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Infovia e a Globalização na Informática

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Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO DE: 
 
INFOVIA E GLOBALIZAÇÃO NA INFORMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
AUTORIA: 
 
ANGELA DOS SANTOS OSHIRO 
 
 
 
 
 
Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
2
Módulo de: Infovia e Globalização na Informática 
Autoria: Angela dos Santos Oshiro 
 
Primeira edição: 2008 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos desta edição reservados à 
ESAB – ESCOLA SUPERIOR ABERTA DO BRASIL LTDA 
http://www.esab.edu.br 
Av. Santa Leopoldina, nº 840/07 
Bairro Itaparica – Vila Velha, ES 
CEP: 29102-040 
Copyright © 2008, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
 
Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil 
 
3
Apresentação 
Todos os lugares do mundo estão passando por transformações de ordem política e 
econômica nas últimas décadas. O caráter principal dessa mudança é a integração dos 
mercados em uma abrangente “aldeia global”, a partir de iniciativas de grandes corporações 
internacionais. É o fenômeno conhecido por “Globalização”. Neste contexto, muitos países 
aumentam suas barreiras tarifárias para proteger suas produções locais enquanto outros 
aderem a esse novo comércio e abrem-se ao capital internacional. 
As Tecnologias da Informação e da Comunicação têm grande participação nessas atividades 
comerciais, culturais e sociais. Neste curso temos como principal tema a Infovia, que é o 
conjunto de recursos utilizados para interligar, conectar, processar, controlar, compatibilizar 
as transmissões de informações e disponibilizar serviços em meio eletrônico, com o objetivo 
de propiciar a aproximação entre os cidadãos. 
Nas unidades I, II, III e IV são apresentados os conceitos de Globalização, Infovia e um 
pouco da história desses dois novos conceitos modernos, incluindo os principais projetos em 
curso nos consórcios das Redes Metropolitanas de Alta Velocidade. São unidades que 
tratam basicamente da infraestrutura de Infovia no mundo atual. 
As unidades V, VI, VII VIII e IX descrevem a Sociedade da Informação, seu histórico, e os 
principais Objetivos do Programa da Sociedade da Informação no Brasil, a Nova Economia e 
suas relações de negócio; é feita uma breve descrição da Convergência da Base 
Tecnológica e seus objetivo e ainda, as consequências da Nova Economia da Sociedade da 
Informação: os novos mercados, novos negócios e novos desafios. 
As Unidades XII e XIII apresentam o conceito de Ecologia da Informação e a importância de 
uma gestão consciente do Conhecimento sugerindo sua aplicação em sistemas como o e-
government. 
 
 
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4
A partir da Unidade XIV, apresentamos as tecnologias chaves viáveis ao país e como elas 
poderão trazer um diferencial à Sociedade da Informação – no que se refere à tendências, 
investimentos, e retorno. 
Na Unidade XXX é apresentada, de maneira sucinta, a Lei de Incentivo à Informática e como 
ela tem contribuído para o crescimento das atividades produtivas no setor de informática e 
microeletrônica, bem como as tendências de investimentos referentes ao tema: Infovia. 
Ao final de cada bloco de temas, recomendamos a confecção das listas de exercícios na 
seguinte ordem: Concluída a unidade IX, o aluno estará apto a responder à lista 1 de 
exercícios. Concluída a unidade XXIV, a lista 2 e ao término do curso, a lista 3. 
Lembre-se que sua participação no fórum é de extrema importância, tornando o estudo mais 
interativo, com melhor possibilidade de assimilação e compreensão do conteúdo discutido 
neste curso. 
Recomendamos ainda, a importância de esclarecer possíveis dúvidas, com seu tutor, antes 
de iniciar um novo bloco de estudos (tema). 
 
Objetivo 
O curso de Infovia fornece uma visão sobre os sistemas de Telecomunicações, a Sociedade 
e suas transformações frente às tecnologias, ampliando a possibilidade de comunicação 
entre diversos segmentos da sociedade. 
Atualmente, diante do fenômeno da globalização, comunicação é mais do que troca de 
informações – envolve a seleção de informações, a transformação de informações em 
conhecimento, a aplicação prática e a tomada de decisões a partir do conhecimento 
adquirido e o objetivo social de toda a tecnologia desenvolvida. Acompanhando esse 
 
 
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5
fenômeno mundial de interação, busca-se a convergência entre as tecnologias disponíveis, 
garantindo a padronização das informações. 
Trabalhamos neste curso, conteúdos técnicos que compõe a grade de seu curso e 
recomendamos a participação com temas nos fóruns, bem como as leituras complementares 
e contato com seu tutor, no intuito de desenvolver o espírito crítico e a maturidade, fatores 
necessários ao profissional que trabalha com Informações. 
 
Ementa 
Infraestrutura da infovia no mundo atual; a sociedade da informação, seu histórico e as 
consequências da nova economia da sociedade da informação; ecologia da informação e a 
importância de uma gestão consciente do conhecimento; tecnologias chaves viáveis ao país. 
 
Sobre o Autor 
A autora é pós-graduada em Análise de Sistemas pela UNIMEP – Piracicaba 
Certificações CCNA e CISCO e membro da BICSI e SBC, tendo participação ativa e 
produção de pesquisas nas áreas de Telecomunicações e Informática aplicada à Educação. 
Mestranda em Educação, com foco em Tecnologias para EAD, é também professora das 
faculdades Sumaré – SP, e Fundação Ubaldino do Amaral – Sorocaba/SP. 
Possui diversas publicações sobre os temas – Segurança da Informação, Tecnologias 
Emergentes em TI, Tecnologias aplicadas à educação, EAD e Realidade Aumentada. 
Membro do fórum Centaurus sobre segurança em TI e Ecologia da Informação. 
 
 
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6
SUMÁRIO 
UNIDADE 1 ....................................................................................................................................................... 8 
Infovia – Conceitos ........................................................................................................................................ 8 
UNIDADE 2 ..................................................................................................................................................... 13 
Globalização e Infovia.................................................................................................................................. 13 
UNIDADE 3 ..................................................................................................................................................... 18 
Infovia – Benefícios ..................................................................................................................................... 18 
UNIDADE 4 ..................................................................................................................................................... 23 
Redes Metropolitanas de Alta Velocidade .................................................................................................... 23 
UNIDADE 5 ..................................................................................................................................................... 29 
A Sociedade da Informação ......................................................................................................................... 29 
UNIDADE 6 ..................................................................................................................................................... 33 
Breve Histórico da Sociedade da Informação ............................................................................................... 33 
UNIDADE 7 .....................................................................................................................................................39 
Conhecimento X Informação ........................................................................................................................ 39 
UNIDADE 8 ..................................................................................................................................................... 44 
Nova Economia ........................................................................................................................................... 44 
UNIDADE 9 ..................................................................................................................................................... 48 
Emergência da base tecnológica ................................................................................................................. 48 
UNIDADE 10 ................................................................................................................................................... 53 
As Novas Fronteiras do Conhecimento ........................................................................................................ 53 
UNIDADE 11 ................................................................................................................................................... 58 
A importância da Educação na Sociedade da Informação ............................................................................ 58 
UNIDADE 12 ................................................................................................................................................... 63 
Ecologia da Informação ............................................................................................................................... 63 
UNIDADE 13 ................................................................................................................................................... 68 
O Governo Eletrônico .................................................................................................................................. 68 
UNIDADE 14 ................................................................................................................................................... 75 
Tecnologias e Aplicações ............................................................................................................................ 75 
UNIDADE 15 ................................................................................................................................................... 78 
Comunicação Celular de Terceira Geração .................................................................................................. 78 
UNIDADE 16 ................................................................................................................................................... 82 
 
 
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7
Protocolo de Aplicações sem-Fio – Wireless Application Protocol – WAP .................................................... 82 
UNIDADE 17 ................................................................................................................................................... 85 
Global Positioning Service ........................................................................................................................... 85 
UNIDADE 18 ................................................................................................................................................... 88 
Conteúdos para Internet .............................................................................................................................. 88 
UNIDADE 19 ................................................................................................................................................... 92 
Processamento de Linguagem Natural ........................................................................................................ 92 
UNIDADE 20 ................................................................................................................................................... 95 
Robótica e Processamento de Imagens ....................................................................................................... 95 
UNIDADE 21 ................................................................................................................................................... 98 
Criptografia .................................................................................................................................................. 98 
UNIDADE 22 ................................................................................................................................................. 101 
UNIDADE 23 ................................................................................................................................................. 105 
UNIDADE 24 ................................................................................................................................................. 107 
Telemedicina ............................................................................................................................................. 107 
UNIDADE 25 ................................................................................................................................................. 110 
Televisão de Alta Definição ........................................................................................................................ 110 
UNIDADE 26 ................................................................................................................................................. 113 
WiMax ....................................................................................................................................................... 113 
UNIDADE 27 ................................................................................................................................................. 116 
Mobilidade ................................................................................................................................................. 116 
UNIDADE 28 ................................................................................................................................................. 120 
Second Life ............................................................................................................................................... 120 
UNIDADE 29 ................................................................................................................................................. 122 
Tecnologias e Aplicações .......................................................................................................................... 122 
UNIDADE 30 ................................................................................................................................................. 124 
Política Nacional de Informática ................................................................................................................. 124 
GLOSSÁRIO ................................................................................................................................................. 129 
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................................. 133 
 
 
 
 
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8
UNIDADE 1 
Objetivo: Conceituar esse conjunto de recursos de telecomunicações e informáticas 
,chamado de Infovia. 
Infovia – Conceitos 
Introdução 
A infraestrutura, que suporta e cria condições de oferecer serviços avançados, que a 
Sociedade da Informação consome e a Nova Economia demanda, está baseada em milhares 
de computadores, em milhões de quilômetros de fibra ótica, de cabos telefônicos, cabos 
submarinos e muitos canaisde satélites. 
Esse conjunto de recursos de telecomunicações e informática chama-se Infovia ou Super 
Estrada da Informação. Nesta unidade apresentaremos alguns conceitos e tecnologias 
básicas, para compreensão da abrangência do curso. 
 
