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SISTEMA REPRODUTOR FEMININO - Histologia

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Nathalia Noronha 		 Histopatologia 
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
ovários 
funções: 
Os ovários têm duas funções inter-relacionadas (principais):
· Gametogênese
· Na mulher, a produção de gameta é denominada oocitogênese.
· Os gametas em desenvolvimentos são denominados oócitos, os gametas maduros são denominados oócitos II.
· Esteroidogênese 
· Os dois principais grupos de hormônio esteroide – estrogênios e progestógenos – são secretados pelos ovários.
· Estrógenos: promovem o crescimento e a maturação dos órgãos sexuais internos e externos e são responsáveis pelas características sexuais femininas que se desenvolvem na puberdade. Os estrógenos também agem sobre as glândulas mamárias para promover o desenvolvimento das mamas ao estimularem o crescimento ductal e estromal e o acúmulo de tecido adiposo.
· Os progestógenos preparam os órgãos sexuais internos, principalmente o útero, para a gravidez ao promoverem alterações secretoras no endométrio. Os progestógenos também preparam a glândula mamária para a lactação ao promoverem a proliferação lobular. 
estrutura: 
geral:
Em nulípara, os ovários estão em par e tem formato de amêndoas, com coloração branco-rosado, comprimento de 3 cm, 1,5 de largura e 1 cm de espessura. 
Antes da puberdade, a superfície do ovário é lisa, porém durante a vida reprodutiva ela se torna progressivamente cicatrizada e irregular devido às repetidas oocitações. Nas mulheres na pós menopausa, os ovários têm cerca de um quarto do tamanho observado durante o tamanho reprodutivo.
fixação
· O polo superior (ou tubário) do ovário é fixado à parede pélvica pelo ligamento suspensor do ovário, que comporta os vasos e os nervos do ovário. 
· O polo inferior (ou uterino) é fixado ao útero pelo ligamento úteroovárico, um remanescente do gubernáculo, o cordão fibroso embrionário que fixa a gônada em desenvolvimento ao assoalho da pelve.
Regiões
O ovário é composto por duas regiões distintas: 
· Região Medular: 
· Está localizada na porção central do ovário, e é composta por tecido conjuntivo frouxo, uma massa de vasos sanguíneos contorcido relativamente calibrosos, vasos linfáticos e nervos. 
· Região Cortical: 
· Localizado na região periférica que circunda a medula. Contém os folículos ovarianos incrustados no tecido conjuntivo ricamente celular. 
· Estão presentes fibras musculares lisas dispersas no estroma ao redor dos folículos. 
· contém fibroblastos dispostos em um arranjo muito característico, formando redemoinhos. 
O limite entre a região medular e cortical é indistinguível. 
superfície 
· Sua superfície é coberta por um epitélio pavimentoso ou cúbico simples, o epitélio germinativo. Os tumores que se originam da superfície epitelial do ovário são responsáveis por mais de 70% dos cânceres de ovário. A origem dos tumores epiteliais superficiais pode estar relacionada com ruptura e reparo repetidos do epitélio germinativo que ocorrem durante as oocitações.
· epitélio germinativo, é contínua com o mesotélio que cobre o mesovário.
· Sob o epitélio germinativo, há uma camada de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea. 
· Responsável pela cor esbranquiçada do ovário
· Abaixo da túnica albugínea Região cortical (predominam os folículos).
· Folículos: conjunto do ovócito e das células que o envolvem. 
desenvolvimento incial do ovário
· Ao fim do primeiro mês de vida embrionária, uma pequena população de célula germinativas primordiais migra do saco vitelínico até os primórdios gonodais. 
· Nas gônadas femininas, essas células se dividem e se transformam na ovogônia
· A divisão é tão intensa que no primeiro mês temos em torno de: 600 mil ovogônia, e no quinto mês: mais de 7 milhões. 
· A partir do terceiro mês as ovogônias começam a entrar na prófase da divisão meiótica, mas param na fase de diplóteno e não progridem para as outras fases da meiose. Essas células constituem os ovócitos primários e são envolvidas por uma camada de células achatadas chamadas células foliculares. 
