Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Manu Lamas (155) LEMBRANDO: Diapedese é a saída ativa de leucócitos do sistema circulatório, por movimentos ameboides. LEMBRANDO: Megacariócitos são células da medula especializadas na produção de plaquetas. Resumo de HE – Sangue e Células Manu Lamas (155) ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ CÉLULAS DO SANGUE CONSIDERAÇÕES GERAIS: O sangue é formado pelos glóbulos sanguíneos e pelo plasma, parte líquida na qual os primeiros estão suspensos. Atua principalmente como meio de transporte. Seus elementos podem ser hemácias, plaquetas e glóbulos brancos. As células sanguíneas geralmente são estudadas através de esfregaços de sangue. Além disso, passam por uma mistura de corantes, onde estruturas acidófilas tornam- se rosas, basófilas de azul e as azurófilas de roxo. Hematócrito: sangue sedimentado, após coleta por punção venosa e tratamento com anticoagulantes (como a heparina). Ele possibilita estimular o volume de sangue ocupado pelas hemácias. Nele temos: Plasma: corresponde ao sobrenadante translúcido e amarelado. Solução aquosa de baixo peso molecular que está em equilíbrio com o líquido intersticial. Uma de suas principais proteínas é a albumina que, em falta, causam edema generalizado. Eritrócitos/hemácias: camada inferior e vermelha, correspondente aproximadamente a 42% do volume. Leucócitos: camada média, pequena e acinzentada, sendo células de defesa presentes em diversos tipos. Plaquetas: acima da camada de plaquetas, não visiveis a olho nu. São fragmentos de citoplasma dos megacariócitos da medula óssea. ERITRÓCITOS: Anucleados, ricos em hemoglobina (proteína transportadora de O2 e CO2). Em condições normais, se mantem no sistema circulatório, dentro dos vasos. 2 Manu Lamas (155) CURIOSIDADE: A hemoglobina F (fetal) representa 100% das fetais, pois é a mais ávida por oxigênio, facilitando obtenção através da placenta. CURIOSIDADE: O núcleo de neutrófilos de pessoas do sexo feminino costuma ter um pequeno apêndice, que é a cromatina sexual (X heterocromático). Possuem formato de disco bicôncava (mantida pelo citoesqueleto), o que proporciona grande superfície em relação ao volume, facilitando trocas gasosas. Por serem ricos em hemoglobina, proteína básica, hemácias são acidófilas (coradas por eosina). Ao penetrarem na corrente sanguínea, ainda são imaturos (reticulócitos), contendo certa quantidade de ribossomo. Essas são basófilas e coradas em azul. Hemoglobina: formada por quatro unidades, cada uma contendo um grupo heme ligado a um polipeptídeo. Por variações nessas cadeias, ocorrem tipos de hemoglobina. Durante a maturação na medula, a célula perde o núcleo e as outras organelas, não podendo renovar suas moléculas. Após aproximadamente 120 dias são digeridos por macrófagos, principalmente no baço. LEUCÓCITOS: Incolores, esféricos (quando no sangue) e função protetora contra infecções. Produzidos na medula óssea ou tecidos linfoides, permanecendo temporariamente no sangue. São divididos em: Granulócitos: núcleo çobulado, citoplasma com grânulos específicos. Ao ME aparecentem envoltos por membrana. Também possuem grânulos azurófilos, que são lisossomos. De acordo com a afinidade pela tinta, são divididos em: Neutrófilos (10-14m): arredondados, de dois a cinco lóbulos (normalmente 3), unidos por finas pontes de cromatina. O citoplasma apresenta predominantemente grânulos específicos (contém enzimas importantes no combate de microrganismos) e azurófilos (lisossomos). Grânulos ou vácuolos podem surgir de condições patológicas. Atuam na eliminação de bactérias ou limitando a resposta imune. Eosinófilos: ligeiramente maiores do que os neutrófilos. O núcleo é bilobulado em geral. Possui CG, RE e mitocôndrias pouco desenvolvidos. A principal característica para identificação são os grânulos ovoides e corados pela eosina (grânulos maiores do que de neutrófilos). Paralelamente ao eixo maior do grânulo, há o internum/cristaloide, rico em arginina e responsável pela acidofilia. A parte externa possui proteínas responsáveis por atividades antibacterianas, porém também podem causar dano tecidual. Também possui citocinas e mediadores inflamatórios lipídicos. 3 Manu Lamas (155) CURIOSIDADE: As plaquetas têm um sistema de canais (sistema canalicular aberto) que se comunica com invaginações da membrana plasmática. Assim, o interior da plaqueta se comunica livremente com sua superfície, o que tem importância funcional por facilitar a liberação de moléculas ativas armazenadas. CURIOSIDADE: Exceto no baço, hemácias fora dos vasos caracteriza hemorragia. Basófilos: núcleo volumoso, retorcido e irregular (formato de S). Citoplasma carregado de grânulos maiores, os quais muitas vezes obscurecem o núcleo. Os grânulos são metacromáticos, contendo histamina. A membrana plasmática apresenta receptores para IgE, permitindo a liberação de grânulos. A diferença de mastócitos é que possuem precussores diferentes. Atuam na ativação de macrófagos e fagocitam complexos