Buscar

CORRECAO FINAL - TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E AS ATIVIDADES REMOTAS 98PTS

Prévia do material em texto

O USO DAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS NAS ATIVIDADES 
REMOTAS NO ISOLAMENTO SOCIAL. 
 
SILVA, Wéslley Mageski da1. 
RU: 3315667 
FONSECA, Edimar Fonseca da2 
 
RESUMO 
O presente artigo aborda as questões teóricas, práticas e políticas do uso das 
tecnologias educacionais usadas em atividades remotas pela Secretaria de Educação 
do Estado do Espírito – SEDU, no período de isolamento social em função da 
pandemia do COVID-19, ocorrido entre Abril abril a setembro de 2020, pontuando de 
forma suscinta os desafios encontrados como adaptação, formação de professores, 
lives, reuniões de planejamento, grupos de trabalho, elaboração das aulas, registros 
de pautas e conteúdos pelo sistema estadual de gestão escolar (SEGES), 
acompanhamento, estratégicas de alcance, aproximação e interação com o aluno e 
com a comunidade escolar por meio dos aplicativos utilizados e as metodologias 
educacionais e portarias que regulamentaram as atividades de aulas e reuniões 
remotas nas unidades de ensino. Além da leitura minuciosa e análise das portarias e 
comunicações internas, serão abordadas iremos nos ater as questões práticas do uso 
das ferramentas remotas no campo das desigualdades sociais encontradas, 
apresentando uma realidade bem distante daquela que se propôs alcançar. Por sua 
vez, não serão abordadas iremos abordar as questões emocionais da qual vários 
profissionais foram acometidos durante esse processo. 
 
Palavras-chave: Tecnologias. Educação.; Atividades Remotas. 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O uso das tecnologias educacionais nas atividades remotas no isolamento 
social provocado pelo COVID-19 revelou uma realidade da educação brasileira que 
até então era maquiada por políticas públicas e teorias educacionais que não saiam 
 
1 Aluno do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER. Relatório apresentado 
como Trabalho de Conclusão de Curso. 2º semestre - 2020. 
2 Professor Orientador no Centro Universitário Internacional – UNINTER, 
 
 
dos livros e das ideias mirabolantes de teóricos que nunca tiveram uma experiência 
real em sala de aula. Além disso, quase 40% dos estudantes de escolas públicas não 
tinham computador ou tablet em casa, apontou estudo feito pelo Centro Regional de 
Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação, (Cetic.br), que 
monitora a adoção das tecnologias de informação e comunicação (TIC) no Brasil. 
Criado em 2005, o Cetic.br é um departamento do Núcleo de Informação e 
Coordenação do Ponto BR (NIC.br), ligado ao Comitê Gestor da Internet do Brasil 
(CGI.br)3. 
Outro desafio das atividades remotas foi a adaptação dos profissionais da 
educação que tiveram que se desdobrar para lidar com tecnologias distantes de sua 
realidade e a falta de experiência em preparar aulas a distância, sem qualquer preparo 
adequado e formação específica. O país viu milhares de professores e profissionais 
da educação empenhados em produzir conhecimento com tecnologias que até então 
encontravam apenas em teorias e propostas de projetos de políticas públicas. 
Segundo dados da pesquisa: “Trabalho Docente em Tempos de Pandemia”, realizada 
pelo Grupo de Estudos sobre Política Educacional e Trabalho Docente da 
Universidade Federal de Minas Gerais (Mestrado/UFMG) em parceria com a 
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), mostrou que no 
Brasil, 9 em cada 10 professores da rede pública de ensino não tinham nenhuma 
experiência anterior ministrando aulas não presenciais até se verem compelidos a 
adaptarem suas atividades para o ensino remoto emergencial, em virtude da crise 
sanitária do Coronavírus. Apesar disso, mais de três meses após o início da pandemia 
– declarada pela Organização Mundial da Saúde em 11 de março, cerca de 42% 
relataram que ainda não receberam nenhum tipo de formação para o uso de 
tecnologias digitais na preparação das aulas; embora mais de 82% declare estar 
desempenhando atividades escolares a distância nesse período4. 
Apesar de todo desafio encontrado, secretarias de educação dos governos 
estaduais e municipais se uniram para traçar estratégias educacionais emergenciais 
 
3 Quase 40% dos estudantes de escolas públicas não têm computador ou tablet em casa, aponta estudo. 
Disponível em https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/06/09/quase-40percent-dos-estudantes-de-
escolas-publicas-nao-tem-computador-ou-tablet-em-casa-aponta-estudo.ghtml. Acesso em 25 de ago. de 2020. 
4 Pesquisa com mais de 15 mil professores da rede pública aponta as condições de trabalho para 
desenvolvimento de aulas remotas durante a pandemia. Disponível em: https://www.sinprodf.org.br/pesquisa-
com-mais-de-15-mil-professores-da-rede-publica-aponta-as-condicoes-de-trabalho-para-desenvolvimento-de-
aulas-remotas-durante-a-pandemia-2/. Acesso em 25 de ago. de 2020. 
 
 
para que os mais de 45 milhões de estudantes das escolas públicas em todo país não 
ficassem sem aulas5 preparando ao mesmo tempo a formação de profissionais da 
educação alinhando práticas e experiências educacionais exitosas. 
Os objetivos propostos que irão nortear esse artigo 
científico, com objetivo de apresentar fatos relevantes sobre a educação brasileira e 
a comunidade escolar, sem deixar de frisar a importância que cada ator teve em todo 
esse processo pelo qual o mundo sofreu e a nossa solidariedade a todas as mais de 
100 mil famílias que perderam seus entes queridos durante a pandemia. 
A proposta inicial será de apresentar um diagnóstico da educação 
pública, o uso das tecnologias educacionais que foram usadas em 
atividades remotas pela Secretaria de Educação do Estado do Espírito Santo (SEDU), 
e uma análise do perfil dos profissionais da educação com o uso dessas tecnologias. 
Espera-se que objetivo seja alcançado e que o cenário da educação 
brasileira frente aos seus desafios possa contribuir para um ensino relevante e 
saudável. 
 
2 UM CENÁRIO DESAFIADOR 
A pandemia provocada pelo COVID-19, trouxe uma crise de ordem política e 
A pandemia provocada pelo COVID-19, trouxe uma crise de ordem política e 
econômica mundial. Um vírus que está sendo foi capaz de derrubar ideologias, 
políticas econômicas em todo mundo e a suspensão de serviços e aulas presenciais. 
Vimos o capitalismo derreter diante da ameaça do novo Coronavírus que forçou o 
isolamento e o distanciamento social em todo mundo, provocando a quebra na cadeia 
produtiva e da engrenagem da roda econômica de um capitalismo selvagem e 
desumano6. 
 