· Antes do sétimo mês de gravidez, a maioria das ovogônias se transformou em ovócitos primários, mas, muitos ovócitos primários são perdidos em um processo de atresia.
· Como consequência da atresia, durante a puberdade o número de ovócitos primários é reduzido para 300 mil. 
· A atresia continua pelo resto da vida da mulher, de modo que em torno dos 40/ 45 anos restam apenas oito mil ovócitos. 
· São liberados ao longo da vida de uma mulher 450 mil ovócitos, o restante sofre atresia. 
Folículos 
Histologicamente podem ser identificados três tipos básicos de folículos ovarianos de acordo com a fase do desenvolvimento: 
1. Folículo primordial 
2. Folículos em crescimento 
a. Primários
b. Secundários/ Antrais 
3. Folículos Maduros, ou folículo ováricos de Graaf. 
No ciclo ovariano, os folículos são encontrados em todos os estágios do desenvolvimento, porém os folículos primordiais predominam.
Folículo primordial 
É o estágio mais inicial de desenvolvimento folicular. 
· Os folículos primordiais aparecem primeiramente nos ovários durante o terceiro mês de desenvolvimento fetal.
· A maioria desses folículos está "em repouso" - são folículos primordiais formados durante a vida fetal e que nunca sofreram nenhuma transformação. Os folículos primordiais são formados por um ovócito primário envolvido por uma única camada de células foliculares achatadas
· O crescimento inicial dos folículos primordiais é independente da estimulação das gonadotrofinas.
· No ovário maduro, os folículos primordiais são encontrados no estroma do córtex imediatamente abaixo da túnica albugínea
· Uma camada única de células foliculares pavimentosas circunda o oócito (Figura 23.3 e Prancha 92, adiante). A superfície externa das células foliculares é limitada por uma lâmina basal.
· O citoplasma do oócito, referido como ooplasma, contém um corpúsculo de Balbiani (Figura 23.3a). No nível ultraestrutural, o corpúsculo de Balbiani é revelado como um acúmulo localizado de membranas e vesículas de Golgi, retículo endoplasmático, numerosas mitocôndrias e lisossomos. Além disso, os oócitos humanos contêm lamelas anulares, e numerosas vesículas pequenas estão dispersas por todo o citoplasma juntamente com pequenas mitocôndrias esféricas. 
· Essas células estão na fase da primeira prófase da meiose
desenvolvimento de um folículo primordial crescimento 
A medida que o folículo primordial se desenvolve em folículo em crescimento, ocorrem alterações no oócito, nas células foliculares e no estroma adjacente
· Inicialmente o oócito aumenta de tamanho e as células foliculares circunvizinhas proliferam e se tornam e se tornam cúbicas. 
· Nesse estágio, isto é, quando as células foliculares se tornam cúbicas, o folículo é identificado como folículo primário.
· A medida que cresce o oócito secreta proteínas específicas que são montadas em uma cobertura extracelular denominada zona pelúcida (ZP).
· ZP-1
· ZP-2 proteína secundária de ligação ao espermatozóide
· ZP-3 mais importante, pois funciona como receptora de ligação do espermatozoide e indutora de reação acromossômica
· Zona Pelúcida: Camada homogênea e refrátil que se cora com corante acidófilos. Aparece quando o oócito circundado com uma única camada de células foliculares cúbicas ou colunares cresceu até o dm de 50 a 80 mm.
· As células foliculares sofrem estratificação para formar a camada granulosa do folículo primário. 
Folículo primário 
· Através da proliferação mitótica rápida camada única de células foliculares dá origem a um epitélio estratificado, a membrana granulosa (estrato granuloso), circundando o oócito. As células foliculares agora são identificadas como células granulosas (ou células da granulosa). 
· A lâmina basal retém sua posição entre a camada mais externa de células foliculares, que se torna colunar, e o estroma de tecido conjuntivo
· Durante o crescimento folicular, extensas junções comunicantes (tipo gap) desenvolvem-se entre as células granulosas., entretanto, a camada basal de células granulosas não possui zônulas de oclusão elaboradas, indicandoa ausência de uma barreira hematofolicular. O movimento dos nutrientes e de pequenas moléculas informacionais do sangue para o líquido folicular é essencial para o movimento normal do oócito e do folículo.