antígeno-corpo e elevam a permeabilidade vascular. Agranulócitos: núcleo de formato mais regular e o citoplasma não possui granulação específca (pode apresentar alguns azurófilos também). São divididos em: Linfócitos (6-8m): menores leucócitos circulantes, responsáveis pela defesa imunológica através de resposta humoral e citotóxica. São esféricos, cromatina em grumos grosseiros (núcleo aparece escuro). Citoplasma escasso, aparece como um anel delgado envolta do núcleo. Pobre em organelas, com moderada quantidade de lisossomos. Saem e voltam para o sangue continuamente. Monócitos (15-22m): maiores leucócitos circulantes. Núcleo ovoide (formato de rim ou ferradura). Cromatina pouco densa, gerando núcleo mais claro, com dois ou três nucléolos. Citoplasma basófilo e com grãos azurófilos (pequena qtd de polirribosomos e RER). Muitas mitocôndrias pequenas e grande Golgi. Superfície celular marcada por microvilosidades e vesículas de pinocitose. Após formado na medula óssea, passa alguns dias no sangue e depois atravessa a parede dos vasos por diapedese para os órgãos, tornando-se macrófagos. PLAQUETAS (2-4m): Corpuscúlos anucleados em formato de disco. Promovem coagulação e auxiliam na reparação de parede de vasos. Nos esfregaços, aparecem em grupos devido à aglutinação. Possui o citoplasma dividido em hialômero (transparente) e em cromômero (grânulos púrpura). Possuem glicocálice muito desenvolvido. Na coagulação, entram em contato com o colágeno subendotelial, ativam-se, liberam o conteúdo de seus grânulos, aderem à região lesada da parede vascular e umas às outras (agregação plaquetária). 4 Manu Lamas (155) LEMBRANDO: No meio de artérias, há intercalamento entre fibras colágenas e fibras elásticas. SISTEMA CIRCULATÓRIO CONSIDERAÇÕES GERAIS: Abrange o sistema vascular sanguíneo e o sistema linfático. O sistema vascular sanguíneo é composto pelas artérias, capilares, veias e coração. Divisão em macrocirculação (vasos calibrosos) e microcirculação (vasos visíveis somente em microscópios [permitem a troca de substâncias]). O sistema vascular linfático é composto por vasos capilares linfáticos situados nos tecidos, que crescem e terminam no sistema vascular sanguíneo, desembocando em grandes veias próximas ao coração. Isso porque retorna ao sangue o fluido contido nos espaços. TECIDOS QUE COMPÕES A PAREDE DOS VASOS: Estruturas básicas da parede dos vasos: Endotélio, tecido muscular e tecido conjuntivo. A associação desses tecidos forma as túnicas dos vasos. A quantidade e organização dos tecidos é influencida por fatores mecânicos (pressão) e matebólicos (necessidade local). Endotélio: Parte interna do epitélio que forma barreira semipermeável entre o plasma sanguíneo e o fluído intersticial. Media trocas e regula tráfego de substâncias. Células funcionalmente diversas. Músculo liso: Não está presente em capilares e em vênulas pericíticas. Células na túnica média dos vasos, em camadas helicoidais. Cada uma é envolta por uma lâmina basal e por quantidade variada de tecido conjuntivo produzido por elas próprias. São frequentemente conectadas por junções comunicantes (gap). Tecido conjuntivo: Seus componentes são encontrados nas paredes de vasos sanguíneos. Fibras elásticas predominam nas grandes artérias. 5 Manu Lamas (155) CURIOSIDADE: A t. média, durante contração ventricular (sístole), possui lâminas elásticas distendidas, reduzindo a variação de pressão. Durante a diástole, a pressão cai, mas as lâminas auxiliam na sua manutenção através da variação do volume. CURIOSIDADE: Parênquima – conjunto de células responsável pela função principal do órgão. Estroma – conjunto de células responsável pela sustentação. A SFA forma um gel heterogêneo nos espaços extracelulares de paredes de vasos. PLANO ESTRUTRAL E COMPONENTES DOS VASOS SANGUÍNEOS: Normalmente compostos de túnica íntima, túnica média e túnica adventícia. Túnica íntima: Camada de endotélio (epitélio de rev. simples pavimentos). Está apoiado em camada de tecido conjuntivo frouxo (subendotelial), podendo conter células musculares lisas. Em artérias, está separada da túnica média por lâmina elástica interna (composta de elastina, possui aberturas que possibilitam difusão de substâncias para nutrir células profundas). Nas lâminas, está contraída e em aspecto ondulado. Túnica média: Camadas de células musculares lisas. Entre elas, existe matriz extracelular composta de fibras e lamelas elásticas, fibras reticulares, proteoglicanos e glicoproteínas. Túnica adventícia: Detectável pela camada de tecido conjuntivo frouxo e vasos associados, podendo apresentar fibras nervosas. 