5 Escolas públicas atendem 45 milhões de estudantes no Brasil. Disponível em: http://inep.gov.br/artigo/-
/asset_publisher/B4AQV9zFY7Bv/content/escolas-publicas-atendem-45-milhoes-de-estudantes-no-
brasil/21206#:~:text=As%20escolas%20p%C3%BAblicas%20brasileiras%20s%C3%A3o,de%20ensino%2C%20incl
usive%20o%20superior. Acesso em 25 de ago. de 2020. 
6 O capitalismo e a covid-19: um debate necessário. Disponível em: 
https://www.redebrasilatual.com.br/blogs/blog-na-rede/2020/05/o-capitalismo-e-a-covid-19-um-debate-
necessario/. Acesso em 25 de ago. de 2020. 
Comentado [EFF1]: 
A linguagem escrita acadêmica DEVE SER 
IMPESSOAL, Lembre-se de manter o seu trabalho 
acadêmico no IMPESSOAL, na terceira pessoa do 
singular como se fosse um observador. Orienta-se que 
a redação de trabalhos científicos seja feita em forma 
dissertativa e na 3ª (terceira) pessoa do singular, evitar 
a primeira pessoa, tanto do singular como do plural (eu, 
nós). passar para 3ª pessoa do singular. fins formalizar 
a impessoalidade do texto científico. 
 
 
 
 O Brasil passou por uma fase da era das trevas7. Vimos em cadeia nacional de 
televisão as atitudes e pronunciamentos do presidente da república, Jair Messias 
Bolsonaro, que amenizava os perigos e os alertas das autoridades de saúde sobre os 
riscos de letalidade do vírus8. Adotando uma atitude contrária, negacionista e tornando 
a pandemia uma questão política de sobrevivência do seu governo.9 Além disso 
Bolsonaro trocou de ministro da saúdepor duas vezes com a justificativa de que 
precisava de alguém alinhado as suas ideias.10 Governadores, prefeitos e partidos se 
uniram contra Bolsonaro, apoiando a necessidade do isolamento social.11 Em meio a 
uma pandemia mundial, o presidente fez uma campanha publicitária com o slogan “O 
Brasil não pode parar” contra o isolamento e o distanciamento social.12 Deu todos os 
exemplos possíveis do que não podia fazer e ainda distorceu informações da 
Organização Mundial de Saúde (OMS) e de autoridades de saúde, inclusive de seu 
próprio governo para quem quisesse aplaudir ou desconjurar13. 
Apesar do negacionismo do presidente, e diante do risco representado pelas 
aglomerações, comuns na educação presencial, autoridades decretaram medidas 
bastante rígidas, começando por férias e suspensão temporária das aulas, com o 
intuito de preservar a vida e entender melhor o cenário atual14. 
 
7 O Brasil de volta à idade das trevas. Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/o-brasil-de-volta-%C3%A0-
idade-das-trevas/a-53537860. Acesso em 25 de ago. de 2020. 
8 Bolsonaro será denunciado na OMS pelo descuido com a saúde da população. Disponível em: 
https://www.redebrasilatual.com.br/saude-e-ciencia/2020/03/bolsonaro-sera-denunciado-na-oms-pelo-
descuido-com-a-saude-da-populacao/. Acesso em 25 de ago. de 2020. 
9 Negacionismo de Bolsonaro diante da pandemia tem método e pode garantir sua sobrevivência política. 
Disponível em: https://brasil.elpais.com/opiniao/2020-08-08/negacionismo-de-bolsonaro-diante-da-pandemia-
tem-metodo-e-pode-garantir-sua-sobrevivencia-politica.html. Acesso em 25 de ago. de 2020. 
10 Mandetta é demitido do Ministério da Saúde após um mês de conflito com Bolsonaro: relembre os principais 
choques. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-52316728. Acesso em 25 de ago. de 
2020. 
11 Governadores, prefeitos e partidos se unem contra Bolsonaro e apoiam isolamento. Disponível em: 
https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2020-03-28/governadores-prefeitos-e-partidos-se-unem-contra-
bolsonaro-e-apoiam-isolamento.html. Acesso em 25 de ago. de 2020. 
12 Governo lança previa de campanha com o slogan o Brasil não pode parar. Disponível em: 
https://www.gazetadopovo.com.br/republica/breves/governo-lanca-previa-de-campanha-com-slogan-o-brasil-
nao-pode-parar/. Acesso em 25 de ago de 2020. 
13 
Bolsonaro nega orientações da ciência e distorce informações para minimizar pandemia. Disponível em: 
https://www.aosfatos.org/noticias/bolsonaro-nega-orientacoes-da-ciencia-e-distorce-informacoes-para-
minimizar-pandemia/. Acesso em 25 de ago. de 2020. 
14 Decreto Nº 4597-R DE 16/03/2020. Dispõe sobre as medidas para enfrentamento da emergência de saúde 
pública decorrente do coronavírus (COVID-19) na área da educação, e dá outras providências. Disponível em: 
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=390701. Acesso em 25 de ago. de 2020. 
 
 
Um dos efeitos colaterais do Coronavírus, foi o fechamento das escolas a 
decisão não é exclusividade brasileira. Segundo dados da UNESCO cerca de 1,5 
bilhão de crianças e jovens estão impedidos de ir à escola no mundo15. Sem previsão 
quanto ao fim da pandemia, muitos países adotaram como estratégia o ensino remoto. 
No Brasil, algumas escolas privadas e redes públicas de ensino estão optando pelo 
ensino remoto online, foi assim que as tecnologias de ensino a distância se tornaram 
aliadas na continuidade ao ano letivo, e que revelou barreiras maquiadas por políticas 
públicas como a desigualdade no acesso à internet e equipamentos adequados. Hoje 
o Brasil conta com aproximadamente 45 milhões de estudantes, este número envolve 
todos os níveis e modalidades de ensino de acordo dados do Instituto Nacional de 
Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) em 201916. Um dado que 
revela uma outra realidade a maioria das escolas públicas do país não possui 
plataformas específicas para o ensino a distância com atividades remotas e a grande 
maioria dos estudantes além de não terem acesso à internet, também não possuem 
equipamentos adequados para acompanhar as aulas de forma remota pela internet, 
de acordo com a pesquisa TIC Educação 201917. 
A pesquisa TIC Educação mostra um dado interessante sobre a realidade das 
crianças e jovens de 9 a 17 anos, 71% dos mais pobres que usam internet só acessam 
a rede pelo celular. Na classe AB, apenas 26% têm essa restrição - é mais comum ter 
também notebooks ou computadores de mesa em casa. São dados relevantes que 
justificam os resultados do acesso remoto das atividades escolares18. 
 
