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Anexos da Pele

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Mayra Gonçalves 
 
 
FOLÍCULO PILOSO 
 
- Origina-se de uma invaginação da epiderme 
de queratinócitos modificados (tricócitos) 
para dentro da derme, por influência de 
células mesenquimais que constituem a papila 
folicular. 
- Presentes sobre quase todo o corpo; 
ausentes apenas dos lados e nas superfícies 
palmares, lados e superfícies plantares e 
lábios. 
- A distribuição de pelos é influenciada em um 
grau considerável pelos hormônios sexuais; no 
homem, os pelos faciais pigmentados e 
espessos que começam a crescer na 
puberdade e o pelos púbico e axilar que se 
desenvolve na puberdade em ambos os sexos. 
- A coloração do pelo é influenciada pela 
quantidade de melanina que o pelo tem. 
ESTRUTURA 
 
 
- Infundíbulo: se estende do óstio até a 
inserção da glândula sebácea; 
- Ístmo: até a inserção do músculo eretor ou da 
protuberância (área de concentração de 
células-troco); 
-Bulbo ou porção inferior do folículo: da 
inserção até a matriz; 
- Matriz abraça a papila folicular e é 
responsável pela produção de pelo; 
melanócitos ficam transversalmente na 
matriz. 
* O folículo piloso é circundado por uma 
membrana vítrea (acelular), seguida da: 
bainha externa do pelo (triquilema); bainha 
interna do pelo (formado por camada de 
Henle, camada de Huxley e cutícula); e a aste 
do pelo (composta por cutícula, córtex e 
medula) A Linha de Auber é uma linha 
imaginária que atravessa a região de maior 
diâmetro do Bulbo, abaixo da qual está a região 
de maior atividade mitótica, a qual origina a 
haste e a Bainha Interna do Pelo. 
FASES 
1. Fase Anágena: bulbo e papilas 
foliculares bem desenvolvidas. 
Extremidade situada na derme ou 
hipoderme. Matriz com células 
amplificadoras transitórias em plena 
atividade mitótica, dando origem a 
haste do pelo terminal. 
2. Fase Catágena: As células da matriz e 
da bainha interna entram em 
apoptose e interrompem suas 
mitoses, por sinalização da papila. 
Ocorre a retração do bulbo até a 
protuberância ou inserção do músculo 
eretor. O fio para de crescer. 
Anexos da pele 
 Mayra Gonçalves 
3. Fase Telógena (REPOUSO): Células da 
papila emitem sinais que aumentam 
a atividade mitótica das células 
tronco da protuberância. Surge novo 
contigente de células amplificadoras 
transitória, sendo responsáveis pela 
expansão do bulbo e recomeço da 
fase anágena. Os fios permanecem 
por uns meses e depois caem. 
 
*A papila do pelo tem ação indutora sobre o 
epitélio que o recobre, o que explica a ausência 
de pelos quando ocorre a destruição da papila. 
*Além de sua função sensorial, colaboração na 
termorregulação, proteção contra raios UV e 
dos aspectos estéticos, os folículos pilosos têm 
importância no processo de reparação 
tecidual, funcionando como um reservatório 
de células-tronco epidérmicas. 
PELOS & HORMÔNIOS 
- Androgênios: Quando a TESTOSTERONA é 
convertida em DHT, ela diminui o tamanho dos 
folículos pilosos, resultando em cabelos mais 
curtos e mais finos, até que, finalmente, o 
crescimento do cabelo é interrompido 
completamente (calvice). No entanto, esses 
homens não possuem mais testosterona do 
que os outros. Seus folículos pilosos são apenas 
mais sensíveis aos hormônios. 
- Estrógeno: 
Pode modular a atividade das glândulas 
apócrinas e sebáceas, diminuindo seus efeitos; 
facilita a migração de células no processo de 
reparação da pele e favorece a atividade 
estrutural da derme, traduzindo um aumento 
da irrigação superficial; regula o ciclo de 
crescimento do pelo; em plena atividade deixa 
o pelo em grande parte na fase anágena, 
favorecendo o crescimento continuo desse 
anexo; na menopausa, o ressecamento da pele 
é provocado pelo adegalcamento da epiderme 
e pela diminuição da capacidade de renovação 
da camada córnea, dificultando a hidratação. 
As mulheres nesse período se queixam 
regularmente de perda de cabelo, pois tem 
maior quantidade de pelos na fase telógena. 
CORTISOL 
- Reduz a taxa de proliferação celular na matriz; 
os próprios folículos parecem produzir cortisol 
para autorregulação. 
