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Tipos de Tecidos e Células-Tronco

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Os tecidos do corpo são divididos em 3 grupos com base na atividade proliferativa das suas 
células: tecidos em divisão contínua (tecidos lábeis), quiescentes (tecidos estáveis) e tecidos que 
não se dividem (tecidos permanentes). 
Os tecidos de divisão contínua são as células que se proliferam por toda a vida, substituindo 
aquelas que são destruídas. Esses tecidos incluem os epitélios superficiais, como o epitélio 
estratificado escamoso da pele, cavidade oral, vagina e colo uterino; a mucosa de revestimento de 
todos os ductos excretores das glândulas do corpo (glândulas salivares, pâncreas, vias biliares); o 
epitélio colunar do TGI e do útero; o epitélio de transição das vias urinárias, e células da medula 
óssea e tecidos hematopoiéticos. Na maioria desses tecidos, as células teciduais maduras são 
derivadas de células-tronco adultas, as quais possuem uma enorme capacidade de proliferação e 
cuja progênie pode diferenciar-se em vários tipos celulares. 
Tecidos quiescentes normalmente possuem um baixo nível de replicação; entretanto, as células 
desses tecidos podem sofrer rápida divisão em resposta a estímulos e são capazes de 
reconstituir o tecido de origem. Nesta categoria, estão as células parenquimatosas do fígado, rins 
e pâncreas; células mesenquimais como os fibroblastos e de músculo liso; células endoteliais 
vasculares, linfócitos e outros leucócitos. A capacidade regenerativa das células estáveis é mais 
bem exemplificada pela capacidade do fígado de sofrer regeneração após hepatectomia parcial e 
após lesão química aguda. Os fibroblastos, em particular, podem proliferar extensivamente, como 
nos processos de cura e fibrose. 
Tecidos que não se dividem contêm células que deixaram o ciclo celular e não podem sofrer divisão 
mitótica na vida pós-natal. A esse grupo pertencem os neurônios e células musculares cardíacas e 
esqueléticas. Se neurônios do SNC forem destruídos, o tecido é geralmente substituído pela 
proliferação dos elementos de suporte do SNC, as células gliais. Contudo, resultados recentes 
demonstraram que uma neurogênese limitada das células-tronco pode ocorrer em cérebros 
adultos. Embora as células musculares adultas não se dividam, o músculo esquelético possui 
capacidade regenerativa a partir da diferenciação de células-satélite aderidas às bainhas 
endomisiais. O músculo cardíaco tem capacidade regenerativa muito limitada (se alguma), e uma 
grande lesão ao músculo cardíaco, como a que ocorre no IAM, é seguida por formação de cicatriz. 
Células tronco: São caracterizadas por suas propriedades de autorrenovação e por sua 
capacidade de gerar linhagens celulares diferenciadas. Para se conseguir essas linhagens, 
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precisam ser mantidas durante a vida do organismo. Tal manutenção é alcançada através de 2 
mecanismos: (a) replicação assimétrica obrigatória, na qual em cada divisão da célula-tronco uma 
das células-filhas retém sua capacidade de autorrenovação, enquanto a outra entra em uma via 
de diferenciação e (b) diferenciação aleatória, na qual uma população de célula-tronco é mantida 
pelo equilíbrio entre divisões da célula-tronco que geram 2 células-tronco autorrenovadoras ou 2 
células que vão diferenciar-se. 
Nos estágios iniciais do desenvolvimento embrionário, as células-tronco, conhecidas como células-
tronco embrionárias ou células ES, são pluripotentes, ou seja, podem gerar todos os tecidos do 
corpo. As células-tronco pluripotenciais originam as células-tronco multipotentes, que possuem um 
potencial de desenvolvimento mais restrito e que produzem as células diferenciadas dos 3 
folhetos embrionários. 
CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS 
No início do desenvolvimento embrionário, a massa interna de células do blastocisto contém 
células-tronco pluripotentes conhecidas como células-tronco embrionárias (ES). As células isoladas 
do blastocisto podem ser mantidas em cultura como linhagens de células indiferenciadas ou ser 
induzidas a se diferenciar em linhagens específicas, como as células cardíacas e hepáticas. 
 
REPROGRAMAÇÃO DE CÉLULAS DIFERENCIADAS: CÉLULAS-TRONCO PLURIPOTENCIAIS INDUZIDAS 
As células diferenciadas de tecidos adultos podem ser reprogramadas para tornarem-se 
pluripotentes transferindo-se seus núcleos para um ovócito cujo núcleo foi retirado. As células 
reprogramadas, conhecidas como células iPS, são capazes de gerar células de origem 
endodérmica, mesodérmica e ectodérmica. 
 
CÉLULAS-TRONCO ADULTAS 
Encontram-se presentes em tecidos que se dividem continuamente, como a medula óssea, pele e 
revestimento do TGI. Podem, também, estar presentes em órgãos como o fígado, pâncreas e 
tecido adiposo, nos quais, normalmente, não produzem ativamente linhagens celulares 
diferenciadas. Na maioria dos tecidos, as células-tronco se dividem muito lentamente. A respeito 
de sua capacidade proliferativa, as células-tronco somáticas geram células que se dividem 
rapidamente, conhecidas como células amplificadoras transitórias. Essas células perdem a 
capacidade de autoperpetuação e dão origem a células com potencial de desenvolvimento restrito, 
conhecidas como células progenitoras. 
CÉLULAS-TRONCO NA HOMEOSTASIA TECIDUAL 
MEDULA ÓSSEA: contém células-tronco hematopoiéticas e células mesenquimais. 
CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS: geram todas as linhagens celulares do sangue, podem 
reconstituir a medula óssea após depleção causada por doença ou irradiação e são utilizadas para 
tratamento de doenças hematológicas. 
 
CÉLULAS MESENQUIMAIS DA MEDULA: são multipotentes, possuem aplicações terapêuticas 
importantes porque podem originar condrócitos, osteoblastos, adipócitos, mioblastos e 
precursores de células endoteliais, dependendo do tecido para o qual elas migram. Migram para 
tecidos lesados e dão origem a células do estroma ou outras linhagens celulares, mas parecem 
não participar da homeostasia normal do tecido. 
FÍGADO: contém células-tronco/progenitoras nos canais de Hering (junção entre o sistema de 
dúctulos biliares e hepatócitos do parênquima). As células localizadas nesse nicho podem originar 
uma população de células precursoras conhecidas como células ovais, as quais são progenitoras 
bipotenciais, capazes de se diferenciar em hepatócitos e células biliares. Em contraste às células-
tronco dos tecidos proliferativos, as células-tronco hepáticas funcionam como secundárias ou 
como compartimento de reserva ativado apenas quando a proliferação dos hepatócitos é 
bloqueada. A proliferação e diferenciação das células ovais são proeminentes em fígados de 
pacientes em recuperação de insuficiência hepática fulminante, na tumorigênese hepática e em 
alguns casos de hepatite crônica e cirrose hepática avançada. 
 