Conceitos 
Infovia é: O nome atribuído para uma nova Estrutura da Informação. Também já foi chamada 
de Rodovia da Informação ou Superestrada da Informação. Estes termos foram traduzidos 
do inglês: Information Highway, Superinformation Highway. 
Na realidade, essa “rodovia” é formada por caminhos fisicamente instalados que 
proporcionam o tráfego de qualquer tipo de informação e de conteúdo eletrônico em altas 
velocidades. 
Esses caminhos físicos são formados por quilômetros de fibras óticas, fios de cobre, cabos 
coaxiais, cabos de par trançado, frequências em micro-ondas e canais de satélites. 
 
 
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9
Enquanto as fibras óticas possuem características que permitem a transmissão dos dados 
em alta velocidade, do outro lado, quem está conectado usando a velha linha telefônica e 
seus fios de cobre passam por um “engarrafamento“ no tráfego de dados, recebendo um 
sinal de baixa qualidade. 
Os cabos de fibra óptica transportam os dados modulados na frequência da luz e os de 
modula, na saída, através de um fotodetector. Além de permitir grandes alcances físicos, a 
fibra ótica oferece a vantagem de permitir a transmissão dos dados a uma velocidade de 
cerca de 1,7 bilhões de bits por segundo, em cada fibra! Daí a analogia com a estrada. Uma 
fibra ótica tem capacidade de transportar até 26 mil ligações telefônicas simultaneamente. 
Outras vantagens da fibra óptica são: ela é isenta de interferências eletromagnéticas, possui 
baixo nível de ruído e não é passível de contaminação pela radioatividade. 
“Com capacidade de transmissão até 1 milhão de vezes maior do que o cabo metálico, a 
fibra ótica é hoje a base das relações de comunicação no mundo. Se mantivéssemos 
somente o cabo metálico como condutor de informações, em alguns casos seria mais rápido 
enviar um motoboy para fazer uma entrega do que mandá-la via rede.” – Bodas, Cristina – 
repórter terra 
http://www.terra.com.br/reporterterra/fibra/materia1.htm 
 
 
Fibra ótica Cabo Coaxial Rádio Satélite 
Par 
Trançado 
Transmissão 
da 
Informação 
via 
Feixes de laser Sinais 
elétricos 
Ondas 
eletromagnéticas 
Ondas 
eletromagnéticas 
Sinais 
elétricos 
Interferências Nenhuma Campos Chuva, nuvens, Chuvas, Campos 
 
 
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10
magnéticos, 
cabos 
elétricos, 
motores 
espelhos d'água, 
montanhas, 
outras ondas de 
rádio 
interferência 
ionosférica, 
manchas solares 
magnéticos, 
cabos 
elétricos, 
motores 
Segurança 
contra 
violação dos 
dados 
Intrinsecamente 
segura 
Interceptação 
do cabo 
Captação do 
sinal 
Captação do 
sinal 
Intercepção 
do par 
trançado 
Qualidade Excelente Pior que a 
fibra ótica 
Depende da 
banda de 
frequência e das 
condições 
atmosféricas 
Depende da 
banda de 
frequência e das 
condições 
atmosféricas 
Pior que 
cabo 
coaxial 
Capacidades 
disponíveis 
no Brasil 
400.000 Mbps 155 Mbps 622 Mbps 155 Mbps 8 Mbps 
Fonte: http://www.mundivox.com.br/tabela_vantagens.htm 
 
O cabo de fibra óptica permite transmitir dados na velocidade de 1 bilhão de bits por segundo 
e a uma distância de 4.000 metros sem precisar de repetidores. Os cabos tradicionais, além 
de muito mais lentos, precisam de um repetidor a cada 1.500 metros para que o sinal não 
enfraqueça. 
Além de muito rápido, o cabo de fibra óptica é flexível e resistente. Tem um tempo de vida 
maior, inclusive em condições físicas muito adversas. Menos sensível às interferências, é 
adequado à instalação de redes locais de computadores. Difícil de interceptar; garante a 
 
 
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11
segurança de dados confidenciais e, como não produz descargas elétricas, não pode 
provocar incêndios. 
Os cabos de fibra óptica são mais caros do que os cabos convencionais. Além disso, para 
ligá-los, é preciso um equipamento de grande precisão, pois, se não ficarem bem-alinhados, 
os sinais luminosos que transportam, se perdem. 
Os cabos de fibra óptica não podem ser dobrados nem submetidos a uma pressão 
excessiva. Quando isso acontece, seu rendimento diminui muito. 
Até a popularização da internet, as redes de fibras ópticas eram chamadas de rodovias da 
comunicação. Hoje são conhecidas como infovias. Por elas circulam todo tipo de informação, 
de modo praticamente instantâneo, independentemente das distâncias. Usamos redes de 
fibras ópticas quando assistimos a um filme por televisão a cabo ou temos acesso a redes de 
computadores. 
As redes sem - fio utilizam frequências de rádio e também são grande aliadas no processo 
de comunicação atual. Em geral, de custo mais baixo que as redes por fibra óptica. São mais 
flexíveis, têm maior possibilidade de receber investimento privado e oferecem um bom 
desempenho. 
No caso de redes Wi-Fi, as frequências podem cobrir distâncias por volta de 500 metros, em 
ambientes abertos e no modelo Infraestrutura. E este é um aspecto a ser levado em 
consideração, pois o alcance da rede pode ser um fator de risco. Um usuário acessando em 
um aeroporto, por exemplo, pode ter seu tráfego capturado por um atacante posicionado em 
um local visualmente distante, mas ainda assim suficiente para captar os sinais transmitidos. 
Desta forma uma grande desvantagem desta tecnologia é o alto custo da implementação de 
segurança, além do próprio risco com a privacidade. 
 
 
 
 
 
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12
 
 
Case1: Projeto de Infovia – Porto Alegre 
A ampliação do uso dos espaços públicos, com infraestruturas de serviços, 
tornou necessário preparar a cidade para a modernização das 
telecomunicações. A partir desta constatação, a Procempa deu início ao 
processo de constituição de uma rede de cabos de fibras ópticas com 
capacidade para transmitir informações, sons e imagens a uma velocidade 
centenas de vezes maior que a praticada no mercado, capaz de dotar a cidade 
uma infovia de telecomunicações, fator imprescindível para alavancar novos 
empreendimentos na cidade. 
Fonte: http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/agosto2003/ju226pg03.html 
 
Case 2 – Infovia Brasília 
http://www.rnp.br/wrnp2/2000/palestras/remavs/Remav_bsb.pdf 
Links complementares – 
http://idgnow.uol.com.br/internet/2007/11/12/idgnoticia.2007-11-12.0225672576/ 
http://governanca.cgi.br/noticias/debatedor-defende-criacao-de-infovia-publica 
http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=1962&bd=1&pg=1&lg= 
http://djmeucci.sites.uol.com.br/fo/fibraopt.htm 
http://br.youtube.com/watch?v=vWTtbg1uOf8 
 
 
 
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13
UNIDADE 2 
Objetivo: Conceituar globalização e sua importância para a sociedade e seu 
desenvolvimento social, econômico. 
Globalização e Infovia 
De acordo com a Federação das Indústrias de São Paulo 
(FIESP), globalização é a “interdependência dos mercados 
internacionais, sendo consequência natural da liberalização 
do comércio internacional, combinado com o avanço da 
tecnologia e com a desregulamentação e/ou flexibilização das 
normas da economia interna de cada país”. 
Para o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o termo globalização é impreciso, pois 
descreve diversos fenômenos em um mesmo conceito; abrangendo desde a convergência 
das nações em torno de valores ou princípios básicos, como: democracia, direitos humanos, 
economia de mercado, passando pelos processos de integração regional e da abertura 
econômica e comercial até o surgimento dos novos paradigmas tecnológicos que têm 
facilitado todas as formas de comunicação. 
Independente de qualquer que seja o conceito,a realidade nos mostra que a globalização 
está no nosso dia a dia e estamos envolvidos nela e por ela. É um caminho sem volta, onde 
os países mais desenvolvidos saíram na frente. Porém, as nações em desenvolvimento têm 
uma oportunidade ímpar de encontrar novos mercados ou, sucumbir diante das pressões 
socioeconômicas oriundas dos mercados internacionais. 
 