T3 e T4 
- Papel essencial na formação e no crescimento 
do pelo; 
- Não tem uma ação bem esclarecida, apesar 
dos pacientes com hipotireoidismo 
desenvolverem alopecia. 
- No entanto, em doenças envolvendo as 
glândulas tireóideas há manifestações 
cutâneas não especificamente pelo T3 e T4, 
mas pelo TSH e pelos anticorpos anti-
tireóidicos. 
GLÂDULA SEBÁCEA 
- Origina-se de uma modificação, ainda na fase 
embrionária, das células tronco da 
protuberância do folículo piloso. 
- Glândula holócrina (a célula secretora 
acumula produtos no citoplasma, morre e se 
desintegra, fazendo parte da secreção), na qual 
as células se rompem, liberando todo o seu 
conteúdo, secretando seu componente 
lipídico. 
 Mayra Gonçalves 
- Estão em todas as partes do corpo, exceto 
mãos e pés. 
- Porção secretória polilobular, constituída na 
área central de células claras, cujo citoplasma 
é espumoso e rico em lipídeos. Porção 
periférica formada por células basais 
germinativas. 
- Responsável pela formação do SEBO. 
Composição: triglicerídeos, ácidos graxos 
livres, colesterol, ésteres de colesterol. 
- É acinosa (ácino = cada elemento de uma 
glândula em cacho). Cada ácino tem uma 
camada externa de células epiteliais achatadas 
sobre uma membrana basal. Essas células 
proliferam e se diferenciam em células 
arredondadas, que acumulam no citoplasma o 
produto de secreção (natureza lipídica). Os 
núcleos tornam-se condensados e 
desaparecem, causando a morte da célula e 
seu rompimento, liberando a secreção 
sebácea. 
- A produção do sebo depende da velocidade 
de reprodução das vesículas que compõem os 
alvéolos secretores, controlada por hormônios 
andrógenos. 
- As células basais da glândula sebácea contém 
reticulo endoplasmático liso e rugoso, 
ribossomos livres, mitocôndrias, glicogênio e 
um aparelho de Golgi bem desenvolvido. 
- À medida que a célula se afasta da camada 
basal e começa a produzir o produto secretor 
lipídico, a quantidade de REL aumenta. 
- A quantidade de sebo secretada aumenta 
significativamente na puberdade tanto em 
homens quanto em mulheres. 
GLÂNDULA SUDORÍPARA 
ÉCRINA 
- Origina-se na vida embrionária de 
brotamentos epidérmicos. 
- É a principal responsável pela 
termorregulação do corpo humano em função 
da perda evaporativa de calor. 
- Distribuída por toda pele, com grande 
densidade em regiões palmoplantares (exceto 
nos lábios e parte da genitália externa). 
- São tubolosas e enoveladas, cujos ductos se 
abrem na superfície da pele. 
- Sua porção secretória se localiza na junção 
dermoepidérmica, onde: 
• Células escuras (mucoides): 
adjacentes ao lúmen (superfície dos 
túbulos secretórios) apresentam 
muitos grânulos de secreção que 
contém glicoproteínas e citoplasma 
rico em RER. 
• Células claras ou secretórias: 
localizadas na periferia sobre a 
membrana basal. Não contém 
grânulos e são pobres em RER, mas 
contém muitas mitocôndrias. 
Apresentam muitas dobras na MP, o 
que sugere que sua função seja 
produzir a parte aquosa do suor. 
Possuem glicogênio em abundância. 
• Células mioepiteliais: localizadas 
sobre a membrana basal entre as 
células claras. Ajudam a expulsar o 
produto da secreção. 
- Além disso, essas glândulas possuem: 
✓ Segmento secretor: localizado 
profundamente na derme ou na 
parte superior da hipoderme. 
✓ Segmento ductal: menos 
espiralado, diretamente 
contínuo, que leva à superfície 
epidérmica. 
- O ducto da glândula é composto por epitélio 
cúbico estratificado -> 2 camadas: uma camada 
 Mayra Gonçalves 
interna de células basais e por uma camada 
externa de células cuticulares; 
- Essas células estão sob controle do 
HIPOTÁLAMO por meio de terminações 
simpáticas, tendo como neurotransmissor a 
ACETILCOLINA e não noradrenalina. Esta 
estimula a contração das células mioepiteliaise a secreção do suor. 
- Composição do SUOR: é semelhante ao 
plasma-> NaCl, K, HCO3, lactato, uréia, amônia, 
traços de aminoácidos e proteínas. 