15 Unesco: metade dos estudantes do mundo sem aulas por conta da Covid-19. Disponível em: 
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/03/18/unesco-metade-dos-estudantes-do-mundo-sem-aulas-
por-conta-da-covid-19.ghtml. Acesso em 25 de ago. de 2020. 
16 Escolas públicas atendem 45 milhões de estudantes no Brasil. Disponível em: http://inep.gov.br/artigo/-
/asset_publisher/B4AQV9zFY7Bv/content/escolas-publicas-atendem-45-milhoes-de-estudantes-no-
brasil/21206#:~:text=As%20escolas%20p%C3%BAblicas%20brasileiras%20s%C3%A3o,de%20ensino%2C%20incl
usive%20o%20superior. Acesso em 25 de ago de 2020. 
17 Maioria dos brasileiros não tem acesso ao ensino pela internet. Disponível em: 
https://plantaoenfoco.com.br/brasil-e-mundo/maioria-dos-brasileiros-nao-tem-acesso-ao-ensino-pela-
internet/. Acesso em 25 de ago. de 2020. 
18 Pesquisa: 80% da população brasileira entre 9 e 17 anos usam a internet. Disponível em: 
https://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/noticia/2016-10/pesquisa-80-da-populacao-brasileira-
entre-9-e-17-anos-usam. Acesso em 25 de ago. de 2020. 
 
 
A desigualdade é tão grande que maioria das famílias de baixa renda possuem 
apenas um celular e precisam dividir entre os filhos para resolver as atividades 
remotas19. 
 
Gráfico 1 - Disponibilidade de computador no domicílio, em % 
 
 
FiguraGráfico 1: - ???Disponibilidade de computador no domicílio, em % 
 
Fonte: TIC Educação 2019. 
 
Segundo o IBGE (2020) mais de 8 milhões de estudantes das escolas públicas 
em todo país não fizeram as atividades remotas da escola por falta de acesso à 
internet? Isto é, 1 em cada 5 estudantes não fizeram nenhuma atividade. Dado 
corresponde a 19,1% dos estudantes de 6 a 29 anos. Outros 32,6 milhões tiveram 
atividades escolares (72%) e 4 milhões (8,9%) estavam em férias. Ainda segundo a 
pesquisa, quanto menor a renda familiar maior é o percentual de estudantes que não 
tiveram acesso as atividades remotas sendo a grande maioria na região norte do país, 
totalizando 40% dos estudantes do ensino fundamental e quase metade dos 
estudantes do ensino médio20. 
 
19 Cinco irmãos dividem o celular da mãe para estudar após a suspensão das aulas presenciais, em Itumbiara. 
Disponível em: https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2020/06/17/cinco-irmaos-dividem-o-celular-da-mae-
para-estudar-apos-a-suspensao-das-aulas-presenciais-em-itumbiara.ghtml. Acesso em 25 de ago. de 2020. 
20 Um a cada cinco estudantes não teve atividade escolar em julho, diz IBGE. Disponível em: 
https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2020/08/um-a-cada-cinco-estudantes-nao-teve-atividade-escolar-
em-julho-diz-ibge.shtml. Acesso em 25 de ago. de 2020. 
Formatado: Recuo: Primeira linha: 1,25 cm, Espaço
Depois de: 0 pt
Formatado: Fonte: 10 pt, Negrito
Formatado: Fonte: Negrito
Formatado: Fonte: 10 pt, Negrito
Formatado: Fonte: Negrito
Formatado: Fonte: 10 pt, Negrito
Formatado: Fonte: 10 pt
 
 
Mais de 92% das escolas públicas do Brasil possui computador com acesso à 
internet, porém apenas 4% possui o recurso instalado em sala de aula. A pesquisa 
mostrou ainda que apenas 18% dos professores de escolas públicas urbanas do Brasil 
usam internet na sala de aula. Foram incluídas na pesquisa amostra de 497 escolas 
públicas municipais e estaduais urbanas do país. Participaram do estudo 4.987 
estudantes, 1.541 professores, 428 coordenadores e 497 diretores de escolas21.Passamos por várias correntes, teorias, ideologias, métodos, chegamos até 
mudar as mesas em carteiras de lugar, tornamos o ambiente mais sociável, bonitinho, 
equipado, para que de alguma forma pudéssemos alcançar nossos estudantes, porém 
nada disso mudou significativamente o cenário da educação brasileira. Somos 
incapazes de alcançar o que não se permite alcançar. Somos seres em formação e 
atravessados por várias realidades que nos afetam direta ou indiretamente. 
O Estado transferiu o papel da família para a escola, sobrecarregando o 
professor que além de lidar com os conteúdos, planilhas, formulários, relatórios, 
formações, sala de aula, disciplina tem que dar conta do papel intransferível da família, 
indo além da sua formação e capacidade de ensinar. Hoje em dia o professor passar 
mais da metade do seu tempo preenchendo papel do que lidando com o 
conhecimento. Fora que além da vocação precisa sobreviver com uma carga horária 
exaustiva e uma remuneração desanimadora. Talvez para quem está de fora fica fácil 
criticar quem está sendo vidraça. Somo uma categoria que embora tenhamos uma 
representativa sindical, pouco se tem feito de forma concreta de garantias por direitos 
já conquistados. O Estado ou município faz com o professor aquilo que ele quiser, 
principalmente se for contratado. 
O que parecia desafiador tornou-se insuperável. Fomos cobrados de todos os 
lados para que as atividades fossem elaboradas, postadas, e acompanhadas sem 
qualquer orientação em termos técnicos e práticos. Professores tiveram que se unir 
para buscar entender os mecanismos de elaboração das aulas em aplicativos 
tecnológicos, utilizando recursos próprios como internet, computador e smartfone. No 
início não havia muito bom-senso, qualquer dia e horário ele tinha que está à 
disposição da escola e da comunidade escolar. Foram momentos que nos sentimos 
acuados, sem defesa, sem entender muito bem o que estava acontecendo com o 
 
21 Pesquisa revela que apenas 4% das escolas públicas têm computador em sala. Disponível em: 
https://www.sintepe.org.br/site/v1/index.php/secretarias/sintepe-educacional/1663-pesquisa-revela-que-
apenas-4-das-escolas-publicas-tem-computador-em-sala. Acesso em 25 de ago. de 2020. 
 
 
mundo e muito menos o que fazer. Aos poucos fomos ajustando ao ‘novo normal’ e 
assimilando melhor as ferramentas tecnológicas. 
Hoje respiramos mais aliviados, na verdade o mundo respira mais aliviado com 
o advento histórico da ciência para um antídoto para conter a pandemia, porém, 
estamos à mercê de algo que está além da ciência que são hoje as questões 
ideológicas do governo federal no enfrentamento da pandemia. 
 
