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A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO DAS CRIANÇAS

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IPEMIG - INSTITUTO PEDAGÓGICO DE MINAS GERAIS
JORDANA DOS SANTOS ALVES FARINELI
A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO DAS CRIANÇAS
VISCONDE DO RIO BRANCO – MG
2021
JORDANA DOS SANTOS ALVES FARINELI
A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO DAS CRIANÇAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a IPEMIG - INSTITUTO PEDAGÓGICO DE MINAS GERAIS como pré-requisito para obtenção do título de especialista em: PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL
VISCONDE DO RIO DO BRANCO - MG
3
2021
RESUMO
O objetivo deste estudo é analisar a importância da família na educação das crianças. Para o seu desenvolvimento, foi realizado um estudo bibliográfico e articulado com métodos sobre os conceitos de família e escola e as respectivas funções sociais. Este trabalho utilizou-se da pesquisa bibliográfica qualitativa para coletar dados a respeito das experiências na relação entre família e escola. Pode-se verificar em pesquisas que em todas as afirmações e conceitos, o ser humano está em constante aprendizagem em todos os momentos e em todas as áreas da vida, o papel da família é muito importante na construção de seus valores, pois é esse fator que determina qual escola eles irão frequentar desde a infância e quais ações eles farão. A participação dos responsáveis ​​pela educação é benéfica para o processo de ensino e contribui para a educação global infantil. Esta pesquisa ajuda a refletir o desenvolvimento contemporâneo de um tema relacionado e fornece conhecimentos que a escola e a família devem andar juntas, pois as crianças podem se beneficiar no desenvolvimento pessoal.
Palavras-chave: Educação Infantil. Família. Escola. Ensino Aprendizagem
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	DESENVOLVIMENTO	5
3.	CONCLUSÃO	6
4.	REFERÊNCIAS	7
INTRODUÇÃO
Todas as instituições de ensino buscam oportunidades de aprendizagem para os alunos e as famílias têm papel fundamental nesse processo, podendo contribuir para o desenvolvimento dos alunos. A escola e a família devem estabelecer parcerias na educação. É necessário que ambas as partes tenham expectativas positivas, por meio da troca de experiências e ideias benefício mútuo
O núcleo tradicional da família é constituído por pais e filhos, que podem ou não morar na mesma casa ou um grupo de pessoas ligadas aos alunos. Portanto, pode-se entender que existem diferentes características e formas de família na sociedade. Diante disso, pode-se compreender que o conceito de família não se limita aos pais, mas também a todos que convivem com a criança. Os pais ou grupo de pessoas que moram com o aluno devem participar e estabelecer uma relação com a escola, porque eles desempenham um papel importante na formação da criança.
	Considerando que o ser humano está em constante aprendizagem em todos os momentos e em todas as áreas da vida, o papel da família é muito importante na construção de seus valores, pois é esse fator que determina qual escola eles irão frequentar desde a infância e quais ações eles farão. No entanto, muitas famílias não participam da vida escolar dos filhos, mas colocam a responsabilidade pela educação na escola, visando diretamente a educação individual.
	Diante disso, surgiram os seguintes questionamentos: Qual o papel da família e da escola na formação das crianças? Até que ponto as famílias podem contribuir para o processo de ensino da escola? Para o desenvolvimento deste trabalho, foi realizado um estudo bibliográfico qualitativo, integraram-se os conceitos de família e escola e aprofundou-se teoricamente o papel das instituições na formação dos filhos.
4
Todo trabalho de educação é baseado na formação de indivíduos independentes, entendendo seus direitos, obrigações e valores na sociedade em que vivem. Este artigo tem como objetivo analisar a importância da participação da família na educação infantil.
DESENVOLVIMENTO
Segundo Petzold (1996), para compreender o conceito de família, é necessário compreender que ela é composta por uma rede complexa e dinâmica de interações, envolvendo aspectos cognitivos, sociais, emocionais e culturais, e as relações não podem ser definidas apenas pelo sangue. O relacionamento familiar é um conjunto de variáveis, incluindo o significado das interações e relacionamentos entre as pessoas. Como Tiba (2009) apontou:
A família é um tipo específico de comunidade, cujo núcleo é o lar. Cada um dos seus integrantes têm seus direitos e deveres. Os pais são provedores e educadores e os filhos, seus dependentes a caminho da independência. Essa é uma missão quase divina, pois os pais partem do nada para construir cidadãos para o mundo (TIBA, 2009, p. 113).