- Após a reabsorção de NaCl e HCO3 pelas 
células ductais (solução hipotônica na 
superfície), há formação do suor 
propriamente dito; 
- Em situações de nervoso/susto, a EPINEFRINA 
atua nas glândulas sudoríparas, principalmente 
nas mãos e axilas, fazendo “suar frio”. 
APÓCRINA 
- Origina-se do folículo piloso durante a vida 
embrionária, sendo amplamente distribuída; 
se desenvolve apenas nas regiões: axilar, 
genital e periareolar. 
- Responde a estímulos adrenérgicos ou 
séricos; respondem a estímulos emocionais e 
sensoriais, porém não ao calor. 
- Seu ducto desemboca no folículo piloso. 
- Produção de SUOR; 
- É composta por uma porção secretória, 
(espiralada – entre a derme e a epiderme), 
constituída por uma camada de células 
cuboides ou cilíndricas que diminuem de 
tamanho ao secretarem parte de seu 
citoplasma; 
*Sua SECREÇÃO é pouco 
abundante, de aspecto oleoso e inodoro, mas 
rica em material orgânico que, sob ação das 
bactérias da flora cutânea, será 
decomposto, originando o ODOR 
característico dessas regiões. A secreção 
contém proteína, carboidrato, amônia, lipídeos 
e certos compostos orgânicos que podem 
colorir a secreção. 
- Sua porção ductal desemboca no folículo 
piloso logo acima do ducto da Glândula 
Sebácea, sendo constituído de uma dupla 
fileira de células cuboidais, envolvidas por 
células mioepiteliais. 
- A porção secretora está localizada 
profundamente na derme ou, mais 
comummente, na região superior da 
hipoderme. 
- Após a expulsão da secreção, o aparelho de 
Golgi aumenta, preparando-se para uma nova 
fase secretora. 
- As células mioepiteliais também estão 
presentes na porção secretora da glândula e 
estão situadas entre as células secretoras e a 
lâmina basal adjacente. 
- A porção ductal é revestida por epitélio 
estratificado cúbico e não possui células 
mioepiteliais. 
UNHAS 
 
- São lâminas de citoqueratina que recobrem 
as últimas falanges e originam-se na matriz 
ungueal. 
- A placa ungueal repousa sobre o leito 
ungueal, o qual consiste em células epiteliais 
que são contínuas com o estrato basal e o 
estrato espinhoso da epiderme. 
 Mayra Gonçalves 
- A parte proximal da unha, a raiz da unha, 
está enterrada em uma prega da epiderme e 
cobre as células da zona germinativa, ou 
matriz. 
- A matriz contém várias células, incluindo 
células-tronco, células epiteliais, melanócitos, 
células de Merkel e células de Langerhans. As 
células-tronco da matriz dividem-se 
regularmente, migram na direção da raiz da 
unha, se diferenciam e produzem a queratina 
da unha. 
- Consiste em filamentos de queratina 
densamente dispostos embebidos em uma 
matriz de queratina amorfa com um alto teor 
de enxofre, que é responsável pela dureza da 
unha. 
- À medida que cresce, a placa ungueal se 
move sobre o leito ungueal. Ao nível 
microscópico, a placa ungueal contém 
corneócitos interdigitantes intimamente 
dispostos desprovidos de núcleos e organelas. 
- A área branca em formato de crescente lunar 
próxima da raiz da unha, a lúnula, deriva sua 
cor da camada opaca e espessa de células da 
matriz parcialmente queratinizadas nessa 
região. Quando a placa ungueal se torna 
totalmente queratinizada, ela é mais 
transparente e assume a coloração do leito 
vascular subjacente. 
- A dobra cutânea que cobre a raiz da unha é o 
eponíquio, ou cutícula. A cutícula também é 
composta de queratina dura; 
consequentemente, ela não descama. 
- Uma camada epidérmica espessada, o 
hiponíquio, fixa a borda livre da placa ungueal 
à ponta do dedo. 
 
ACNE 
- Doença genético-hormonal, autodelimitada, 
de localização polissebácea, com formação 
de comedões, pústulas e lesões 
nodulocísticas. 
- Sua evolução, dependendo da intensidade, 
leva a processos inflamatórios no folículo 
piloso. 
- As lesões da acne localizam-se na face e no 
tronco; na face, por sua vez, têm preferência 
pela fronte, regiões malares e mento. 
