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Literatura Brasileira

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- -1
LITERATURA BRASILEIRA I
PERIODIZAÇÃO LITERÁRIA E HISTÓRIA 
DA LITERATURA BRASILEIRA
- -2
Olá!
Ao final desta aula, o aluno será capaz de: 1. Conhecer os critérios epistemológicos escolhidos para a abordagem
da disciplina Literatura Brasileira; 2. distinguir o critério histórico do critério periodológico do estudo da
Literatura Brasileira; 3. identificar o conceito de geração literária; 4. analisar e comparar literatura a outras
modalidades artísticas.
1
A primeira referência à literatura brasileira registra-se no ensaio “Bosquejo da história da poesia e língua
portuguesa”, como introdução da antologia Parnaso Brasileiro, de Almeida Garret (1799-1854), publicada em
1826. Embora a Independência do Brasil já houvesse sido declarada desde 1822, a Literatura Brasileira ainda
era entendida como um apêndice da literatura da metrópole, Portugal.
A Independência teria sido fator determinante para o surgimento da literatura brasileira? Em que medida os
fatos políticos e econômicos afetam a produção artística de uma nação?
2
A tendência primeira, ao se estudar o conjunto de obras de um determinado país, manifesta-se pela associação
da história da literatura à história dos acontecimentos, como se os fatos fossem determinantes para as
manifestações literárias. Deve-se deixar bastante claro que o estudo da literatura não é um apêndice da história.
“Com ser de natureza estética, o fato literário é histórico, isto é, acontece num tempo e num espaço
determinados. Há nele elementos históricos que o envolvem como uma capa e o articulam com a
civilização –personalidade do autor, língua, raça, meio geográfico e social, momento; e elementos
estéticos, que constituem o seu núcleo, imprimindo-lhe ao mesmo tempo características peculiares,
que o fazem distinto de outro fato da vida (econômico, político, moral, religioso): tipo de narrativa,
enredo, motivos, ponto de vista, personagens, linha melódica, movimento, temática, prosódia, estilo,
ritmo, métrica, etc., diferindo conforme o gênero literário e, ao mesmo tempo, contribuindo para
diferenciá-lo” (COUTINHO, 2004, p. 9).
COUTINHO, Afrânio. A Literatura no Brasil. 7.ed. São Paulo: Global, 2004. vol. 1. p. 9)
- -3
3
O método adotado para o estudo das obras é fundado em um sistema que não se propõe a abolir os referenciais
cronológicos, mas que considera como indicador de compilação, segundo René Wellek, o como unidadeperíodo 
de análise.
“O período é definido como uma “secção de tempo dominada por um sistema de normas, convenções
e padrões literários, cuja introdução, difusão, diversificação, integração e desaparecimento podem
ser seguidos por nós”
WELEK, René. apud AGUIAR E SILVA, Vitor Manuel. . 8.ed. Coimbra: Almedina,Teoria da Literatura
1979. p.350.
4
Dessa forma, o período literário possui uma natureza que é cronológica, mas orientada pelo predomínio de
valores estéticos específicos em determinada época e, por essa razão, não é adequado que demarquemos datas
balizadoras para seu início ou fim, pois os períodos se interpenetram, algumas vezes dialogam ou se contrapõem.
ATENÇÃO!
Como dissemos, o sistema periodológico é um dos vários métodos possíveis, e não é raro que seja contestado
também.
5
Hans Robert Jauss, em uma conferência apresentada na Universidade de Constança, em 1967, chamava a atenção
para outros aspectos que devem ser considerados quando do estudo da história da Literatura e segundo ele: “A
história da literatura é um processo de recepção e produção estética que se realiza na atualização dos textos
literários por parte do leitor que os recebe, do escritor, que se faz novamente produtor, e do crítico, que sobre
eles reflete. A soma – crescente a perder de vista – de ‘fatos’ literários conforme os registram as histórias da
literatura convencionais é um mero resíduo desse processo, nada mais que passado coletado e classificado, por
isso mesmo não constituindo história alguma, mas pseudo-história”
Fonte: JAUSS, Hans Robert. Trad. Sergio Tellaroli.A história da literatura como provocação à teoria literária.
São Paulo: Ática, 1994. p. 25.
- -4
6
Então, onde ficamos? Será o escritor um porta-voz de seu tempo? Representaria ele, por meio de suas obras, a
sociedade? Ou a obra deveria ser apenas a expressão do “espírito do autor”?
Quais seriam os critérios para definir a representatividade das obras dentro de um conjunto?
Essas e muitas outras questões são interpostas àqueles que pretendem estudar a História da Literatura.
Essas indagações estão presentes na obra de Dominique Maingueneau.
(MAINGUENEAU, Dominique. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2001. p. 4)O contexto da obra literária.
7
Segundo Dominique Maingueneau, existem duas atitudes dominantes entre os analistas da Literatura: “a da
história literária”, considerando a obra a expressão de seu tempo, e a de “orientação mais estilística”, que prefere
apreender a obra como um universo fechado.