CÉREBRO: A neurogênese a partir de células-tronco neurais ocorre. Portanto, o dogma de que 
novos neurônios não são gerados no cérebro de adultos normais passou a ser incorreto. As NSC, 
capazes de originar neurônios, astrócitos e oligodendrócitos, têm sido identificadas em 2 áreas, a 
zona subventricular e o giro denteado do hipocampo. 
 
PELE: As células-tronco estão localizadas em 3 diferentes áreas da epiderme: no bulbo do folículo 
piloso, nas áreas interfoliculares da epiderme superficial e nas glândulas sebáceas. A epiderme 
possui uma alta taxa de renovação, em torno de 4 semanas. As células-tronco do bulbo 
contribuem para a reposição de células superficiais da epiderme após ferida, mas não durante a 
homeostasia normal. 
 
EPITÉLIO INTESTINAL: No intestino delgado, as criptas são estruturas monoclonais derivadas de 
células-tronco únicas: o vilo é um compartimento diferenciado que contém células de múltiplas 
criptas. 
MÚSCULOS ESQUELÉTICO E CARDÍACO: Os miócitos da musculatura esqueléticanão se dividem; o 
crescimento e a regeneração do músculo esquelético lesado ocorrem através de replicação das 
células-satélites. Essas células, localizadas abaixo da lâmina basal do miócito, constituem um pool de 
reserva de células-tronco que pode gerar miócitos diferenciados, após a lesão. 
 
CÓRNEA: A transparência da córnea depende da integridade do epitélio corneano, o qual é mantido 
pelas células-tronco do limbo, que se localizam na junção entre o epitélio da córnea e a conjuntiva. 
 
 
Definição – Conjunto de modificações pela qual passa uma célula, desde seu aparecimento até sua 
própria duplicação. Ele pode ser dividido em duas fases: a interfase e a mitose. 
 
É um período de crescimento para que, no final, a célula consiga se dividir em duas células 
geneticamente iguais. Ela pode ser subdividida em três fases: G1, S e G2. A fase G1 vem logo 
depois da mitose e nela ocorre a síntese de RNA e de proteínas, com o objetivo de recuperar o 
volume da célula que foi reduzido à metade no processo de mitose. Aqui, também ocorre o ponto 
de restrição, que impede a passagem de células com DNA danificado ou então que ainda não 
acumularam uma quantidade crítica de proteínas importantes para a continuação do ciclo. As 
células dos tecidos que não se renovam saem da fase G1 e entram na chamada fase G-zero.Em 
G0, a célula não está ativamente se preparando para dividir, está apenas desempenhando suas 
funções. Por exemplo, pode conduzir sinais como um neurônio. Já as células dos tecidos que se 
renovam saem da fase G1 e entram na fase S. Durante a fase S ocorre a síntese do DNA e a 
duplicação dos centrossomos e centríolos. Na fase G2 as células acumulam energia para ser usada 
durante a mitose e sintetizam tubulina para formar os microtúbulos do fuso mitótico. 
Cada fase do ciclo celular é dependente de ativação apropriada e finalização da fase anterior, e o 
ciclo se interrompe no local onde a função de um gene essencial é deficiente. Devido ao seu papel 
central na manutenção da homeostasia do tecido e na regulação dos processos de crescimento 
fisiológicos, como regeneração e reparo, o ciclo celular possui múltiplos controles e redundâncias, 
particularmente durante a transição entre as fases G1 e S. Esses controles incluem ativadores e 
inibidores, bem como sensores que são responsáveis pelos pontos de controle. 
As células podem entrar em G1 a partir de G0 ou após completarem a mitose. As células 
quiescentes devem, primeiramente, passar pela transição de G0 para G1, a 1ª etapa de decisão, 
que funciona como uma entrada para o ciclo celular. Essa transição envolve a ativação 
transcricional de um grande conjunto de genes, que inclui proto-oncogenes e genes necessários 
para a síntese de ribossomos e translação da proteína. 
CDK – Regulador do ciclo celular. As CDK adquirem atividade catalítica quando se ligam e formam 
complexos com as ciclinas. As CDK ativadas nesses complexos direcionam o ciclo celular através 
de fosforilação de proteínas que são críticas para as transições do ciclo celular. Uma dessas 
proteínas é a proteína de suscetibilidade ao retinoblastoma (RB), que normalmente impede as 
células de replicação, pela formação de um complexo inativo com o fator de transcrição E2F. A 
fosforilação da RB causa sua liberação, que ativa E2F e permite que o fator estimule a 
transcrição de genes cujos produtos conduzem as células através do ciclo celular. A atividade dos 
complexos CDK-ciclina é altamente regulada por inibidores de CDK. Alguns fatores de crescimento 
desligam a produção desses inibidores. 
 