Folículo primário tardio. Folículo Multilaminar 
a. Desenho esquemático de um folículo primário tardio mostra uma massa multicamadas de células granulosas (diferenciadas das células foliculares) circundando o oócito. Observe que a camada mais interna das células granulosas é adjacente à zona pelúcida, e a camada mais externa dessas células repousa sobre a lâmina basal, que é adjacente às células estromais agora denominadas teca folicular. O corpúsculo de Balbiani nesse estágio reorganizasse em múltiplas unidades de Golgi, e grânulos corticais aparecem no citoplasma. O destaque ampliado em forma de cunha mostra a ultraestrutura de um oócito e as células foliculares adjacentes. Numerosas microvilosidades do oócito e prolongamentos delgados das células granulosas estendem-se até a zona pelúcida que circunda o oócito. Prolongamentos das células granulosas entram em contato com a membrana plasmática do oócito.
b. Fotomicrografia de um folículo primário tardio (de macaco). As múltiplas camadas das células granulosas (CG) podem ser visualizadas circundando o oócito primário. A zona pelúcida (ZP) está presente entre o oócito e as células foliculares
As células do tecido conjuntivo formam as camadas tecais do folículo primário.
· À medida que as células granulosas proliferam, as células estromais que circundam imediatamente o folículo formam uma bainha de células de tecido conjuntivo, conhecida como teca folicular, imediatamente externa à lâmina basal. A teca folicular diferencia-se ainda em duas camadas:
· A teca interna é a camada interna altamente vascularizada de células secretoras cúbicas. As células completamente diferenciadas da teca interna possuem aspectos ultraestruturais característicos de células produtoras de esteroides. As células da teca interna possuem um grande número de receptores de hormônio
luteinizante (LH). Em resposta à estimulação do LH, elas sintetizam e secretam os androgênios que são os precursores do estrogênio. Além das células secretoras, a teca interna contém fibroblastos, feixes de colágeno e uma rica rede de pequenos vasos típica dos órgãos endócrinos.
· A teca externa é a camada externa de células de tecido conjuntivo. Ela contém, principalmente, células musculares lisas e feixes de fibras de colágeno. 
A maturação do oócito ocorre dentro do folículo primário. 
Folículo primordial X folículo primário
folículo secundário
· Quando o estrato granuloso alcança a espessura de 6 a 12 camadas celulares, cavidades repletas de líquido aparecem entre as células granulosas. À medida que um líquido rico em hialurona, denominado líquido folicular, continua a se acumular entre as células granulosas, as cavidades começam a coalescer, acabando por formar uma cavidade única, antro. 
· Folículo agora é identificado como folículo secundário ou folículo antral. O oócito posicionado excentricamente, que atingiu um diâmetro de cerca de 125 mm, não sofre maior crescimento. A inibição do crescimento é alcançada pela presença de um peptídio pequeno denominado fator inibidor da maturação do oócito (OMI), que é secretado pelas células granulosas do líquido antral. Uma correlação direta é observada entre o tamanho do folículo secundário e a concentração de OMI. A concentração é maior nos folículos pequenos e menor nos folículos maduros. 
· Durante a reorganização das células da granulosa para formar o antro, algumas células dessa camada se concentram em determinado local da parede do folículo, formando um pequeno espessamento, o cumulus oophorus, que serve de apoio para o ovócito. Além disso, um pequeno grupo de células foliculares envolve o ovócito, constituindo a curona radiata
As células do cúmulo oóforo formam uma coroa radiada ao redor do oócito do folículo secretor
· À medida que o folículo secundário aumenta de tamanho, o antro, revestido por diversas camadas de células granulosas, também aumenta. 
· O estrato granuloso tem uma espessura relativamente uniforme, exceto para a região associada ao oócito. Aqui, células granulosas formam um montículo espessado, o cúmulo oóforo, que se projeta para o antro. As células do cúmulo oóforo que circundam imediatamente o oócito e permanecem com ele na oocitação são denominadas coroa radiada. A coroa radiada é composta de células do cúmulo que enviam microvilosidades penetrantes por toda a zona pelúcida para se comunicarem através de junções comunicantes com as microvilosidades do oócito.
