Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
gabi_fran_ Gabrielle França, CESUPA 2021 Pelos Define-se aqui pelo como estruturas delgadas queratinizadas que se desenvolvem a partir de uma invaginação da epiderme, o folículo piloso, que, no pelo de crescimento, apresenta-se com uma dilatação terminal, o bulbo piloso, em cujo centro observa-se uma papila dérmica. As células que recobrem esta papila forma a raiz do pelo, de onde emerge o eixo do pelo. Os folículos pilosos estão presentes sobre quase todo o corpo. A distribuição de pelos é influenciada em um grau considerável pelos hormônios sexuais. Estrutura A morfogênese do FP tem início na nona semana de gestação, sendo que o seu desenvolvimento é resultado de interações neuroectodérmicas - mesodérmicas e precisa da contribuição das distintas populações de células-tronco do FP: epiteliais, da crista neural e mesenquimais. O folículo varia em aparência histológica, dependendo de estar em uma fase de crescimento ou de repouso. O folículo em crescimento mostra a estrutura mais elaborada, sendo dividido em três grandes partes: INFUNDÍBULO: estende-se desde a abertura do folículo na superfície até o nível da abertura de sua glândula sebácea, é uma parte usada como uma via para descarga da substância oleosa, o sebo. ISTMO: estende-se do infundíbulo até o nível de inserção do músculo eretor dos pelos. Em sua base, onde se expande para formar o BULBO. A base do bulbo é invaginada por um tufo de tecido conjuntivo frouxo vascularizado denominado, obviamente, uma papila dérmica. Nesse bulbo esta localizada a matriz do pelo, que garante sua nutrição e crescimento. As células da matriz diferenciam-se em células produtoras de queratina do pelo e da bainha radicular interna. Na zona inferior do FP, temos a formação das camadas variadas de queratinizarão desse pelo, a bainha reticular interna possui 3: A cutícula: consiste em células pavimentosas cuja superfície livre externa faceia a haste pilosa. Lembram escamas com muita queratina. A camada de Huxley: consiste em camada única ou dupla de células achatadas que formam a placa média da bainha interna da raiz. A camada de Henle: consiste em uma camada única externa de células cúbicas. Essas células estão em contato direto com a parte mais externa do folículo piloso, que representa uma expansão descendente da epiderme e é designada bainha radicular externa. Já se tratando do pelo, ele possui 3 camadas também: A parte mais externa é a cutícula, que é formada por várias camadas de células sobrepostas em pigmentos parecidos com escamas. Depois da cutícula, encontra-se o chamado córtex, que é formado por uma grande quantidade de células com aspecto de fibras responsáveis por 90% do peso do pelo. Na porção mais interior do pelo, encontramos a medula, que é forma da por várias células dispostas lado a lado que contêm porções de ar entre elas. Chamamos de haste a parte do pelo que pode ser observada externamente, já a raiz é a parte que está situada no interior da pele, em uma região denomina de folículo piloso. Uma lâmina basal espessa, denominada membrana vítrea, separa o folículo piloso da derme. Circundando o folículo está uma bainha de tecido conjuntivo denso irregular contendo a saliência folicular. Estudos recentes identificaram a saliência folicular como um nicho de células-tronco epidérmicas (ES, de epidermal stem), sob condições normais, as células ES são responsáveis por fornecer células-tronco para o crescimento dos folículos pilosos (bainha radicular interna, córtex e medula) bem como para as glândulas sebáceas. Ciclo do pelo O cabelo apresenta um ciclo normal de vida, que inclui três fases: Durante o crescimento do pelo, as células da matriz dividem-se e migram em direção à superfície da pele, sendo que progressivamente, durante sua ascensão, essas células vão se queratinizando. O ciclo capilar pode ser dividido em três fases distintas, crescimento, regressão e repouso. FASE ANÁGENA: é responsável pelo aumento do crescimento do pelo e aproximadamente 90% dos fios do couro cabeludo se apresentam nessa fase, num indivíduo adulto saudável, esta fase dura em torno de três anos. Nessa fase, que é a mais longa do ciclo, a matriz está trabalhando continuamente. FASE CATÁGENA: A fase de regressão caracteriza-se pela involução do folículo piloso (início da atrofia). Cerca de 1% dos fios se encontram nesta fase, que dura aproximadamente três semanas. FASE TELÓGENA: Fase de repouso, onde o fio permanece por uns três meses e depois cai logo seguido de um período de organogênese onde um novo folículo piloso se forma e produz um novo fio de cabelo. Cerca de 9% dos fios encontram-se nesta fase. Glândulas Sebáceas As glândulas sebáceas desenvolvem-se como