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É um tipo de divisão celular, na qual, uma célula (chamada de célula mãe) da origem a duas células 
(chamadas de células filhas) geneticamente idênticas à célula que as gerou, com a finalidade de 
reparar tecidos lesados, substituir células mortas e possibilitar o crescimento. Entretanto, 
existem células que perderam a capacidade de realizar a mitose e, uma vez destruídas, os tecidos 
não se regeneram. São eles: tecido nervos, muscular estriado esquelético e cardíaco. Mas enfim, 
voltando à mitose... Embora isto seja um processo contínuo, para fins didáticos, ela é divida em 4 
fases: prófase, metáfase, anáfase e telófase (para memorizar: “pro-metoanatelefonar”). 
Durante a prófase, ocorrem essencialmente eventos focados em preparar a célula para a 
movimentação de cromossomos dentro dela. E quais são eles? (1) Início da condensação dos 
cromossomos, dessa forma, eles ficam mais curtos e compactos para, tanto facilitar o 
transporte, quanto proteger o DNA que está dentro deles. “Afinal, é mais fácil transportar um 
rolo de barbante solto ou enrolado?” Observação: nesse momento há uma redução da produção 
de proteínas, pois o DNA está inacessível e, portanto, fica difícil realizar a transcrição dos genes. 
É como se eu tentasse ler uma folha toda amassada, é mais difícil. (2) O nucléolo (que é formado 
por RNA ribossômico e responsável pela formação dos ribossomos) desaparece uma fez que não 
tem como produzir RNA ribossômicos já que o DNA está inacessível devido condensação dos 
cromossomos. (3) Começa a formação das fibras do fuso (estruturas formadas por micro-tubulos 
dos centrossomos) que servem como uma espécie de corda para “laçar” os cromossomos e 
traze-los (posteriormente) para a região equatorial (que nada mais é que o meio) da célula. (4) 
ocorre a desintegração da carioteca.Na metáfase, os cromossomos se dispõem no plano 
equatorial da célula. Cada cromossomo, cujo DNA já está duplicado, divide-se longitudinalmente em 
duas cromátides, que se prendem aos microtúbulos do fuso mitótico por meio do cinetócoro. Na 
anáfase, o centrômero de cada cromossomo duplicado divide-se longitudinalmente, separando as 
cromátides-irmãs. Assim que separam, as cromátides passam a ser chamadas de cromossomos-
irmãos, e são puxados para os polos opostos da célula, orientados pelas fibras do fuso. Quando os 
cromossomos-irmãos atingem os polos da célula, termina a anáfase. Assim, cada polo recebe o 
mesmo material cromossômico, uma vez que cada cromossomo-irmão possui a mesma informação 
genética. Na telófase, ocorre praticamente o inverso do que ocorreu na prófase. A carioteca se 
reorganiza, os cromossomos se descondensam, o cinetócoro e as fibras cimetocóricas 
desaparecem e o nucléolo se reorganiza (com a descondensação dos cromossomos inicia-se a 
síntese de RNA e consequentemente o núcleo reaparece). Então a célula se divide por meio de 
umum processo denominado citocinese, que se inicia na anáfase e termina após a telófase. A 
citocinese consiste no aparecimento de um anel que contém actina e miosina, abaixo da membrana 
celular, na zona equatorial da célula. A diminuição gradual do diâmetro desse anel acaba dividindo o 
citoplasma em duas partes iguais, cada uma com um núcleo novo, originando as duas células-filhas. 
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• GENES SUPRESSORES DE TUMOR: inibem a proliferação celular. Ex: Tp53 induz a parada 
do ciclo 
• PROTO-ONCOGENES: envolvidos em 4 reguladoresbásicos do crescimento normal da 
célula (fatores de crescimento, receptores dos fatores de crescimento, moléculas 
transdutoras de sinal e fatores de transcrição nuclear). Quando uma mutação ocorre em 
um proto-oncogene este pode transformar em oncogene, um gene que codificam 
proteínas que promovem multiplicação desordenada das células. 
• GENE DE REPARO DO DNA: Essas 3 classes de genes sintetizam proteínas que participam 
da regulação do ciclo celular. As mutações podem ocorrer em qualquer um desses genes, 
o acúmulo destas mutações em uma linhagem celular pode resultarem desregulação 
progressiva do crescimento, finalmente produzindo uma célula tumoral. 
Fatores de crescimento: 
 
 
A comunicação entre células pode ocorrer tanto por contato direto, quanto por intermédio de 
moléculas de sinalização. 
JUNÇÕES COMUNICANTES – Permitem a passagem direta de moléculas pequenas. 
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MOLÉCULAS DE ADERÊNCIA – São glicoproteínas transmembrana, exemplos: integrinas, 
caderinas, selectinas, imunoglobulinas... Que permite a entrada de moléculas. 
ENDÓCRINA – Tipo de comunicação – entre células distantes – que ocorre através de sinais 
químicos (hormônios) que caem na corrente sanguínea e seguem para a célula alvo. 
JUSTÁCRINA – Tipo de comunicação – entre células vizinhas – na qual uma célula possui uma 
molécula de aderência na sua superfície e a outra também, possibilitando transmissão de sinal. 
PARÁCRINA – Tipo de comunicação – entre células vizinhas – que não utiliza a circulação. 
Exemplo: a comunicação entre as células endoteliais e as células da musculatura lisa, por meio do 
óxido nítrico. 
NEURÓCRINA – Tipo de comunicação – entre células vizinhas – que ocorre através de sinapses e 
são específicas para células nervosas com outra células nervosas, ou para células nervosas com 
uma célula muscular. 
AUTÓCRINA – Tipo de comunicação na qual uma célula exterioriza um sinal, mas tem receptores 
pra eles e por isso recebe-o de volta. 
INTÁCRINA – Tipo de comunicação que atua dentro da própria célula, ou seja, sem a 
exteriorização de um sinal, pois a mesma possui um receptor intracelular para tal. 
Diferenciação e especialização: 
• Pluripotentes, Unipotentes, Multipotentes e Totipotentes... 
 
Vias bioquímicas e a regulação transcricional que modulam a atividade do fator de crescimento. 
Sinalização autócrina: As células respondem às moléculas de sinalização que elas próprias 
secretam, formando uma alça autócrina. A regulação autócrina do crescimento desempenha um 
papel na regeneração hepática e na proliferação de linfócitos estimulados por antígenos. As 
células tumorais frequentemente produzem quantidades excessivas de fatores de crescimento e 
seus receptores, estimulando, sua própria proliferação através da alça autócrina. 
Sinalização parácrina: produz o ligante que age em células-alvo adjacentes que expõe o receptor 
apropriado. As células reagentes estão em proximidade à célula produtora do ligante e geralmente 
são de tipo diferente. Ela é comum no reparo de feridas de tecido conjuntivo, em que um 
macrófago exerce seu efeito de crescimento sobre um fibroblasto. A sinalização parácrina é 
necessária também para a replicação do hepatócito durante a regeneração hepática e para os 
efeitos Notch no desenvolvimento embrionário, na cura de feridas e na renovação de tecidos. 
Sinalização endócrina: Os hormônios sintetizados por células de órgãos endócrinos atuam sobre 
células-alvo distantes de seu local de síntese, que são transportados pelo sangue. Os fatores de 
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crescimento podem, também, circular e atuar em locais distantes, como no caso do HGF. Várias 
citocinas, como as associadas aos aspectos sistêmicos da inflamação, atuam também como 
agentes endócrinos. 
Receptores e Vias de Transdução de Sinal 
A adesão de um ligante ao seu receptor desencadeia uma série de eventos pelos quais os sinais 
extracelulares são transduzidos na célula, resultando em alterações na expressão do gene. Os 
receptores geralmente estão localizados na superfície da célula-alvo, mas podem ser encontrados 
também no citoplasma ou no núcleo. 
• Receptores com atividade intrínseca de tirosina-cinase: incluem a maioria dos fatores de 
crescimento, como EGF, TGF-α, HGF, PDGF, VEGF, FGF, o ligante c-KIT e a insulina. 
• Receptores sem atividade intrínseca de tirosina-cinase que recrutam cinases: Os ligantes 
para esses receptores incluem muitas citocinas, como IL-2, IL-3 e outras interleucinas; os 
IFN-α, -β e -γ; a eritropoietina; o fator estimulador de colônia de granulócitos; o hormônio 
do crescimento e a prolactina. 
• Receptores acoplados à proteína G: Transmitem sinais para dentro da célula através de 
proteínas triméricas de ligação ao GTP (proteínas G). 
• Receptores de hormônios esteroides: ligantes que se ligam a membros dessa família de 
receptores incluem os hormônios esteroides, hormônios da tireoide, a vitamina D e os 
retinoides. 
 