6 Manu Lamas (155) Vaso vasorum: vasos grandes normalmente possuem arteríolas, capilares e vênulas que se ramificam profusamente na adventícia. Nutrem túnicas adventícias e médias. Inervação: Para vasos com músc. liso, existe uma rede profusa de fibras não mielínicas. A descarga de norepinefrina resulta em vasoconstrição, passando pelas junções. O tipo de sinapse (colinérgica x adrenérgica) influencia no comportamento do vaso. Barroreceptores: aferem pressão. Presentes no seio carotídeo e no arco da aorta. Quimioreceptores: um exemplo são os corpos carotídeos: sensíveis à concentração de dióxido de carbono e oxigênio, localizados perto da bifurcação da carótida comum. ESTRUTURA E FUNÇÃO DOS VASOS SANGUÍNEOS: Classificados de acordo com o diâmetro. ARTÉRIAS: Parede espessa em relação ao lúmen. Grandes artérias (elásticas): Ex: aorta, braquial, braquio-cefálica, axilar. São vasos condutores. T. íntima: rica em fibras elásticas. É mais espessa do que a de a. musculares T. média: cor amarelada decorrente do acúmulo de elastina. Consiste em uma série de lâminas elásticas perfuradas, concentricamente organizadas. T. adventícia: relativamente pouco desenvolvida. Vasa/nervo vasorum. o Seio carotídeo: Pequenas dilatações das a. carótidas internas que são barorreceptores, formados por espessa camada adventícia e delgada camada média. Possuem terminações nervosas sensitivas. 7 Manu Lamas (155) Artérias médias (musculares): T. íntima: camada subendotelial um pouco mais espessa do que a de arteríolas. A lâmina elástica interna é proeminente. T. média: formada essencialmente por cél. musc. lisa. Entremeadas por número variado de lamelas elásticas, como por fibras reticulares e proteoglicanos. Presença de lâmina elástica externa (presente apenas nas maiores). T. adventícia: tecido conj. frouxo. Controlam fluxo de sangue para os órgãos, são vasos distribuidores. Ex: radial, tibial, axilar. Arteríolas: T. íntima: camada subendotelial muito delgada. Em arteríolas muito pequenas, a camada elástica interna está ausente. T. média: em arteríolas, as cél. musc. lisas estão em uma ou duas camadas. Não apresenta lâmina elástica externa. T. adventícia: tecido conj. frouxo. Metarteríolas: Ramificações de arteríolas compostas por uma camada descontínua de músc. liso e formam os capilares. Suas contrações auxiliam no controle do fluxo sanguíneo. Anastomose arteriovenosa: vaso que liga a arteríola diretamente a vênulas por meio da transição brusca e apresenta articulação com sistema padrão-metaarteríola (arteríolas viram vênulas). Quando a anastomose se contrai, direciona o fluxo pela rede de capilares (vasodilatação). Quando se dilata, o fluxo é direcionado para ela. CAPILARES: Circulação controlada por excitação neural e hormonal. Citoplasma com poucas organelas: CG pequeno, cisternas de RER, mitocôndrias e polirribosomos livres. As cél. prendem-se lateralmente pelas Zônulas de Oclusão. Compostos por camada única de cél. endoteliais que se enrolam em formato de tubo. Suas paredes são formadas, em geral, de uma a três cél., que repousam em uma lâmina basal. Sofrem alterações estruturais para que exerçam trocas metabólicas entre sangue e tecidos. Anastomosam-se livremente. Em alguns tecidos, há a anastomose arteriovenosa. Pericitos: origem mesenquimal, núcleos grandes e alongados. Dotados de longos processos citoplasmáticos, envolvem porções de cél. endoteliais. Lâmina basal própria que se funde com a lâmina basal das cél. endoteliais. Após lesões, podem se diferenciar para formar novos vasos sanguíneos e cél.. Capilares são divididos nos seguintes grupos dependendo da continuidade da camada endotelial e sua lâmina basal: Contínuo/Somático: Ausência de fenestras e maior seletividade. Fenestrado/Visceral: Possuem grandes orifícios ou fenestras nas paredes das cél. endoteliais, as quais são obstruídas por um diafragma (mais delgado do que a MP e não trilaminar). Possuem lâmina basal contínua. 8 Manu Lamas (155) CURIOSIDADE: Varizes: enfraquecimento da parede dos vasos, acarretando na falha da retenção do refluxo sanguíneo e em inflamações. Ocorrem em tecidos nos quais acontecem rápido intercâmbio de substâncias. o Fenestrado destituído de diafragma: Na altura das fenestras, o sangue está separado dos tecidos apenas por uma lâmina basal muito espessa e contínua. Sinusoide: Possui diâmetro maior (reduz Vcirculação do sangue). Suas cél. endoteliais formam uma camada descontínua (separadas por amplos espaços). O citoplasma celular possui fenestrações múltiplas (desprovidas de diafragmas). Presença de macrófagos e lâmina basal descontínua. VEIAS: Vênulas pós-capilares: Podem influenciar na circulação pela produção e secreção de subs. vasoativas difusíveis. Junções mais frouxas do sist. vascular. Lúmen mais amplo do que de arteríolas. Veias: Classificadas como pequenas, médias e grandes pelo tamanho da artéria que acompanham. T. íntima: normalmente possui uma camada subendotelial fina, composta de tec. conjuntivo (pode estar ausente). Grandes veias possuem essa túnica bem desenvolvida, porém com a média muito fina. T. média: pacotes e pequenas cél. musc. lisas entremeadas com fibras reticulares. T. adventícia: mais espessa e bem desenvolvida. Possuem feixes longitudinais de fibras colágenas e músc. liso. Além disso, há o vasa vasorum. As veias contêm válvulas internas. Elas são formadas por dobras da t. íntima na forma de meia-lua, se projetando para o interior do