Folículo maduro ou de graaf 
Contendo o oócito secundário maduro. 
Normalmente durante cada ciclo menstrual um folículo antral cresce muito mais que os outros e se torna o folículo dominante, que pode alcançar o estágio mais desenvolvido de crescimento e prosseguir até a ovulação. Quando alcança seu máximo desenvolvimento, esse folículo é chamado folículo maduro, pré-ovulatório ou de Graaf. Os outros folículos estavam em crescimento sincrônico e sofrem atresia. 
· O folículo maduro, também conhecido como folículo de de Graaf, tem um diâmetro igual ou superior a 10 mm. Devido a seu grande tamanho, ele se estende através da espessura completa do córtex ovariano e causa um abaulamento na superfície do ovário 
· O folículo maduro é tão grande (aproximadamente 2,5 cm de diâmetro) que provoca saliência na superfície do ovário e pode ser detectado por ultrassom.
· Como resultado do acúmulo de líquido, a cavidade folicular aumenta de tamanho e a camada de células da granulosa da parede do folículo torna-se mais delgada, pois essas células não se multiplicam na mesma proporção que o crescimento do folículo. Esses folículos têm suas tecas muito espessas.
· O estrato granuloso parece tornar-se mais fino conforme o antro aumenta de tamanho. 
· À medida que os espaços entre as células granulosas continuam a aumentar, o oócito e as células do cúmulo são gradualmente afrouxados do restante das células granulosas em uma preparação para a oocitação. 
· As células do cúmulo que circundam imediatamente o oócito agora formam uma única camada de células da coroa radiada. Essas células e as células do cúmulo frouxamente aderidas permanecem com o oócito na oocitação.
· O processo total de crescimento do folículo, desde primordial até maduro, dura na mulher aproximadamente 90 dias. 
Atresia folicular
A maioria dos folículos vai sofrer um processo de atresia, no qual as células foliculares e ovócitos morrem e são eliminadas por células fagocíticas. 
Folículos em qualquer fase de desenvolvimento (primordial, primário, pré-antral e antral) podem sofrer atresia.
Este processo é reconhecido por algumas, ou todas essas características, dependendo do estágio de atresia:
· Sinais de morte celular de células da granulosa (principalmente aparecimento de núcleos picnóticos, hipercorados e sem visualização de seus detalhes)
· Separação de células da camada granulosa de modo que elas ficam soltas no líquido folicular
· Morte do ovócito vista pela alteração do núcleo e citoplasma 
· Pregueamento da zona pelúcida. 
· Após a morte das células, macrófagos invadem o folículo e fagocitam os seus restos. 
· Em um estágio posterior, fibroblastos ocupam a área do folículo e produzem uma cicatriz de colágeno que pode persistir por muito tempo
ovulação
Ruptura da parede do folículo maduro, com a consequente liberação do ovócito que será capturado pela extremidade dilatada da tuba uterina. 
· Acontece frequentemente na época próxima à metade do ciclo menstrual, isto é, ao redor do décimo quarto dia de um ciclo de 28 dias. Na mulher, geralmente só um ovócito é liberado pelos ovários durante cada ciclo, mas às vezes nenhum ovócito é ovulado (são denominados ciclos anovulatórios).
· Às vezes, dois ou mais ovócitos podem ser expelidos ao mesmo tempo e, se forem fertilizados, podem desenvolver-se em dois ou mais embriões (originando gêmeos fraternos).Estímulo para ovulação:
· Pico de LH liberado pela hipófise em resposta aos altos níveis de estrógeno circulante produzido pelos folículos em crescimento.
· As células da granulosa produzem mais ácido hialurônico e se soltam de sua camada. 
· Uma pequena área da parede do folículo enfraquece por causa da degradação de colágeno da túnica albugínea, por causa de isquemia e pela morte de algumas células. Essa fraqueza localizada e possivelmente a contração de células musculares lisas que circundam o folículo conduz à ruptura de parte da parede exterior do folículo e à ovulação. 