 
 
 
 
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14
Globalização – Um pouco de história 
Alguns historiadores registram que a globalização é um fenômeno antigo. Até os meados do 
século XV havia apenas 5 economias no mundo: 
 
Na Europa 
A da Europa italiana, onde as cidades de Gênova, Milão, Veneza e 
Florença dominavam o comércio no Mediterrâneo; a da Europa francesa, 
a partir da região de Flandres, através das cidades de Antuérpia, Bruges e 
Lile, com negócios voltados para o Mar do Norte; a da Europa alemã, por 
meio das cidades de Hamburgo e Lübeck, que concentravam suas 
atividades na região do Mar Báltico, indo da Rússia até a Inglaterra. 
 
No sudeste europeu 
A Turquia dominava a região através do Império Bizantino e sua economia era a dominante 
na região. 
 
Na Ásia 
China, Indonésia e Malásia compunham a “região da seda”, atendendo as 
províncias locais e os arquipélagos do Mar da China e a da Índia, com seu 
imenso mercado de especiarias e tecidos finos, atingia um raio econômico 
maior, indo do Oceano Índico ao Mar Vermelho, chegando, inclusive aos 
mercadores árabes. 
 
 
 
 
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15
No continente africano 
O norte da África mantinha relações com os portos europeus, enquanto que a 
parte ao sul, isolada pelas florestas tropicais e pelo deserto do Saara, ficava à 
mercê de seu próprio comércio. 
 
 
Nas Américas 
A última economia era formada pelas civilizações pré-colombianas: Asteca, 
no México e a Inca, no Peru, sendo autosuficiente, pelo cultivo do milho e na 
confecção de tecidos. 
Todas essas regiões passaram anos sem estabelecerem relações 
significativas de negócios, ou a internacionalização do comércio, como é dita nos dias de 
hoje. Por isso, os historiadores consideram a aproximação das culturas um fenômeno 
recente de “apenas” cinco séculos. 
 
Períodos da Globalização 
Tabela I – Períodos da Globalização 
Períodos Fases Caracterização 
1450-1850 Primeira fase Expansionismo mercantilista 
1850-1950 Segunda fase Industrial-imperialista-colonialista 
Pós-1989 Globalização recente Cibernética-tecnológico-associativa 
 
 
 
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16
Primeira Fase da Globalização - o expansionismo mercantilista 
Esta fase foi caracterizada pela intensa procura da rota do caminho às Índias, contribuindo 
com o desenvolvimento de feitorias europeias na Índia, China e Japão. Para Adam Smith, o 
pai da Economia, este período foi o que conquistou os maiores feitos. 
Esta fase também é caracterizada pelo comércio triangular entre a Europa, por meio do 
fornecimento de produtos manufaturados, a África, através da venda de escravos e a 
América, com a exportação de produtos coloniais. Um exemplo interessante da globalização 
dessa época acontece com o açúcar brasileiro. Ele era produzido por escravos nos 
engenhos e transportado pelos portugueses para os portos holandeses, onde acontecia o 
refino e a distribuição. 
 
Segunda Fase da Globalização - o avanço industrial nas colônias. 
A transição da primeira para a segunda fase ocorre em virtude de inovações no campo 
técnico e político. A industrialização ocorreu, inicialmente, na Inglaterra e em seguida na 
Alemanha, Bélgica, França e Itália, a partir do século XVIII, com a expansão das estradas de 
ferro, máquina a vapor. Além desses fatores, os transportes marítimos, beneficiados pelo 
barco a vapor, caracterizaram a entrada no processo mercantil da burguesia industrial e 
bancária, nos lugares dos administradores mercantis. 
A ligação dos bancos com as indústrias foi considerada, à época, um fenômeno da política 
econômica moderna. 
As nações europeias mais desenvolvidas partiram para as políticas expansionistas, em 
busca da posse de colônias e da hegemonia, na tentativa de conquistar “o resto do mundo”. 
Além do barco e do trem a vapor, o telégrafo e o telefone são tecnologias da época que 
ajudaram a encurtar as distâncias entre os mercados, aproximando os continentes e seus 
interesses. Com o advento da aviação, o mundo, verdadeiramente, tornou-se menor. 
Globalização recente: A Cibernética Tecnológica Associativa 
 
 
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17
Este período é marcado pelo término da Guerra Fria, a queda do Muro de Berlim, a saída 
dos soviéticos da Alemanha e a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas 
(URSS). 
A China, que também havia iniciado seu processo de modernização, a partir da década de 
70, passa a autorizar a implantação de indústrias multinacionais – um contrassenso 
ideológico ao governo comunista do país. 
Se nas fases passadas os mecanismos de integração foram os barcos à vela, os barcos a 
vapor, o trem, o telégrafo e o telefone, na fase atual, temos computadores, Internet, satélites 
e canais submarinos de comunicação. 
O trabalho braçal de africanos, indígenas e da classe operária deu lugar à robótica e à 
informática, sujeitando o braço ao cérebro. Os benefícios dessa fase; seja através da 
educação, da cultura, da saúde, dos transportes, ou até onde a tecnologia alcançou, são 
vistos em todos os lugares. 
Os países ricos que dominam as tecnologias de ponta aprofundam as diferenças entre os 
países mais pobres, criando um verdadeiro fosso tecnológico. 
A produção de produtos agregados de tecnologia (microeletrônica, computadores, 
aeroespaciais, equipamento de telecomunicações, máquinas e robôs, equipamentos 
científicos de precisão, medicina e biologia e químicos orgânicos) encontra-se concentrada 
nos países desenvolvidos: EUA, Alemanha, Japão, Reino Unido e França, que detêm mais 
de 50 % da exportação mundial desses produtos. 
Há quem creia que o prosseguimento da globalização nos atuais moldes, enfraquecerá as 
nações, obrigando-as a formarem blocos e mercados supranacionais ou intercontinentais, 
tais como o MERCOSUL, NAFTA, COMUNIDADE ECONÔMICA EUROPEIA, a 
COMUNIDADE ECONÔMICA INDEPENDENTE (ex-URSS) e a APEC (Bloco asiático, 
liderado pelo Japão). 
 
 
 
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18
UNIDADE 3 
Objetivo: Abordar alguns dos benefícios proporcionados pela tecnologia na comunicação e 
buscando um aprimoramento desse processo. 
Infovia – Benefícios 
Quando Santos Dumont idealizou sua invenção, pretendia aproximar as pessoas entre os 
continentes. Tanto acreditava no processo de comunicação entre os homens, que passava 
horas e horas trabalhando em silêncio, pois pretendia que sua equipe tivesse uma sintonia 
tal, que se comunicassem além das palavras – pensassem juntos – num processo de 
inspiração e criatividade. 
Ele ainda não podia imaginar que o processo de comunicação entre as pessoas sofresse 
tantas modificações. Que atualmente, pudéssemos nos comunicar facilmente com qualquer 
parte do mundo sem nem mesmo, sairmos de casa. 
Nesta Unidade, vamos abordar alguns dos benefícios que as tecnologias de comunicações 
estão nos proporcionando e, buscando um aprimoramento desse processo, com o mesmo 
sonho de Dumont: Que um dia todas as pessoas utilizem essas tecnologias com o intuito de 
realmente se aproximarem. 
 
Os benefícios da Infovia 
A cada dia novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) são incorporadas ao 
cotidiano da sociedade, promovendo transformações em diversas áreas. O uso dessas 
tecnologias tem agregado valor aos processos produtivos, fomentando melhorias nas 
condições de trabalho, de produtos, de serviços e até de lazer. 
Dentre várias áreas, o sistema econômicotem sido um dos mais beneficiados, porque é 
através dele que surgem novos mercados, negócios, transações comerciais e investimentos. 
 
 
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As atividades produtivas desse sistema, baseadas nas Tecnologias de Informação e de 
Comunicação, integram a chamada, Nova Economia. 
Se por um lado, as novas tecnologias trazem significativos 
benefícios aos mercados já consolidados e segmentados, por 
outro, coloca em risco a sobrevivência daqueles que não se 
ajustam aos padrões impostos pela Nova Economia. 
Mercados e empresas, antes longínquos, hoje são acessíveis por 
meio das novas tecnologias, viabilizando a expansão de negócios, atividades, venda e 
compra de produtos e serviços de forma abrangente e globalizada. 
Sob este enfoque, não existem mais barreiras físicas ou geográficas. 
Redes modernas, ágeis e avançadas permitem que empresas, organizações e países 
desfrutem de novas estratégias para seus negócios. Por trás dessas redes circula a mais 
nova veia de negócios dos dois últimos séculos: A INFORMAÇÃO. 
Pessoas e empresas precisam estar preparadas adequadamente para lidar com esse novo 
paradigma, onde os competentes e visionários partem na frente. Obter, processar e difundir 
informações necessita de uma infraestrutura compatível aos novos tempos e de pessoal 
especializado e qualificado afeto aos novos desafios. 
Ao processo de agregar valor à informação, dá-se o nome de conhecimento. E 
conhecimento, atualmente, tem muito valor. 
Atenta a todas essas mudanças, a sociedade do século XXI usufrui melhores serviços, seja 
no dia a dia dentro de casa, seja no lazer, no trabalho, na escola e em qualquer lugar por 
onde se estendam as novas redes de comunicação. A nova sociedade passa a consumir e 
devorar o bem que impulsiona empresas e atividades de negócios: a informação. 
Bombardeados por essa onda de informação por todos os lados, os cidadãos modernos, 
mesmo sem sentir, integram a chamada Sociedade da Informação. 
 