vaso. São compostas de tec. conj. rico em fibras elásticas. Especialmente numerosasno membro inferior. Sistema porta: sistema de vasos onde o sangue, após percorrer uma rede capilar, passa por um segundo grupo de capilares antes de retornar à circulação sistêmica. CORAÇÃO: Órgão muscular especializado em contração. Produz o hormônio fator natriurético atrial. Suas paredes são assim denominadas: Endocárdio: corresponde à t. íntima. Constituído por endotélio sobre uma camada subendotelial delgada de tec. conj. frouxo que contém fibras elásticas e colágenas, além de cél. musc. lisas. Abaixo, existe a camada subendotelial, que contém as fibras de Purkinje (sistema de condução do impulso). Miocárdio: camada mais espessa e consiste nos cardiomiócitos. Grande parte dela se insere no esqueleto cardíaco fibroso. Epicárdio: fina camada de tecido conjuntivo frouxo e revestido por epitélio pavimentoso simples (mesotélio). Corresponde ao folheto visceral do pericárdio 9 Manu Lamas (155) (entre esse e o parietal existe uma pequena qtd de fluido). A camada subepicardial contém nervos, veias, gânglios e tec. adiposo. Esqueleto fibroso: região central fibrosa que serve de ponto de apoio para válvulas e é o local de inserção para cél. musc. cardíacas. É composto por tec. conj. denso. Seus principais componentes são o septo membranoso, o trígono fibroso e o ânulo fibroso. As válvulas cardíacas consistem em um arcabouço central de tec. conj. denso. Suas bases são presas aos anéis fibrosos do esq. cardíaco. Sistema gerador e condutor de impulso do coração: Esse sistema é constituído por dois nodos localizados no átrio: Nodo sinoatrial: massa de cél. musc. cardíacas especializadas. Fusiformes, menores do que as musculares e apresentam menor qtd de miofibrilas. Causa contrações atriais rítmicas. Nodo atrioventricular: semelhante ao sinoatrial, mas as cél. formam uma rede e conduzem o impulso até as cél. de Purkinje pelo feixe de His. Feixe atrioventricular/de His: se ramifica para ambos os ventrículos. Mais distalmente, entretanto, estão as células de Purkinje (contém um ou dois núcleos centrais, ricas em mitocôndrias e glicogênio). As células do sistema gerador e condutor do impulso do coração estão funcionalmente conectadas por junções comunicantes. SISTEMA VASCULAR LINFÁTICO: Sistema de paredes finas revestidas por endotélio que coleta o fluído (linfa) de espaços intersticiais e o retorna para o sangue. Circula somente na direção do coração. Ricos em válvulas. Capilares linfáticos: originam-se como vasos finos e sem aberturas terminais, possuindo camada única de endotélio e lâmina basal incompleta. Ficam abertos por causa das microfibrilas elásticas. A junção dos vasos linfáticos, com ambos desembocando na junção das veias jugular interna com a subclávia, termina em ducto torácico e ducto linfático direito. Os vasos atravessam linfonodos. HEMOCITOPOESE CONSIDERAÇÕES GERAIS: Processo contínuo e regulado de produção de cél. do sangue, envolvendo renovação, proliferação, diferenciação e maturação. Fase embrionária mesoblástica tem a produção dos primeiros eritoblastos primitivos. Entre a 4ª e a 6ª semana inicia-se a hemocitopoese definitiva. Em determinado período, o fígado atua temporariamente como órgão hematopoiético, gerando os primeiros linfoides. 10 Manu Lamas (155) O nome do processo é definido pelo grânulo formado: eritropoese, granulocitopoese, monocitopoese e megacariocitopoese. Os órgãos são divididos em primários (medula óssea vermelha e timo) e secundários (baço, linfonodos e agregados linfoides). Todas as cél. são derivadas primariamente da medula (no timo ocorre diferenciação). CÉLULAS-TRONCO, FATORES DE CRESCIMENTO E DIFERENCIAÇÃO: As células-tronco originam ou outras células-tronco ou células progenitoras. Posteriormente, a diferenciação é mediada por meio de fatores secretados. As células-tronco são caracterizadas por: Capacidade de autorrenovação; Capacidade de gerar ampla variedade de tipos celulares; Capacidade de reconstituir o sist. hemocitopoético; Células-tronco pluripotentes: formam a linhagem linfoide (gera linfócitos) e a mielóide (eritrócitos, granulócitos, monócitos e plaquetas). Admite-se que todas as cél. sang. vem desse tipo celular. É nos blastos que se vê a primeira diferenciação. Fatores de crescimento hemocitopoético: regulam o microambiente da hemocitopoese. Exemplos são as interleucinas e estimuladores de colônias. Podem ser divididos em fatores que atuam precocemente e fatores que atuam tardiamente, sendo esses mais específicos. MEDULA ÓSSEA: Órgão difuso com produção ajustada às necessidades. É encontrada nos canais medulares de ossos longos e cavidades de ossos esponjosos. Seus tipos são: Vermelha: rica em eritrócitos e também há presença de adipócitos. Amarela: rica em adipócitos. Não produz células sanguíneas e ainda retém células-tronco. 