3 O USO DAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS 
 Uma das primeiras ferramentas tecnológicas aliadas ao processo 
 Uma das primeiras ferramentas tecnológicas aliadas ao processo educativo foi 
a criação da ‘TV ESCOLA’ criada em 1995, indo ao ar no dia 04 de março de 1996. 
Foi um momento inovador e que despertou expectativas pedagógicas no decurso da 
década de noventa que estava caminhando para o processo de globalização e de 
inclusão22. 
 O canal ‘TV ESCOLA’ tinha uma grande simples, porém as escolas precisavam 
se adequar para receber o sinal da emissora, onde foram instaladas antenas 
parabólicas e que permitiam chegar até as escolas o programa no canal com uma 
grade simples, porém que despertava o entusiasmo tanto de professores como dos 
alunos, que dependendo da região, ter uma televisão era artigo de luxo e sofisticação. 
 Para fins de registro dos avanços tecnológicos da época, em dezembro de 
2003, a emissora realizou uma das primeiras transmissões de TV digital por IP, 
denominado de ‘TV ESCOLA DIGITAL INTERATIVA’ (TVEDI). 
 O projeto não se limitava apenas a grade oferecida pela TV ESCOLA, os 
professores tinham liberdade para utilizar o recurso para introduzir ou aprofundar 
conteúdos pedagógicos como valores e comportamento. Porém, havia muita 
resistência do seu uso como meio pedagógico dentro de uma geração anterior que 
via a televisão como símbolo demoníaco e que promovia má influência, violência e 
descrença, desvirtuando assim os valores sagrados valores familiares. 
 
22 TV Escola, modo de usar - IPAE. Disponível em: www.ipae.com.br. Acesso em 26 de ago. de 2020. 
 
 
 
 Segundo José Manuel Moran, pesquisador na área de tecnologias aplicadas à 
educação, professor das Faculdades Sumaré, em São Paulo: "Tudo o que passa na 
televisão é educativo. Basta o professor fazer a intervenção certa e propiciar 
momentos de debate e reflexão", 
 Para a pesquisadora, Elvira Souza Lima da área de neurociência aplicada à 
mídia, de São Paulo, explica que: 
 a TV usa imagens em movimento, coloridas, trabalhadas com cortes e 
fusões e envolvidas em trilhas sonoras especialmente escolhidas mobiliza o 
sistema límbico, estrutura do cérebro responsável pelas emoções, o que leva 
a um estado de atenção concentrada. Alguns programas ainda desafiam a 
imaginação ao propor questões e não dar as respostas imediatamente. "A 
novela e as minisséries fazem isso muito bem, terminando os capítulos com 
suspense".23 
 Nunca foi fácil inserir no contexto educacional uma ferramenta que pudesse 
auxiliar no avanço do processo de ensino aprendizagem. Foi 
necessários o empenho e o entusiasmo de vários profissionais para 
que os meios pudessem justificar os fatores que ampliavam a visão de uma educação 
sem fronteiras. Aliás, Silva (2010), alerta que é necessário reaprender a ver a 
televisão, aprender a utilizá-la de forma pedagógica e que a educação para as mídias, 
está sob a responsabilidade dos profissionais de educação. Napolitano, (2003), 
reforça: 
 O uso da televisão em sala de aula deve ser encarado como um 
projeto, de preferência coletivo, partilhado entre diversos profissionais de um 
estabelecimento escolar. O poder e a influência da TV só podem ser 
revertidos em conhecimento escolar na medida em que o uso da TV em sala 
de aula seja a consequência de um conjunto de atividades e reflexões 
compartilhadas. (NAPOLITANO, 2003, p.25). 
Os anos foram passando e com eles os recursos foram sendo readaptados, 
buscando sempre uma melhoria na entrega de tecnologias cada vez mais sofisticados 
para cada geração, porém com ressalvas e muita resistência. 
 Por volta de 2000, o Ministério da Educação oficializou o uso da televisão em 
sala de aula, promovendo formação para que os professores pudessem utilizar o 
recurso de forma democrática e que respeitasse os parâmetros educacionais. 
 
23 Liguem a TV: vamos estudar! Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/1729/liguem-a-tv-vamos-
estudar. Acesso em 25 de ago. de 2020. 
Formatado: Fonte: 10 pt
Comentado [EFF2]: 
As citações longas devem ter recuo de 4 cm a esquerda, 
além do tamanho da fonte 10 e o espaçamento entre linhas 
do tipo “simples”. 
 
Formatado: Fonte: (Padrão) Arial, 10 pt
Formatado: Fonte: 10 pt
Comentado [EFF3]: 
As citações longas devem ter recuo de 4 cm a esquerda, 
além do tamanho da fonte 10 e o espaçamento entre linhas 
do tipo “simples”. 
 
Formatado: Fonte: (Padrão) Arial, 10 pt
Formatado: Fonte: 10 pt
 
 
 Em meados de 2010, as escolas públicas recebiam televisores para serem 
usadas como ferramenta pedagógica dentro das salas de aula. A novidade já não era 
tão interessante como se tivesse sido utilizada na década anterior, mas veio mesmo 
que tardia um avanço importantíssimo para que as Tecnologias da informação e 
comunicação, (TICs’) fossem implementadas no processo de formação educacional. 
 Os televisores chegaram as escolas com opções com recurso de várias 
entradas de drives físicos tais como: disquete, pen drive e CD-ROM. Além de 
entradas e saídas de áudio e vídeo. Os aparelhos eram robustos e sofisticados para 
sua época. Eram utilizados principalmente para promover debates, despertar a 
curiosidade e atenção dos alunos, bem como no aprofundamento de vários temas 
pertinentes do processoeducativo. 
 Logo após especialistas e pesquisadores convencerem tanto professores como 
a sociedade em geral da importância do uso pedagógico da televisão como importante 
agente de formação no processo educacional como afirma, Baccega (2000); veio sem 
muita resistência o uso dos computadores como meio de ampliar aquilo que o uso da 
televisão trouxe para o ambiente de ensino e aprendizagem. 
 Tal como foi os avanços tecnológicos na área educacional com o uso do 
televisor na década de noventa, assim foi com grande aceitação o uso do computador 
como ferramenta motivacional e de aprofundamento pedagógico despertando 
interesse no ambiente das salas de aula. 
 Com a chegada da globalização e das Tecnologias da informação e 
comunicação, (TICs’), era imprescindível que tais ferramentas fossem apropriadas 
pelo sistema educacional, em particular o público. 
 Porém deve-se ter o cuidado de não tornar uma novidade como algo utópico 
para o enfrentamento dos grandes desafios educacionais dentro do processo de 
globalização como vimos no tópico anterior sobre a exclusão digital no sistema 
educacional brasileiro. "A educação faz parte desse tecido social e sua participação 
no contexto da sociedade é de grande relevância, não só pela formação dos cidadãos 
que atuam nesta sociedade, mas principalmente, pelo potencial criativo que ao 
homem está destinado no seu próprio processo de desenvolvimento." GRINSPUN 
(1999). 
 