Por outro lado, não se pode ignorar que o autor manifesta, por meio de seu estilo, a distribuição de papéis dentro
de uma sociedade e a ideologia que sustenta a divisão de classes. Tal posicionamento identifica a postura crítica
marxista, que deve a Lucien Goldmann, seguidor de G. Lukács, estudos importantes sobre a relação entre a arte e
a ideologia.
“Qualquer grande obra literária ou artística é a expressão de uma visão do mundo. Esta é um
fenômeno de consciência coletiva que atinge o máximo de clareza conceitual ou sensível na
consciência do pensador ou do poeta. Os últimos exprimem-no por sua vez na obra estudada pelo
historiador, que se serve do instrumento conceitual que é a visão do mundo” (GOLDMANN, L. Lê
. Paris: Gallimard,1964, p. 218-219 apud MAINGUENEAU, D. p.8).Dieu cachê
8
A aproximação de posturas entre a crítica marxista e a crítica filológica é patente, uma vez que, de certa maneira,
a obra de arte seria considerada como um reflexo de uma “visão de mundo”. Assim, a história seria determinante
de uma determinada forma de expressão em um determinada época.
- -5
Os laços que unem a história literária à história dos acontecimentos são estreitos, até porque “a obra é
indissociável das instituições que a tornaram possível” e, assim, “as obras falam efetivamente do mundo, mas sua
enunciação é parte integrante do mundo que pretensamente representam”.
O trecho foi extraído da obra já citada de Dominique Maingueneau, O contexto da obra literária. p.19).
Outro aspecto relevante a se considerar é o próprio ato de leitura. Para Umberto Eco, o leitor tem um importante
papel na decifração dos signos, à medida que ele é presentificado, desde o momento em que a obra é constituída.
A obra só adquire sentidos na medida em que é lida em contextos variados.
Assim, são múltiplos e variados os aspectos que norteiam a compilação das obras que compõem a história
literária: a condição social do escritor na sociedade de seu tempo também é um deles, bem como a identificação
do lugar do qual ele enuncia o seu texto. Por isso, seria correto pensar na importância da biografia do autor, ou
bio/grafia, para compreender todos os sentidos que a obra sugere ou que nela estão implícitos.
“Para Maingueneau ao comentar os Ensaios de Montagne “Bio/grafia' que se percorre nos dois
sentidos: da vida rumo à grafia ou da grafia rumo à vida. (...) a vida do escritor está à sombra da
escrita, mas a escrita é uma forma de vida. O escritor 'vive' entre aspas a partir do momento em que
sua vida é dilacerada pela exigência de criar, em que o espelho já se encontra na existência que deve
refletir.” (MAINGUENEAU, D. O contexto da obra literária. P. 46-47)
9
Um expediente muito eficiente quando estudamos a arte de um determinado período é a comparação. É por
meio dela que se observam as convergências ou divergências entre a Literatura e as outras artes em uma
determinada época. Esses estudos configuram a Literatura Comparada, uma disciplina que se propõe a
estabelecer e analisar esses confrontos.
10
Vejamos o caso de um estilo deépoca, o Realismo.
Contrapondo-se aos exageros emotivos do Romantismo, o Realismo é um estilo que se manifesta nas produções
artísticas a partir de meados do século XIX. Na Literatura, há a predominância da narração em terceira pessoa, a
objetividade e a busca pela descrição o mais fiel possível da realidade.
- -6
11
Você observou o quadro do pintor francês Gustave Coubert
e observe agora um trecho do conto A cartomante, de Machado de Assis, ambos do período realista.
“Deu por si na calçada, ao pé da porta: disse ao cocheiro que esperasse, e rápido enfiou pelo
corredor, e subiu a escada. A luz era pouca, os degraus comidos dos pés, o corrimão pegajoso; mas
ele não viu nem sentiu nada. Trepou e bateu. Não aparecendo ninguém, teve ideia de descer; mas era
tarde, a curiosidade fustigava-lhe o sangue, as fontes latejavam-lhe; ele tornou a bater uma, duas,
três pancadas. Veio uma mulher, era a cartomante. Camilo disse que ia consultá-la, ela fê-lo entrar.
Dali subiram ao sótão, por uma escada ainda pior que a primeira e mais escura. Em cima, havia uma
salinha, mal alumiada por uma janela, que dava para o telhado dos fundos. Velhos trastes, paredes
sombrias, um ar de pobreza, que antes aumentava do que destruía o prestígio.”
- -7
Fonte: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000257.pdf
Mesmo não recorrendo ao enredo do conto de Machado de Assis para nos ajudar, podemos perceber algumas
semelhanças entre o quadro e o conto:
• A descrição da realidade é feita de maneira bastante minuciosa, os detalhes são privilegiados.
• A temática das duas obras se concentra em experiências do cotidiano, observadas pela ótica de uma 
terceira pessoa.
À primeira vista, que semelhanças podemos encontrar entre os dois textos?