11 Manu Lamas (155) Apesar de possuir nódulos linfáticos, não possui os vasos. Medula óssea vermelha: Constituída de cél. e fibras reticulares (col. III). Presença de Megacariócitos. Responsável pela produção de células mielóides e linfoides, além de armazenar ferro. Rica em capilares sinusoides, originados de capilares do endósteo, que termina em um grande vaso central, que desemboca na circ. sistêmica por meio de veias emissárias. A inervação medular é praticamente pelas fibras nerv. existentes nas paredes das artérias. O aumento de adipócitos ocorre com a idade. Hemonectina: interagem com receptores celulares, fixando temporariamente células, interferindo na sua produção e formando microrregiões especializadas em linhagens sanguíneas específicas. A liberação de cél. maduras da medula para o sangue ocorre por migração através do endotélio, próximo das junções intercelulares. A maturação consiste na perda de receptores de adesão, controladas por fatores de liberação. Dividido em compartimento vascular e compartimento hemocitopoético. ORIGENS: Hemocitopoese: Diferenciação de eritrócitos: ocorre em nichos com macrófagos no seu estroma central e cél. eritrocíticas em desenvolvimento ao seu redor. Os macrófagos estabelecem contato, regulam proliferação, fagocitam cél. defeituosas. Os núcleos são excluídos nesse processo, o citoplasma torna-se acidófilo e diminui-se a quantidade de RNA. Substâncias envolvidas: Eritropoietina, ferro, vitamina B12 e vitamina B9 (ácido fólico). Granulocitopoese: Síntese de grânulos azurófilos e específicos. Maturação dos granulócitos: O mieloblasto é o percussor de neutrófilos, eosinófilos e basófilos. Plaquetas/Trombopoese: Formação de Megacariócitos (núcleo irregularmente lobulado, sem nucléolo, citoplasma rico em REL e RER) pela medula vermelha, consequentemente originando plaquetas pelas quebras citoplasmáticas; Fator de Von Willebrand (provoca adesão de plaquetas) e Fator IV (favorece coagulação). SISTEMA IMUNITáRIO E ÓRGÃOS LINFOIDES SISTEMA IMUNITÁRIO: Formado por órgãos linfáticos e células isoladas. Principais estruturas da resposta imune: timo, baço, linfonodos e nódulos linfáticos. Cél. reconhecem moléculas self e non-self. Doenças autoimunes: ataque a moléculas de seu organismo. 12 Manu Lamas (155) Tipos básicos de resposta imunitária: Imunidade celular: cél. imunocompetentes matam cel. com moléculas estranhas na superfície. Imunidade humoral/adquirida: depende dos anticorpos (ver abaixo). Eles neutralizam e destroem moléculas estranhas. *A resposta pode ser uma ou outra ou as duas juntas. Imunógenos: moléculas estranhas que provocam resposta imunitária. Antígeno: molécula que reage com um anticorpo. Na resposta humoral, a resposta imunitáriaé determinada pelo epitopo antigênico. Na resposta imunitária celular, provém de pequenos peptídeos derivados da digestão parcial do antígeno. Anticorpo/Imunoglobulina (Ig): compostos glicoproteicos circulantes, produzidos por plasmócitos. Cada um reage especificamente com um epitopo, combinando-se a ele e gerando sinais químicos. Os linfócitos não podem ser diferenciados morfologicamente no ME ou MO, mas podem ser classificados em: Linfócitos: Expansão clonal: proliferação de B e T através de diversas mitoses estimuladas por antígenos. Linfócito B: Origina-se na medula óssea, penetram os capilares sanguíneos e instalam-se nos órgão linfáticos, exceto o timo. Quando ativados por antígenos, proliferam e diferenciam-se em plasmócitos. Outros se mantêm como linfócitos B, criando as cél. B da memória imunitária. Reconhecem moléculas antigênicas. Linfócito T: Maioria na circulação. Seus percussores originam-se na medula óssea, penetram capilares e são retidos no timo, onde proliferam e se diferenciam. Após isso, ocupam áreas nos outros órgãos linfáticos. Reconhecem antígenos apenas após associados ao MHC II. Diferenciam-se em: 13 Manu Lamas (155) CURIOSIDADE: O complexo com o MHC II é formado pela associação com antígenos externos. Quando se trata de patógenos que vivem no interior da célula, a associação é feita com o MHC I no RER. T helper: estimulam transformação de linfócitos B em plasmócitos. T supressora: inibem resposta humoral e celular, apressando o término da resposta imunitária. T citotóxica: age diretamente sobre o corpo estranho através de perforinas (provocam lise através da abertura de orifícios na MP ou induzindo a apoptose) T de memória: ocorre fora do timo. Célula Natural Killer: Atacam células cancerosas ou infectadas sem a necessidade estímulo prévio. Células apresentadoras de antígenos: Derivam da medula óssea e são encontradas na maioria dos órgãos Abrange Linfócitos B, macrófagos, cél. dendríticas, cél. de Langerhans. Mecanismo de processamento de antígeno: essas cél. digerem parcialmente as proteínas, transformando-as em pequenos peptídeos que são ligados às moléculas MHC. Após formação do complexo, ele é transportado para superfície celular e “examinado” pelo Linfócito T, que interagirão com a T CD4+ (MHC II) ou TCD 8+ (MHC I). Células dendríticas: Suas percussoras estão na medula óssea. Cél. de Langerhans: cél dendríticas da pele. São consideradas imunoestimuladoras, pois além de