 
 A maravilha digital chegou junto com várias outras ferramentas de 
desenvolvimento e de apoio pedagógico, no intuito de tornar o ensino acessível, 
criativo, dinâmico e que favorecesse não apenas um ensino depositário, mas crítico e 
relacional: "uma sociedade que verá, provavelmente, o seu sucesso baseado na 
capacidade de acesso e tratamento/organização de informação" Freitas (1992). 
 A rede pública de ensino se engajou para que a nova tecnologia fosse adaptada 
ao contexto das dimensões continentais do Brasil, objetivando que a maioria das 
escolas e da comunidade escolar fosse atingida por essa nova ferramenta de 
participação coletiva de construção social. Ainda que, a maioria das escolas ainda não 
tivessem acesso à internet, o laboratório de informática era algo disputado entre os 
professores uma vez que era um único laboratório para toda escola. 
 Dentro desse processo de avanços tecnológicos na área educacional, veio 
outras ferramentas imprescindíveis tais como: projetor multimídia, quadro digital, 
chromebooks, smartfones e o programa de Atividades Pedagógicas Não Presenciais 
(APNPs). 
 Todo esse processo revolucionário na área educacional se deu motivada pela 
globalização e pelo sistema econômico que transformou ferramentas, meios, 
processos e com as exigências do mercado em todo o mundo. 
 [...] o sistema econômico de um país influencia as instituições de 
ensino, visto que são elas que fornecem a mão-de-obra qualificada de acordo 
com as exigências do mercado de trabalho. Essas instituições podem se 
tornar importantes instrumentos da classe dominante em sua luta permanente 
pela manutenção e reprodução de seu domínio sobre os dominados (ROSSI, 
1980). Essa situação favorece a alienação da classe desfavorecida, o 
aumento da exploração, dentre outros (SILVA, 2010, p 12). 
 Embora para a grande parcela da população brasileira, esses recursos 
tecnológicos só vieram à tona com a pandemia do COVID-19 que parou o mundo e 
surpreendeu a todos, inclusive travando a roda mestre de várias economias mundiais, 
como no caso do capitalismo. 
 Com isso o sistema educacional enfrentou seu maior desafio que era de 
continuar ofertando ensino e a inclusão para todos os alunos no período de isolamento 
social em massa. 
 
Comentado [EFF4]: 
As citações longas devem ter recuo de 4 cm a esquerda, 
além do tamanho da fonte 10 e o espaçamento entre linhas 
do tipo “simples”. 
 
Formatado: Fonte: (Padrão) Arial, 10 pt
Formatado: Fonte: 10 pt
 
 
4 ATIVIDADES PEDAGÓGICAS NÃO PRESENCIAIS. 
Em 17 de março de 2020, fomos abatidos por um vírus invisível e mortal que 
trouxe uma nova forma de vida para a civilização humana. Era tão surreal a notícia de 
que populações inteiras pudessem serem extintas que o sistema mundial travou, 
industrias, lojas, shoppings, escolas, aeroportos pararam. Nunca houve tanto silêncio 
e angustia dentro de um cenário de dor, angustia, sofrimento e de perdas irreparáveis. 
As relações humanas foram distanciadas, era necessário isolar-se, aquartela-se 
dentro de casa e por medidas de segurança houve lockdown que levou semanas onde 
tudo que podíamos fazer era acompanhar o avanço da pandemia em todo mundo 
pelos noticiários que nos informavam a todo mundo sobre os riscos e o negacionismo 
de vários governos, inclusive o nosso. 
Por medida de segurança as aulas foram suspensas, retornando mais tarde de 
forma remota e não presencial o que trouxe um dos maiores desafios das últimas 
décadas para o sistema educacional frágil, debilitado e com recursos escassos e 
limitados. 
Professores tiveram que se adaptar de uma hora para outra com as novas 
ferramentas de aprendizagem que foram inseridas dentro do contexto de pandemia, 
utilizando recursos próprios com acesso a internet em seus aparelhos de smartfones 
e computadores. Começava uma odisseia entre grupos de mensagens, redes sociais, 
aplicativos, plataformas das quais inúmeros professores não faziam ideia de como 
mexer e aplicar a demanda do sistema educacional dentro dessas novas tecnologias. 
Foram dias de lutas, sacrifício e medo, mas de glória! 
 Dentro desse cenário ameaçador o sistema educacional inovou, a Secretaria 
de Educação do Estado do Espírito Santo, lançou com o programa EscoLAREscolar: 
‘Atividades Pedagógicas Não Presenciais’, denominado de (APNPs) regulamentado 
pela Portaria Nº 048-R de 02 de abril de 2020, contemplou um conjunto de recursos 
indispensáveis para a continuidade do ensino aprendizagem de forma não presencial 
e híbrida, na complementação das aprendizagens já adquiridas e do desenvolvimento 
de novas aprendizagens por parte dos estudantes, favorecendo também o reforço 
escolar24. 
 