 
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Todos os lugares do mundo estão passando por transformações de ordem política e 
econômica nas últimas décadas. O caráter principal dessa mudança é a integração dos 
mercados em uma abrangente “aldeia global”, a partir de iniciativas de grandes corporações 
internacionais. Assim é o fenômeno conhecido por “Globalização”. 
Alguns países são obrigados a aumentar barreiras tarifárias para proteger suas produções 
locais da concorrência dos produtos estrangeiros. Outros aderem a esse novo comércio e 
abrem-se ao capital internacional. 
As Tecnologias da Informação e da Comunicação têm grande participação nessas atividades 
comerciais. O alcance mundial da informação e a popularização da Internet auxiliam o 
desdobramento da globalização, seja nas áreas econômicas, culturais ou sociais. A Nova 
Economia é fruto da expansão da globalização. 
Essa nova “Superestrada da Informação” tem por finalidade proporcionar um alto fluxo de 
transmissão de dados. Os avanços da computação, aliados aos sistemas de 
telecomunicações e redes devem resultar em um novo redirecionamento tecnológico das 
atividades da Sociedade da Informação. 
PACCITTI (2000) enumera algumas novas concepções financeiras advindas do uso da 
Infovia: 
 Expansão do dinheiro digital (cartão de crédito, cartão de caixa eletrônico e talão de 
cheque); 
 Utilização da assinatura eletrônica, sistemas de biometria (reconhecimento da escrita, 
da voz, das impressões digitais ou traços físicos); 
 Novas formas de comunicação digital, mais serviços, mais usuários, menores tarifas, 
mais empregos (?). Crescimento rápido; 
 Descentralização das atividades, através do uso intenso da videoconferência, do 
ensino a distância, da convergência do local de trabalho; 
 Livre mercado, pela possibilidade de menor intermediação; 
 
 
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 Novas interfaces (mais amigáveis) nas aplicações, principalmente na Internet; 
 Convergência da televisão, telefone, entretenimento para a Internet, aproveitando-se 
da largura de banda oferecida pela Infovia; e controle do fluxo da informação pelos 
países mais ricos. 
Case: 
: BENEFÍCIOS DA INFOVIA-MT 
Redução do tráfego de documentos impressos entre os órgãos do Estado, que 
serão substituídos por documentos eletrônicos. Isto contribuirá em muito para 
a redução dos custos com papel e sua tramitação, agilizando o andamento de 
processos e permitindo um atendimento rápido e de qualidade ao cidadão; 
Permitir o gerenciamento centralizado de todas as redes locais dos órgãos 
atendidos pela rede corporativa. Isto se traduz em um melhor aproveitamento 
dos recursos existentes, facilitando inclusive a ampliação do número de 
computadores em uso nos órgãos. As redes locais passam a contar, então, 
com um padrão de qualidade e segurança muito superior ao atual, com os 
custos de administração reduzidos proporcionados pelo gerenciamento 
centralizado; 
Aumentar a utilização de transporte de voz; poderá ser disponibilizada uma 
rede de telefonia interna, independente da rede pública, em todos os pontos 
atendidos pela rede corporativa. Os custos de comunicação são drasticamente 
reduzidos, enquanto a qualidade dos serviços de comunicação aumenta (o 
equivalente a uma rede telefônica própria, privada); 
Aumentar a utilização de videoconferência: pessoas que estão em locais 
distantes participarão de conferências em tempo real, permitindo reuniões 
entre órgãos e escritórios regionais sem a necessidade de deslocamento 
físico; na área da educação, possibilitar debates entre estudantes e 
 
 
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professores, oferecer aulas com multimídia, atendendo desde as escolas 
primárias até a universidade, permitir o treinamento à distância (formação 
profissional); contribuindo para a qualificação da mão de obra, permitindo um 
melhor aproveitamento dos quadros docentes e minimizando as dificuldades 
decorrentes das grandes dimensões do nosso Estado; 
Flexibilidade na escolha dos equipamentos e grande possibilidade de 
expansão. A rede corporativa do Estado tem, por princípio, o uso de padrões 
abertos e a interoperabilidade entre eles; esta, aliás, é uma tendência mundial, 
e no caso do Estado, uma necessidade. Aderindo aos padrões abertos, 
mantém-se a liberdade de escolha de fornecedores, oferecendo uma saída 
moderna e eficiente na substituição das antigas tecnologias. Novamente, 
obtém-se redução de custos e melhoria na qualidade do atendimento aos 
usuários, possibilitando disponibilizar os dados corporativos a quem necessita 
deles para a tomada de decisões. 
Fonte: Governo do Estado de Mato Grosso- 
 http://www.cepromat.mt.gov.br/html. php?codigoPagina=151 
 
http://www.hartz.com.br/pressreleases_detalhe.php?id=51 
 
 
 
 
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UNIDADE 4 
Objetivo: Compreender a importância das redes metropolitanas como veículo de acesso a 
conteúdos educacionais e de pesquisa. 
Redes Metropolitanas de Alta Velocidade 
As Redes Metropolitanas de Alta Velocidade mais a Internet2 são a reunião de instituições 
colaboradoras que visam melhorar o acesso de estudantes e da população, a conteúdos 
educacionais e de pesquisa. 
Em anexos, você irá encontrar indicações sobre temas de pesquisas desenvolvidas por essa 
rede de colaboradores. Nesta unidade iremos fornecer um panorama geral sobre as 
pesquisas e projetos em desenvolvimento para ampliação de toda a infraestrutura que 
compõe a infovia. 
 
O Projeto Remav 
O Projeto de Redes Metropolitanas de Alta Velocidade (REMAV) surgiu a partir da iniciativa 
do Programa Temático Multiinstitucional de Ciência em Computação (ProTem-CC), do 
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em 1997. 
As REMAV fazem parte de umconsórcio entre diversas Instituições (educacionais, públicas e 
de pesquisa), destinadas a “promover, em diversas regiões do país, a criação de 
infraestrutura e serviços de redes de alta velocidade”. 
São redes de alto desempenho, interligadas em nível nacional, destinadas a oferecer, dentre 
outros, os serviços de tecnologia multimídia (vídeoconferência, diagnóstico médico remoto, 
acesso a bibliotecas virtuais e ensino a distância). 
 
 
 
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Cada consórcio é formado por Estabelecimentos de Ensino Superior e instituições parceiras, 
com a finalidade de viabilizar os projetos que demandam redes de alto desempenho. 
Tornou-se necessário preparar as cidades, com infraestruturas de serviços, para a 
modernização das telecomunicações com a constituição de uma rede de cabos de fibras 
ópticas com capacidade para transmitir informações, sons e imagens a uma velocidade 
centenas de vezes maior que a praticada no mercado capaz de alavancar novos 
empreendimentos, visando a ampliação dos serviços públicos. 
 
RNP e Internet 2 
Liderado pela USP (Universidade de São Paulo), o consórcio da rede paulistana prioriza a 
telemedicina para, entre outros avanços, possibilitar a troca de imagens resultantes de 
exames médicos cardiológicos realizados em tempo real. As aplicações de telemedicina 
deverão incluir o INCOR (Instituto de Coração) do Hospital das Clínicas e a Escola Paulista 
de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. As de tele-educação mobilizam esforços 
da PUC-SP e da NET (Operadora de TV a Cabo). 
A Internet 2 brasileira iniciou para atender as necessidades das áreas da Medicina e da 
Educação, atualmente integra diversas áreas de pesquisa acadêmica. As REMAV - Redes 
Metropolitanas de Alta Velocidade (que operam a 155 Mbps) foram o ponto de partida para a 
criação da RNP2 (a Internet 2 no Brasil). 
Não há uma linha de trabalho única e pré-determinada que oriente as pesquisas das novas 
possibilidades de aplicações que estão sendo desenvolvidas na Internet 2. Ainda há muito a 
ser pesquisado sobre a necessidade dos usuários e o potencial das tecnologias para redes 
de alto desempenho. 
 