Fatores de Transcrição 
Os fatores de transcrição exibem uma estrutura modular e contém domínios para ligação do DNA 
e para regulação transcricional. O domínio de ligação do DNA permite a ligação do fator a motivos 
de DNA de sequência curta, que pode ser única para um determinado gene-alvo ou pode estar 
presente em muitos genes. O domínio de transativação estimula a transcrição de um gene 
adjacente. Dentre os fatores de transcrição que regulam a proliferação celular estão os produtos 
de vários genes promotores de crescimento, como o c-MYC e c-JUN e genes que inibem o ciclo 
celular, como o p53. 
Quais os fatores determinantes para a morte celular ou adaptação celular 
Porém, se os limites da resposta adaptativa forem ultrapassados ocorre uma sequência de 
eventos chamada lesão celular. A lesão celular é reversível até um certo ponto, mas se o estímulo 
persistir ou for intenso o suficiente desde o início, a célula sofre lesão irreversível e,finalmente, 
morte celular. 
 
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Nos estágios iniciais ou nas formas leves de lesão, embora ocorram anomalias morfológicas e 
funcionais significativas, se o estímulo nocivo for removido às células retornam à sua normalidade. 
As duas principais características morfológicas da lesão celular reversível são a tumefação celular 
e a degeneração gordurosa. 
Tumefação celular – É a primeira manifestação de quase todas as formas de lesão celular e é 
resultado da falência das bombas de íons dependentes de energia na membrana plasmática, 
levando a uma incapacidade de manter a homeostasia iônica e líquida. Quando afeta muitas células 
em um órgão, causa alguma palidez (resultante da compressão dos capilares), aumento 
doturgor(distensão) e aumento dopeso do órgão. 
Degeneração gordurosa – Manifesta-se pelo surgimento de vacúolos lipídicos, grandes ou 
pequenos, no citoplasma. Ela é encontrada principalmente em células que participam do 
metabolismo da gordura, exemplo: hepatócitos. 
ALTERAÇÕES ULTRAESTRUTURAIS: 
• Alterações da membrana plasmática: formação de bolhas, apagamento e perda das 
microvilosidades. 
• Alterações mitocondriais: tumefação e o aparecimento de pequenas densidades amorfas. 
• Dilatação do retículo endoplasmático: desprendimento dos polissomas; figuras de mielina 
intracitoplasmáticas podem estar presentes. 
• Alterações nucleares: desagregação dos elementos granulares e fibrilares. 
Quando o dano persiste e a célula não apresenta mais meios de se recuperar e morre. Existem 2 
principais tipos de morte celular, a necrose e a apoptose. 
TIPOS DE LESÕES IRREVERSÍVEIS: acometem o núcleo celular, que de forma indireta, interfere na 
maquinaria biológica da célula. 
• Picnose celular: condensação generalizadado núcleo, que passa a apresentar um aspecto 
puntiforme. Além do encolhimento do núcleo, percebe-se um aumento da basofilia da 
cromatina. 
• Cariorréxis: fragmentação do núcleo e do material genético por ele abrigado. 
• Cariólise: dissolução do material genético, fazendo com que o núcleo apresente um 
aspecto pálido. É caracterizada por uma diminuição da basofilia da cromatina, alteração 
que possivelmente reflete a atividade da DNAse. 
Existem 2 tipos de morte celular, a necrose e a apoptose, quanto a necrose é sempre um 
processo patológico, a apoptose ocorre em várias funções normais e não está necessariamente 
associada à lesão celular. 
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NECROSE: ocorre quando o dano às membranas é muito severo, fazendo com que as enzimas 
lipossômicas entrem no citoplasma e digerem a célula e os componentes celulares extravasem. As 
enzimas que digerem a célula necrótica são derivadas dos lisossomos das próprias células que 
estão morrendo ou dos lisossomos dos leucócitos que são recrutados como parte da reação 
inflamatória. 
TIPOS: 
NECROSE DE COAGULAÇÃO: é a forma de necrose tecidual na qual a forma básica dos tecidos 
mortos é preservada, por pelo menos alguns dias. Os tecidos afetados exibem uma textura firme. 
A lesão não desnatura apenas as proteínas estruturais, mas também as enzimas, bloqueando a 
proteólise das células mortas; como resultado, células anucleadas e eosinofílicas persistem por dias 
ou semanas. Depois, as células necróticas são removidas por fagocitose dos restos celulares, 
através da infiltração de leucócitos e pela digestão das células mortas através da ação das 
enzimas lisossômicas dos leucócitos. A isquemia causada por obstrução em um vaso que supre um 
tecido pode levar à necrose de coagulação, exceto no cérebro. Uma área localizada de necrose de 
coagulação é chamada de infarto. Esse tipo de necrose é característica geral dos tecidos quando 
morrem por hipóxia, exceto as células que compõem o tecido nervoso. 
No IAM, as células acidófilas, coaguladas, sem núcleo podem persistir por semanas. Depois essas 
células do miocárdio que estão necrosadas são removidas por fragmentação e fagocitose dos 
restos celulares por leucócitos removedores e pela ação de enzimas lisossômicas proteolíticas 
trazidas pelos leucócitos que migram para a região. 
NECROSE LIQUEFATIVA: caracterizada pela digestão das células mortas, resultando na 
transformação do tecido em uma massa viscosa líquida. Acontece em infecções bacterianas 
focais ou fúngicas, porque os micróbios estimulam o acúmulo de leucócitos e liberação de enzimas 
dessas células. O pus é amarelo cremoso devido à presença de leucócitos mortos. Ex: Abcessos 
cheios de secreção purulenta 
NECROSE GANGRENOSA: quando um membro perde seu suprimento sanguíneo (isquemia) e acaba 
sofrendo necrose. Tem um odor forte e característico por que na região necrosada se 
desenvolvem bactérias Clostridium perfringens. Existem 2 tipos: gangrena úmida quando ocorre 
necrose de coagulação que é modificada pela ação de liquefação das bactérias e os leucócitos que 
são atraídos para a região e a gangrena seca ocorre quando há predomínio de fenômenos 
coagulativos. 
NECROSE CASEOSA: é encontrada mais frequentemente em focos de infecção tuberculosa. O 
termo “caseoso” (semelhante a queijo) é derivado da aparência esbranquiçada da área de necrose. 
Quando se faz o exame microscópico, a área necrótica mostra uma coleção de células rompidas 
ou fragmentadas e restos granulares amorfos encerrados dentro de uma borda inflamatória 
nítida; essa aparência é característica de um foco de inflamação conhecido como granuloma. 
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NECROSE GORDUROSA: são áreas de destruição de gordura que ocorre como resultado da 
liberação de lipases pancreáticas ativadas no parênquima pancreático e na cavidade peritoneal. 
Esse extravasamento faz com que enzimas pancreáticas ativadas quebrem as membranas dos 
adipócitos e os ésteres de triglicerídeos dentro da célula. Os ácidos graxos liberados se combinam 
com o cálcio e produzem áreas brancas visíveis (saponização). Ex: Pancreatite aguda 
NECROSE FIBRINOIDE: geralmente é observada nas reações imunes que envolvem os vasos 
sanguíneos. Esse padrão de necrose ocorre tipicamente quando complexos de antígenos e 
anticorpos são depositados nas paredes das artérias. Os depósitos desses “imunocomplexos”, em 
combinação com a fibrina que tenha extravasado dos vasos, resultam em uma aparência amorfa 
e róseo-brilhante, pela coloração de H&E, conhecida pelos patologistas como “fibrinoide”. 
A resposta celular ao estímulo nocivo depende do tipo de lesão, sua duração e sua gravidade. 
Pequenas doses de uma toxina química ou breves períodos de isquemia podem induzir lesão celular 
reversível, enquanto altas doses da mesma toxina ou uma isquemia mais prolongada resultam em 
morte celular instantânea ou em lenta lesão celular irreversível, levando, com o tempo, à morte 
celular. 
As consequências da lesão celular dependem do tipo, estado e adaptabilidade da célula lesada. O 
estado nutricional e hormonal celular e suas necessidades metabólicas são importantes na sua 
resposta à lesão. O quão vulnerável uma célula é, por exemplo, à perda de suprimento sanguíneo e 
hipoxia? Quando a célula do músculo estriado esquelético da perna está privada de seu suprimento 
sanguíneo, ela pode ser colocada em repouso e preservada; o mesmo não ocorre com o músculo 
estriado do coração. A exposição de 2 indivíduos a concentrações idênticas de uma toxina, como o 
tetracloreto de carbono (CCl4), pode ser inofensiva em um e produzir morte celular no outro. Isto 
pode ser devido às variações genéticas que afetam a quantidade e a atividade das enzimas 
hepáticas que convertem o CCl4 a subprodutos tóxicos. Com o mapeamento completo do genoma 
humano, há um grande interesse na identificação dos polimorfismos genéticos que influenciam as 
respostas dos diferentes indivíduos a agentes nocivos. 
A lesão celular é resultante de diferentes mecanismos bioquímicos que agem em vários 
componentes celulares essenciais. Os componentes celulares que mais frequentemente são 
lesados por estímulos nocivos incluem as mitocôndrias, as membranas celulares, a maquinaria de 
síntese e empacotamento de proteínas e o DNA do núcleo. 
Qualquer estímulo nocivo pode, simultaneamente, iniciar múltiplos mecanismos interconectados que 
lesam as células. Esta é uma razão pela qual é difícil relacionar a lesão celular em uma 
determinada situação a um único ou mesmo a um desarranjo bioquímico dominante. 
 
