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Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2021.1 – 4º semestre INTRODUÇÃO Ácido: Molécula capaz de sofrer ionização em meio aquoso com dissociação de radical H+: o Ex.: Ácido Clorídrico (HCl): Figura 1: Quando inseridos no meio aquoso, as moléculas se separam devido a propriedade polar da água. Cada molécula tem uma carga iônica – íon hidrogênio fica com a carga positiva e o cloro uma carga negativa. Existe uma constante de dissociação, pois não são todas as moléculas que são dissociadas. Essa constante depende do meio, do tipo da molécula e das condições locais (ex.: concentração e temperatura). Base: Molécula capaz de sofrer ionização em meio aquoso com dissociação de radical OH-: o Hidróxido de sódio (NaOH): Figura 2: A dissociação do Na (carga positiva) com o radical OH (carga negativa). A forma como o organismo regula a concentração dos íons hidrogênio (H+) é de fundamental importância para a avaliação das alterações do equilíbrio entre os ácidos e as bases no interior das células (líquido intracelular), no meio líquido que as cerca (líquido intersticial) e no sangue (líquido intravascular). pH (Potencial hidrogeniônico): Escala numérica utilizada para especificar a concentração de íons H+ em uma solução aquosa. o Cálculo: Cologaritmo da concentração de íons H+. Figura 3: Fórmula do Logaritmo = Elevar a base (a) ao logaritmo (x) para obter um logaritmando (b). Figura 4: O cologaritmo de um número é o logaritmo do seu inverso, na mesma base. Para obter o pH usa se pH = colog [H+], ou pH = - log [H+] ou 10-pH = [H+]. O pH de uma solução, portanto, é o inverso da sua concentração de íons hidrogênio. Porque utiliza-se o pH? A constante de ionização da água é muito pequena, bem como são pequenas as quantidades de H+ e OH-, em solução. Ex.: A quantidade de hidrogênio livre na água é 0,0000001. Para facilitar a comparação destas pequenas quantidades de íons, adotou-se a fração exponencial, ao invés da fração decimal. Assim, referiu-se à concentração de 10- 7 (nesse caso será sete porque é a quantidade de números após a vírgula para tornar o número inteiro). Utilizando a fórmula: 10-pH = [H+], 10- 7 = pH = 7. Escala numérica: A escala do pH, varia de 0 a 14, representando a acidez ou a alcalinidade de uma solução, em comparação com a água: o Pela quantidade relativa de íons hidrogênio (H+) e hidroxila (OH-), a água tem uma concentração total de íons de 10-14, que corresponde a partes iguais, ou seja 10-7, de cada um dos íons. Dessa forma, a água tem o pH=7 e, pelas suas características, é considerada uma substância neutra, ou seja, nem ácida nem base e, serve de padrão de comparação para todas as soluções. As soluções cujo pH está entre 0 e 7 são ditas ácidas; as que tem o pH entre 7 e 14 são ditas básicas ou alcalinas. Figura 5: Comparando pH = 7 com matéria do dia-a-dia. Figura 6 (abaixo): Escala do pH sanguíneo. O pH que mantem a homeostase do plasma sanguíneo varia de 7,35-7,45. O pH abaixo (até 7 - acidose) ou acima (até 7,8 - alcalose) é compatível com a vida, mas não com a vida saudável. Pequenas quantidades de ácido ou de base podem produzir grandes alterações do pH. O balanço entre ácidos e bases no organismo é uma busca constante do equilíbrio, portanto, o plasma deve dispor de mecanismos de defesa contra as alterações do pH. Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2021.1 – 4º semestre Curiosidade: Quais são os mecanismos de defesa contra as variações do pH? São químicos e fisiológicos, e agem em íntima relação: Os mecanismos químicos são representados por conjuntos de substâncias capazes de reagir tanto com ácidos quanto com bases, neutralizando-as, e dificultando as oscilações do pH; Os mecanismos fisiológicos são representados pelos pulmões e pelos rins, que eliminam substâncias indesejáveis ou em excesso, ácidos ou bases, e poupam outras, de acordo com as necessidades do momento: o O mecanismo de defesa de natureza respiratória é o mais imediato, para corrigir alterações agudas, como as que ocorrem durante a circulação extracorpórea: O principal produto do metabolismo é o dióxido de carbono (CO2), que é a fonte de ácido carbônico (H2CO3), por reação química com a água (H2O): Os pulmões eliminam o dióxido de carbono, reduzindo o teor de ácidos no sangue e demais compartimentos líquidos do organismo. o Os mecanismos renais são mais lentos e tardios. A principal função dos rins no balanço ácido-base é promover a poupança ou a eliminação de bicarbonato, conforme as necessidades do organismo. EQUILÍBRIO IÔNICO Um par de substâncias, capaz de reagir tanto com um ácido quanto com uma base, é chamado sistema tampão (o corpo humano possui seu próprio sistema tampão-biológico), constituído por um ácido fraco e o seu sal de uma base forte, em relação constante, para combinar com ácidos e bases em excesso e evitar variações do pH. Principais sistemas “tampão” do organismo: Sistema bicarbonato/gás carbônico (HCO3/CO2): 64% - mais abundante: Figura 7: Reação é convertido o CO2 + H2O = H2CO3 (ácido carbônico), essa é instável em ponto de vista químico, e sofre ionização no plasma, emitindo HCO3- (bicarbonato). Figura 8: A reação é de dupla via, facilitando a homeostase. O sistema respiratório do nosso corpo varia de forma dinâmica a concentração sanguínea de gás carbônico e o sistema renal (metabólico) varia a concentração sanguínea de bicarbonato. Sistema hemoglobina/oxi-hemoglobina (Hb/HbO2): 28%: Figura 9: A hemoglobina é uma molécula que possui quatro subunidades (chamadas de grupos M) e cada uma ligada a uma unidade de ferro (ao todo quatro átomos de ferro) e esses, ligarem-se a molécula de O2. Portanto, essa ligação com o O2 possui uma afinidade que pode variar de acordo com o meio, e assim, dissociar do O2 e ligar-se ao H+. Figura 10: Gráfico da curva saturação da Hb: Inicialmente, a Hb tem uma afinidade ao O2, mas chega em um ponto que satura. A curva pode ser alterada para esquerda ou direita devido ao pH, Co2 e/ou outros fatores. E porque o pH altera essa curva? o Efeito Bohr: Meios mais ácidos (geralmente tecidos mal perfundidos), a curva de dissociação da Hb é desviada para direita. Isso significa que em baixos pH’s a hemoglobina tem menor afinidade para se ligar ao oxigênio, facilitando a associação com H+ (e vice-versa). Sistema de proteínas intra e extracelulares: 7%; Sistema do fosfato monoácido/diácido: 1%. PERDA DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE HEMOGASOMETRIA (D IAGNÓSTICO) Exame que mede a proporção de gases no sangue (tanto arterial quanto venoso). Figura 11: A grande diferença (entre os valores de referência normal para sangue arterial e venoso) é a pressão parcial de oxigênio (PO2). Para avaliar a oxigenação do sangue, a gasometria precisa ser com sangue arterial, ex.: paciente com suspeita de COVID ou com quadro pulmonar agudo que será necessário intubar. Avaliar de forma sequencial pH, PCO2, HCO3 com o sangue venoso pode ter um resultado diferente, devido a variação dos valores de referência, em relação ao sangue arterial. A coleta da gasometria é feita por punção arterial (+/-1ml), e na maioria das vezes, pela artéria radial por ser a de mais fácil acesso; A leitura feita pelo hemogasômetro. Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2021.1 – 4º semestre INTERPETRAÇÃO DA HEMOGASOMETRIA De acordo com as variáveis de interesse: pH; Pressão parcial de O2 (pO2); Saturação de O2 nas hemácias (SO2%); Pressão parcial de CO2 (pCO2); Bicarbonato (HCO3-). O que observar? 1. Avaliar oxigenação: o pO2 baixa (<60-80): hipoxemia (baixa de oxigênio do sangue) /hipóxia (baixa de oxigênio no tecido); o pO2 alto (>100): hiperoxemia/hiperóxia. SO2 (saturação do oxigênio) é resultante do cálculo da pO2 através da curva de dissociação da hemoglobina: É bastante confiável por ser secundária imediatamente ao valor da pO2 (o hemogasômetro possui a curva de dissociação da hemoglobina e coloca o valor do pO2 encontrado na curva e a resultante é a SO2); A saturação do oxímetro de pulso é diferente, pois SO2 é calculada de acordo com a luz monocromática vermelha que muda de acordo com o tipo de hemoglobina (ex.: se ligada a O2 é um tipo de faixa de luz, se não estiver ligada é outra faixa de luz): o Maior probabilidade de erro (ex.: pigmento na pele, esmalte, presença de bilirrubina aumentada – pode atrapalhar a aferição). Gasometrias venosas podem apresentar pO2 baixo sem necessariamente representar hipoxemia. 2. Avaliar pH (valor normal: 7,35-7,45): Quando é avaliado o pH isoladamente: o pH ácido (<7,35): acidemia (acidez do sangue); o pH básico (>7,45): alcalemia (sangue alcalino); o Na maior dos casos, quando o pH está na faixa de normalidade, está normal. No entanto, há casos de distúrbio misto, ou seja, distúrbio ácido misturado com o distúrbio básico e o pH ser equilíbrio entre eles. 3. Avaliar bicarbonato e pCO2: Avaliar se o distúrbio é metabólico (HCO3- no rim) ou respiratório (CO2 no pulmão) - Sistema-tampão. Caso 1: pH ácido (<7,35) e pCO2 alto (>45): Quando o pCO2 está alto, provavelmente, aconteceu por alterações do sistema pulmonar, logo quanto maior CO2, maior reação com H2O, gerando mais H+, tornando o meio mais ácido e resultando em uma ACIDOSE RESPIRATÓRIA. Figura 12. Caso 2: pH básico (>7,45) e pCO2 baixo (<35): Quando a pCO2 está baixo ocorre a conversão da reação, e é justificada por maior interação entre HCO3- e H+, produzindo mais CO2 e tornando o meio básico, resultando em ALCALOSE RESPIRATÓRIA. Caso 3: pH ácido (<7,35) e HCO3- baixo (<22): Provavelmente por alterações do sistema renal, houve baixa da quantidade de bicarbonato, logo, a equação tende de associar para maior produção de H+, resultando em ACIDOSE METABÓLICA. Caso 4: pH básico (>7,45) e HCO3- alto (<26): Quando o HCO3- está alto, ocorre a conversão da reação para menor produção de H+ e maior de CO2, resultando em ALCALOSE METABÓLICA. Distúrbio compensado: Quando há um distúrbio de um dos órgãos (pulmão ou rim), o outro tenta compensar. o Ex.: Quando há um distúrbio respiratório, o rim (sistema renal) tentará compensar até seu limite fisiológico (e vice- versa). A uma diferença dos dois sistemas pois o pulmão é mais agudo no ponto de vista de compensação, já o rim é mais lento. o Existe uma equação