 
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De uma forma geral, não se conhece ainda o limite do que é tecnicamente possível. 
Entretanto, pode-se dizer que o foco principal da Internet2 reside no desenvolvimento de 
aplicações avançadas com uso intensivo de tecnologias multimídia em tempo real. 
Demonstrações dos novos potenciais da Internet2 vêm sendo apresentadas em vários 
eventos e workshops promovidos com o intuito de sensibilizar não só a comunidade 
acadêmica, como também diversos setores da indústria e até mesmo o governo. Nos 
principais países do mundo, as linhas de ação já estão bastante definidas. 
Nos Estados Unidos, são quatro as principais linhas de pesquisa da Internet 2: 
1. Educação à distância, visando gerar uma grande rede de instituições de ensino onde o 
usuário tem um vasto leque de opções de formação via Internet; 
2. Bibliotecas digitais, com intenção de constituir uma grande rede de bibliotecas virtuais, 
incluindo dados em forma de texto, imagens e sons; 
3. Teleimersão, para promover atividades em conjunto ao redor do mundo através da 
rede; 
4. Laboratórios coletivos, para que se possa trabalhar em pesquisa com estruturas 
complementares de outras instituições, utilizando equipamentos à distância. 
Os experimentos e desenvolvimentos de aplicações Internet2 requerem uma conectividade e 
infraestrutura de maiores requisitos. Tipicamente são necessários equipamentos de 
comunicação e computação de grande capacidade. Atualmente apenas as instituições 
localizadas em PoPs com este tipo de infraestrutura e banda (GigaPoPs) podem dispor de 
aplicações Internet2 de forma contínua. Estes requisitos são atendidos basicamente nos 
PoPs localizados no Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Belo Horizonte. 
O alcance de novos grupos de pesquisa em outros estados será resultado da implantação e 
atualização de novas facilidades em outros PoPs da RNP. Além disto, é importante 
assegurar que as deficiências de conectividade entre cada instituição e o PoP sejam 
equacionadas. 
 
 
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Quanto à concepção do programa há necessidade de redimensionamento de metas físicas 
de algumas ações, em especial nas ações de Processadores de Alto Desempenho - PAD. 
Dada a dinâmica própria da área de Tecnologia de Informação e Comunicação, onde são 
comuns alterações de cenário decorrentes da troca ou incorporação de novos paradigmas, 
alguns dos indicadores do programa podem ter se tornado vulneráveis ou obsoletos, 
havendo necessidade de adequações. 
Deverá haver ampliação da matriz de fontes de financiamento considerando a abrangência 
do programa. Os Fundos Setoriais do Ministério da Ciência e Tecnologia poderão contribuir 
no desenvolvimento das aplicações em Tecnologia da Comunicação e Informação, em 
especial no âmbito da cooperação Universidade/ Empresa. 
No que tange à implementação cabe ressaltar que, de uma forma geral, os recursos foram 
suficientes. Na ação, Processadores de Alto Desempenho – PAD, a dotação orçamentária 
dificultou a organização e o planejamento de projetos de mais longo prazo. No entanto, a 
busca de outras fontes de recursos através de convênios auxiliou na execução desta ação. 
Por se tratar de programa estratégico os recursos foram liberados com fluxo regular e 
compatível com a programação, o que facilitou a execução das ações em sua 
implementação - 2001. A manutenção da condição de "Estratégico" do programa Sociedade 
da Informação – Internet2 - é imprescindível, pois este atingiu a plenitude operacional que 
permite a consecução dos objetivos propostos e mesmo o alcance de objetivos, indicando 
novas necessidades. 
A proximidade do programa junto ao público alvo garante legitimidade às ações e sintonia 
com as demandas da sociedade. Adicionalmente, o programa em apenas 2 anos revelou-se 
de fundamental importância para a inserção do Brasil no grupo das nações efetivamente 
empenhadas na construção da Sociedade da Informação, com claros objetivos econômicos e 
sociais. 
 
 
 
 
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Projeto é alternativa para "ressaca" nas comunicações 
A Infovia Municipal de Morungaba é uma evolução do Projeto Multicom 21, 
que nasceu na Faculdade de Engenharia Elétrica 
e de Computação (FEEC) da Unicamp, em 1992, 
por iniciativa de um grupo de professores da 
unidade. Este grupo aderiu à ideia do Projeto 
Bercom (Berlin Communication) de construir um 
modelo de interconexão entre laboratórios. 
Inicialmente, seriam conectados o Hospital das Clínicas da Unicamp ao 
Instituto do Coração (Incor), e a FEEC à Politécnica da USP. 
O professor Leonardo Mendes, que assumiu a coordenação do Multicom 21 
em 1995, lembra que o CNPq financiou outras iniciativas semelhantes no 
Brasil, como o projeto de redes metropolitanas (que na região ganhou o nome 
de Remet-Campinas). "Alguns problemas, entretanto, afetaram a continuidade 
destas iniciativas. A privatização das comunicações no Brasil, por exemplo, 
levou a mudanças de políticas controladoras, e essas atividades nem sempre 
receberam a atenção necessária. Outro problema foi a crise de janeiro de 
2000, que atingiu todas as empresas de alta tecnologia do mundo, fazendo 
despencar a quantidade de recursos e a expectativa de uma grande evolução 
das tecnologias de Internet e de comunicações", afirma o pesquisador. 
Neste contexto mundial, que considera de "ressaca" do setor de 
comunicações, Leonardo Mendes viu em Morungaba, cidade que abriu os 
braços para a experiência, a oportunidade de levar o Multicom 21 a campo. 
"Existem outras experiências no país, mas não com esta envergadura. 
Estamos construindoum modelo de infovia municipal em sua totalidade, da 
infraestrutura de transporte de informações até as aplicações. Queremos um 
projeto integrador, único, que tenha a participação e financiamento de várias 
 
 
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instituições, empresas e também de outros municípios que manifestaram 
interesse, como Campinas e Guarulhos", explica. 
A rede experimental de Morungaba vai se conectar à Unicamp, a fim de que 
pesquisadores do país possam estudar; implantar e testar equipamentos. 
Empresas já acenaram com doações para utilização e aperfeiçoamento de 
seus produtos. A proposta é investigar não apenas as aplicações tecnológicas, 
mas também os aspectos sociais e econômicos, como: o melhor modelo para 
manter financeiramente o sistema, os negócios que podem ser estabelecidos 
na rede, a geração de empregos, a distribuição de recursos e de renda. 
"Queremos mostrar que é possível ir muito além das limitações da 
comunicação que temos hoje, com uma quantidade de recursos muito menor", 
finaliza Leonardo Mendes. 
Fonte: http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/agosto2003/ju226pg03.html 
Esta Infovia sustenta um sistema de comunicação de dados confiável e econômico, que 
utiliza a mais avançada tecnologia de acesso digital. É formada por uma rede com 204 km de 
extensão, sendo 84 km de cabos subterrâneos e 120 km de aéreos. Devido ao anel óptico 
redundante, o sistema tem disponibilidade permanente: 24 horas por dia, 7 horas por 
semana. O gerenciamento da rede utiliza a tecnologia ATM/IP/MPLS, referência mundial no 
campo das telecomunicações e informática. Através da Infovia, é possível o tráfego de 
circuitos de dados, voz e imagens e acesso Internet. Na montagem desta rede municipal, a 
Prefeitura de Porto Alegre, criou um sistema de gerenciamento do espaço público, inédito no 
país, que permite maximizar as operações. 
Outras redes com estrutura e objetivos semelhantes: 
 http://www.rnp.br/conexao/instituicoes.php 
 http://www.rnp.br/pd/giga/ 
 http://www.rnp.br/pd/planetlab/ 
 
 
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UNIDADE 5 
Objetivo: Compreender o significado e importância da sociedade da informação 
A Sociedade da Informação 
Nos últimos anos a expressão "Sociedade da Informação" tem sido muito utilizada. No 
entanto, sua origem remonta aos anos sessenta, quando se percebeu que a sociedade 
caminhava em direção a um novo modelo de organização, no qual o controle e a otimização 
dos processos industriais eram substituídos pelo processamento e manejo da informação 
como “chave” econômica. 
Desde então, foram numerosos os significados atribuídos à "Sociedade da Informação" sem, 
contudo, ter sido elaborada uma definição aceita em todo o mundo. 
Sociedade da Informação é um estágio de desenvolvimento social caracterizado pela 
capacidade de seus membros (cidadãos, empresas e administração pública) de obter e 
compartilhar qualquer informação, instantaneamente, de qualquer lugar e da maneira mais 
adequada. 
É conveniente, então, demonstrar o sentido que se dá à expressão, no âmbito deste estudo, 
conforme veremos nesta Unidade. 
 
Comportamentos e padrões 
A Sociedade da Informação está baseada nas tecnologias de informação e comunicação que 
envolve: a aquisição, o armazenamento, o processamento e a distribuição da informação por 
meios eletrônicos, como rádio, televisão, telefone e computadores, entre outros. 
 