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Com a persistência do estímulo, a lesão torna-se irreversível, mesmo que você suspenda o 
estímulo agressivo, e com o tempo a célula não pode se recuperar e morre. Essa morte, por sua 
vez, pode ser por apoptose ou necrose. 
1. APOPTOSE – É o tipo de morte celular induzida por um programa de suicídio finamente 
regulado, através de uma cascata de reações internas, no qual as células destinadas a 
morrer ativam enzimas que degradam seu próprio DNA e suas proteínas nucleares e 
citoplasmáticas. Então, elas se encolhem, se condensam, e se quebram em fragmentos, 
chamados corpos apoptóticos, que contêm porções do citoplasma e núcleo, porém com a 
membrana plasmática íntegra (o que não faz gerar uma resposta inflamatória. Ainda bem, 
ne?). Então, estes fragmentos são fagocitados. Resumindo: aqui ocorre fragmentação e 
fagocitose. Este processo pode ser tanto fisiológico, quanto patológico. Exemplos gerais: 
quando há dano ao DNA celular, quando as células já cumpriram sua função (exemplo: 
neutrófilos em uma resposta inflamatória aguda), quando a célula foi infectada por um vírus, 
quando surgem linfócitos auto reativos com potencial nocivo e quando a célula é privada de um 
hormônio (exemplo: regressão da mama da lactação após o desmame). 
• Destruição programada de células durante a embriogênese, que inclui implantação, 
organogênese, involução do desenvolvimento e metamorfose. 
• Involução de tecidos hormônios-dependentes sob privação de hormônio tal como a célula 
endometrial que se desprende durante o ciclo menstrual, a atresia folicular durante a 
menopausa, a regressão da mama lactante após o desmame e a atrofia prostática após 
castração. 
• Perda celular em populações celulares proliferativas, como os linfócitos imaturos na 
medula óssea e no timo que não expressam os receptores antigênicos utilizáveis, 
linfócitos B nos centros germinativos, e o epitélio de cripta intestinal, mantendo, assim, 
uma homeostasia. 
• Eliminação de linfócitos autorreativos potencialmente nocivos, antes ou depois de eles 
terem completado sua maturação, para impedir reações contra os tecidos da própria 
pessoa. 
• Morte de células que já tenham cumprido seu papel, como os neutrófilos na resposta 
inflamatória aguda e os linfócitos no término da resposta imune. Sofrem apoptose porque 
estão privadas dos sinais de sobrevivência necessários, como fatores de crescimento. 
 