Atualmente, as famílias são diversas em termos cultural, orientação sexual e composição. Essa diversidade transcende a família tradicional de muito tempo atrás. São eles: famílias afetivas do mesmo sexo ou casais homossexuais, famílias extensas, famílias multigeracionais, famílias reorganizadas ou recasadas, mães solteiras ou famílias paternas, casais que vivem juntos e vivem com pessoas que cuidam de seus filhos, entre outras formas de formação familiar. Logo, a composição familiar e o conceito de família antes tida como pai, mãe e filho mudaram ao longo do tempo. Além dos casais homossexuais e do processo de adoção de crianças, a emancipação das mulheres também levou a uma mudança no conceito de família. De acordo com Tiba:
Com a emancipação da mulher, a família passou a ter diferente funcionamento. Mesmo que continue a divisão de funções no sistema tradicional, o pai ser o provedor e a mãe “a rainha do lar”, portanto responsável pela educação dos filhos, os pais têm a consciência, mesmo que seja recente, da igualdade de suas condições, num relacionamento mais horizontal que vertical (TIBA, ibidem, p.154).
	Anteriormente, no sistema familiar tradicional, a responsabilidade de educar os filhos recaía inteiramente sobre as mulheres, porque as mulheres eram consideradas cuidadoras da família e os homens eram os homens que tomavam conta da casa. Esse patriarcado que existente nas famílias tradicionais torna as mulheres totalmente responsáveis ​​por seus filhos. Com o tempo, esses conceitos mudaram, pois as mulheres assumiram seu status na sociedade, as responsabilidades foram divididas e a igualdade dentro da família foi criada.
Diante disso, entende-se as mudanças no status e nas responsabilidades de homens e mulheres nas famílias tradicionais e determina-se que na modernidade, devido às diferentes formas, seus conceitos não podem mais estar sujeitos a tais restrições. Portanto, a família não se limita às relações consanguíneas, mas também às relações afetivas e sociais. Segundo Bilac (2000):
A variabilidade histórica da instituição família desafia qualquer conceito geral de família. Ao mesmo tempo, a generalização do termo “família”, para designar instituições e grupos historicamente tão variáveis, termina por ocultar as diferenças nas relações entre a reprodução e as demais esferas da vida social (BILAC, 2000, p.31).
	Duby (apud ARIÈS, 1981, p.213) propôs uma definição realista de família, neste sentido, a família é o primeiro refúgio para indivíduos ameaçados a se protegerem em momentos de fragilidade do país.
No entanto, uma vez que as instituições políticas forneçam proteção adequada, os indivíduos evitarão a opressão familiar e os laços serão afrouxados. A história da linhagem é uma série de contrações e tensões, cujo ritmo muda com as mudanças na ordem política.
	Portanto, a família se define como um lugar onde o aluno tem a sensação de segurança, sentimento e proteção de seus direitos. Bronfrenbrenner (1986) acredita que três sistemas exossistemas são muito importantes para o desenvolvimento das crianças devido à sua influência no processo familiar: o trabalho dos pais, a rede de apoio social e a comunidade onde a família está inserida.
	Observa-se que a família é a primeira instituição social em que a criança faz parte. é na família que ela aprende os conceitos que irão se desenvolver em sua vida social, inclusive na escola. Portanto, ossentimentos, segurança e direitos encontrados na família promovem boas relações no cotidiano. Como Lamar (2012, p.10) enfatiza que o envolvimento dos pais aumenta a autoestima e a autoconfiança das crianças. Essa é uma forma de mostrar à criança que ela é valorizada. Portanto, a participação da família no crescimento dos filhos promove adultos seguros, que convivem bem na sociedade e possuem elevada autoestima, alcançando assim o sucesso nas relações interpessoais.
	O artigo 19 do Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA (1990) explica que crianças e adolescentes são criados e educados excepcionalmente no seio da família ou em famílias alternativas para garantir o seu desenvolvimento global da criança.
	Portanto, uma vez que uma família pode promover aos filhos segurança, compreender o valor dos outros e conviver com eles gentilmente, entende-se a importância da família na sociedade e sua função de formar o corpo social principal.
Segundo Kreppner (2000), a família é considerada um sistema social responsável por transmitir os valores, crenças, ideias e significados existentes na sociedade. Não existe uma estrutura familiar ideal, pois existem inúmeras combinações e formas de interação entre os indivíduos que constituem os diferentes tipos de famílias modernas. Segundo Wagner (Ribeiro, Arteche & Bornholdt) (1999, p.147), “no ambiente familiar, a criança aprende a administrar e resolver os conflitos, a controlar as emoções, a expressar os diferentes sentimentos”.