 
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Essas tecnologias não transformam a sociedade por si só, mas são utilizadas pelas pessoas 
em seus contextos sociais, econômicos e políticos, criando uma nova comunidade local e 
global. 
O conceito de Sociedade da Informação surgiu dos trabalhos de Alain Touraine (1969) e 
Daniel Bell (1973) sobre as influências dos avanços tecnológicos nas relações de poder, 
identificando a informação como ponto central da sociedade contemporânea. A definição de 
Sociedade da Informação deve ser considerada tomando diferentes perspectivas: 
Segundo Gianni Váttimo, esta sociedade pós-moderna ou transparente, é plural, incentiva a 
participação, reconhece e dignifica as diversidades e dá voz às minorias e os valores 
passariam a ser construídos a partir desta perspectiva participativa, múltipla ou até mesmo 
caótica. 
Para Javier Echeverria, a Sociedade da Informação está inserida num processo pelo qual a 
noção de espaço e tempo tradicional está em transformação pelo surgimento de um “espaço 
virtual”, transterritorial, transtemporal, que formará uma telecidade em uma tele-sociedade 
que se sobreporá mesmo aos Estados clássicos, cirando novas formas de inter-relações 
humanas e sociais ainda que por vezes ocorram conflitos neste processo de transformação. 
A Sociedade da Informação é fruto de novos comportamentos e padrões culturais que a 
revolução tecnológica tem proporcionado, através da disseminação veloz da informação por 
meios nunca imaginados, trazendo impactos diretos nas atividades socioeconômicas. 
Inúmeros meios de comunicação interligam países, continentes, povos e nações, 
proporcionando o intercâmbio de dados e informações de imediato, sem transparecer que 
existem quilômetros de distância separando as partes interconectadas. A qualidade dos 
serviços de transmissão e recepção oferecidos cresce a cada instante, trazendo mais 
benefícios aos usuários desses sistemas e serviços. 
Essa sociedade já é vista como um novo paradigma técnico e econômico, por ser a 
alavancadora de mudanças nas estruturas das atividades sociais e econômicas, ditando, sob 
as dimensões, tanto político quanto econômica, qual região ou área é mais capaz de atrair 
 
 
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vultosos investimentos de novos negócios ou empreendimentos. Suas características 
também são de elevado valor na dimensão social, na medida em que possibilita integrar 
pessoas e nações, reduzindo a distância entre elas pela difusão de informação. 
O emprego de tecnologia envolve elevados custos. A partir daí, surge o seguinte 
questionamento: é possível disseminar informação e tecnologia a pessoas e regiões menos 
assistidas e desfavorecidas de muitos benefícios? Ao futuro está destinada essa resposta. 
A Sociedade da Informação é um importante fenômeno que, se bem utilizado, pode estreitar 
o fosso educacional, cultural e econômico entre diversos segmentos sociais. As novas 
tecnologias se apresentam como instrumentos capazes de promover a inclusão plena dos 
menos favorecidos, fornecendo estratégias e estruturas para criar novas práticas de 
produção, de comercialização e de consumo de produtos e serviços. 
O fator diferencial da Sociedade da Informação é que cada pessoa e organização não só 
dispõem de meios próprios para armazenar conhecimento, mas também têm uma 
capacidade quase ilimitada para acessar a informação gerada pelos demais e potencial para 
ser um gerador de informação para outros. Embora essa capacidade sempre tenha existido, 
de forma seletiva e mais ou menos rudimentar, o peculiar da Sociedade da Informação é o 
caráter geral e ilimitado de acesso à informação. 
Essa mudança que permite facilidades no acesso à informação é o principal fator que 
desencadeia uma série de transformações sociais de grande alcance. A disponibilidade de 
novos meios tecnológicos provoca alterações nas formas de atuar nos processos. 
E quando várias formas de atuar sofrem modificações, resultam em mudanças inclusive na 
maneira de ser. Definitivamente, as novidades tecnológicas chegam a transformar os 
valores, as atitudes e o comportamento e, com isso, a cultura e a própria sociedade. 
A forma final que a Sociedade da Informação adotará é algo imprevisível nos dias de hoje. 
Embora em fase inicial de criação de infraestruturas, já é percebida e, ao mesmo tempo, os 
primeiros efeitos de sua aplicaçãonos processos. 
 
 
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O impacto final nos valores e atitudes, além de ser imprevisível, não será, em absoluto, o 
reflexo de um mecanismo que deva produzir de forma inevitável um resultado determinado. 
Muito pelo contrário, a disponibilidade de acesso geral e praticamente ilimitado à informação 
deve ser considerada como um elemento meramente facilitador, que amplia enormemente as 
possibilidades de transformação. 
Apesar dos meios tecnológicos atuais serem conhecidos, ainda é uma incógnita o tipo de 
sociedade que se quer atingir. Existe, também, uma tarefa fundamental, que é a de decidir o 
objetivo final, que se encontra fora do âmbito tecnológico e deve ser assumido pela 
sociedade como um todo. 
No Brasil, a Sociedade da Informação vem revestida do importante papel de acompanhar os 
passos das nações mais desenvolvidas que já iniciaram e desenvolvem esse processo de 
compartilhamento de informações entre todos os segmentos da sociedade. 
 
 
 
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UNIDADE 6 
Objetivo: Conhecer o histórico da sociedade da informação e que este programa inicialmente 
destinado ao meio acadêmico, foi criado voltado para o desenvolvimento da tecnologia de 
redes de computação. 
Breve Histórico da Sociedade da Informação 
A Sociedade da Informação na América do Norte 
A Sociedade da Informação (SI) teve origem a partir da década de 90, através do programa 
High Performance Computing and Communications (HPCC) – Alta Performance de 
Computação e Comunicações, nos Estados Unidos da América (EUA). 
Este programa foi voltado para o desenvolvimento da tecnologia de redes de computação, 
inicialmente destinado ao meio acadêmico. 
A partir de 1993, o enfoque foi modificado para atender os objetivos da National Information 
Infraestructure (NII) – Infraestrutura Nacional de Informações, cuja abordagem era atender os 
objetivos da economia e sociedades americanas. 
Em 1994, os EUA lançaram como desafio a todos os governos a idéia da Global Information 
Infraestructure (GII) – Infraestrutura Global de Informações. 
O Programa de Alta Performance passou a direcionar as atividades da SI sob os seguintes 
enfoques: 
 Sistemas de Processamento de Alta Performance; 
 Tecnologia Avançada de Software; 
 Rede para Educação e Pesquisa; 
 Infraestrutura Nacional de Informações; e 
 
 
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 Pesquisa Básica e Recursos Humanos. 
 A Sociedade da Informação na Europa 
A União Europeia (UE) decidiu que o seu projeto de SI passaria pela informatização da 
administração pública dos países integrantes, onde a privatização das telecomunicações 
havia sido o foco principal. 
Se por um lado os EUA enfatizavam a infraestrutura, isto é a plataforma de 
telecomunicações e computação como meio mais adequado à oferta de serviços e 
aplicações, a UE optou por direcionar estes serviços e aplicações sob a ótica da informação, 
para atender demandas multiculturais e linguísticas. 
A expressão Sociedade da Informação, como a que conhecemos hoje, é a consolidação das 
iniciativas voltadas à Infraestrutura e à Economia, destinadas a prover serviços e aplicações 
em prol da sociedade. 
A figura 2 exemplifica os estágios de evolução da Sociedade da Informação. 
 
Figura 2 - Fonte: SocInfo 
 
 
 
 
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A Sociedade da Informação no Brasil 
As iniciativas para o Programa da Sociedade da Informação no Brasil (PSIB) somente 
tiveram início em 1999, por meio do Grupo de Implantação da Sociedade da Informação, do 
Ministério da Ciência e da Tecnologia (MCT). 
O planejamento adotado consistiu em definir três fases distintas: estudos preliminares e 
lançamento formal do Programa, Proposta do Programa de Sociedade da Informação (Livro 
Verde) e Plano de Execução (Livro Branco). 
 
Os objetivos do PSI no Brasil são: 
 construir uma sociedade justa, observando princípios e metas relativos à preservação 
da identidade cultural, fundada na riqueza da diversidade; 
 criar a sustentabilidade de um padrão de desenvolvimento, respeitando as diferenças, 
buscando o equilíbrio regional; e 
 fomentar a participação social, pilar base da democracia política. 
O PSIB foi estruturado para atuar nas seguintes áreas: 
 Mercado, Trabalho e Oportunidades; 
 Universalização de Serviços para a Cidadania; 
 Educação na Sociedade da Informação; 
 Conteúdos e Identidade Cultural; 
 Governo ao Alcance de Todos; 
 Pesquisa e Desenvolvimento, Tecnologias, chave e aplicações; e 
 Infraestrutura Avançada e Novos Serviços. 
 
