado, semelhante ao malte, na urina e no suor do lactente - o ideal é diagnóstico precoce: Manifesta-se como encefalopatia metabólica CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA - Forma clássica: • Os indivíduos apresentam 2% de atividade normal de desidrogenase de cetoácido de cadeia ramificada • Forma mais grave e comum • Sintomas surgem entre 4 a 7 dias de vida - Forma intermediária: • Indivíduos apresentam de 3 a 30% da atividade normal da enzima • Forma menos grave e menos comum • Os sintomas surgem em torno de 5 meses a 7 anos de idade - Forma intermitente: • De 5 a 20% de atividade normal • Forma menos grave e menos comum - Forma responsiva a tiamina: • Indivíduos possuem de 30 a 40% da atividade enzimática • Similar a intermediária, porém mais rara • Os indivíduos respondem ao uso da tiamina - Forma por deficiência de diidrolipoildesidrogenase (E3): • E3 é a parte do complexo da enzima e sua deficiência é rara • Os sintomas podem surgir no período neonatal ou mais tarde • Ocorrer acidose lática DIAGNÓSTICO - Não é rotineiramente investigado nos testes de triagem neonatal! • Considerar sinais clínicos • Resultado positivo da dinitrofenil-hidrazina (DNPH) na urina • Dosagens dos aa sérico (leucina, isoleucina e valina) TRATAMENTO CLÍNICO - Manter a concentração normal de leucina no soro - Prevenir deficiência de leucina, isoleucina e valina - Crescimento adequado - Aa neutros e controlar o catabolismo TERAPIA NUTRICIONAL - Considerar 3 fatores: • Tolerância à leucina • Necessidade de proteína total requerida para o crescimento • Necessidade de calorias TRATAMENTO DA CRISE AGUDA - Objetivo: Atingir o controle dos níveis de leucina, fornecendo de forma adequada calorias (hipercalórico) e fórmulas especiais para evitar o catabolismo. • Monitorar os níveis de aa ramificados (a cada 12 horas) • Retirr todas as fontes de proteínas naturais (Inclusive o leite materno) • Dieta isenta de aa ramificados (Restrição proteica) • A leucina deve ser adicionada na dieta quando seus níveis estiverem normais • Fornecer isoleucina, valina, tirosina • Repor glutamina e alanina (Normalizar os neurotransmissores) TRATAMENTO A LONGO PRAZO - Promover o crescimento adequado de crianças e manter o peso em adultos - Manter o estado nutricional adequado - Prevenir o catabolismo proteico *Restringir isoleucina leucina e valina de acordo com a tolerância do indivíduo e para manter níveis plasmáticos adequados: • Leucina: Entre 100 a 300 mm/L • Isoleucina: 200 a 400 mm/L FÓRMULAS - Milupa MSUD 1: Isenta de isoleucina, leucina e valina. Até aos 12 meses. - Milupa MSUD 2 Prima: Isenta de isoleucina, leucina e valina. A partir de 1 ano. - MSUD Lophlex LQ: Isenta de isoleucina, leucina e valina. A partir dos 4 anos. HEMOCISTINÚRIA - Erro inato do metabolismo dos aa que têm enxofre em sua estrutura (distúrbio de transulfuração). - Causa mais comum: Deficiência da enzima cistationina beta-sintase (CBS). MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS • Fenótipo de marfanoide - Aspecto de síndrome de Marfan: Altos e magros • Osteoporose • Luxação ou deslocamento do cristalino (ectopia lentis) • Complicações tromboembólicas • Retardo psicomotor • Transtornos psiquiátricos *As características físicas surgem em semanas ou meses após o nascimento *O tratamento precoce contribui para um melhor prognóstico DIAGNÓSTICO - Elevação da metionina a homocisteína no sangue e urina (principalmente de homocisteína) - Na homocisteína por deficiência da CBS: Ocorre aumento dos dois aa no plasma - Níveis elevados: • Homocisteína: > 100 µmol/L (níveis normais = 5 a 15 µmol/L) • Metionina: > 50 µmol/L (níveis normais entre 10 a 40 µmol/L) - Teste da determinação da atividade da enzima CBS TERAPIA NUTRICIONAL - Manter a concentração plasmática de homocisteína dentro dos valores recomendados: de 5 a 15 µmol/L • Redução da ingestão de metionina na dieta • Aumentar a atividade enzimática residual suplementado com pirodixina (150 mg/dia em lactente; 200 a 500 mg/dia em escolares e 500 a 1200 mg/dia em adolescentes) + ácido fólico (5 a 10 mg/dia). - Manter a concentração de metionina dentro do recomendado (10 a 40 µmol/L) - Manter a concentração de cistina dentro da faixa de normalidade (47 a 87 µmol/L) - Promover o crescimento adequado em crianças e manter o peso em adultos - Estabelecer o estado nutricional adequado - Prevenir catabolismo protéico e eventos troboembólicos ACOMPNHAMENTO - Avaliação clínica e dosagem sérica de homocisteína a cada 3 meses. - Dosagem sérica de proteínas totais e frações, pré- albumina, Ca, P, hemograma e fosfatase alcalina a cada 6 meses. - Densitometria óssea anualmente. - Acompanhamento multiprofissional. Distúrbios de Carboidratos GALACTOSEMIA - Erro inato do metabolismo da galactose. - O metabolismo desses carboidratos envolve 3 enzimas. • GALT (tipo 1) • GALK (tipo 2) • GALE (tipo 3) SINAIS CLÍNICOS - Após a ingestão de leite materno por alguns dias ou fórmulas com lactose as crianças com