- Mais frequente durante a adolescência, já 
que nessa fase os folículos pilossebáceos, 
principalmente os localizados na face e no 
tronco, tornam-se mais desenvolvidos. 
- Há produção de inflamação e aumento da 
secreção sebácea decorrente da estimulação 
hormonal androgênica, em função de uma 
maior produção ou de uma maior ligação 
desses hormônios aos receptores 
intracelulares cutâneos. 
CLASSIFICAÇÃO 
 - Grau 1: acne não 
 inflamatória- acne comedoniana; 
- Grau 2:acne inflamatória- papulopustulosa; 
- Grau 3: acne nodulocística; 
- Grau 4: acne conglobata; 
- Grau 5: acne fulminans; 
 Mayra Gonçalves 
FATORES 
- Produção de sebo pelas glândulas sebáceas: 
O aumento da secreção sebácea pode ocorrer 
por: aumento na produção de 
andrógenos;aumento da disponibilidade de 
andrógenos livres; diminuição da globulina 
carreadora dos hormônios sexuais (SHBG); 
aumento da resposta da glândula sebácea (por 
aumento da atividade da enzima 5αredutase-> 
com aumento da forma ativa da testosterona 
=dihidrotestosterona; ou aumento da 
capacidade do receptor intracelular (no 
sebócito) de se ligar ao andrógeno. 
- Hiperqueratinização folicular: a 
comedogênese (alteração no processo de 
descamação que ocorre nos queratinócitos do 
ducto folicular) é o fator central no 
desenvolvimento da acne e tem esse nome por 
determinar a formação de microcomedões, 
que podem evoluir para comedões fechados 
(pontos brancos) ou abertos (pontos pretos). 
As alterações histológicas mais precoces na 
acne são: leve dilatação do canal folicular; 
discreta hiperplasia do epitélio 
folicular; aumento na quantidade 
 da queratina dentro do canal folicular. Essas 
 alterações constituem o 
 chamado MICROCOMEDÃO. 
*Comedões Abertos (pretos): aparecem no 
folículo piloso que possui uma abertura mais 
larga que o normal, devido estarem 
obstruídos e dilatados por tampões formados 
por sebo e células que se desprendem da 
pele; ocorre em função de uma reação de 
oxidação provocada pelo contato com o ar, 
adquirindo coloração enegrecida, 
caracterizando os cravos pretos. 
*Comedões Fechados (branco): 
- Ocorrem em folículos pilosos que contém 
mesmo tipo de material que os abertos, mas 
possuem uma abertura microscópica para a 
superfície da pele; 
- Como o ar não alcança a substância dentro do 
folículo, a reação de oxidação não ocorre e o 
conteúdo se mantém branco e amarelado. 
- Possíveis fatores relevantes na indução da 
hiperproliferação celular folicular: 
composição sebácea anormal, andrógenos e 
produção de citocinas pelos queratinócitos 
ductais (IL-1 é indutora da comedogênese). 
- Colonização bacteriana do folículo: o meio 
ambiente das bactérias e aporte nutricional 
afetam o crescimento de microorganismos e a 
produção de substâncias ativas capazes de 
hidrolisar os triglicérides do sebo, originando 
ácidos graxos livres que, por sua vez, são 
comedogênicos, irritam o revestimento 
folicular e podem levar à ruptura do folículo 
com liberação de seu conteúdo na derme 
adjacente. A partir daí, neutrófilos atraídos 
pela presença de material intrafolicular na 
derme ingerem o P. acnes sem o destruir. 
Ocorre produção e liberação de C5a 
(quimiotático) e hidrolases, pelo P. acnes, que 
leva à destruição tecidual. 
- Liberação de mediadores da inflamação no 
folículo e derme adjacente: os 
microorganismos produzem várias enzimas 
envolvidas no processo de rutura folicular e 
inflamação dérmica. Além das enzimas, produz 
fatores quimiotáxicos para neutrófilos e 
linfócitos, e, por meio de fragmentos de sua 
parede celular, estimula macrófagos a 
produzirem IL-8, IL-1 e TNF-alfa, marcando a 
presença de células inflamatórias nas paredes 
dos folículos sebáceos. 
*Ocorre uma reação imunológica do tipo IV. 
*O papel dosandrógenos na acne é estimular 
as glândulas sebáceas a produzir sebo, graças 
a suas ações sobre receptores celulares. Como 
se sabe, os andrógenos são derivados do 
colesterol, sendo a unidade pilossebácea e a 
pele seus órgãosalvo de atuação. 