• Lesão de DNA. A radiação, as drogas citotóxicas anticâncer e a hipoxia, podem lesar o 
DNA diretamente ou através da produção de radicais livres. Se os mecanismos de reparo 
não podem competir com a lesão, a célula dispara mecanismos intrínsecos que induzem a 
apoptose. Esses estímulos nocivos causam apoptose se o insulto for leve, mas doses 
maiores do mesmo estímulo resultam em morte celular por necrose. 
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• Acúmulo de proteínas anormalmente dobradas. As proteínas impropriamente dobradas 
podem surgir de mutações nos genes que codificam estas proteínas ou devido a fatores 
extrínsecos, como a lesão causada por radicais livres. O acúmulo excessivo dessas 
proteínas no RE leva a uma condição conhecida como estresse do RE, que culmina em 
morte apoptótica das células. É a base de várias doenças degenerativas do sistema 
nervoso central e de outros órgãos. 
• Morte celular em certas infecções, particularmente as infecções virais, nas quais a 
perda de células infectadas é devida em grande parte à apoptose que pode ser induzida 
pelo vírus (como nas infecções por adenovírus e vírus da imunodeficiência humana) ou 
pela resposta imune do hospedeiro (como na hepatite viral). Uma resposta importante do 
hospedeiro aos vírus consiste em linfócitos T citotóxicos específicos para as proteínas 
virais, que induzem apoptose das células infectadas na tentativa de eliminar os 
reservatórios de infecção; responsável também pela morte celular em tumores e na 
rejeição celular aos transplantes. 
• Atrofia patológica no parênquima de órgãos após obstrução de ducto, como ocorre no 
pâncreas, na parótida e no rim. 
Ativação das Caspases: Uma característica específica da apoptose é a ativação de vários 
membros de uma família de cisteína proteases denominados caspases. O porque do nome é que o 
“c” se refere à cisteína protease ( i.e., uma enzima com cisteína no seu sítio ativo) e “aspase” se 
refere à habilidade dessas enzimas em clivar, depois, os resíduos de ácido aspártico. Ela é dividida 
em dois grupos: desencadeador e executor, dependendo da ordem na qual são ativados durante a 
apoptose. Elas existem como pró-enzimas inativas ou zimogênios, e devem sofrer clivagem 
enzimática para ficarem ativas. A presença de caspases ativas, constitui um marcador para 
células que estão sofrendo apoptose. 
• Caspases desencadeadoras: caspase-8 e caspase-9. 
• Caspases executoras: caspase-3 e caspase-6. 
Quebra do DNA e Proteína. As células apoptóticas exibem quebras do DNA em grandes 
fragmentos de 50 a 300 quilobases. Depois disso, há clivagem do DNA por endonucleases 
dependentes de Ca2+ e Mg2+ em fragmentos que são múltiplos de 180 a 200 pares de bases, 
refletindo clivagem entre subunidades nucleossômicas. A atividade de endonuclease também forma 
a base para a detecção de morte celular por técnicas citoquímicas que reconhecem as quebras 
do duplo filamento de DNA. 
Alterações da Membrana e Reconhecimento pelos Fagócitos. A membrana plasmática das células 
apoptóticas se altera em vias que promovem o reconhecimento de células mortas pelos fagócitos. 
Uma dessas alterações é o movimento de alguns fosfolipídios (fosfatidilserina) do folheto interno 
para o folheto externo da membrana, onde são reconhecidos por um número de receptores nos 
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fagócitos. Esses lipídios são também detectáveis pela ligação de uma proteína chamada anexina V; 
a coloração para anexina V é usada comumente para identificar células apoptóticas. 
Todas as células contêm mecanismos intrínsecos que sinalizam morte ou sobrevivência, e a 
apoptose resulta de um desequilíbrio nesses sinais. Um dos fatos notáveis é que os mecanismos 
básicos da apoptose – os genes e proteínas que controlam o processo e a sequência de eventos 
– são conservados em todos os organismos multicelulares. De fato, algumas das principais 
descobertas surgiram das observações feitas no nematódeo Caenorhabditis elegans, cujo 
desenvolvimento segue um padrão programado a altamente reproduzível de crescimento celular 
sucedido por morte celular. Estudos dos vermes mutantes permitiram a identificação de genes 
específicos (genes ced) que iniciam ou inibem a apoptose e para os quais há homólogos mamíferos 
definidos. 
O processo de apoptose pode ser dividido em fase de iniciação, que algumas caspases se tornam 
cataliticamente ativas, e fase de execução, que outras caspases iniciam a degradação de 
componentes celulares críticos. O início da apoptose ocorre principalmente por sinais originados de 
2 vias distintas: a via intrínseca ou mitocondrial, e a via extrínseca ou morte iniciada por receptor. 
Essas vias são induzidas por diferentes estímulos e envolvem grupos diferentes de proteínas, 
embora haja entre elas alguma interconexão. As 2 vias convergem para a ativação das caspases, 
que são os mediadores reais da morte celular. 
É o principal mecanismo da apoptose em todas as células mamíferas. Essa via de apoptose é o 
resultado do aumento de permeabilidade mitocondrial e liberação de moléculas pró-apoptóticas 
(indutoras de morte) dentro do citoplasma. As mitocôndrias são organelas notáveis por conterem 
proteínas como o citocromo c, essenciais para a vida,mas algumas dessas proteínas, quando 
liberadas dentro do citoplasma (uma indicação de que a célula não está saudável), iniciam o 
programa de suicídio da apoptose. A liberação dessas proteínas mitocondriais é controlada por 
equilíbrio finamente orquestrado entre membros pró e antiapoptóticos da família Bcl de proteínas. 
Fatores de crescimento e outros sinais de sobrevivência estimulam a produção de proteínas 
antiapoptóticas, principalmente Bcl-2, Bcl-x e Mcl-1. Essas proteínas residem normalmente no 
citoplasma e nas membranas mitocondriais, onde controlam a permeabilidade mitocondrial e 
impedem o extravasamento de proteínas mitocondriais que possuam capacidade de disparar a 
morte celular. Quando as células são privadas de sinais de sobrevivência ou seu DNA é lesado, ou 
proteínas anormalmente dobradas induzem ao estresse do RE, os sensores de lesão ou estresse 
são ativados. Os sensores ativam 2 efetores críticos (pró-apoptóticos), Bax e Bak, que formam 
oligômeros que se inserem na membrana mitocondrial e criam canais permitindo que as proteínas 
da membrana mitocondrial interna extravasem para o citoplasma. As proteínas apenas BH3 
podem também se ligar a Bcl-2 e Bcl-x e bloquear suas funções, declinando, ao mesmo tempo, a 
síntese de ambas. O resultado final da ativação Bax-Bak, em conjunto com a perda das funções 
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protetoras dos membros antiapoptóticos da família Bcl, é a liberação para o citoplasma de várias 
proteínas mitocondriais que podem ativar a cascata de caspases. 
Uma dessas proteínas é o citocromo c, conhecido pelo seu papel na respiração mitocondrial. Uma 
vez liberado no citosol, o citocromo c liga-se a uma proteína chamada Apaf-1 (fator-1 de ativação 
de apoptose), que forma um hexâmero semelhante a uma roda e que tem sido chamado de 
apoptossoma. Esse complexo é capaz de se ligar à caspase-9, a caspase desencadeante crítica 
da via mitocondrial, e a enzima cliva moléculas adjacentes de caspase-9, iniciando, assim, um 
processo de autoamplificação. Outras proteínas mitocondriais (Smac/DIABLO) entram no 
citoplasma, onde se ligam e neutralizam as proteínas citoplasmáticas que funcionam como 
inibidores fisiológicos da apoptose (denominadas IAPs), cuja função normal é bloquear a ativação 
das caspases, incluindo executoras como a caspase-3, e manter as células vivas. Portanto, a 
neutralização dessas IAPs permite o início da cascata de caspases. 
Existe alguma evidência de que a via intrínseca da apoptose pode ser disparada sem um papel da 
mitocôndria. A apoptose pode ser iniciada pela ativação da cascata de caspases da mitocôndria e 
o aumento subsequente da permeabilidade mitocondrial e liberação de moléculas pró-apoptóticas 
funcionam por amplificar o sinal de morte. 
Esta via é iniciada pelo envolvimento dos receptores de morte da membrana plasmática em uma 
variedade de células. Os receptores de morte são membros da família do receptor TNF que 
contêm um domínio citoplasmático envolvido nas interações proteína-proteína, chamado de domínio 
de morte porque ele é essencial para a entrega de sinais apoptóticos. 
Os receptores de morte mais bem conhecidos são o receptor TNF tipo 1 (TNFR1) e uma proteína 
relacionada denominada Fas (CD95). O ligante para Fas é chamado de FasL, que é expressado nas 
células T que reconhecem antígenos próprios (e agem eliminando os linfócitos autorreativos) e 
alguns linfócitos T citotóxicos (que eliminam células tumorais e infectadas por vírus). Quando o 
FasL se liga ao Fas, 3 ou + moléculas de Fas se reúnem e seus domínios de morte citoplasmáticos 
formam um sítio de ligação para uma proteína adaptadora que também contém um domínio de 
morte e é denominada FADD que é aderida aos receptores de morte e liga-se a uma forma 
inativa da caspase-10 novamente através de um domínio de morte. Múltiplas moléculas de pró-
caspase-10 são então trazidas para a proximidade e se clivam entre si para gerar caspase-10 
ativa. A enzima então inicia a cascata de ativação de caspases através de clivagem, ativando, 
desse modo, outras pró-caspases; as enzimas ativas medeiam a fase de execução da apoptose. 
Essa via de apoptose pode ser iniciada por uma proteína chamada FLIP, que se liga à pró-caspase 
10, mas que não pode clivar e ativar a caspase porque é desprovida de domínio protease. Alguns 
vírus e células normais produzem FLIP e usam este inibidor para se protegerem da apoptose 
mediada por Fas. 
 