12 Vamos fazer um teste?
Os painéis a seguir compõem o mural da ONU, Guerra e Paz, de nosso genial pintor Candido Portinari. A obra foi
pintada entre os anos de 1952 e 1956. Observe atentamente os detalhes, as figuras humanas, as diferenças entre
os dois painéis, as cores etc.
Na poesia, o Cubismo é perceptível pela simplicidade, por uma sintaxe orientada pelo sentido e não pela
gramática.
“O pintor cubista tenta representar os objetos em três dimensões, numa superfície plana, sob formas
geométricas, com o predomínio de linhas restas. Não representa, mas sugere a estrutura dos corpos
ou objetos. Representa-os como se movimentassem em torno deles, vendo-os sob todos os ângulos
visuais, por cima e por baixo, percebendo todos os planos e volumes”.
•
•
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000257.pdf
- -8
Fonte: http://www.historiadaarte.com.br/cubismo.html
E na literatura, quais seriam os traços principais?
Na poesia, o Cubismo é perceptível pela simplicidade, por uma sintaxe orientada pelo sentido e não pela
gramática.
Cidade
Foguetes pipocam o céu quando em quando
Há uma moça magra que entrou no cinema
Vestida pela última fita
Conversas no jardim onde crescem bancos
Sapos
Olha
A iluminação é de hulha branca
Mamães estão chamando
A orquestra rabecoa na mata
Oswald de Andrade
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Convém mencionar outro conceito literário importante: a Geração.
Geração, segundo Afrânio Coutinho, pode definir-se como “um grupo de escritores de idades aproximadas que,
participando das mesmas condições históricas, defrontando-se com os mesmos problemas coletivos,
compartilhando de idêntica concepção do homem, da vida e do universo e defendendo valores estéticos afins,
assumem lugar de relevo na vida literária de um país mais ou menos na mesma data. Trata-se de um conceito
suplementar em nossos estudos da periodicidade literária.
No caso específico da Literatura Brasileira, a determinação do ponto de partida do estudo das histórias da
literatura é dado com a publicação de História da Literatura Brasileira, de Silvio Romero, em 1888. Antes dessa
obra, houve referências, como já mencionamos, à literatura produzida no Brasil. Entretanto, esta ainda era
compreendida como colônia e, por isso, constante do capitulo ultramar da literatura portuguesa.
Observa Marisa Lajolo que as histórias literárias surgem a partir dos processos de afirmação das nacionalidades
europeias e não foi diferente com o caso brasileiro. Desde o primeiro momento, existe uma forte aliança entre a
http://www.historiadaarte.com.br/cubismo.html
http://www.historiadaarte.com.br/cubismo.html
- -9
produção literária e o “projeto de construção nacional”. Os efeitos dessa visão se refletem diretamente sobre a
construção do que podemos chamar de cânon da Literatura Brasileira, que não pode ser compreendido como
uma sequência, mas como sistema:
“(...) trata-se de uma sequência cujo estabelecimento passa pela mediação de inúmeras leituras
seletivas que, pautando-se por igualmente seletivos protocolos (de leitura literária), foram
aprovando certas obras e rejeitando outras, num gigantesco processo de seleção e combinação, cujo
resultado constitui o cânon da literatura brasileira”.
O ensino da literatura brasileira nas escolas vigora desde os tempos da monarquia, fazendo parte de antologias
escolares. Sua importância ultrapassa o mero conhecimento dos bons autores, pois reside principalmente no
conhecimento mais profundo de nosso povo, de nossa cultura e de nossa história. O contato com as obras deve
sempre ser guiado, merecendo grupos de debates e discussão, para que a apreensão transborde os momentos de
leitura e venha a compor a bagagem do cidadão.
A Literatura produzida no Brasil é um patrimônio cultural, manifestação genuína do povo brasileiro. Sua força é
sentida além do mundo Lusófono, como potência artística representativa de nossa identidade.
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Deleite-se agora com trechos de nossa poesia brasileira, para entrar no clima:
Canção do exílio
Gonçalves Dias
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
(...)
Não permita Deus que eu morra,
- -10
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
( )Coimbra – julho 1843
O navio negreiro
‘Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? Qual o oceano?...
Castro Alves
Língua Portuguesa
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma.
Olavo Bilac
Vou-me embora pra Pasárgada
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
– Lá sou amigo do rei–
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Manuel Bandeira
As sem razões do amor
Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
- -11
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Carlos Drummond de Andrade
Reinvenção
(...)
Mas a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível
reinventada.
Cecília Meireles
Extravio
Onde começo,
onde acabo,
se o que está fora está dentro
como num círculo cuja
periferia é o centro?
Ferreira Gullar
O que vem na próxima aula
• Os cronistas e a “literatura” de informação.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Conheceu os critérios para reunir e analisar os textos que compõem a Literatura Brasileira.
•
•
	Olá!
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	2
	3
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	5
	6
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	8
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	10
	11
	12 Vamos fazer um teste?
	13
	14
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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