24 Organização da vida escolar nas atividades não presenciais no Espírito Santo. Disponível em: 
https://sedu.es.gov.br/Media/sedu/pdf%20e%20Arquivos/apresentacao-digital-conteudo-5.pdf. Acesso em 
20/08/2020. 
Formatado: Fonte: Negrito
Formatado: Fonte: Negrito
Formatado: Cor da fonte: Texto 1
Formatado: Cor da fonte: Texto 1
Formatado: Cor da fonte: Texto 1
 
 
As APNP’s consistiram em atividades pedagógicas vinculadas ao 
desenvolvimento de habilidades e conteúdos previstos no currículo capixaba proposto 
pela secretaria de educação, com ênfase nos temas integradores e por meio do 
programa das aulas em canal de tv aberta, possibilitando o acesso ao programa ao 
maior número de alunos possíveis. 
O principal recurso utilizado pelo Escolar, foram a transmissão de videoaulas, 
por meio de canais de televisão, redes sociais como Facebook, Youtube, WhatsApp, 
Google Sala de aula e atividades impressas dento em vista a ocorrência de alunos 
que não tinham recursos para acompanhar as atividades de forma remota ou pela 
televisão. 
As atividades educacionais foram sistematizadas por meio da plataforma 
Google Sala de Aula, ambiente virtual do qual professores e alunos tiveram que se 
adaptar sem qualquer treinamento e preparo para o desenvolvimento das atividades. 
Com a suspensão das aulas presenciais em toda rede de ensino para conter a 
disseminação do coronavírus (COVID-19), as escolas tiveram regime especial de 
atividades pedagógicas não presenciais durante todo o ano de 2020. 
 Alunos da educação infantil ao ensino médio tiveram acesso as aulas por meio 
de recursos próprios com programas ofertados pela SEDU, bem como outros 
conteúdos digitais e impressos com objetivo de dar continuidade ao processo 
educativo do ano letivo de 2020. 
As aulas transmitidas pela TV aberta sãofruto de uma parceria da SEDU com 
a Secretaria de Educação do Amazonas. 
O conteúdo curricular previsto foi reorganizado dentro das necessidades de 
cada estudante em cada nível, etapa e modalidade de ensino da educação básica, 
considerando a proposta curricular do Espírito Santo: 1º ao 9º ano do Ensino 
Fundamental e 1ª a 3ª série do Ensino Médio. 
Durante o período de suspensão das aulas presenciais, o conteúdo 
educacional foi transmitido em três canais de TV aberta com parceria com a Rede 
SIM, pelos canais 8.2, 8.3 e 8.4. 
As principais atividades desenvolvidas durante o período pelos profissionais da 
educação foi: 
 
 
• Seguir as orientações e normatizações do programa EscoLAR e da SEDU 
DIGITAL; 
• Manter contato com os alunos, pai e responsáveis por meio de aplicativos de 
mensagens, redes sociais e outros dispositivos de comunicação; 
• Promover e divulgar a programação das aulas para toda a comunidade escolar 
semanalmente, indicando a grade de programação e os conteúdos; 
• Orientar quanto ao uso do material de estudo específico para cada nível, etapa 
e modalidade educacional; 
• Seguir as orientações de acesso ao aplicativo EscoLAR e no site SEDU 
DIGITAL; 
• Orientar o conteúdo complementar como filmes, vídeos, leituras e pesquisas, 
de acordo com a programação semanal da grade as vídeos aulas; 
• Acompanhar a transmissão das aulas pela plataforma; 
• Organizar as atividades que reforcem a aprendizagem de forma pontual sem 
perda ou algum tipo de dano ao aluno; 
Organizar atividades que reforcem a aprendizagem e permitam revisões, com 
base nos conteúdos ministrados;
 
 Ainda assim com todos os meios possíveis tecnológicos, famílias inteiras não 
tinham condições de acompanhar as atividades de forma remota, então eram 
atendidas por meio de atividades impressas com o mesmo conteúdo dado nas 
plataformas. 
5 METODOLOGIA 
 Como campo de pesquisa na elaboração do trabalho científico as 
referências bibliográficas e a observação de campo. Houve um cuidado minucioso no 
trato com as informações que foram tratadas e filtradas pelas redes de comunicação 
em massa, evitando o uso das fake News no processo de apuração das fontes e a 
sistematização das informações que foram sendo construídas ao longo da construção 
do presente artigo. 
 
 
 Escolas e equipes pedagógicas foram acompanhadas, desde o processo de 
sistematização a operacionalização dos programas propostos pela Secretaria de 
Educação do Estado do Espírito Santo, SEDU, e pela Secretaria Municipal de 
Educação da prefeitura de Cariacica. 
 Participamos de todo processo de inclusão das ‘Atividades Pedagógicas Não 
Presenciais’, do programa EscoLAR, da divulgação da grade das vídeo aulas, das 
atividades de apoio pedagógico na plataforma do Google Sala de Aula, da elaboração 
das apostilas impressas, da busca ativa que era o contato com os alunos e a 
comunidade escolar por meio de aplicativos de mensagens e de redes sociais, bem 
como reuniões remotas e das lives semanais. 
 Houve durante o período encontros, reuniões presenciais para a inclusão do 
sistema híbrido de ensino a partir do mês de setembro, quando havia uma margem 
de segurança possível com o uso de equipamentos de prevenção. 
 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O presente trabalho postula apresentar um diagnóstico dos grandes desafios 
da educação pública brasileira, em particular do Estado do Espírito Santo, pela 
Secretaria de Educação (SEDU) com o uso dos recursos tecnológicos pelos 
professores como processo formador de forma presencial, híbrida e na modalidade 
do ensino remoto no período da pandemia pelo COVID-19 durante o ano letivo de 
2020 da educação básica, que compreende o Ensino Fundamental e Médio, tornando 
aulas mais dinâmicas, interativas e contextualizadas com a realidade atual. 
 
 
 
 Acredita-se que a oferta adequada das tecnologias contribui para o 
enriquecimento, avanço e o aprofundamento educacional, despertando o gatilho 
mental para o favorecimento de possibilidades pedagógicas de interação sócio 
emocional na construção do conhecimento como bem comum. 
Formatado: Recuo: Primeira linha: 1,25 cm
 
 
Não há dúvidas que a qualidade do ensino está relacionada com as tecnologias 
educacionais. Quanto maior a oferta de novas tecnologias, maior será as 
possibilidades que se abrem na aplicação pedagógica que podem contribuir para 
resultados ainda mais animadores no campo do ensino e aprendizagem, da justiça 
social, na democratização do acesso ao ensino e por facilitar a educação inclusiva de 
portadores de necessidades especiais. 
Por isso é indispensável que as políticas públicas estejam voltadas para a 
grande parte da população que ainda não possui condições e recursos para que esse 
ideal posso ser alcançado, democratizando o conhecimento de forma justa e 
igualitária para todos, promovendo o bem-estar social e a construção de uma 
sociedade mais justa e humana. 
 