excrescências da bainha radicular externa do folículo piloso, geralmente produzindo diversas glândulas por folículo. Situam-se na derme e seus ductos geralmente desembocam na porção terminal dos folículos pilosos. Nos grandes e pequenos lábios da vagina os ductos abrem-se direto na superfície da pele. Na palma da mão e na sola do pé não há glândulas sebáceas, pois não apresentam pêlos. Estrutura São alveolares e geralmente vários alvéolos desembocam em um ducto curto. Esses alvéolos são formados por uma camada externa de células epiteliais achatadas. Toda a célula produz e torna-se repleta de produto gorduroso enquanto simultaneamente sofre morte celular programada (apoptose) à medida que o produto preenche a célula. As células basais da glândula sebácea contêm retículo endoplasmático liso (REL), RER, ribossomos livres, mitocôndrias, glicogênio e um aparelho de Golgi bem desenvolvido. À medida que a célula se afasta da camada basal e começa a produzir o produto secretor lipídico, a quantidade de REL aumenta, refletindo o papel do REL na síntese e secreção de lipídios. Sebo O sebo é produzido como uma secreção holócrina, onde o produto é liberado junto com os restos celulares, as células basais da glândula (células-fonte) proliferam e, à medida que vão sendo empurradas para a superfície, começam a se diferenciar e a acumular secreção no seu interior. O sebo se constitui como uma mistura semelhante à cera formado por colesterol e triglicerídeos. Ele é o hidratante natural da pele e, como tal, contribui para a manutenção de sua textura e para a flexibilidade do pelo. Glândulas Sudoríparas As glândulas sudoríparas são responsáveis pela produção do suor, um componente importante do mecanismo da termorregulação humana. No corpo humano, existem dois tipos diferentes de glândulas sudoríparas: as merócrinas/écrinas e as apócrinas. GLÂNDULAS Écrinas São aquelas cujo produto de secreção é secretado isoladamente, sem partes da célula. São glândulas do tipo simples, tubulosa, enovelada, e sua porção secretora localiza-se profundamente na derme ou superiormente na hipoderme. O ducto ou segmento ductal da glândula abre-se na superfície da pele e segue um curso em hélice ao atravessar a epiderme. Essas estruturas são também independentes, não associadas ao folículo piloso, que se originam como um crescimento descendente a partir da epiderme fetal. Desempenha papel na termorregulação Cada glândula écrina está disposta como uma estrutura tubular espiralada simples com terminação cega. O segmento secretor da glândula sudorípara écrina contém três tipos celulares que repousam sobre uma lâmina basal: CÉLULAS CLARAS: São caracterizadas por glicogênio em abundância. As organelas membranosas incluem numerosas mitocôndrias, perfis de REL e um aparelho de Golgi relativamente pequeno. A morfologia dessas células indica que elas produzem o componente aquoso do suor. CÉLULAS ESCURAS: Caracterizam-se por RER abundante e grânulossecretores. O aparelho de Golgi é relativamente grande, um aspecto condizente com a secreção de glicoproteínas por essas células. O citoplasma apical tem grânulos secretores maduros e ocupa a maior parte da superfície luminal. CÉLULAS MIOEPITELIAIS: São limitadas à face basal do segmento secretor. Elas se situam entre as células secretoras, com seus prolongamentos orientados transversalmente ao túbulo. O citoplasma contém numerosos filamentos contráteis (de actina). A contração dessas células é responsável pela rápida expressão do suor pela glândula. O segmento ductal das glândulas écrinas é revestido por epitélio estratificado cúbico e não possui células mioepiteliais. Em contraste com a porção secretora da glândula écrina, a porção ductal não possui células mioepiteliais. Essas características são úteis para distinguir o ducto da porção secretora em um corte histológico. GLANDULAS SUDORÍPARAS APÓCRINAS As glândulas apócrinas são glândulas tubulares de luz grande associadas aos folículos pilosos. Desenvolvem-se a partir das mesmas expansões descendentes da epiderme que dão origem aos folículos pilosos. A conexão com o folículo é conservada, possibilitando à secreção da glândula entrar no folículo, tipicamente em um nível imediatamente acima da entrada do ducto sebáceo. A partir daí, a secreção toma seu caminho em direção à superfície. Encontram-se na axila, aréola e mamilo da glândula mamária, na região perineal, em associação com a genitália externa, glândula ceruminosa do canal auditiva e glândula de Moll das pálpebras. Ao contrário das glândulas écrinas, as glândulas apócrinas armazenam seu produto secretor na luz. A porção secretora da glândula é composta de epitélio simples. O citoplasma apical contém numerosos grânulos pequenos, o componente