· Devido à ruptura da parede folicular, o ovócito e o primeiro corpúsculo polar, envoltos pela zona pelúcida, pela carona radiata e juntamente com um pouco de fluido folicular, deixam o ovário e entram na extremidade aberta da tuba uterina, onde o ovócito pode ser fertilizado. Se isso não acontece nas primeiras 24 h após a ovulação, ele degenera e é fagocitado.
Divisão meiótica antes da ovulação:
· A primeira divisão meiótica é completada um pouco antes da ovulação (até este momento o ovócito estava desde
· a vida fetal na prófase Ida meiose).
· Os cromossomos são divididos igualmente entre as células-filhas, mas um dos ovócitos secundários retém quase todo o citoplasma. O outro se toma o primeiro corpúsculo polar, uma célula muito pequena que contém um pequeno núcleo e uma quantidade mínima de citoplasma. 
· Imediatamente após a expulsão do primeiro corpo polar o núcleo do ovócito inicia a segunda divisão da meiose, que estaciona em metáfase até que haja fertilização.
corpo lúteo
Após a ovulação as células da teca interna e da granulosa do folículo que ovulou se reorganizam formando uma glândula endócrina temporária, o corpo lúteo. 
Formação e estrutura do corpo lúteo
· A perda do fluido folicular após a ovulação resulta em colapso da parede do folículo, que se torna pregueada. 
· Devido à ruptura da parede do folículo um pouco de sangue pode fluir para a cavidade do antro folicular, onde coagula e é, depois, invadido por tecido conjuntivo. Esse tecido conjuntivo constitui a parte mais central do corpo lúteo, acompanhado de restos de coágulos de sangue que são gradualmente removidos.
· Embora as células da granulosa não se dividam depois da ovulação, elas aumentam muito de tamanho (20 a 35 μ,m de diâmetro). Elas compõem aproximadamente 80% do parênquima do corpo lúteo e passam a ser chamadas células granulosa-luteínicas, com características de células secretoras de esteroides
· Essas células lúteas sofrem alterações morfológicas drásticas, aumentando de tamanho e enchendo-se
· com gotículas lipídicas. Um pigmento lipossolúvel, lipocromo, no citoplasma das células lhes confere uma aparência amarela nas preparações a fresco.
· células grandes localizadas na região central
· Embora em menor número, as células da teca interna também contribuem para a formação do corpo lúteo, originando as células teca-luteínicas, são semelhantes às granulosa-luteínicas, mas são menores (aproximadamente 15 μ. m de diâmetro). Elas tendem a se acumular nas pregas da parede do corpo lúteo. 
· Os vasos sanguíneos e linfáticos, que eram restritos teca interna, agora crescem, dirigem-se para o interior do corpo lúteo e formam uma abundante rede vascular.
· A reorganização do folículo ovulado e o desenvolvimento do corpo lúteo resultam de estímulo pelo hormônio luteinizante liberado antes da ovulação 
· Ainda sob efeito do LH, as células modificam seus componentes enzimáticos e começam a secretar progesterona e estrógenos.
Destino do corpo lúteo
O destino do corpo lúteo depende de como ele é estimulado após a sua formação. 
· Pelo estímulo inicial de LH (que ocasionou a ovulação) o corpo lúteo é programado para secretar durante 10 a 12 dias. Se não houver nenhum estímulo adicional, suas células degeneram por apoptose. Isso é o que acontece quando uma gravidez não se estabelece.
· Uma das consequências da secreção decrescente de progesterona (por falta de estímulo de LH) é a menstruação, que é a descamação de parte da mucosa uterina. 
· Altas taxas de estrógeno circulante inibem a liberação de FSH pela hipófise. Em contrapartida, depois da degeneração do corpo lúteo, a concentração de esteroides do sangue diminui e FSH é liberado em quantidades maiores, estimulando o crescimento rápido de alguns folículos e iniciando o ciclo menstrual seguinte.
· O corpo lúteo que dura só parte de um ciclo menstrual é chamado corpo lúteo de menstruação. Seus restos são fagocitados por macrófagos. 
· Fibroblastos adjacentes invadem a área e produzem uma cicatriz de tecido conjuntivo denso chamada corpo albicans (ªcorpo branco", por causa da sua grande quantidade de colágeno). 