essa doença apresentam: • Sucção débil, baixo peso ponderal, hipoglicemia, hepatomegalia, alterações de coagulação, icterícia e hiperamonemia. *Tratamento tardio: Prognóstico ruim: Podem apresentar catarata, déficit ponderoestatural e déficit neurológicos. *Diagnóstico: Dosagem de galactose sérica, galactose- 1-fosfato e atividade de GALT eritrocitária. TERAPIA NUTRICIONAL - Visa a manutenção da Gal-1-P (eritrócitos) entre 2-4 mg/dL. - A partir da suspeita de galactosemia deve-se suspender o leite materno ou fórmula com lactose e introduzir à base de proteína isolada de soja (suplementada com Ca). - As restrições dietéticas deverão continuar por toda a vida. GLICOGENOSES - Grupo de doenças metabólicas causadas pela deficiência enzimática na síntese ou degradação do glicogênio. QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO - No período neonatal pode apresentar hipoglicemia e acidose láctica. - Quadro mais comum (no 3° ao 4° mês de vida): • Hepatomegalia, fácies de boneca, aumento dos rins, hipoglicemia, acidose metabólica, hiperlacticemia, dislipidemia (aumento do triglicerídeos, LDL e VLDL) *Se a doença não for tratada: O indivíduo portador pode ter baixa estatura, hipotrofia dos músculos, diarreia intermitente e hiperuricemia. *Diagnóstico: Associação do quadro clínico + Tolerância oral de glicose + Dosagem sérica de glicose e lactato. TERAPIA NUTRICIONAL - Objetivos: • Prevenir a hipoglicemia • Normalizar os níveis de lipídeos séricos • Estabilizar as alterações metabólicas • Suprir as recomendações nutricionais visando garantir o crescimento e o desenvolvimento em crianças e manter o peso em adultos. - Estratégias para evitar a hipoglicemia (manter a glicemia> 70 mg/dL) - Ofertar fórmulas isentas de sacarose, frutose e lactose em lactentes a cada 2 a 3 horas - No jejum prolongado (Acordar a criança a cada 3 a 4 horas) - Fracionar a dieta durante o dia e ofertar carboidrato como o amido de milho cru - Distribuição de nutrientes: • Carboidratos (complexos): 60 a 70% • Lipídeos: 25 a 35% • Proteínas: 10 a 15% FRUTOSEMIA - Doença metabólica causada pela deficiência enzimática de Aldolase B (1,6-bifosfato aldolase) - Indivíduos podem apresentar desconforto gastrointestinal, vômitos, diarreia, distensão abdominal e flatulência. • Fermentação da frutose pela flora intestinal, gerando excesso de H, metano, dióxido de carbono e outros. - Quando absorvida, a frutose é pouco aproveitada: excesso é tóxico, causado hiperuricemia e acidose lática. QUADRO CLÍNICO E DIAGNÓSTICO - Podem apresentar: • Hipoglicemia (não é exarcebada - Leite materno não afeta, atenção as fórmulas infantis com frutose). • Intoxicação hepática (Ascite, hepatomegalia e icterícia) • Danos renais: Oligúria, edema e palidez • Baixo peso e baixa estatura - Diagnóstico: • Teste de tolerância à glicose (Atenção a hipoglicemia) • Teste enzimático da Aldalose B TERAPIA NUTRICIONAL - Objetivos: • A dieta deve garantir os nutrientes essenciais para o crescimento e desenvolvimento • Manter os índices laboratoriais normais: Bicarbonato, lactato glicose, enzimas hepáticas, potássio, proteínas e outros. • Manter normais a função hepática e renal. - Terapia nutricional: • Aleitamento materno é seguro e deve ser incentivado! • Fracionar as refeições para evitar jejum prolongado • Restrição de frutose, sorbital e sacarose (de acordo com cada indivíduo) • Eliminar todas as frutas e da maioria dos vegetais em crianças < 3 anos • 3 anos: Manter a quantidade em torno de 10 a 20 mg/kg/dia • Suplementação de vitaminas e minerais: Vitamina C Distúrbios do Ciclo da Ureia METABOLISMO - O ciclo da ureia é a cia final da excreção de compostos nitrogenados. Degradação de proteínas → Amônia → Ureia QUADRO CLÍNICO - Neonatal: Do 1° ao 5° ano de vida apresentam diminuição da aceitação alimentar, vômitos frequentes, letargia, hipotonia e hiperventilação. - Exame físico: Hepatomegalia e níveis aumentados de amônia e de enzimas hepáticas. DIAGNÓSTICO - Avaliação laboratorial: Dosagem plasmática de amônia de aa, glicemia, gasometria e ácidos orgânicos na urina (ácido orótico). TERPAIA NUTRICIONAL - Fase aguda: • Depuração da amônia (Promover níveis normais) • RN ou crianças graves: > 600 µg/dL: Suspender de forma imediata a proteína da dieta e iniciar diálise • Suplementação com L-arginina (300 mg/kg/dia) e L-carnitina (200 mg/kg/dia). • Descompensação metabólica: Suspender proteínas por 48 a 72 horas - Reintroduzir lentamente e progressivamente (0,25 a 0,5 g/kg/dia) - Fase crônica: • Manter a concentração de amônia normal • Evitar hiperamonemia e catabolismo proteico • Propiciar o crescimento e ganho de peso adequado em crianças • Manutenção do peso em adultos Monitorar os aminoácidos (manter o níveis séricos normais de 2 a 4 horas pós-prandial) Aminoácidos mg/dL Arginina 1,75 a 2,60 Ácido aspártico 0,18 a 0,67 Citrulina 0,52 a 2,24 Glutamina 4,90 a 11,04 Glicina 0,75 a 1,28 Serina 1,05 a 1,79
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