apresentarem estímulo às cél. T, também podem fazer com que elas não entrem em contato com nenhum antígeno. Ex: antígenos que penetram a pele são captados por essas células e transportados, pelos vasos linfáticos, para o linfonodo satélite, onde se inicia a resposta imune. As cél. imaturas são levadas pelo sangue para vários órgãos não linfáticos. Essas possuem grande capacidade de capturar e processar antígenos, mas pequena de estimulação dos linfócitos T. A maturação induz migração e inversão de capacidades. Cél. foliculares dendríticas: não derivam da medula óssea e não são capazes de incorporar antígenos. Mas são eficientes na captação do complexo antígeno-anticorpo, retendo-os por longo período, onde são reconhecidos por linfócitos B. Complexos de histocompatibilidade: Os MHC tem estrutura única para cada indivíduo (exceto em gêmeos univitelinos), sendo o principal motivo para rejeição em caso de transplantes. TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS: Podem ser: Autólogos: o tecido ou órgão é transplantado para o mesmo indivíduo. Isólogos: o transplante provém de gêmeo idêntico. Homólogos: quando entre indivíduos diferentes, porém da mesma espécie. Heterólogos: entre espécies diferentes; Os transplantes autólogos e isólogos são bem sucedidos desde que se estabeleça uma circulação eficiente. Não há rejeição, pois as células possuem mesmo MHC. 14 Manu Lamas (155) CURIOSIDADE: As células M endocitam os antígenos e os transferem para o tecido linfoide associado subjacente. Transplantes homólogos e hereterólogos contém MHC I estranho ao hospedeiro. A rejeição ocorre principalmente pelos linfócitos Natural Killer e os citotóxicos, que destroem essas cél.. Citocinas na resposta imunitária: Controlam a alta complexibilidade da resposta imune, sendo que influenciam ambas respostas e agem sobre outros sistemas. A maioria é produzida por macrófagos e leucócitos, porém muitas são sintetizadas por cél. endoteliais e fibroblastos. Principais tipos de citosinas: Interleucinas: citocinas que atuam como mediadoras entre leucócitos. Quimiotaxinas: citosinas que atraem leucócitos para regiões de inflamação. Interferonas: produzidas pelas células invadidas. Agem sobre a superfície de macrófagos, induzindo a produção de moléculas que inibem a multiplicação viral. Fatores de necrose tumoral: estimulam aderência, secreção de macrófagos e a apoptose das células-alvo. A secreção pode ser: Autócrina: para a célula que a produziu. Parácrina: para células próximas. Endócrina: para células distantes. Doenças autoimunes: Resposta imune contra auto antígenos. Ocorre por falha no sistema imunitário. TECIDO LINFOIDE: Associado a mucosas – MALT: Está infiltrado ou em nódulos isolados. Sua localização depende da presença de antígenos. Dividido em: GALT (associado ao tubo digestivo): identificado pelo epitélio estratificado pavimentoso preenchido por muitos linfoides. As tonsilas apresentam defesa contra antígenos, iniciando a resposta imunitária. O GALT possui os subtipos: Tonsila Faringiana: superoposterior à faringe, coberta por epitélio pseudoestratificado prismático ciliado. Formada por pregas de mucosa com tec. e nódulos linfáticos. NÃO contém criptas. Tonsilas Palatinas: são duas e estão na orofaringe. Possuem invaginações que forma as criptas (contém cél. epiteliais descamadas, linfócitos vivos e mortos, além de bactérias). Recobertas por epitélio estratificado pavimentoso. Possui nódulos e centros germinativos. Tonsilas Linguais: pequeno diâmetro, mas numerosas. Localizadas na base da língua e cobertas por epitélio estratificado pavimentoso. Possui criptas. Placa de Peyer: região de agregados linfoides no intestino delgado. Seus nódulos são constituídos por linfócitos B e envolvidos pelos T. Interagem com antígenos para produzirem anticorpos. Epitélio associado ao folículo linfoide: presença de cúpulas e cél. M. Apêndice cecal: tecido linfoide difuso internodular e nódulos associados. BALT (associado às vias respiratórias). SALT (associado à pele). 15 Manu Lamas (155) TIMO: Órgão linfoepitelial situado no mediastino na altura dos vasos coronários. Contém dois lobos, envoltos por uma cápsula de conjuntivo denso. Suas principais células são linfócitos T, cél. reticulares epiteliais e macrófagos. Células reticulares epiteliais: não produzem fibras reticulares. Possuem núcleos grandes, cromatina fina e muitos prolongamentos citoplasmáticos. Dão estrutura e produzem fatores de crescimento, estimulam proliferação e formam a barreira hematotímica. Corpúsculos de Hassal: aglomerados de cél. reticulares epiteliais, organizadas em camadas concêntricas unidas por numerosos desmossomos. Possui as seguintes partes: Zona Cortical: parte periférica. Corada fortemente por hematoxilina por possuir maior concentração de linfócitos. Rico em capilares contínuos. Zona Medular: parte central e onde estão os corpúsculos de Hassal. Eles secretam linfopoetina para estimular maturação de linfócitos T. Vascularização e barreira hematotímica: As artérias