 
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A Revolução da Precisão 
Consequências Estratégicas do Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação 
Pierre Fayard 
Que mudanças as novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) provocam na 
estratégia, esta prosa da existência cujo objeto sempre consistiu em conceber, em organizar 
e em acionar os meios que concretizam os fins que nos propomos a atingir. Como é comum 
nos períodos de mutação, é nas sombras que se desenha e se formaliza a novidade. Se a 
tecnologia introduz fatores de ruptura, a identificação e a integração dos conceitos e dos 
métodos suscetíveis de tirar proveito disso, qualquer que seja o domínio de aplicação, 
representam um aspecto essencial que essa contribuição tem por ambição esclarecer. 
Em que medida a força dos novos meios tecnológicos não retroage sobre os fins a que 
servem? Redefinindo a natureza das relações entre global e local, a ubiquidade numérica 
fundada sobre uma conectividade planetária cada vez mais refinada, redesenha a Geografia 
da utilidade. As TIC provocam um salto quantitativo e qualitativo na precisão do acesso e da 
mobilização sob medida de fontes espacialmente dispersas. Comunidades de valores 
reúnem-se, virtualmente, com base em interesses, em gostos, em inclinações ou em hobbies 
compartilhados. Proporções negligenciáveis localmente, sua concentração global torna-as, 
contudo, prontas a desenvolver sua paixão e a pesar econômica ou politicamente. Articulada 
estrategicamente, uma concentração virtual se revela às vezes mais eficaz do que a sua 
contraparte material, o que não deixa de ser surpreendente! O espaço não representa mais o 
desacelerador ou o protetor que até agora ele encarnava. O conhecimento disponível no 
mundo cibernético autoriza uma seletividade crescente nas escolhas fora da limitação das 
distâncias. A precisão, econômica e informacional, global e em tempo real abre-se para 
novas formas de organização e de concepção da ação em que as redes constituem a base 
de uma nova logística onde o virtual e o real sofrem um processo de hibridização, redefinindo 
as relações entre o local e o global. 
Como pensar as novas formas da estratégia, de modo pertinente, a fim de tirar proveito da 
convergência tecnológica que se traduz sob a forma de um "coquetel numérico"? Os efeitos 
 
 
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ainda fracamente metabolizados desse coquetel nos afastam de uma lógica local de 
produtos e de estoques pré-definidos para nos conduzir a uma época dominada por uma 
lógica global de serviços e de fluxo. A interconexão planetária permite dispor dos produtos 
somente onde e quando eles se mostram necessários. Aí a estratégia se preocupa em 
organizar e garantir o domínio das condições do fluxo muito mais do que dos próprios 
estoques. Na era do numérico, a velocidade das transmissões e a sua inteligência se 
traduzem por ganhos de tempo na apreciação das circunstâncias e da consequente tomada 
de decisão. Nas redes, a definição final dos produtos e dos serviços passa por uma 
interatividade informacional, que, não somente caminha para um alto nível de precisão, mas 
que é também suscetívelde enriquecer as bases de dados dos atores de cada uma das 
transações. O produto não pré-existe à demanda, ele se constitui em codefinição evolutiva a 
partir de potenciais disponíveis, que mediações criativas e inteligentes calibram em função 
da natureza das demandas expressas e afirmadas. As vias e os dispositivos de comunicação 
conferem vantagens no conhecimento que em geral se traduzem em vantagens temporais e 
qualitativas. Rapidez e precisão se impõem tendo como pano de fundo o apoio necessário de 
cartografias globais. 
(...) Em 1492, Cristovão Colombo não deu as costas às Américas sob o pretexto que eram as 
Índias que ele procurava atingir! Um projeto mecanicamente amarrado à sua definição tem 
dificuldades em tirar partido de uma vantagem não programada. Ao contrário, uma vigília 
ativa sobre os meios e os seus conceitos de uso, alimenta de maneira dinâmica as novas 
formas de relação dialética com os fins. É o que permitem precisamente as estratégias da 
rede. 
A rede é um instrumento ideal para a extração de sinais fracos pertinentes a partir de uma 
intenção que não repugna ser a reposta em questão. Sua estrutura e o potencial que ela 
articula tornam-a apta a enfrentar condições imprevistas apoiando-se em uma leveza 
adaptativa. Até certo ponto, a partir do qual ele perde coerência e dilui-se numa profusão de 
interesses divergentes. O desconhecido não desintegra a rede, mas a enriquece e a faz 
crescer. Assim é também a superioridade do cérebro humano sobre a máquina terminada, 
acabada na sua capacidade e cuja degradação é o destino. Num mundo veloz e incerto 
 
 
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aceitar não saber tudo antes de agir aparece como uma condição de sobrevida e inovação. 
O contrário significa domesticar a surpresa e perder o rumo às suas custas. A rede integra 
uma parte de incerteza dispondo dos trunfos da malha operacional de suas fontes e de uma 
natureza não finita. 
Pierre Fayard é doutor em Ciências da Informação e da Comunicação pela Universidade de 
Grenoble III (França). É professor na Universidade de Poitiers e professor visitante da 
Universidade Pompeo Fabra (Barcelona), na Universidade de Caxias do Sul (RS) – fonte – 
Revista Consciência – 10/03/2001 
 
http://www.nominuto.com/cultura/pierre_levy_tecnologia_para_qual_educacao_/5196/ 
 
 
 
 
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UNIDADE 7 
Objetivo: Compreender o real significado de comunicação e informação e suas possibilidades 
de utilização para melhorar o nível de relações e saberes. 
Conhecimento X Informação 
 “A educação hoje não assume apenas o dever de repassar informação, mas 
tem por obrigação fomentar e resgatar as potencialidades individuais do ser 
humano, objetivando a construção de um conhecimento coletivo, onde a 
experiência de um se correlaciona com a vivência de outro1”. 
Tendo a educação como elemento-chave na construção de uma sociedade baseada na 
informação, no conhecimento e no aprendizado, vem-se criando diversos projetos e 
estimulando parcerias que envolvem a informatização do ensino, a capacitação de docentes 
e a prática do ensino à distância. 
Nesta unidade, iremos tratar dos elementos básicos que integram a Infovia e a Sociedade da 
Informação. 
 
Conhecimento x Informação 
A “Sociedade da Informação” – com toda a tecnologia e benefícios que nos traz, também 
apresenta o seu revés - conforme cita Jorge Larrosa em notas sobre a experiência e o saber 
de experiência, “Pensar não é somente racionaciar, calcular ou argumentar”, como nos tem 
sido ensinado algumas vezes, mas é sobretudo, dar sentido, portanto “A experiência é o que 
nos passa, o que nos acontece, o que nos toca. Não o que se passa, ou o que toca. A cada 
dia se passam muitas coisas, porém, ao mesmo tempo, quase nada nos acontece. Dir-se-ia 
que tudo o que se passa está organizado para que nada nos aconteça”. 
 
 
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Informação não é experiência. O sujeito da informação sabe muitas coisas, passa seu tempo 
bucando informação – o que mais o preocupa é não ter bastante informação. Cada vez sabe 
mais, cada vez está melhor informado, porém, com essa obsessão pela informação e pelo 
saber. O que acontece é que nada lhe aconteçe. 
Após assistir a uma aula, ler um livro ou feito uma visita, podemos dizer que sabemos coisas 
que antes não sabíamos. Mas ao mesmo tempo, podemos dizer que sabemos coisas que 
antes não sabíamos que temos mais informação sobre alguma coisa; mas, ao mesmo tempo, 
podemos dizer também, que nada nos tocou que com tudo o que aprendemos nada nos 
sucedeu ou nos aconteceu. 
Em primeiro lugar pelo excesso de informação. A informação não é experiência. E mais, a 
informação não deixa lugar para a experiência, ela é quase o contrário da experiência, quase 
uma antiexperiência. Por isso a ênfase contemporânea na informação, em estar informados, 
e toda a retórica destinada a constituirmos como sujeitos informantes e informados; a 
informação não faz outra coisa que cancelar nossas possibilidades de experiência. 
 O sujeito da informação sabe muitas coisas, passa seu tempo buscando informação, o que 
mais o preocupa é não ter bastante informação; cada vez sabe mais, cada vez está mais 
bem informado, porém, com essa obsessão pela informação e pelo saber (mas saber não no 
sentido de “sabedoria”, mas no sentido de “estar informado”), o que consegue é que nada lhe 
aconteça. A primeira coisa que gostaria de dizer sobre a experiência é que é necessário 
separá-la da informação. E o que gostaria de dizer sobre o saber de experiência é que é 
necessário separá-lo de saber coisas, tal como se sabe quando se tem informação sobre as 
coisas, quando se está informado. É a língua mesma que nos dá essa possibilidade. 
O sujeito moderno se relaciona com o acontecimento do ponto de vista da ação. Tudo é 
pretexto para sua atividade. Sempre está a se perguntar sobre o que pode fazer. 
 