Diante disso, é compreensível que atualmente as famílias tenham diferentes formações e seus conceitos tenham mudado com o passar do tempo, pois antes a família se limitava a um sistema tradicional em que homens e mulheres determinavam seus cargos. Porém, no mundo contemporâneo, a família é conceituada como um lugar de segurança, cuidado e compreensão dos valores das crianças, não se limitando mais ao sangue. Portanto, a família desempenha um papel importante no desenvolvimento dos cidadãos.
Pensa-se que a escola é um ambiente onde as crianças acumulam conhecimentos. Porém, de acordo com Saviani (1984), não é qualquer tipo de conhecimento. A escola se concentra no conhecimento científico, não no conhecimento espontâneo. Conhecimento sistemático, não conhecimento disperso; cultura aprendida em vez da cultura popular.
Acredita-se que a família tem a responsabilidade de proporcionar educação no sentido mais amplo, geralmente informal. Esta educação está associada a um processo que perdura ao longo da vida em que as pessoas adquirem e acumulam conhecimentos, habilidades, atitudes, métodos, experiência diária e sua relação com o meio ambiente. Por outro lado, as escolas dão mais atenção à educação formal, ou seja, ao conhecimento sistemático, bem desenhado e planejado para se adaptar a todas as etapas do desenvolvimento pessoal.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (2010), as recomendações pedagógicas das instituições de educação infantil devem garantir o cumprimento de seus papéis sociopolíticos. Proporcionar condições e recursos para que as crianças possam usufruir da cidadania, dos direitos humanos e dos direitos sociais; assumir a responsabilidade de partilhar e complementar a educação e o cuidado das crianças com as famílias; conviver entre crianças e entre adultos, e expandir conhecimentos e saberes de diferentes naturezas; Promover a igualdade de oportunidades educacionais para crianças de diferentes classes sociais em termos de possibilidade de obtenção de produtos culturais e experiências infantis; estabelecer compromisso com o entretenimento, democracia e sustentabilidade da terra (BRASIL, 2010).
Entende-se que a escola tem a função de permitir que as crianças se socializem e entrem em contato com outras pessoas por meio do aprendizado de diferentes culturas e famílias, de forma que a escola aprimore as habilidades sociais das crianças.
Percebe-se que a finalidade da escola é complementar a educação a partir do que as crianças retiram do meio familiar e da convivência com ambientes não escolares, estimulando-as a adquirir novos conhecimentos e saberes de diferentes áreas e integrando esses sistemas de conhecimento.
Portanto, deve-se destacar que as instituições escolares têm o papel fundamental de promover a igualdade social, e que todos têm o direito de possuir e gozar dos interesses comuns. Acredita-se que na escola a criança aprende a cuidar de si própria, adquirindo o conceito de diferenças raciais, de gênero e religiosidade. Mesmo na família, ela não tem contato direto com o que é completamente diferente. Segundo Desen e Polonia (2007):
Como um microssistema da sociedade, [a escola] não apenas reflete as transformações atuais como também tem que lidar com as diferentes demandas do mundo globalizado. Uma de suas tarefas mais importantes, embora difícil de ser implementada, é preparar tanto alunos como professores e pais para viverem e superarem as dificuldades em um mundo de mudanças rápidas e de conflitos interpessoais, contribuindo para o processo de desenvolvimento do indivíduo. (DESSEN E POLONIA, 2007, p. 25).
Pode-se citar que o objetivo é preparar-se para o enfrentamento das dificuldades do cotidiano e exercer a cidadania de forma plena para que a escola possa formar cidadãos conscientes e preparar-se para a vida social.
As rotinas na educação infantil, mais precisamente nas creches, têm se tornado uma forma de preparar e compreender o convívio social, pois as crianças são orientadas a entender que terão uma rotina de organização cotidiana para arranjar seu próprio estilo de vida, agir no meio ambiente. e nas relações sociais circundantes. Como Dessen e Polonia (2007, p.25) colocam, “além de envolver muitas pessoas com características diferentes, o sistema escolar também inclui um grande número de interações contínuas e complexas de acordo com o estágio de desenvolvimento do aluno”. Com isso, aprende-se que a escola sistematiza conhecimentos e, à medida que os indivíduos se desenvolvem, os prepara para o exercício pleno da cidadania.
Segundo Gadotti (2007):
A escola é um espaço de relações. Neste sentido, cada escola é única, fruto de sua história particular, de seu projeto e de seus agentes. Como lugar de pessoas e de relações, é também um lugar de representações sociais. Como instituição social ela tem contribuído tanto para a manutenção quanto para a transformação social. Numa visão transformadora ela tem um papel essencialmente crítico e criativo. (GADOTTI, 2007, p. 11).