 
 
 
 
 
É necessário, porém, observar que os recursos tecnológicos sejam eles quais 
forem, não substituem a relação sócio emocional estabelecida por meio do profissional 
da educação. A tecnologia é um meio pelo qual deve ser usada para ampliar os 
conhecimentos e para promover a inclusão e não um fim em si mesma. 
O ensino remoto e híbrido nesse período de pandemia veio nos ensinar 
inúmeras lições uma delas é a compreensão que a tecnologia não substitui os afetos, 
a relação entre os amigos, a socialização que é o gatilho mental para a promoção do 
bem-estar social e da construção do conhecimento de forma saudável e duradoura. 
Cada um tem sua importância e seu papel, cabe a cada um, professores, estudantes, 
família a responsabilidade de cumprir com sua missão. Por isso a importância de 
observar a forma como esses recursos são aplicados nas várias modalidades de 
ensino, para que a conexão não se torne um delay ecoando por uma infinidade de 
cabos sem uma resposta ativa de seu receptor. 
 
 
 
 
 
Cabe ao profissional da educação observar a maneira como vai utilizar os 
Cabe ao profissional da educação observar a maneira como vai utilizar os recursos 
Cabe ao profissional da educação observar a maneira como vai utilizar os recursos 
Cabe ao profissional da educação observar a maneira como vai utilizar os recursos 
Cabe ao profissional da educação observar a maneira como vai utilizar os 
recursos tecnológicos ofertados para que eles não se tornem um meio de 
esvaziamento, exclusão e distanciamento entre a relação dos sujeitos que 
protagonizam a construção do conhecimento, e ao Estado as condições necessárias 
para que o profissional possa desenvolver e aplicar os recursos de forma satisfatória 
e digna. 
 
REFERÊNCIAS 
REFERÊNCIAS 
REFERÊNCIAS 
REFERÊNCIAS 
REFERÊNCIAS 
Por isso, deve-se observar a forma que os professores utilizam os recursos 
tecnológicos ao seu alcance como ferramentas pedagógicas necessárias para obter 
maior atenção, e consequentemente, fazer com que todos possam assimilar melhor 
as informações, processando seus conhecimentos, resultando assim, uma 
aprendizagem satisfatória. Ajudar de forma objetiva, direta e clara os professores que 
não a utilizam por falta de conhecimento, segurança e domínio dos instrumentos. 
Durante o desenvolvimento desse trabalho, pretende-se estudar a relação das 
tecnologias educacionais existentes nas escolas com as formas variadas de ensino 
aprendizagem realizadas pelos professores dentro e fora das salas de aula e as 
formas corretas para que haja uma melhora significativa no ensino aprendizagem. 
 
REFERÊNCIAS 
ARAÚJO, Thiago Cássio D'Ávila. Tecnologias educacionais e o direito à educação. 
Jus Navigandi, Teresina, ano 17, n. 3395, 17 out. 2012. Disponível em: 
<http://jus.com.br/artigos/22819>. Acesso em: 20 de agosto 2020. 
BACCEGA, Maria Aparecida. Comunicação: interação emissão/receptor. 
Comentado [EFF5]: 
Trechos semelhantes encontrados em: 
 
https://cursosavante.com.br/tecnologias-educacionais 
 
https://search.lycos.com/bnjs.php?u=fwAGVNcn
-
bWgJKh12llxys1KtWjzzL3MMBvipVl6WXytxWkYU
7WgG-SKCXIHbpxj1Yf1XOELUeb7m4QCnm-
IXQ..%3a%3aqVdA8pQysh8GCejDKZHRiw..%3a
%3aBFSH&%3bs=unknown&%3bp=16&%3bas=
http%3a%2f%2fpt.scribd.com%2fdocument%2f
363488373%2fO-Uso-das-Tecno... 
 
http://www.uel.br/eventos/jornadadidatica/page
s/arquivos/III%20Jornada%20de%20Didatica%
20-
%20Desafios%20para%20a%20Docencia%20e
%20II%20Seminario%20de%20Pesquisa%20do
%20CEMAD/O%20USO%20DAS%20TECNOLOGI
AS%20EDUCACIONAIS%20COMO%20FERRAME
NTA.pdf 
 
 
 