para cada distúrbio e seu limite de compensação. Não confundir o distúrbio compensado com ausência de distúrbio. CASOS CLÍNICOS Caso 1: pH ácido (<7,35) e HCO3- baixo (15) e pCO2 baixo (30): Como o pH está ácido devido a queda do bicarbonato é classificado como acidose metabólica, e o pCO2 está baixo (pCO2 levaria a uma alcalose e não acidose, e por que está baixo? Devido ao sistema tampão – o sistema pulmonar começará a trabalhar dentro de um limite fisiológico para compensar a resposta metabólica), resultando em uma ACIDOSE METABÓLICA COMPENSADA – por que compensada? Devido ao limite de compensação do sistema-tampão. O limite é calculado pela reação: pCO2 esperado = 1,5 x HCO3- + 8 +/- 2 (variando dois para cima e dois para baixo): Ex. do caso acima: pCO2 esperado = 1,5 x 15 + 8 +/- 2 = 30,5 (28,5- 32,5). Como o pCO2 do caso é 30, considera-se compensado. Caso 2: pH básico (>7,45) e HCO3- alto (35) e pCO2 alto (50): ALCALOSE METABÓLICA (pelo pH básico devido ao bicarbonato alto) COMPENSADA. O limite é calculado pela reação: pCO2 esperado = HCO3- + 15 +/- 2 (variando dois para cima e dois para baixo): Ex. do caso acima: pCO2 esperado = 35 + 15 +/- 2 = 50 (48-52). Como o pCO2 do caso é 50, considera-se compensado. Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2021.1 – 4º semestre Caso 3: pH ácido (<7,35), pCO2 alto (50) e HCO3- alto (28): ACIDOSE RESPIRATÓRIA (pH ácido pelo grande número de H+) COMPENSADA (o rim tenta compensar com bicarbonato). O rim possui duas formas de compensação: Calculo para forma aguda (imediato, mas menos potente) e crônica (depois de horas ou dias e mais potente). Agudo: O limite é calculado pela reação: Para cada alteração de 10 pontos de pCO2 (acima de 40), o HCO3 aumenta +1 ponto: o Ex. do caso acima: Como o pCO2 está de 50, conta 10 pontos, logo +1 ponto para o bicarbonato. O valor de referência do HCO3- vai de 23 – 27, como o paciente está com 28 é característico de um paciente com quadro compensado agud0 (se fosse crônico o valor estaria maior -30/31). Caso o pCO2 estivesse de 70, contaria 30 pontos, logo + 3 pontos. Crônico: O limite é calculado pela reação: Para cada alteração de 10 pontos de pCO2 (acima de 40), o HCO3 aumenta +4 pontos. Caso 4: pH básico (>7,45) e pCO2 baixo (30) e HCO3- baixo (19): ALCALOSE RESPIRATÓRIA (pH básico devido ao menor número de H+) COMPENSADA. Agudo: O limite é calculado pela reação: Para cada alteração de 10 pontos de pCO2 (abaixo de 40), o HCO3 diminui (-) 2 pontos; Crônico: O limite é calculado pela reação: Para cada alteração de 10 pontos de pCO2 (abaixo de 40), o HCO3 diminui (-) 5 pontos: o Ex. do caso acima: Como o pCO2 está de 30 conta 20 pontos, logo -5 pontos para o bicarbonato, caso o caso do paciente seja crônico. Caso 5: pH ácido (<7,35), HCO3- baixo (<22) e pCO2 alto (>45): ACIDOSE MISTA, quando os dois sistemas contribuem para o pH ficar ácido. Caso 6: pH básico (>7,45) e HCO3- alto (>26) e pCO2 baixo (<35): ALCALOSE MISTA, quando os dois sistemas contribuem para o pH ficar básico. Caso 7: pH normal (7,35-7,45), HCO3- (muito) baixo (10) e pCO2 (muito) baixo (15): Presença de dois distúrbios, acidose metabólica + alcalose respiratória, e mesmo assim, o pH encontra-se na faixa de normalidade por esses distúrbios estarem se contrabalanceando. Caso 8: pH normal (7,35-7,45), pCO2 (muito) alto (70) e HCO3- (muito) alto (35): Presença de dois distúrbios, acidose respiratória + alcalose