 
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As 2 vias de iniciação convergem para uma cascata de ativação de caspases que modulam a fase 
final da apoptose. A via mitocondrial leva à ativação de caspase-9 desencadeante e a via de 
receptor de morte, às caspases 8 e 10 desencadeantes. Depois que uma caspase desencadeante 
é clivada para gerar sua forma ativa, o programa enzimático de morte é posto em movimento 
por ativação rápida e sequencial das caspases executoras que atuam em muitos componentes 
celulares. Por exemplo, uma vez ativadas, essas caspases clivam um inibidor de uma DNase 
citoplasmática, tornando-a enzimaticamente ativa; esta enzima induz a clivagem típica do DNA em 
fragmentos do tamanho de nucleossomas. As caspases também degradam os componentes 
estruturais da matriz nuclear, promovendo, assim, a fragmentação do núcleo. 
A formação de corpos apoptóticos quebra as células em fragmentos “minúsculos” que são 
comestíveis para os fagócitos. As células apoptóticas e seus fragmentos sofrem também várias 
alterações em suas membranas que promovem ativamente sua fagocitose de tal modo que são 
removidos antes de sofrer necrose e liberar seus conteúdos (inflamação lesiva). Em células 
saudáveis, a fosfatidilserina está presente no folheto interno da membrana plasmática, mas nas 
células apoptóticas este fosfolipídio move-se para fora e é expresso na camada externa da 
membrana, onde é reconhecido por vários receptores dos macrófagos. As células que estão 
morrendo por apoptose secretam fatores solúveis que recrutam os fagócitos. Alguns corpos 
apoptóticos expressam trombospondina, uma glicoproteína adesiva que é reconhecida pelos 
fagócito, e os próprios macrófagos podem produzir proteínas que se ligam às células apoptóticas 
e direcionam, assim, as células mortas para o engolfamento. Os corpos apoptóticos podem 
também ser revestidos por anticorpos naturais e proteínas do sistema complemento (C1q), que 
são reconhecidos pelos fagócitos. Portanto, numerosos receptores nos fagócitos e ligantes 
induzidos nas células apoptóticas estão envolvidos na ligação e engolfamento dessas células. Esse 
processo de fagocitose das células apoptóticas é tão eficiente que as células mortas 
desaparecem, dentro de minutos, sem deixar traços, e a inflamação é ausente mesmo em face 
da extensa apoptose. 
 NECROSE APOPTOSE 
ESTÍMULO Sempre patológico Fisiológico OU patológico 
CÉLULAS ENVOLVIDAS Váaarias! Individuais 
REAÇÃO INFLAMATÓRIA Sim Não 
LESÃO TECIDUAL Sim Não 
 
Estímulos agressivos podem ocasionar adaptação, lesão ou morte celular. Esse processo pode ser 
gradual, como também pode ir direto para morte celular, isso depende da capacidade da célula em 
se adaptar que, por sua vez, depende do grau de diferenciação celular, de qual é o estímulo, da 
intensidade e duração do mesmo. Ta, mas quais são eles? 
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PRIVAÇÃO DE OXIGÊNIO – Devido hipóxia (baixa concentração de oxigênio), isquemia (redução do 
fluxo sanguíneo), pneumonia (redução da capacidade do sangue em transportar oxigênio), anemia, 
envenenamento por monóxido de carbono (CO)... 
 
AGENTES QUÍMICOS – Como poluentes do ar, inseticidas, álcool e drogas terapêuticas. Mesmo 
substâncias como glicose e sal em excesso podem perturbar o ambiente osmótico. 
AGENTES FÍSICOS – O trauma, os extremos de temperatura, a radiação, o choque elétrico e as 
alterações bruscas na pressão atmosférica exercem profundos efeitos nas células. 
MICRORGANISMOS E PARASITAS – Como bactérias, vírus, fungos e helmintos. 
REAÇÕES IMUNOLÓGICAS – Doenças autoimunes e reações alérgicas. 
FATORES GENÉTICOS – As anomalias genéticas resultam em alterações patológicas. 
DESEQUILIBRIOS NUTRICIONAIS – Tanto as deficiências (proteico-calóricas e de vitaminas), quanto 
o excesso (colesterol e açúcar). 
ENVELHECIMENTO – A senescência celular leva a alterações nas habilidades replicativas e de 
reparo das células e tecidos. Essas alterações levam à diminuição da capacidade de responder ao 
dano e, finalmente, à morte das células e do organismo. 
EXEMPLOS DE MECANISMOS DE LESÃO: 
1. Um indivíduo que escala o Everest está sob efeito da rarefação do ar. O ar rarefeito gera 
hipóxia cerebral. Pouco oxigênio diminui a fosforilação oxidativa, que diminui a produção de ATP, 
que para o funcionamento da bomba de sódio e potássio. Isso gera uma desregulação 
hidroeletrolítica que faz com que haja acúmulo de sódio, e consequentemente de água, no 
neurônio, gerando tumefação e, por consequência, edema cerebral. O edema cerebral 
comprime o centro respiratório e o individuo morre. 
 
2. Se um indivíduo consome muita bebida alcoólica, o álcool, como estímulo agressivo, faz com que 
haja acúmulo de gordura nas células do fígado, está é a esteatose hepática, uma lesão 
reversível e que, por isso, se o estímulo for suspendido, a célula voltará ao normal. Porém, se 
o estímulo não for suspendido, o paciente faz cirrose hepática que, por sua vez, é uma lesão 
irreversível, ou seja, mesmo suspendendo o estímulo, as células não voltarão ao normal. 
 