penetram o timo pela cápsula, ramificam-se e aprofundam-se no órgão, seguindo os septos conj., onde originam arteríolas, queformam capilares que entram na cortical. Ao dirigirem-se para a região medular, desembocam em vênulas. Os capilares contínuos são envolvidos pelas células reticulares epiteliais, contribuindo para a barreira. Os outros componentes são os pericitos de capilares, lâmina basal (LB) do endotélio, LB das cél. reticulares e cél. endoteliais não fenestradas. A barreira existente na z. cortical serve para conter antígenos do sangue penetrem no timo. Histofisiologia: Desenvolvimento máximo no feto e involução, a partir da z. cortical, na puberdade. Não desaparece totalmente, mas passa a ser composto por grande quantidade de tecido conjuntivo e adiposo. LINFONODOS: Órgãos capsulados constituídos por tecido linfoide e que estão espalhados pelo corpo. Possuem, em geral, formato riniforme e apresentam o hilo, lado com reentrância, onde penetram artérias e saem veias. A linfa possui circulação unidirecional, saindo pelo hilo. Possui as seguintes regiões: Cápsula: envolve o órgão. Córtex: predominam linfócitos B. Medula: constituída por cordões medulares (ricos em Linfócitos B e plasmócitos). Entre eles, há os seios medulares (semelhante aos outros seios). 16 Manu Lamas (155) Cortical profunda/Região paracortical: entre córtex e medula. Há predomínio de linfócitos T e não possui nódulos linfáticos. Cortical superficial: constituída de tecido linfoide frouxo, formando os seios subcapsulares e peritrabeculares (possuem espaço irregular e recebem a linfa trazida, encaminhando-a na direção medular). Os nódulos linfáticos podem apresentar regiões centrais mais claras, os centros germinativos. Os linfócitos retornam aos linfonodos pelas vênulas de endotélio alto. BAÇO: Envolto por cápsula conjuntiva. Presença de hilo com passagem dos vasos esplênicos. Maior acúmulo de tec. linfoide do organismo. Ademais, possui contato íntimo com o sangue. Importante papel de defesa e destruição de eritrócitos. Importante filtro fagocitário. Possui as seguintes regiões: Polpa esplênica branca: Conjunto de todas as bainhas linfocitárias periarteriolares e nódulos linfoides. É onde linfócitos são produzidos e armazenados. Na lâmina: formato nodular (redondo) e corada em roxo. Polpa esplênica vermelha: destrói hemácias velhas (hemocaretese). Formada por sinusoides e cordões esplênicos. Na lâmina: coloração rosada e formato solto, com presença de vasos sanguíneos. Zona marginal: região de desague/drenagem das artérias peniciladas, rica em macrófagos. O sangue entra em contato com o parênquima esplênico, que contém macrófagos e células apresentadoras de antígenos. Os linfócitos T e B entram no baço antes de serem segregados em suas localizações específicas permitindo que eventuais microrganismos e patógenos alcancem a circulação. Na lâmina: menos granular do que a polpa branca, envolve o nódulo. Após a hemocaretese, a bilirrubina é devolvida ao sangue e vai para a bile. APARELHO URINÁRIO CONSIDERAÇÕES GERAIS: Formado por dois rins, dois ureteres, bexiga e uretra. Contribui pera manutenção da homeostase, produzindo a urina. Ela é formada pelos processos de filtração, reabsorção (ativa e passiva) e secreção. Secreção dos hormônios renina (regula Psanguínea) e eritropoietina (estimula a produção de eritrócitos). Além disso, sintetiza vitamina D. RIM: Formato de feijão e possui hilo, que contém, além da entrada de nervos e saída de ureteres, tecido adiposo e cálices, que se unem para formar a pélvis renal. Revestido por peritôeno. Constituído por: Cápsula: composta de tecido conjuntivo denso. 17 Manu Lamas (155) CURIOSIDADE: A arquitetura arterial renal é terminal, isto é, sem anastomose, o que traduz a importância de obstruções renais, no contexto de patologias renais, como a necrose; Zona Cortical: é o estroma. É dividido em lobos que, por sua vez, são divididos em lóbulos pelos raios medulares. Zona Medular: formada por pirâmides medulares, cujos vértices provocam saliências nos cálices renais, configurando as papilas. As papilas são circundadas por cálices, que coletam a urina que elas gotejam. Túbulo urinífero: Envolvido por lâmina basal e possui duas porções funcionais diferentes: Néfron: formado pela parte dilatada, o corpúsculo renal, pelo túbulo contorcido proximal, pelas partes delgadas e espessas da alça de Henle e pelo túbulo contorcido distal. Tubo coletor: conecta o túbulo contorcido distal aos ductos coletores. Corpúsculos renais e filtração do sangue: o corpúsculo renal é formado por um tufo de capilares, o groméluro, que é envolvido pela cápsula de Bowman. A cápsula é formada por: Folheto interno: contituído de podócitos (ricos em actina), dos quais partem diversos prolongamentos (primários e secundários). Nos secundários, ocorrem as fendas de filtração. Os podócitos que determinam as substâncias que vão para o túbulo. A nefrina retarda passagem de moléculas. Folheto externo: epitélio simples pavimentosos, lâmina basal e fibras