Será necessário reescrever o trecho marcado. 
https://cursosavante.com.br/tecnologias-educacionais
https://cursosavante.com.br/tecnologias-educacionais
https://search.lycos.com/bnjs.php?u=fwAGVNcn-bWgJKh12llxys1KtWjzzL3MMBvipVl6WXytxWkYU7WgG-SKCXIHbpxj1Yf1XOELUeb7m4QCnm-IXQ..%3a%3aqVdA8pQysh8GCejDKZHRiw..%3a%3aBFSH&%3bs=unknown&%3bp=16&%3bas=http%3a%2f%2fpt.scribd.com%2fdocument%2f363488373%2fO-Uso-das-Tecno...
https://search.lycos.com/bnjs.php?u=fwAGVNcn-bWgJKh12llxys1KtWjzzL3MMBvipVl6WXytxWkYU7WgG-SKCXIHbpxj1Yf1XOELUeb7m4QCnm-IXQ..%3a%3aqVdA8pQysh8GCejDKZHRiw..%3a%3aBFSH&%3bs=unknown&%3bp=16&%3bas=http%3a%2f%2fpt.scribd.com%2fdocument%2f363488373%2fO-Uso-das-Tecno...
https://search.lycos.com/bnjs.php?u=fwAGVNcn-bWgJKh12llxys1KtWjzzL3MMBvipVl6WXytxWkYU7WgG-SKCXIHbpxj1Yf1XOELUeb7m4QCnm-IXQ..%3a%3aqVdA8pQysh8GCejDKZHRiw..%3a%3aBFSH&%3bs=unknown&%3bp=16&%3bas=http%3a%2f%2fpt.scribd.com%2fdocument%2f363488373%2fO-Uso-das-Tecno...
https://search.lycos.com/bnjs.php?u=fwAGVNcn-bWgJKh12llxys1KtWjzzL3MMBvipVl6WXytxWkYU7WgG-SKCXIHbpxj1Yf1XOELUeb7m4QCnm-IXQ..%3a%3aqVdA8pQysh8GCejDKZHRiw..%3a%3aBFSH&%3bs=unknown&%3bp=16&%3bas=http%3a%2f%2fpt.scribd.com%2fdocument%2f363488373%2fO-Uso-das-Tecno...
https://search.lycos.com/bnjs.php?u=fwAGVNcn-bWgJKh12llxys1KtWjzzL3MMBvipVl6WXytxWkYU7WgG-SKCXIHbpxj1Yf1XOELUeb7m4QCnm-IXQ..%3a%3aqVdA8pQysh8GCejDKZHRiw..%3a%3aBFSH&%3bs=unknown&%3bp=16&%3bas=http%3a%2f%2fpt.scribd.com%2fdocument%2f363488373%2fO-Uso-das-Tecno...
https://search.lycos.com/bnjs.php?u=fwAGVNcn-bWgJKh12llxys1KtWjzzL3MMBvipVl6WXytxWkYU7WgG-SKCXIHbpxj1Yf1XOELUeb7m4QCnm-IXQ..%3a%3aqVdA8pQysh8GCejDKZHRiw..%3a%3aBFSH&%3bs=unknown&%3bp=16&%3bas=http%3a%2f%2fpt.scribd.com%2fdocument%2f363488373%2fO-Uso-das-Tecno...
https://search.lycos.com/bnjs.php?u=fwAGVNcn-bWgJKh12llxys1KtWjzzL3MMBvipVl6WXytxWkYU7WgG-SKCXIHbpxj1Yf1XOELUeb7m4QCnm-IXQ..%3a%3aqVdA8pQysh8GCejDKZHRiw..%3a%3aBFSH&%3bs=unknown&%3bp=16&%3bas=http%3a%2f%2fpt.scribd.com%2fdocument%2f363488373%2fO-Uso-das-Tecno...
https://search.lycos.com/bnjs.php?u=fwAGVNcn-bWgJKh12llxys1KtWjzzL3MMBvipVl6WXytxWkYU7WgG-SKCXIHbpxj1Yf1XOELUeb7m4QCnm-IXQ..%3a%3aqVdA8pQysh8GCejDKZHRiw..%3a%3aBFSH&%3bs=unknown&%3bp=16&%3bas=http%3a%2f%2fpt.scribd.com%2fdocument%2f363488373%2fO-Uso-das-Tecno...
http://www.uel.br/eventos/jornadadidatica/pages/arquivos/III%20Jornada%20de%20Didatica%20-%20Desafios%20para%20a%20Docencia%20e%20II%20Seminario%20de%20Pesquisa%20do%20CEMAD/O%20USO%20DAS%20TECNOLOGIAS%20EDUCACIONAIS%20COMO%20FERRAMENTA.pdf
http://www.uel.br/eventos/jornadadidatica/pages/arquivos/III%20Jornada%20de%20Didatica%20-%20Desafios%20para%20a%20Docencia%20e%20II%20Seminario%20de%20Pesquisa%20do%20CEMAD/O%20USO%20DAS%20TECNOLOGIAS%20EDUCACIONAIS%20COMO%20FERRAMENTA.pdf
http://www.uel.br/eventos/jornadadidatica/pages/arquivos/III%20Jornada%20de%20Didatica%20-%20Desafios%20para%20a%20Docencia%20e%20II%20Seminario%20de%20Pesquisa%20do%20CEMAD/O%20USO%20DAS%20TECNOLOGIAS%20EDUCACIONAIS%20COMO%20FERRAMENTA.pdf
http://www.uel.br/eventos/jornadadidatica/pages/arquivos/III%20Jornada%20de%20Didatica%20-%20Desafios%20para%20a%20Docencia%20e%20II%20Seminario%20de%20Pesquisa%20do%20CEMAD/O%20USO%20DAS%20TECNOLOGIAS%20EDUCACIONAIS%20COMO%20FERRAMENTA.pdf
http://www.uel.br/eventos/jornadadidatica/pages/arquivos/III%20Jornada%20de%20Didatica%20-%20Desafios%20para%20a%20Docencia%20e%20II%20Seminario%20de%20Pesquisa%20do%20CEMAD/O%20USO%20DAS%20TECNOLOGIAS%20EDUCACIONAIS%20COMO%20FERRAMENTA.pdf
http://www.uel.br/eventos/jornadadidatica/pages/arquivos/III%20Jornada%20de%20Didatica%20-%20Desafios%20para%20a%20Docencia%20e%20II%20Seminario%20de%20Pesquisa%20do%20CEMAD/O%20USO%20DAS%20TECNOLOGIAS%20EDUCACIONAIS%20COMO%20FERRAMENTA.pdf
http://www.uel.br/eventos/jornadadidatica/pages/arquivos/III%20Jornada%20de%20Didatica%20-%20Desafios%20para%20a%20Docencia%20e%20II%20Seminario%20de%20Pesquisa%20do%20CEMAD/O%20USO%20DAS%20TECNOLOGIAS%20EDUCACIONAIS%20COMO%20FERRAMENTA.pdf
http://www.uel.br/eventos/jornadadidatica/pages/arquivos/III%20Jornada%20de%20Didatica%20-%20Desafios%20para%20a%20Docencia%20e%20II%20Seminario%20de%20Pesquisa%20do%20CEMAD/O%20USO%20DAS%20TECNOLOGIAS%20EDUCACIONAIS%20COMO%20FERRAMENTA.pdf
 
 
CADORSO, Gustavo. A mídia na sociedade em rede. Rio de Janeiro, FGV, 2007. 
Freitas, J. C. (1992a). As NTIC na Educação: Esboço para um Quadro Global; in J. 
Correia de Freitas e V. Duarte Teodoro (eds), Educação e Computadores, Lisboa: 
Ministério da Educação, Gabinete de Estudos e Planeamento, série: Desenvolvimento 
dos sistemas Educativos. 
GRINSPUN, Mírian P.S. Zippin. Educação Tecnológica. In : Educação Tecnológica 
desafios e perspectivas. Mírian P.S. Zippin Grinspun (org). São Paulo: Cortez, 1999. 
GUARESCHI, Pedrinho A. Mídia educação e cidadania: tudo o que você deve saber 
sobre a mídia. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005. 
GUIMARÃES, Glaucia. TV e escola: discursos em confronto. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 
2000. 
NAPOLITANO, M. Como usar a televisão em sala de aula. São Paulo, Contexto, 2003. 
OLIVEIRA ,Márcio Romeu Ribas de. O Primeiro Olhar: Experiência com Imagens na 
Educação Física Escolar.2004.177f. Tese (Mestrado em Educação Física) Centro de 
Desportos – Universidade Federal de Santa Catarina/UFSC . 
SILVA, Isabel Rodrigues. A televisão possibilitando novos olhares no fazer 
pedagógico. Universidade Federal do Tocantins, 2010. Artigo. Disponível em: 
http://monografias.brasilescola.com/pedagogia/a-televisão-possibilitando-novos-
olhares-no-fazer-.htm. Acesso em 26 ago. de 2020. 
TAROUCO, Liane Magarida Rackenbach etal. Formação de Professores para 
produção e uso de objetos de aprendizagem. disponível em http://www.cinted.ufrgs.br 
/renote/jul2006/ artigosrenote / a20_21173.pdf. Acesso em: 20 de agosto 2020.

Continue navegando