Buscar

Atividade HISTOLOGIA MÉDICA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Atividade Avaliativa
Um homem de 41 anos de idade, que fuma desde os 17 anos e também usuário habitual de álcool, foi encaminhado para análise de alguns órgãos do trato digestório. Realizou-se, então, um estudo histológico que revelou a existência de certo tecido caracterizado por células epiteliais simples colunares metaplásicas com predisposição ao desenvolvimento de câncer, especificamente, na porção distal desse órgão. Ao receber o resultado do exame, o médico disse a seu paciente: “Nesse órgão, as células epiteliais deveriam ser células pavimentosas organizadas de forma estratificada com presença de glândulas na submucosa. Considerando o assunto abordado, identifique e justifique o órgão em questão e, em seguida, discorra a respeito das modificações histológicas sofridas pelo órgão e quais são as possíveis consequências dessas alterações.
O órgão em questão é o esôfago, uma vez que, em seu estado normal, ele apresenta tecido epitelial estratificado pavimentoso não queratinizado e glândulas mucosas presentes na região da submucosa. No entanto, esse órgão, na tentativa de se adaptar aos estímulos externos, como no caso do paciente, o elitismo e o tabagismo, e ao pH ácido do estômago, acaba passando por um processo de modificação histológica. A mudança reside no fato de que o tecido epitelial estratificado pavimentoso não queratinizado passa a ser tecido epitelial colunar simples, devido às lesões sofridas pelos tecidos que depois se cicatrizam. Essa mudança histológica é denominada como Esôfago de Barret, que pode se apresentar, microscopicamente, como: Metaplasia intestinal tipo I e II, Esôfago de Barret não displásico, Esôfago de Barret displásico e adenocarcinoma. 
A metaplasia intestinal pode estar presente no esôfago, devido ao refluxo crônico. O tipo I, também denominada MI completa apresenta criptas retas e regulares revestidas por células colunares absortivas maduras com bordas em escova não secretoras de muco, por células caliciformes secretoras de sialomucinas e por células de Paneth na base das criptas. O tipo II, ou MI incompleta, apresenta criptas irregulares com células caliciformes produtoras de sialomucinas. 
No Esôfago de Barrett não displásico, há a presença de numerosos tipos celulares, como caliciformes e as colunares azuis e o epitélio metaplásico pode apresentar leves distorções na arquitetura de sua base, como atrofia, irregularidade e atividade mitótica limitada à zona basal das criptas, no entanto, não costumam expressar alterações citológicas ou estruturais. 
Displasia e adenocarcinoma: Após a identificação na biópsia de células características do EB, é importante determinar se há ou não a presença de displasia ou neoplasia. As alterações citológicas importantes no diagnóstico e classificação da displasia incluem a depleção de mucinas, perda das células caliciformes, perda da polaridade nuclear, nucleomegalia, aumento na razão núcleo/citoplasma, irregularidade da membrana nuclear, hipercromasia nuclear, múltiplos nucléolos e mitoses atípicas. O conceito de displasia, ou neoplasia intraepitelial, consiste num diagnóstico histológico baseado na observação de alterações citológicas e morfológicas, e representa alterações do tipo pré-malignas as quais não ultrapassam a membrana basal. Logo, o risco de malignidade de uma célula está associado à presença de displasia.

Outros materiais