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Questão 01 –(2 pontos ) João e Maria habilitaram-se para o casamento em abril de 2015 e já estabeleceram procurador para representar João na data da celebração, pois o noivo estaria trabalhando fora do país na data do casamento. O procurador seria seu irmão Manuel e ficou estabelecido por instrumento público. Na data do casamento Manuel não compareceu a celebração por estar bêbado. O tabelião sugeriu celebrar o casamento de forma virtual, onde foi aceito pelos nubentes. O casamento foi celebrado de forma virtual. O Ministério Público se pronunciou em não emitir a certidão de casamento alegando casamento inexistente por ausência de requisito de validade. De posse deste caso responda fundamentando: a)Quais os requisitos de validade do casamento? Resposta: O art.1514, CC, dispõe que para validade do casamento é necessário o consentimento de ambos (tem que ser alto e bom som), “aceito” ou “sim” e o juiz declarar os nubentes casados. terá que ter manifestação da vontade, seja espontânea, sem coação e que a pessoa fale. O registro do ato, escritura pública (a certidão de casamento) irá iniciar o plano de eficácia do casamento. Os requisitos de validade para o casamento, o agente tenha capacidade para casar, cumpra todas as formalidades acima citadas e a manifestação da vontade clara. b)Houve ausência de algum requisito para tornar este casamento inválido? Resposta: Sim, porque não seguiu todos os conformes do art.1535, CC, e é proibido o casamento virtual. c)O casamento por procuração é possível? Quais os requisitos? Resposta: Conforme o art.1542, CC, O casamento por procuração é possível, mesmo que a outra pessoa esteja fora do país. Requisito tem que ser por instrumento público com poderes especiais para casar, procuração única para cada nubente e sua eficácia não ultrapassam 90 dias porque é o prazo da habitação. d)Caberia ação de indenização contra Manuel? Quem teria legitimidade e qual tipo de ação de indenização? Resposta: Sim, art.667, CC, ele é obrigado a exercer os poderes que recebeu, a responsabilidade segue a ele, sendo assim, responde civilmente por prejuízos que causou culposamente. João tem a legitimidade para abrir uma Ação de indenização por danos morais e materiais, conforme o artigo.186, CC, por sua negligência, ter violado os direitos e causado dano ao seu irmão João. 2. Questão 02 - Carla e Alfredo casaram-se em 2013 sob o regime voluntário da separação de bens. O pacto antenupcial foi feito e a época não existiam bens particulares ou comuns. Alfredo após o casamento recebeu o valor de R$ 200.000,00 de herança. Em 2015 resolveram modificar o regime de bens para Comunhão Parcial, pois pretendem formar sociedade empresária entre si e para tanto o(a) contrataram como advogado(a). Responda as seguintes perguntas: a)O regime de bens por eles estabelecido pode ser modificado? De que forma? Resposta: Sim, o Art. 1639, § 2º, CC, estabelece essa modificação, pode ser alterado com um acordo entre o casal, por meio de uma ação, com autorização judicial e um pedido motivado. b)A motivação por eles exposta tem fundamento? Resposta: Sim, porque as benfeitorias são aquisições e se ocorridas na constância do casamento comunicam-se, por esse motivo seria ideal para Alfredo essa alteração, fundamento no Art.1660, CC. Questão 03 –(2.0 pontos) Pedro de Sousa, solteiro e em união estável de fato com Maria José há 25 anos acometeu-se de um câncer terminal e internado em hospital desejou casar a fim de deixar a companheira juridicamente estável. Eles tinham dois filhos maiores chamados: Clarisse e Pedro Filho. Os filhos providenciaram o chamado de um juiz habilitado pelo cartório da comarca , que compareceu ao hospital e celebrou o casamento. Diante da situação responda as questões explicando e fundamentando: a) Qual o tipo especial deste casamento e onde ele pode ser fundamentado? Resposta: Casamento moléstia grave, onde o sujeito tá em certas condições de não poder celebrar o casamento de forma tradicional, por meio desse regime especial ele terá o direito de celebrar onde se encontra, Art.1539, CC. b) Quais os requisitos para este casamento acontecer e quais providências deverão ser tomadas após a celebração. Resposta: Conforme o art.1540, CC, os requisitos são presença de seis testemunhas, que com os nubentes não tenham parentesco em linha reta, ou, na colateral, até segundo grau. As providências são das formalidades necessárias para a validação, o Art.141,CC, as testemunhas que estavam presentes na celebração terão que ir ao juiz no prazo de 10 dias, para testemunhar os fatos c) Para preservar os bens adquiridos nos 25 anos anteriores qual seria o regime de bem indicado pelo advogado(a)? Resposta: Seria o regime de comunhão parcial, onde os bens que se comunicam são apenas os adquiridos de forma onerosa durante a constância da união, conforme descrito no art. 1658 Questão 04. (02 pontos) – Cristina e Afonso (gêmeos) são filhos e Conceição e nunca foram reconhecidos pelo pai biológico. Alfredo casou com Conceição e perfilhou juridicamente os filhos da esposa. Alfredo tem um irmão, José que é padrinho dos sobrinhos. Diante do casso narrado, estabeleça o tipo de parentesco (linhas e graus) entre: a) Cristina e Afonso; Resposta: segundo grau linha colateral b) Alfredo e Cristina; Resposta: primeiro grau linha reta c) José e Afonso; Resposta: terceiro grau colateral d) José e Conceição. Resposta: Por afinidade colateral de segundo grau Questão 05. Rafael Martins ,viúvo, empresário e com 72 anos resolve casar com Mariana Silva, estudante de 32 anos e solteira. Após um breve namoro de 6 meses vão ao cartório solicitar habilitação do casamento e insistem em casas sob o regime da comunhão universal de bens. O tabelião nega o provimento e informa que só pode celebrar o casamento no regime obrigatório da separação total de bens. Diante desta situação hipotética responda fundamentando: a) Baseado em que o tabelião não consentiu o casamento no regime da comunhão universal de bens? Resposta: O art. 1641, inciso II, do CC. Onde a pessoa maior de 70 anos somente pode casar pelo regime da separação de bens, a chamada separação legal, ou obrigatória. b) Seria possível a realização em outro regime de bens ? baseado em que ? Resposta: Não, conforme o art.1641 e a súmula 337, STF, é uma proteção para para o maior de 70 anos que tem uma relacionamento rápido por interesse ao bem econômico do idoso.
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