secretor dentro da célula, que são descarregados por exocitose. Outros aspectos da célula incluem numerosos lisossomos e grânulos de pigmento de lipofuscina. As mitocôndrias também estão em grande número. A porção ductal das glândulas apócrinas é revestida por epitélio estratificado cúbico e não possui células mioepiteliais. As glândulas apócrinas tornam-se funcionais na puberdade; assim como o pelo axilar e púbico, seu desenvolvimento depende dos hormônios sexuais. No sexo feminino, as glândulas apócrinas tanto axilares quanto areolares sofrem alterações morfológicas e secretoras que cursam em paralelo com o ciclo menstrual. Inervação São inervadas pela porção simpática do sistema nervoso autônomo. As glândulas sudoríparas écrinas são estimuladas pelos transmissores colinérgicos (geralmente identificados com o componente parassimpático do sistema autônomo), enquanto as glândulas apócrinas são estimuladas por transmissores adrenérgicos. Como descrito anteriormente, as glândulas écrinas respondem ao calor e ao estresse. As glândulas apócrinas respondem aos estímulos emocionais e sensoriais. Suor As glândulas sudoríparas écrinas desempenham um papel importante na regulação da temperatura através do resfriamento que resulta da evaporação da água pelo suor na superfície do corpo. A reabsorção de alguma quantidade de sódio e de água no ducto resulta na liberação de um suor hipotônico na superfície da pele. Essa solução aquosa hipotônica é pobre em proteína e contém várias quantidades de cloreto de sódio, ureia, ácido úrico e amônia. Portanto, a glândula sudorípara écrina serve, em parte, como um órgão excretor. As glândulas apócrinas produzem uma secreção que contém proteína, carboidrato, amônia, lipídios e certos compostos orgânicos que podem colorir a secreção. Entretanto, as células variam com a localização anatômica. Na axila, a secreção é leitosa e ligeiramente viscosa. Quando secretado, o líquido é inodoro; através da ação bacteriana sobre a superfície cutânea, ele desenvolve um odor ácido. Unhas As unhas são placas de células fortemente queratinizadas, placas ungueais, que crescem nas superfícies dorsais das falanges terminais dos dedos, os leitos ungueais. A superfície da falange que é recoberta pela unha, recebe o nome de leito ungueal. A porção proximal é chamada raiz da unha ou matriz. É na raiz da unha que se observa a sua formação, graças a um processo de proliferação de células epiteliais, que gradualmente se queratinizam, formando uma placa córnea. A matriz contém várias células, incluindo células-tronco, células epiteliais, melanócitos, células de Merkel e células de Langerhans. As células-tronco da matriz dividem-se regularmente, migram na direção da raiz da unha e aí se diferenciam e produzem a queratina da unha. A queratina da unha é uma queratina dura, assim como a do córtex piloso, ela não se descama. Ela consiste em filamentos de queratina densamente dispostos embebidos em uma matriz de queratina amorfa com um alto teor de enxofre, que é responsável pela dureza da unha. A adição constante de novas células na raiz e sua queratinização são responsáveis pelo crescimento da unha. A área branca em formato de crescente lunar próxima da raiz da unha, a lúnula, deriva sua cor da camada opaca e espessa de células da matriz parcialmente queratinizadas nessa região. Quando a placa ungueal se torna totalmente queratinizada, ela é mais transparente e assume a cor do leito vascular próximo. A dobra cutânea que cobre a raiz da unha é o eponíquio, ou cutícula. A cutícula também é composta de queratina dura; consequentemente, ela não descama. Uma camada epidérmica espessada, o hiponíquio, fixa a borda livre da placa ungueal à ponta do dedo. Contextualizações e anexos Pelos HORMÔNIOS SEXUAIS: A fase anágena tem seu período encurtado, devido a ação do hormônio diidrotestosterona (DHT), principal hormônio andrógeno responsável pela perda de cabelo masculina. Provavelmente o principal alvo de ataque dos andrógenos é a papila dérmica, responsável pelo crescimento do cabelo. Uma vez que, diminuindo sucessivamente seu ciclo, a nova fase anágena será menor que a anterior, até chegar ao ponto em que é tão curta que o cabelo não chega a alcançar a superfície. CORTISOL: O cortisol, mantido em níveis altos por tempo prolongado, interfere na resistência e imunidade do indivíduo comprometido. Sendo assim, o organismo que tem uma gestão inteligente interrompe o ciclo capilar e ordena que fios em fase anágena passem para a fase telógena. DEPILAÇÃO A LASER: Lasers depilatórios destinam-se à depilação definitiva (depilação). O alvo é o pigmento de melanina presente nos bulbos pilosos. Através do laser ocorre a destruição do bulbo o que acarreta a depilação