*Testosterona, no homem, e 
5αdiidrotestosterona, na mulher, são 
produzidos na pele68 e exercem ação sobre o 
 Mayra Gonçalves 
processo de diferenciação dos sebócitos, 
representado pela lipogênese. 
A acne no período pré-menstrual ocorre em 
30% das mulheres. Isso decorre de aumento 
da secreção de sebo rica em ácidos graxos 
livres, diminuição dos óstios foliculares entre 
o 15º e o 20º dias do ciclo (possibilitando 
maior retenção do sebo) e aumento da 
progesterona nessa fase do ciclo. 
Em condições nas quais há aumento da 
produção de diidroepiandrosterona e 
diidrotestosterona em mulheres, encontra-se 
aumento na incidência de acne, quase sempre 
associada à presença sérica aumentada do 
IGF-1; tal fato não se observa nos homens. 
A enzima 5 α-redutase tem papel limitante na 
androgênese. Tanto no segmento infra-
infundibular glandular quanto em cultura de 
queratinócitos de folículos de indivíduos 
normais, logo, a 5 α-redutase do tipo 1 é 
importante na patogênese da acne; a do tipo 
2, na calvície. 
DERMATOMICOSES 
- Dermatofitose do corpo: Tinea corporis; 
- Dermatofitose dos pés: Tinea pedis – pode 
aparecer de forma aguda representada por 
vesículas bastante pruriginosas na região 
plantar ou de forma crônica com descamação 
fina sem muitos sintomas. 
- Dermatofitose ungueal: abaixo das unhas, 
com lesões destrutivas, iniciando pela borda 
livre, de cor branco-amarelado. 
- Dermatofitose do couro cabeludo: Tinea 
capitis – pode se apresentar sob a forma de 
placa alopecia ou em uma área na qual os 
pelos foram quebrados ou aparados pelos 
cogumelos que perfuram a haste dos fios. 
- Dermatofitose na virilha: Tinea cruris – 
lesões avermelhadas, descamativas, 
pruriginosas, podendo se expandir para a 
região abdominal inferior, nádegas etc. 
- Dermatofitose nas dobras dos pés (pé de 
atleta): pode afetar as dobras interdigitais e 
vir acompanhado de onicomicose; pacientes 
imunodeprimidos podem ter quadros 
extensos e difíceis de tratar. 
AGENTES ETIOLÓGICOS 
- Espécie Trichophyton rubrum. 
- Espécie S. brevicaulis. 
- Espécie T. mentagrophytes. 
- Espécie T. tonsurans. 
- Espécie Epidermophyton floccosum. 
RESPOSTA IMUNE AOS FUNGOS 
• Imunidade Inata para fungos intra e 
extracelulares 
Fungo invade e possue Pamp’s (beta-
glucanas) -> APC’s reconhecem os pamp’s 
através de receptores (decti na-1, TOOL-
LIKER-2, TLR-4) -> macrófagos liberam IL-12 
ativando as células NK a realizar apoptose -> 
células NK -> liberam INF-gama -> estimula a 
atividade de macrófagos (fagocitam células 
para morte celular) e neutrófilos (fagocitam e 
liberam substâncias fungicidas (EROS e 
enzimas lisossômicas para m orte 
intracelular). 
• Imunidade Adaptativa para fungos 
intracelulares 
Macrófagos atuam como APC’S e expressam 
viam MHC de classe II as beta glucanas -> 
APC’S apresenta ao TCD4+ naives/Th0 
liberando IL -12 -> diferencia TCD4+ -> Th1 -> 
secreta IL-2 (ativa linfócitos TCD8+, citotóxico 
-> para matar a célula), TNF-alfa 
(recrutamento de macrófagos) e INF-gama 
(destroem o fungo no fagossomo, mediante 
liberação de EROS e NO). 
• Imunidade Adaptativa para fungos 
extracelulares 
 Mayra Gonçalves 
Células dendríticas atuam como APC’s através 
das dectinas-I apresentam o MHC de classe II -
> APC’s apresenta ao TCD4+/Th0 e l iberam IL 
-1Beta, IL-6 e IL-23 -> diferenciam TCD4+ -> 
Th17 -> secreta IL -23 (mantém a produção de 
IL-6 e IL-23), IL -22 (aumenta o nº de 
linfócitos T) e IL-17 (Aumento do 
recrutamento e da atividade de neutrófilos 
para destruir o fungo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Respostas Th1 induzem a 
inflamação granulomatosa, 
causa importante da lesão 
tecidual do hospedeiro nessas 
infecções fúngicas.

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