· Se a gravidez se estabelece: um sinal para o corpo lúteo é dado pelo embrião implantado, cujas células trofoblásticas sintetizam um hormônio chamado gonadotropina coriônica humana (HCG). A ação do HCG é semelhante à do LH, estimulando o corpo lúteo. 
· Assim, o BHCG resgata o corpo lúteo da degeneração, causa crescimento adicional desta glândula endócrina e estimula a secreção de progesterona pelo corpo lúteo durante pelo menos metade da gravidez.
· A progesterona, além de manter a mucosa uterina, também estimula a secreção das glândulas uterinas, o que provavelmente é importante para a nutrição do embrião antes de a placenta se tomar funcional.
· Este é o corpo lúteo de gravidez, que persiste durante 4 a 5 meses e em seguida degenera e é substituído por um corpo albicans, que é muito maior que o de menstruação.
endométrio
O endométrio consiste em um epitélio e uma lâmina própria que contém glândulas tubulares simples que às vezes se ramificam nas porções mais profundas (próximo do miométrio).
As células que revestem a cavidade uterina se organizam em um epitélio simples colunar formado por células ciliadas e células secretoras. 
O epitélio das glândulas uterinas é semelhante ao epitélio superficial, mas células ciliadas são raras no interior das glândulas. O tecido conjuntivo da lâmina própria é rico em fibroblastos e contém abundante matriz extracelular. As fibras de tecido conjuntivo são constituídas principalmente de colágeno de tipo III.
O endométrio pode ser subdividido em duas camadas que não podem ser bem delimitadas morfologicamente: 
1. a camada basal, mais profunda, adjacente ao miométrio, constituída por tecido conjuntivo e pela porção inicial das glândulas uterinas
2. a camada funcional, formada pelo restante do tecido conjuntivo da lâmina própria, pela porção final e desembocadura das glândulas e também pelo epitélio superficial. 
Enquanto a camada funciona sofre mudanças intensas durante os ciclos menstruais, a basal permanece quase inalterada.
· Os vasos sanguíneos que irrigam o endométrio são muito importantes para o fenômeno cíclico de perda de parte do endométrio durante a menstruação. Das artérias arqueadas, que se orientam circunferencialmente nas camadas médias do miométrio, partem dois grupos de artérias que proveem sangue para o endométrio: 
· as artérias retas, que irrigam a camada basal
· artérias espirais, que irrigam a camada funcional
Ciclo menstrual: 
Estrógenos e progesterona controlam grande parte da estrutura e das funções dos órgãos do aparelho reprodutor feminino. A proliferação, diferenciação e secreção das células epiteliais, como também o tecido conjuntivo, dependem desses hormônios. Mesmo antes do nascimento esses órgãos são influenciados por estrógenos e progesterona, que circulam no sangue materno e alcançam o feto pela placenta. Depois da menopausa, a síntese diminuída desses hormônios causa uma involução geral dos órgãos reprodutores.
· Depois da puberdade os hormônios ovarianos, por estímulo da adeno-hipófise, fazem com que o endométrio passe por modificações estruturais cíclicas durante o ciclo menstrual, que tem duração variável, com média de 28 dias.
· Ciclos menstruais geralmente começam entre 12 e 15 anos de idade e continuam até os 45 a 50 anos. Como os ciclos menstruais são consequência de eventos ovarianos relacionados com a produção de ovócitos,a mulher só é fértil durante o período em que ela tem ciclos menstruais.
· Considera-se o começo de um ciclo menstrual como o dia em que se inicia o sangramento menstrual. Este sangramento consiste em minúsculos fragmentos de endométrio misturados com sangue dos vasos sanguíneos rompidos durante a menstruação. 
· A fase menstrual do ciclo dura em média 3 a 4 dias. A fase seguinte do ciclo menstrual é denominada fase proliferativa, que é seguida pela fase secretória (ou luteal). A fase secretória começa após a ovulação e dura aproximadamente 14 dias. A duração da fase proliferativa é variável, em média 10 dias. Apesar dessa divisão em fases, as mudanças estruturais que acontecem durante o ciclo são graduais. 
Fase proliferativa, folicular ou estrogênica: ocorre concomitantemente com a maturação folicular e é influenciada pela secreção de estrógenos ovarianos.