permanente, sendo possível a destruição dos bulbos apenas na fase anagénica. Os pelos brancos não respondem ao laser e quanto mais escuro e mais espesso o pelo maior resultado na depilação. Aqui se analisa os tipos de folículos: TEMPERATURA: A temperatura alta da água ajuda a eliminar resíduos do cabelo que podem estar presos à raiz. Combinado com o shampoo promove uma limpeza intensa. No entanto, se a água estiver muito quente e o uso em alta temperatura for recorrente, pode deixar os fios oleosos, sensíveis, opacos e ressecados. Resultando em cabelos quebradiços e frágeis. Já que essa temperatura abre as cutículas, os produtos conseguem penetrar mais nos fios. Sendo assim, quando lavar nessa temperatura da água, mantenha os fios o menos exposto possível e, após, enxágue com água fria para fechar. Glândulas sebáceas HORMÔNIOS SEXUAIS: Começando por volta da puberdade, as glândulas sebáceas aumentam de tamanho e começam a secretar sebo, com a maior parte do sebo eliminada entre os 15 e 35 anos de idade. Glândulas sebáceas, como muitas outras partes da pele, possuem receptores que são influenciados porhormônios sexuais. Essas glândulas são afetadas com maior força por androgênios, como a testosterona, mas que estão presentes em homens e mulheres. Esses androgênios aumentam a produção de sebo durante a puberdade tanto em meninos quanto em meninas. Isso pode acarretar um aumento perceptível na oleosidade da pele e pode levar à acne. LIMPEZA e TEMP: A limpeza de pele é essencial para manter o rosto hidratado, macio e saudável e se tratando de uma pele mais oleosa, é preciso ter cuidados relacionados à temperatura da água e produtos utilizados. Assim como toda pele a oleosa também precisa de proteção e hidratação para garantir a manutenção das glândulas sebáceas e a oleosidade, pela remoção de impurezas. No verão, o aumento de temperatura faz com que as glândulas sebáceas tenham uma produção mais intensa. Como consequência, os poros do rosto tendem a ficar obstruídos, tornando mais comuns problemas como cravos e espinhas; EFEITO REBOTE: O efeito rebote da oleosidade é um mecanismo de defesa da pele - ou seja, o aumento da produção de sebo que ocorre justamente quando removemos toda a gordura da região, até mesmo aquela que ajuda a manter a pele hidratada e protegida. Para evitar o efeito rebote, basta investir nos produtos adequados para o tipo de pele. Portanto, além de lavar o rosto duas vezes ao dia com um sabonete ou gel de limpeza adstringente que não resseque a pele, também é importante investir em um cuidado hidratante que ajude a controlar a oleosidade natural, proteger a barreira cutânea e prevenir os danos causados pela poluição. ÁCIDO SALICÍLICO: O ácido salicílico é um beta-hidroxiácido que possui propriedades esfoliantes e sebo reguladoras, ação anti- inflamatória, além de prevenir a contaminação de agentes na pele oleosa, acneica e mista. Uma das maiores funções desse ativo é realizar a renovação cutânea, e esse mecanismo promove o controle da oleosidade e ainda minimiza a formação de espinhas, cravos e a aparência de poros dilatados. GLANDULAS SUDORÍPARAS HORMÔNIOS SEXUAIS: As glândulas apócrinas tornam-se funcionais na puberdade; assim como o pelo axilar e púbico, seu desenvolvimento depende dos hormônios sexuais. No sexo feminino, as glândulas apócrinas tanto axilares quanto areolares sofrem alterações morfológicas e secretoras que cursam em paralelo com o ciclo menstrual, os hormônios específicos causam aumento na produção de suor e consequentemente ele interage com o meio externo, gerando o odor. CORTISOL: O excesso de estresse e o consequente aumento de cortisol podem causar uma sudorese anormal no corpo. Sob condições de estresse emocional as palmas, as solas e as axilas são as primeiras superfícies a suar. O controle da sudorese termorreguladora é colinérgico, enquanto a sudorese emocional pode ser estimulada por porções adrenérgicas da divisão simpática do sistema nervoso autônomo. UNHAS DOENÇAS: Algumas doenças sistêmicas podem ocasionar deformações e distrofias nas unhas, como Anemia Ferropriva que modifica o formato da unha como uma colher; Insuficiência renal que ocasiona aumento da lúnula e espessamento; Câncer e seu tratamento podem ocasionar linhas brancas nas unhas devido aos agentes químicos. ESTRESSE E ONICOFAGIA: A Onicofagia pode estar intimamente ligada ao estresse e problemas relacionados à ansiedade, sendo assim, descobrir as causas internas deste problema é fundamental para extinguir esse hábito. Roer unhas não é uma condição patológica em todos os tempos e todos os clientes. No entanto, não é exatamente claro onde a fronteira entre o comportamento saudável e insalubre da onicofagia crônica é.
Compartilhar