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USINAGEM AULA 01 Prof. Me. Policarpo Almeida Engenharia Mecânica 7º Período ■ AULA PASSADA: – Grandezas físicas em usinagem 2 ■ OBJETIVOS DA AULA: – Geometria da cunha cortante 3 GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE: – Geometria da ferramenta de corte exerce grande influência no desempenho da usinagem; – Por melhor que seja o material da ferramenta, se a sua geometria não for preparada adequadamente, não haverá êxito na operação; – A sua importância que se faz necessário normalizar, da maneira mais conveniente possível, os ângulos da cunha cortante para uniformizar a nomenclatura entre os profissionais e a literatura especializada; – A NBR 6163 - Conceitos da Técnica de Usinagem: Geometria da Cunha Cortante: Terminologia (ABNT, 1980) trata desse assunto. 4 GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE: – A geometria da ferramenta influência na: ■ Formação do cavaco; ■ Saída do cavaco; ■ Forças de corte; ■ Desgaste da ferramenta; ■ Qualidade final do trabalho. 5 GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ PARTES CONSTRUTIVAS DE UMA FERRAMENTA: – Superfície de saída (Aγ): superfície da cunha de corte sobre a qual o cavaco é formado e escoa durante sua saída; – Cunha de corte (β): é a cunha da ferramenta, formada pela intersecção das superfícies de saída e folga; – Ponta de corte: é a parte da cunha que se encontram as arestas principal e secundaria de corte; ■ A ponta de corte pode ser a intersecção das arestas, ou a concordância das duas arestas mediante um arredondamento ou chanfro. 6 GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ PARTES CONSTRUTIVAS DE UMA FERRAMENTA: – Aresta principal de corte (S): é a aresta de corte formada pela intersecção das superfícies de saída e de folga principal; – Aresta secundária de corte (S’): é a aresta de corte formada pela intersecção das superfícies de saída e de folga secundaria; – Superfície principal de folga (Aα): superfície da cunha de corte que contem a aresta principal de corte; – Superfície secundária de folga (A’α): superfície da cunha de corte que contem a aresta secundária de corte. 7 GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ PARTES CONSTRUTIVAS DE UMA FERRAMENTA: 8 GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ SISTEMAS DE REFERÊNCIA: – Para a determinação dos ângulos na cunha de corte é necessário empregar um sistema de referência – Normalmente, são empregados dois sistemas: ■ Sistemas de referência da ferramenta: necessário para a determinação da geometria da cunha de corte da ferramenta durante as etapas de projeto, execução e controle da ferramenta; – Dissociada da máquina-ferramenta que irá utilizá-la. ■ Sistema efetivo de referência: necessário para a determinação da geometria da cunha de corte da ferramenta durante o processo de usinagem; – Com a ferramenta em trabalho fixada na respectiva máquina-ferramenta e com todas as condições operacionais definidas; – Leva em conta a ferramenta na máquina, fixando-se também as velocidades de corte e de avanço. 9 GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ PLANOS DE UMA FERRAMENTA DE CORTE: – Plano de Referência da ferramenta (Pr): ■ Passa pelo ponto de corte escolhido e é perpendicular à direção de corte; ■ Escolhida de modo que esse plano seja o mais paralelo ou perpendicular possível à superfície ou eixo da ferramenta. 10 GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ PLANOS DE UMA FERRAMENTA DE CORTE: – Plano de Referência da ferramenta (Pr): 11 GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ PLANOS DE UMA FERRAMENTA DE CORTE: – Plano de Trabalho (Pf): passa pelo ponto de corte escolhido, é perpendicular ao plano de referência (Pr) e paralelo a direção de avanço; ■ A direção admitida de avanço é escolhida de forma que o Pf seja paralelo ou perpendicular à superfície ou eixo da ferramenta; ■ Neste se realizam os movimentos que tomam parte na formação de cavaco; ■ Existe sempre um único plano instantâneo de trabalho, mesmo quando o avanço tem componentes, pois instantaneamente só há uma única direção de avanço. 12 GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ PLANOS DE UMA FERRAMENTA DE CORTE: – Plano de Corte: Ambos passam pelo ponto de referência. ■ Plano de corte principal da ferramenta (Ps): É tangente à aresta de corte e perpendicular ao plano de referência da ferramenta; – Quando o plano de corte se refere à aresta principal. ■ Plano de corte principal da ferramenta (Ps’): É tangente à aresta secundária de corte e perpendicular ao plano de referência da ferramenta; – Quando se refere à aresta secundária. 13 GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ PLANOS DE UMA FERRAMENTA DE CORTE: – Plano ortogonal da ferramenta (Plano de Medida) (Po): é perpendicular aos planos de referência (Pr)e de corte da ferramenta (Ps); – Plano Normal (Pn): passa pelo ponto de corte escolhido e é perpendicular a aresta de corte. 14 GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ PLANOS DE UMA FERRAMENTA DE CORTE : – Plano dorsal da ferramenta (Pp): Passa pelo ponto de corte escolhido; ■ Perpendicular aos planos de referência (Pr) da ferramenta e admitido de trabalho (Pf); – Plano ortogonais à superfície de saída (Pg): perpendicular à superfície de saída e ao plano de referência da ferramenta; – Plano ortogonal à superfície de folga (Pb): perpendicular à superfície de folga e ao plano de referência da ferramenta. 