reticulares. Espaço medular: entre folhetos. Esse espaço recebe o liquído filtrado. O corpúsculo renal possui: Polo vascular: onde as arteríolas aferente e eferente estão. Polo urinário: onde há o início do túbulo contorcido proximal. As alças são os capilares do tipo fenestrados, ramifacados das arteríolas. Membrana basal glomerular: Lâmina rara interna: elétron-livre em eletromicrografias, próx. a cél. endoteliais. Lâmina densa: elétron-densa. Contém col. IV e laminina. Lâmina rara externa: elétron-livre. *Lâminas raras contém fibronectina, que conecta as células. *Essas proteínas geram um filtro físico de macromoléculas. Células mesangiais: localizadas principalmente nos pontos que há espaço entre capilares. A ativação de seus receptores de angiotensina II (forma sistema com a renina) reduz o fluxo sanguíneo glomerular. Possui também receptores do fator vasodilatador natiurético (proveniente do coração), que aumenta o Vsangue. Essas cél, também fazem suporte do 18 Manu Lamas (155) glomérulo, fagocitose de corpos estranhos retidos na barreira e sintetizam matriz. Túbulo contorcido proximal: No polo urinário do corpúsculo, o folheto parietal se continua com o epitélio cuboide ou colunar baixo do túbulo. Maior do que o túbulo distal. Possui citoplasma fortemente acidófilo devido às muitas mitocôndrias e lúmen muito reduzido. Apresenta microvilos. Circundado por muitos capilares O citoplasma dessas cél. contém canalículos que aumentam capacidade de absorção. A bomba de sódio e potássio localiza-se basolateralmente e é responsável pela absorção de certos íons presentes no filtrado. O túbulo absorve toda a glicose e íons por transporte ativo secundário e a água acompanha por osmose. Alça de Henle: Possui forma de U e é constítuida por um segmento delgado interposto a dois espessos, sendo que os espessos se estreitam na parte mais externa da medula. Participa da retenção da água, criando um gradiente de hipertonicidade que influencia na concentração da urina O ramo descendente delgado reabsorve água e o ascendente espesso, íons, ambos por trasnporte passivo. Túbulo contorcido distal: Caracterizada pelo tortuamento da parte espessa da alça de Henle, revestida por epitélio simples cúbico. Possui células pequenas (maior n° de núcleos no corte), não possui microvilos, são menos acidófilas e possuem lúmem amplo, Mácula densa: segmento modificado da parede do túbulo, com cél. e núcleos cilíndircos. Produz moléculas sinalizadoras que liberam renina de acordo com o contéudo iônico e volume de água. Suas cél. reticuladas transmitem o sinal para as justaglomerulares. Túbulo e ductos coletores: Os túbulos coletores recebem urina do TCD e passam para os ductos, mais calibrosos. Possui cél. bem definidas e próximas. Seu epitélio passa de cuboide para colunar. Cora-se fracamente por eosina, sendo pobre em organelas e claras no microscópio. Participam do mecanismo de retenção de água devido ao ADH (abertura de aquaporinas). Aparelho justaglomerular: Cél. justaglomerulares: células musculares de arteríolas. Não tem membrana elástica interna 19 Manu Lamas (155) e possuem modificações. Possuem núcleo esférico e citoplasma carregado de grânulos de secreção, que participam da regulação da pressão. Ricas em RER e CG. Regula a pressão arterial, pois produz a enzima renina, que aumenta pressão arterial e secreção de aldosterona, que inibe excreção de sódio pelos rins. Cél. mesangiais extraglomerulares também fazem parte do aparelho. Interstício renal: Espaço entre néfrons, vasos sanguíneos e linfáticos. Muito escasso na cortical, mas aumenta na medular. Contém pequena qtd. de tec. conj. Cél. intertisciais: secretoras e contém gotículas lipídicas. Produzem a maior parte da eritropetina. Por isso, a lesão do rim pode levar à anemia. Ureter Camada mucosa: epitélio de transição. Camada muscular e camada adventícia. Conduz a urina. Bexiga: Armazenam a urina. Camada mucosa: epitélio de transição + lâmina própria de tec. conj.. As cél. mais superficiais do epitélio formam uma barreira osmótica de contato especializado, através de placas espessas separadas por faixas de membrana mais delgada. Quando se esvazia, há dobramento e as placas espessas se invaginam, formando as vesículas fusiformes. Camada muscular: músculo liso. Camada serosa: tecido conjuntivo (envolta por peritônio). Uretra: Transporta a urina para o exterior. Uretra feminina: Revestida por epitélio plano estratificado com áreas de pseudoestratificado colunar. Próximo à abertura para o exterior, possui o esfíncter externo da uretra, composto de músc. estriado. Uretra masculina: Formada pelas porções prostática, membranosa e cavernosa. Os ductos que transportam a secreção da próstata abrem-se na uretra prostática. Verumontanum: elevação que provoca saliência na parte prostática. Ao seu lado, abrem-se os ductos ejaculadores. Na uretra membranosa está o esfíncter externo da uretra, composto de músc. estriado. A uretra cavernosa possui a fossa navicular. Possui glândulas de Littré.
Compartilhar