· A mucosa uterina é bastante delgada após sofrer descamação na fase menstrual, medindo cerca de 0,5 mm de espessura. 
· O começo da fase proliferativa coincide com o crescimento rápido de um pequeno grupo de folículos ovarianos que estão provavelmente na transição entre folículos pré·antrais e antrais. Quando sua teca interna se desenvolve mais intensamente, esses folículos começam a secretar ativamente estrógenos, cujas concentrações plasmáticas aumentam gradualmente.
· Os estrógenos agem no endométrio induzindo a proliferação celular, que reconstitui o endométrio perdido durante a menstruação.
· Durante a fase proliferativa o endométrio está coberto por um epitélio colunar simples. As glândulas uterinas, formadas por um epitélio colunar simples, são tubos retilíneos, e seu lúmen é estreito. 
· As células epiteliais gradualmente acumulam cisternas de retículo endoplasmático granuloso e o complexo de Golgi aumenta de tamanho, em preparação para um crescimento da sua atividade secretora. 
· Ao término da fase proliferativa, o endométrio mede cerca de 2 a 3 mm de espessura. 
Fase secretória ou luteal: Progesterona 
· A fase secretória começa depois da ovulação e resulta da ação de progesterona secretada pelo corpo lúteo que se forma após a ovulação.
· Progesterona continua estimulando as células epiteliais das glândulas que já haviam crescido na fase proliferativa por ação do estrógeno. 
· As células epiteliais começam a acumular glicogênio na porção infranuclear. Em seguida, a quantidade de glicogênio das células diminui, e produtos de secreção dilatam o lúmen das glândulas. 
· Uma característica morfológica importante desta fase é o fato de as glândulas se tornarem muito tortuosas
· Nesta fase, o endométrio alcança sua máxima espessura (cerca de 5 mm) como resultado do crescimento da mucosa, do acúmulo de secreção e do edema no estroma. Mitoses são raras durante a fase secretória.
· Um papel importante da progesterona é inibir contrações das células musculares lisas do miométrio, que poderiam
· interferir na implantação do embrião.
Se tiver ocorrido fertilização, o embrião terá sido transportado ao útero e aderido ao epitélio uterino durante a fase secretória, cerca de 7 ou 8 dias depois da ovulação. É possível que a secreção das glândulas seja uma fonte de nutrição para o embrião antes de sua implantação no endométrio.
Fase menstrual: 
· Se não ocorre a fertilização do ovócito e a implantação do embrião, o corpo lúteo deixa de funcionar 10 a 12 dias depois da ovulação. Em consequência, diminuem rapidamente os níveis de estrógenos e, principalmente, progesterona no sangue. 
· Ocorrem vários ciclos de contração das artérias espirais do endométrio que são fonte para a irrigação da camada funcional. Disso resulta bloqueio do fluxo de sangue, produzindo isquemia e causando morte (por necrose) das paredes das artérias, assim como das células da porção da camada funcional do endométrio irrigada por esses vasos. As artérias se rompem após os locais de constrição e o sangramento começa
· A maior parte da camada funcional do endométrio é separada da mucosa e cai no lúmen uterino, fazendo parte do fluido menstrual. O resto do endométrio encolhe devido à perda de fluido intersticial.
· A quantidade de endométrio e sangue perdida varia de uma mulher para outra, e até mesmo na mesma mulher em diferentes ciclos.
· Ao término da fase menstrual, o endométrio é reduzido a uma espessura muito delgada (a camada basal). O endométrio está, assim, pronto para iniciar um novo ciclo, pois suas células começam a se dividir para reconstituir a mucosa por ação de estrógenos secretados em quantidades crescentes por folículos em ativo crescimento.
Endométrio gravídico
· Se houve uma implantação embrionária, as células trofoblásticas produzem gonadotropina coriônica (HCG) que estimula o corpo lúteo a continuar secretando progesterona. Portanto, assim que a gravidez se estabelece a menstruação não ocorre e o ciclo menstrual cessa durante toda a duração da gravidez. 
· A progesterona faz as glândulas uterinas tornarem-se mais dilatadas e mais tortuosas, bem como produzirem mais secreção que durante a fase secretória.

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