15 GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ ÂNGULOS DO SISTEMA DE REFERÊNCIA DA FERRAMENTA: – Os ângulos da cunha destinam-se à determinação da posição e da forma da cunha de urna ferramenta; – São agrupados de acordo com o plano no qual estão localizados, ou seja, em ângulos medidos no plano de referência (Pr), no plano de corte e no plano ortogonal 16 GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ ÂNGULOS DO SISTEMA DE REFERÊNCIA DA FERRAMENTA: – Ângulo de Posição (χ): ângulo entre o plano de corte (Ps) e o plano de trabalho (Pf); ■ Geralmente varia de 45 a 95°; ■ Apresenta as seguintes funções: – Distribuir as tensões de corte favoravelmente no início e no fim do corte; – Influenciar na direção de saída do cavaco. ■ Situa-se sempre fora da cunha cortante, de forma que o seu vértice indica a ponta de corte. 17 Medidos no Plano de Referência (Pr) GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ ÂNGULOS DO SISTEMA DE REFERÊNCIA DA FERRAMENTA: – Esse ângulo mostra a posição da aresta de corte. ■ O ângulo de posição possui as seguintes funções e características: ■ Influi na direção de saída do cavaco; ■ Se χ diminui, o ângulo de ponta (ɛ) aumenta, aumentando a resistência da ferramenta e a capacidade de dissipação de calor; ■ O controle de χ reduz as vibrações, uma vez que as forças de corte estão relacionadas com este ângulo. Geralmente χ está entre 30° e 90°; ■ Ângulo pequeno = cavaco fino e maior força de corte. 18 Medidos no Plano de Referência (Pr) GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ ÂNGULOS DO SISTEMA DE REFERÊNCIA DA FERRAMENTA: – Ângulo de Posição Secundária (χ’): ângulo entre o plano secundário de corte (Ps’) e o plano de trabalho (Pf). ■ Situa-se sempre fora da cunha cortante, de forma que o seu vértice indica a ponta de corte; ■ Esse ângulo indica a posição da aresta secundária de corte. 19 Medidos no Plano de Referência (Pr) GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ ÂNGULOS DO SISTEMA DE REFERÊNCIA DA FERRAMENTA: – Ângulo de Posição Secundária (χ’) 20 GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ ÂNGULOS DO SISTEMA DE REFERÊNCIA DA FERRAMENTA: – Ângulo de Ponta (ɛ): ângulo entre os planos principal de corte (Ps) e o secundário (Ps’); ■ Assegurar a resistência da ponta da ferramenta; ■ Dissipar calor; ■ Depende do formato da ferramenta; – Quadrado: 90º; – Triangulares: 60º; – Perfilamento: 35º, mas pode fragilizar a ferramenta; – Circulares: Em função da profundidade. 21 Medidos no Plano de Referência (Pr) GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ ÂNGULOS DO SISTEMA DE REFERÊNCIA DA FERRAMENTA: 22 GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ ÂNGULOS DO SISTEMA DE REFERÊNCIA DA FERRAMENTA: – Ângulo de Inclinação (λ): ângulo entre a aresta de corte e o plano de referência. ■ Funções do ângulo “λ”: – Controlar a direção de saídado cavaco; – Proteger a aresta da ferramenta contra impactos; – Atenuar vibrações; – Geralmente λ (ângulo de inclinação) tem um valor de -4° a 4° (-11º a 11º). 23 Medidos no Plano de Corte (Ps) GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ ÂNGULOS DO SISTEMA DE REFERÊNCIA DA FERRAMENTA: – Ângulo de Inclinação (λ): ■ λ (positivo): ponta da ferramenta é mais baixa que a aresta de corte (usado em desbastes de materiais duros). ■ λ (negativo): ponta da ferramenta é mais alta que aresta de corte (usado na usinagem de materiais macios, baixa dureza). ■ λ (nulo): ponta da ferramenta tem mesma alta que aresta de corte (usado na usinagem de materiais duros, exige menor potencia no corte) 24 Medidos no Plano de Corte (Ps) GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ ÂNGULOS DO SISTEMA DE REFERÊNCIA DA FERRAMENTA: – Ângulo de Saída (γ): ângulo entre a superfície de saída (Aγ) e o plano de referência (Pr); ■ Possui as seguintes características: – Influi na força e na potência necessária ao corte, no acabamento superficial e no calor gerado; – Quanto maior o ângulo γ menor será o trabalho de dobramento do cavaco; – O ângulo γ deve ser maior para materiais que oferecem pouca resistência ao corte; – O ângulo γ deve ser menor para materiais mais duros e com irregularidades na superfície. 25 Medidos no Plano Ortogonal (Po) GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ ÂNGULOS DO SISTEMA DE REFERÊNCIA DA FERRAMENTA: – Ângulo de Folga da Ferramenta (α): ângulo entre a superfície de folga e o plano de corte Ps. ■ Possui as seguintes funções e características: – Evitar o atrito entre a peça e a superfície de folga da ferramenta; – Se α é pequeno (o ângulo β aumenta) : a cunha não penetra convenientemente no material, a ferramenta perde o corte rapidamente, há grande geração de calor que prejudica o acabamento superficial; – Se α é grande (o ângulo β diminui): a cunha da ferramenta perde resistência, podendo soltar pequenas lascas ou quebrar; – α depende principalmente da resistência do material da ferramenta e da peça a usinar. – Geralmente o ângulo α esta entre 5° e 20°. 26 Medidos no Plano Ortogonal (Po) GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ ÂNGULOS DO SISTEMA DE REFERÊNCIA DA FERRAMENTA: ■ Ângulo de Cunha da Ferramenta (β): ângulo entre a superfície da saída e a de folga. 27 Medidos no Plano Ortogonal (Po) GEOMETRIA DA CUNHA CORTANTE ■ TABELAS DE ÂNGULOS: 28 Ferramentas para tornos: ÂNGULOS DE FOLGA Ferramentas para tornos: ÂNGULOS DE SAÍDA ■ PRÓXIMA AULA: – Mecanismos de formação de cavaco 29 OBRIGADO! 30
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