Por meio das relações sociais proporcionadas pela escola, as crianças vão formar um olhar crítico, tentar se identificar e conviver com diferentes pessoas, e entender que a sociedade é feita de uma grande diversidade.
Diante disso, pode-se entender que a escola tem uma função social importante, pois nela a escola forma os indivíduos para que possam se socializar de forma unitária, respeitosa e cidadã. Além disso, a interação é desenvolvida por meio de atividades em grupo, pois trabalhar com os colegas melhora a habilidade ou possibilidade de estimular a criatividade para realizar as tarefas propostas pelo professor. Portanto, por meio dessa diversidade, seu pensamento crítico se tornará cada vez mais forte.
Facilitar a interação entre a família e a escola sempre foi um grande desafio na educação, pois os responsáveis ​​muitas vezes consideram a escola como um local onde as crianças passam o tempo enquanto os pais estão no trabalho, e não percebem que a função educativa promovida pela escola. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura- UNESCO:
A introdução de modelos e maneiras de propiciar a interação entre a família e a escola, reconhecendo a contribuição e os limites da família na educação formal é fundamental para “diversificar os sistemas de ensino e envolver, nas parcerias educativas, as famílias e os diversos atores sociais” (UNESCO, 2000, p. 56).
	Para Hess e Holloway (apud Ensminger & Slusarcick, 1992), os benefícios de uma boa integração entre família e escola estão relacionadosà possível evolução dos níveis cognitivo, emocional, social e de personalidade dos alunos. No entanto, algumas pessoas acreditam que as escolas devem se conectar com as famílias dos alunos para promover e incentivar os pais a realizar atividades cooperativas para apoiar sua educação. Em outras palavras, é difícil para as escolas desempenharem suas funções sem uma cooperação familiar. A partir do momento em que a família participa da vida escolar das crianças, elas passam a alcançar bons resultados. A presença da família faz com que a criança se sinta segura, protegida, estimulada e encorajada, pois os braços da família costumam ser seu porto seguro.
Luria (1988) destacou que, ao imitar o comportamento da mãe ou irmão, a criança reconstrói internamente o processo de aprendizagem que, além do significado cultural envolve o a cognição e os aspectos sociais. Família e escola devem trabalhar juntas porque desempenham um papel importante no desenvolvimento das crianças. Como Saviani (1984) apontou:
Vê-se, assim, que para existir a escola não basta a existência do saber sistematizado. É necessário viabilizar as condições de sua transmissão e assimilação, isso implica dosá-lo e sequenciá-lo de modo que a criança passe gradativamente do seu não-domínio ao seu domínio. Ora, o saber dosado e sequenciado para efeitos de sua transmissão-assimilação no espaço escolar, ao longo de um tempo determinado, é o que nós convencionamos chamar de “saber escolar”. (SAVIANI, 1984, p.4)
Portanto, o papel que a escola deve desempenhar deve ser compartilhado pela família, e a família também desempenha um papel fundamental na educação dos filhos. A escola e a família têm uma função social, política e educativa comum no que se refere à sua contribuição e influência na formação dos cidadãos, embora na família seja principalmente a educação informal, enquanto na escola o conhecimento é mais sistemático para alcançar e acompanhar o desenvolvimento das crianças.
	A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96) estipula que a educação compreende os processos de formação e as atividades culturais desenvolvidas na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e investigação, nos movimentos sociais e nas organizações da sociedade civil. Portanto, é compreensível que a relação família-escola seja considerada essencial, pois pode promover a aprendizagem individual e grupal, tendo como valores o compartilhamento, o diálogo, a construção conjunta e a comunicação. No que diz respeito às escolas, Canivez (1991) apontou:
A escola, de fato, institui a cidadania. É ela o lugar onde as crianças deixam de pertencer exclusivamente à família para integrarem-se numa comunidade mais ampla em que os indivíduos estão reunidos não por vínculos de parentesco ou de afinidade, mas pela obrigação de viver em comum. A escola institui, em outras palavras, a coabitação de seres diferentes sob a autoridade de uma mesma regra. (CANIVEZ, 1991, p.33)
Portanto, é necessário vincular e comprovar a relação entre família e escola. Nesse sentido, as instituições escolares podem tomar algumas medidas para envolver as famílias e até mesmo ajudá-las a refletir sobre sua trajetória de vida e buscar soluções para problemas mais importantes. Pode-se decidir convocar famílias para o desenvolvimento conjunto de projetos de conscientização da sustentabilidade e desenvolvimento conjunto de estratégias de melhoria do meio ambiente. Eles podem sensibilizar as pessoas próximas para não jogarem mais lixo e coletar materiais reutilizáveis ​​como garrafas plásticas e caixas de papelão com vizinhos e familiares. Essas medidas podem se transformar em atividades realizadas na escola com as crianças e seus familiares.