 
1 Genoveva Batista do Nascimento – Mestranda em Educação - Universidade Federal da Paraíba 
 
 
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Sempre está desejando fazer algo, produzir algo, regular algo. 
Independentemente de este desejo estar motivado por uma boa 
vontade ou uma má vontade, o sujeito moderno está atravessado 
por um afã de mudar as coisas. E nisso coincidem os 
engenheiros, os políticos, os industrialistas, os médicos, os 
arquitetos, os sindicalistas, os jornalistas, os cientistas, os 
pedagogos e todos aqueles que põem no fazer coisas, a sua 
existência. 
 Nós somos sujeitos ultrainformados, transbordantes de opiniões e superestimulados, mas 
também sujeitos cheios de vontade e hiperativos. 
E por isso, porque sempre estamos querendo o que não é, porque estamos sempre em 
atividade, porque estamos sempre mobilizados, não podemos parar. E, por não podermos 
parar, nada nos acontece. 
A experiência, a possibilidade de que algo nos aconteça ou nos toque, requer um gesto de 
interrupção, um gesto que é quase impossível nos tempos que correm: requer parar para 
pensar, parar para olhar, parar para escutar, pensar mais devagar, olhar mais devagar, e 
escutar mais devagar; parar para sentir, sentir mais devagar, demorar-se nos detalhes, 
suspender a opinião, suspender o juízo, suspender a vontade, suspender o automatismo da 
ação, cultivar a atenção e a delicadeza, abrir os olhos e os ouvidos, falar sobre o que nos 
acontece, aprender a lentidão, escutar aos outros, cultivar a arte do encontro, calar muito, ter 
paciência e dar-se tempo e espaço. 
 
As Reformulações na Educação 
O trabalhador do novo século deve ser alguém capaz de tomar conta de sua própria carreira 
e de si mesmo. Precisa, também, ter um perfil de competênciaque o mercado de trabalho 
passou a requerer. Os conhecimentos, as habilidades e as competências que sustentam hoje 
 
 
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o desempenho profissional configuram um conjunto de características bastante distintas 
daquelas que, ao longo de décadas, definiram os perfis profissionais demandados. 
Nesse sentido, trabalhar significa, cada vez mais, não apenas o domínio técnico associado a 
uma determinada área de atuação, mas, sobretudo, a capacidade de interagir, ser criativo, 
trabalhar em equipe, atualizar-se permanentemente e saber gerenciar informações. Dentro 
dessa perspectiva, a missão de educar para o trabalho e para a cidadania passa a requerer 
enfoques educacionais sintonizados com tais exigências. 
Novos paradigmas surgem a todo instante nas várias áreas científicas, que evoluem e se 
especializam mais e mais para atender o homem moderno. Os avanços tecnológicos tornam 
as distâncias menores e o trabalho mais leve, desde que o homem saiba administrar seu 
tempo, para que não se torne escravo do trabalho. 
Entretanto, o homem precisa acompanhar a corrida desenfreada da globalização. A disputa é 
injusta, e o tempo parece ficar cada vez mais curto, enquanto a idade avança. E os mais 
jovens, contemporâneos da modernidade, parecem assimilar com mais facilidade a nova 
ordem mundial. Não podendo e não devendo esperar. O homem dos novos tempos torna-se 
o promotor da educação que necessita, pois as armas precisam ser recarregadas a todo 
instante, nessa luta desleal, onde o saber tem preço de ouro. 
Escritórios, galpões de fábricas, canteiros de obras, etc., tornam-se salas de aulas de 
animados grupos ou de solitários estudantes, que não desejam perder o trem da história. 
Diante de professores, de aparelhos de TV, de computadores, de livros ou de qualquer outro 
material impresso ou gravado que possa promover a atualização do profissional, a educação 
se efetiva. Com o tempo insuficiente para o trabalho e para a frequência a uma instituição 
escolar, o homem moderno recorre aos inúmeros meios de propagação do conhecimento e 
assim determina como, quando e onde aprender os conteúdos de seu interesse. 
As instituições que implementam o ensino a distância elaboram cursos nas áreas específicas 
que o mercado vem exigindo. O aluno trabalhador conta com um tipo de ensino que, apesar 
 
 
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de ainda não ser aceito pelo conservadorismo dos paradigmas tradicionais, vem sendo a 
solução para uma boa parte de a população recuperar o tempo perdido. 
A maioria dos estudantes de cursos a distância já está no mercado de trabalho e dispõe de 
autonomia para gerenciar seu tempo e disponibilidade financeira quanto à sua formação 
continuada. De suas atitudes empreendedoras dependerão as mudanças no comportamento 
social e profissional de uma dada realidade. 
Cada indivíduo sabe o que gostaria de ser e de ter, mas nem sempre conhece os meios que 
possam levá-lo ao sucesso pessoal e profissional. O receio de errar e de não chegar ao seu 
intento, o faz desistir antes mesmo de tentar, e nos dias atuais, alguns minutos de indecisão 
podem levar a significativas perdas. O acerto é o oposto do erro, e para acertar ou errar 
primeiro é preciso tentar. 
Em educação nenhum investimento é perdido, e o trabalhador brasileiro aos poucos vem 
percebendo a necessidade de se atualizar, fazendo uso do ensino a distância, evitando 
assim custos com passagens, com alimentação, com hospedagem, além de não se afastar 
do convívio familiar. 
Hoje as novas tecnologias estão incorporadas no dia a dia e não há como dissociá-las do 
processo educativo. 
 
 
 
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UNIDADE 8 
Objetivo: Entender o conceito”Nova Economia”, que diz respeito a um novo modelo de 
negócios, baseado nas tecnologias da informação e de comunicação, sob alta velocidade, 
para transferência de informações 
Nova Economia 
Tércio Pacitti, falando sobre o Presente e o Futuro, caracteriza esse período de Nova 
Economia: 
Para entrar na Modernidade, é preciso existir aqueles que produzem os Produtores da 
Modernidade (integrantes de um primeiro grupo de Nações mais desenvolvidas) e aqueles 
que a consomem, os consumidores da Modernidade (integrantes de um segundo grupo de 
Nações menos desenvolvidas), consequência da infalível lei econômica da oferta e da 
procura. (PACITTI, 1998, p. 312) 
 
Conceito de Nova Economia 
O conceito de Nova Economia diz respeito a um novo modelo de negócios, baseado nas 
tecnologias da informação e de comunicação, sob alta velocidade, para transferência de 
informações. Novas regras para a competição globalizada estão sendo impostas às 
empresas e países, como questão de sobrevivência. 
Os negócios digitais transformaram a informação em uma nova moeda nesta Nova 
Economia. 
O beneficiário deste novo paradigma é o cliente, que passa a desfrutar de novos produtos, 
serviços e oportunidades. Novos negócios baseados em tecnologia surgem a cada instante, 
promovendo o amadurecimento e a modernização de empresas e organizações. E ao 
 
 
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mesmo tempo põem em risco as empresas que não têm condições de competir com a 
mesma tecnologia ou não encontram espaço nesta nova égide. 
A Nova Economia vive o momento da globalização – expansão das 
atividades para mercados distantes – em tempo real, onde a 
distância mais longa está a um clique do computador mais 
próximo, pela Internet. 
As empresas da Nova Economia possuem diferentes estratégias de competição. A produção 
de seus bens não é focada apenas na produção em escala e sim em toda a cadeia produtiva. 
A produção passa a ser realizada em locais mais vantajosos, onde haja disponibilidade e 
capacitação de mão de obra, incentivos fiscais, independentemente de fronteiras 
geográficas. 
Para concorrer nesse novo mercado de produtos e serviços baseados nas tecnologias da 
informação, é preciso ter o domínio de tecnologias-chave e efetuar grandes investimentos 
em capacitação de pessoal, próprios das economias mais avançadas. 
 
O Comércio Eletrônico 
“O segredo da Nova Economia é inventar modelos de negócios”. (TAPSCOTT, 2000) 
A Internet é, sem dúvida, o grande ambiente virtual que mais contribuição tem dado à Nova 
Economia. As empresas encontraram nela um eficiente meio de comunicação com seus 
clientes, ágil e inovador, mesmo que o fator segurança ainda iniba a viabilização de muitos 
negócios. 
Os negócios eletrônicos são transações que envolvem três importantes agentes: os 
consumidores, as empresas e o governo. 
As relações entre esses agentes, baseadas em redes eletrônicas, desenvolvem-se em 
transações comerciais, administrativas e contábeis. 
 
 
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Os ambientes de Negócios Eletrônicos estão identificados na figura 3. 
 
Figura 3 - Fonte: SocInfo 
4.2.1 Descrição das relações dos Negócios Eletrônicos: 
B2B – Business to Business – transação entre empresas. 
B2C/C2B – Business to Consumer/Consumer to Business – transação entre empresas e 
consumidores. 
B2G/G2B – Business to Government/Government to Business – transação entre empresas e 
governo. 
C2C – Consumer to Consumer – transação entre consumidores. 
G2C/C2G – Government to Consumer – transação entre governo e consumidor final. 
G2G – transação entre governo e governo. 
4.2.2 Os 10 princípios da Nova Economia 
Tabela 2 - Os 10 Princípios da Nova Economia 
Princípio Valor 
 
 
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Importância 
Não mais o maior, o mais sólido ou o mais pesado significa o mais valioso. 
Valor hoje significa: informação, serviço e qualidade. 
Espaço As distâncias desapareceram. O mundo é o seu cliente e seu concorrente. 
Tempo 
Está colapsando.

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