metabólica, e mesmo assim, o pH encontra-se na faixa de normalidade por esses distúrbios estarem se contrabalanceando. Como diferenciar distúrbios mistos e distúrbios compensados? Utilizar as equações dos distúrbios compensados: o Para acidose metabólica + alcalose respiratória: pCO2 esperado = 1,5 x HCO3- + 8 +/- 2 (variando dois para cima e dois para baixo) ou crônica: - 5HCO3- para 10 pCO2; Para acidose respiratória + alcalose metabólica: pCO2 esperado = HCO3- + 15 +/- 2 (variando dois para cima e dois para baixo) ou crônica: +4 HCO3- para 10 pCO2. Se estiver além do limite: Há outro distúrbio, se estiver dentro do limite: O sistema-tampão está agindo. TREINAMENTO Você é o interno do plantão cirúrgico e está responsável pelo atendimento de um paciente de 23 anos que sofreu um grave ferimento acidental por motosserra no membro inferior direito. Acompanhantes relatam grande volume de sangue visto na cena. Exame físico: Taquicardia, Taquipneia, Hipotensão, Pulsos finos, Palidez cutânea e Confusão mental. Realizado o ABCDE do trauma e avaliado a lesão, qual a síndrome do paciente? Choque hipovolêmico hemorrágico. O que fazer? 1) Reposição volêmica e monitorização; 2) Exames laboratoriais e complementares, ex.: o Gasometria: Paciente instável (taquipneico) e exame de sangue de resultado simultâneo. Qual a interpretação da hemogasometria do paciente? A oxigenação se encontra normal (80-100 em sangue arterial); Saturação adequada; Acidose metabólica compensada: o O limite é calculado pela reação: pCO2 esperado = 1,5 x HCO3- + 8 +/- 2 (variando dois para cima e dois para baixo), logo 1,5 x 14 + 8 +/- 2 (variando dois para cima e dois para baixo) = 29. Para entender a acidose metabólica, é precisosaber que todos os íons do nosso corpo precisam ter equilíbrio entre as cargas, ou seja, as cargas positivas (cátion) e negativas (ânion) precisam ser igualadas. Figura 13: N0 gráfico A tem uma divisão de cargas positivas e negativas de inúmeros íons. Para facilitar o cálculo, o gráfico C iguala os cátions e ânions não mensurados e deixa em evidencia apenas os mais concentrados, que em carga positiva tem-se o Na+ e em carga negativa o Cl-, HCO3- e o ânion GAP (AG) que é o intervalo entre cátions e ânions não mensuráveis. Anna Beatriz Fonseca | MED UNIFTC 2021.1 – 4º semestre E como é calculado o ânion GAP? Na = AG + Cl + HCO3, logo AG = Na – Cl – HCO3 = 8-12 mEq/L. A acidose metabólica é dívida em dois grandes grupos: Geração de ácidos: que somam aos ânions, tendo característica de ÂNION GAP ELEVADO. Devido a: o Produção endógena: Lactato (ex.: paciente chocado quando tem mecanismo anaeróbico produzindo lactato); Cetoácidos (ex.: pacientes diabéticos); Uremia (acúmulo de ureia). o Intoxicações: AAS; Metanol. Perda de bicarbonato na urina: ÂNION GAP NORMAL, mas há um aumento compensatório do cloro = HIPERCLORÊMICA. Devido a: o Insuficiência renal (perda da capacidade de absorver bicarbonato); o Perdas digestivas. De acordo com a hemogasometria do paciente como é classificada a acidose metabólica do paciente? Ânion gap elevado, devido ao grande número de lactato no exame. Não tratar isoladamente o distúrbio, e sim a causa. Em vias práticas não é realizada a reposição empírica de bicarbonato; só deve ser feita em casos extremos, ex.: pH < 7,1 (pH que causa desnaturação de proteínas, perdas enzimáticas e falência dos órgãos).
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