Entende-se que por meio dessa ação, a escola terá um papel social, sensibilizará a comunidade onde está inserida, e as famílias compreenderão a importância de participar da vida escolar dos filhos e se tornarem parceiras da escola e acompanhar a aprendizagem das crianças.
Como destacaram Libâneo, Oliveira e Toschi (2009), outra medida que as escolas podem tomar para aproximar as famílias é promover a união. “A escola é uma organização em que tanto seus objetivos e resultados, quanto seus processos e meios, são relacionados com a formação humana, ganhando relevância, portanto, o fortalecimento das relações sociais, culturais e afetivas que nela têm lugar” (LIBÂNEO, OLIVEIRA E TOSCHI, 2009, p.994). Por exemplo, quando uma escola observa que algumas famílias são afetadas por uma enchente, ela pode promover uma ação social em que cada classe e seus familiares recebem uma tarefa específica, como doar alimentos perecíveis e não perecíveis, fazer sopa para a comunidade, doar roupas para essas famílias afetadas. Por meio de atividades sociais, a escola promoverá a integração da família e da escola, pois desta forma, todos na comunidade perceberão que a instituição escolar está relacionada a ela, e em breve se tornarão parceiras da escola.
CONCLUSÃO
Por meio da pesquisa, pode-se entender que a educação infantil é uma modalidade de ensino importante, que não pode ser “abandonada”. É possível perceber que, no que se refere à formação e desenvolvimento pessoal, nesta fase, por meio da interação entre família e escola, duas instituições com funções distintas, mas complementares, podem trazer desenvolvimento integral aos alunos.
Portanto, buscou-se pesquisar o reflexo da dinâmica da relação entre a família e a instituição escolar. Acredita-se que as instituições escolares devem tomar todos os meios possíveis para promover a participação dos dirigentes educacionais. Portanto, as recomendações e ações apresentadas no texto ajudam a promover a busca pela integração da família com as escolas.
A partir dos resultados da pesquisa realizada, verificou-se, que a participação da família é muito importante na construção dos processos que envolvam a aprendizagem dos alunos e de outras atividades que ocorram no espaço escolar
Portanto, esta pesquisa ajuda a refletir o desenvolvimento contemporâneo de um tema relacionado e fornece conhecimentos que a escola e a família devem andar juntas, pois as crianças podem se beneficiar no desenvolvimento pessoal.
REFERÊNCIAS
ARIÈS, P. História social da criança e da família. 2. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1986
BILAC, E. D. Família: algumas inquietações. In: CARVALHO, M. C. B. (Org.). A família contemporânea em debate. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2000.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
BRASIL. Ministério da Educação: Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil. Brasília: Secretaria de Educação Básica, 2010.
BRONFENBRENNER, U. (1986). Ecology of the family as a context for human development: Research perspectives. Developmental Psychology, 22, 723-742.
CANIVEZ, Patrice. Educar o cidadão? Campinas: Papirus, 1991
DESSEN, Maria Auxiliadora; POLONIA, Ana da Costa. A Família e a Escola como contextos de desenvolvimento humano. São Paulo: Paidéia, 2007.
Ensminger, M. E. & Slusarcick, A. L. Path to high school graduation or dropout: A longitudinal study of a firstgrade cohort. Sociology of Education, 65, 95-113, 1992.
GADOTTI, Moacir. A escola e o professor: Paulo Freire e a paixão de ensinar. São Paulo: Publisher Brasil, 2007.
Luria, A. R. O desenvolvimento da escrita na criança. Em L. S. Vigotkii, A. R. Luria & A. N. Leontiev (Orgs.), Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem (pp. 143-190). São Paulo: Ícone/Editora Universidade de São Paulo, 1988.
OLIVEIRA, João F. de; TOSCHI, Mirza Seabra. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. 7.ed. São Paulo: Cortez, 2009
TIBA, Içami. Família de alta performance: conceitos contemporâneos na educação. São Paulo: Integrante Editora, 2009.
SAVIANI, Dermeval. Sobre a Natureza e a Especificidade da Educação. ano 3, n. 22, Em Aberto: Brasília, 1984.
Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI. São Paulo e Brasília: Cortez, MEC/UNESCO, 2000.

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