3. Se uma aterosclerose obstruir a artéria coronária, o oxigênio não conseguirá chegar ao 
miocárdio (hipóxia). Sem oxigênio a mitocôndria para de funcionar e, dessa forma, não ocorre 
mais a fosforilação oxidativa. Sem fosforilação oxidativa não há produção de ATP. Sem 
produção de ATP, a bomba de sódio e potássio deixa de funcionar. Isso faz com que haja 
acumulo intracelular de sódio, cálcio e água. Essa desregulação hidroeletrolítica vai deixar a 
célula tumefeita (inchada). Até aqui a lesão é reversível. Porém, esse acúmulo de água acabará 
rompendo a membrana celular e, a partir daqui, a lesão torna-se irreversível. Enfim, o 
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rompimento da membrana vai fazer com que enzimas sejam extravasadas para a corrente 
sanguínea, tanto que, para saber se o paciente realmente teve um infarto, você dosa a 
concentração sanguínea delas. Provavelmente esse processo vai cair na prova! 
 
 
Além disso, o corpo passa a produzir ATP da glicogenólise e a glicogenólise é péssima, porque 
apesar de gerar energia, ela gera muito resíduo acido que reduz o pH intracelular. Essa acidez 
desnatura as proteínas, inativando as enzimas, desintegra os ribossomos, etc... Além disso ela 
passa a acumular lipídio intracelular. 
 
 
DEFINIÇÃO – São alterações reversíveis em resposta a alterações no seu ambiente, devido 
estímulos agressivos, que permite que a célula sobreviva e continue a funcionar. Dessa forma, 
quando o estímulo é eliminado, a célula consegue retornar a seu estado original, sem ter sofrido 
uma consequência danosa. 
 
Então quais são os tipos de adaptações que uma célula pode sofrer? 
 
HIPERTROFIA – É o aumento – fisiológico ou patológico – do tamanho das células (e 
consequentemente do órgão) através do aumento de produção de proteínas celulares, devido 
aumento (1) da demanda funcional, como um miócito em resposta ao aumento do fluxo sanguíneo 
(2) de estímulos hormonais, como o crescimento do útero durante a gravidez ou (3) de fatores de 
crescimento. Pode ser induzidos por ações conjuntas de sensores mecânicos (que são iniciadas 
por aumento da carga de trabalho), fatores de crescimento (TGF-, IGF-1 e fator de crescimento 
fibroblástico) e agentes vasoativos (agonistas α-adrenérgicos, endotelina-1, e angiotensina II). Os 
próprios sensores mecânicos induzem a produção de fatores de crescimento e agonistas. Esses 
estímulos atuam coordenadamente para aumentar a síntese de proteínas musculares que são 
responsáveis pela hipertrofia. As 2 principais vias bioquímicas são a via do fosfoinositídio 3-
cinase/Akt (+ importante na hipertrofia fisiológica induzida por exercício) e a via de sinalização em 
cascata da proteína G ligada a receptores (induzida por fatores de crescimento e agentes 
vasoativos e considerada como + importante na hipertrofia patológica). Pode também estar 
associada com uma mudança das proteínas contráteis adultas para uma forma fetal ou neonatal. 
Por exemplo, durante a hipertrofia muscular, a isoforma α da cadeia pesada da miosina é 
substituída pela isoforma β, que possui uma contração mais lenta e energeticamente mais 
econômica. Além disso, alguns genes que são expressos apenas durante o desenvolvimento inicial 
são reexpressados em células hipertróficas e os produtos desses genes participam na resposta 
celular ao estresse. 
 
HIPERPLASIA – É o aumento – fisiológico ou patológico – no número de células (e 
consequentemente do órgão). Uma característica importante é que ela só ocorre em células que 
possuem a capacidade de se dividir. A hiperplasia fisiológica pode ser dividida em: (1) hiperplasia 
hormonal, que aumenta a capacidade funcional de um tecido, quando necessário, exemplo: a 
proliferação do epitélio glandular da mama feminina na puberdade e na gravidez e (2) hiperplasia 
compensatória, que aumenta a massa de tecido após lesão ou ressecção parcial, exemplo: quando 
uma parte do fígado é removido cirurgicamente, a atividade mitótica das células restantes inicia-
se a restauração do seu peso normal. Já a hiperplasia patológica ocorre quando há estimulação 
excessiva de hormônios ou de fatores do crescimento, exemplo: após um período menstrual 
normal, há aumento da proliferação do epitélio uterino que é regulada pela estimulação dos 
hormônios. Entretanto, se ocorre descompensação hormonal o endométrio sofre hiperplasia, 
causando sangramento menstrual anormal. Observação 1. Em todas essas situações, o processo 
hiperplásico permanece controlado, se os sinais que a iniciam cessam, a hiperplasia desaparece. É 
essa sensibilidade aos mecanismos de controle de regulação normal que diferencia as hiperplasias 
patológicas benignas das do câncer, no qual os mecanismos de controle do crescimento tornam-se 
desregulados ou ineficazes. CONTUDO, em muitos casos, a hiperplasia patológica constitui um solo 
fértil no qual o câncer pode surgir posteriormente. Por exemplo, pacientes com hiperplasia do 
endométrio têm risco aumentado de desenvolver câncer endometrial. Observação 2. Observação: 
em muitos órgãos a hipertrofia e hiperplasia podem coexistir, contribuindo para o aumento do seu 
tamanho. 
 
nessa
Realce
nessa
Realce
nessa
Realce
nessa
Realce
nessa
Realce
ATROFIA – É a diminuição no tamanho da célula pela perda de substância celular (decorrente, por 
exemplo, da síntese de proteína diminuída). Quando um número suficiente de células está envolvido, 
todo o tecido ou órgão diminui em tamanho, tornando-se atrófico. As causas da atrofia incluem a 
(1) diminuição da carga de trabalho (exemplo: a imobilização de um membro para permitir o reparo 
de uma fratura), (2) a perda da inervação,(3) a diminuição do suprimento sanguíneo, (4) a 
nutrição inadequada, a (5) perda da estimulação endócrina e (6) o envelhecimento (atrofia senil). 
 
HIPOPLASIA – É a redução do número de células. Exemplo: Timo. 
 
METAPLASIA – Nesse tipo de adaptação celular, uma célula sensível a determinado estresse é 
substituída por outro tipo celular mais capaz de suportar o ambiente hostil. Exemplo: substituição 
do epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliadocom células caliciformes (epitélio respiratório normal) 
para o epitélio estratificado escamoso(epitélio metaplasico) em fumantes habituais de cigarros. 
 
Outro aspecto do fumante: durante o dia ele fuma e isso paralisa os cílios e isso acumula 
secreção. A noite ele não fuma, os cílios voltam a funcionar e a secreção começa a volta e ele 
tem tosse cronioca. Se ele continuar fumando metaplasia. 
 
DISPLASIA – É uma alteração na forma do epitélio. Pode ser considerada uma lesão pré-
neoplasica. 
As alterações genéticas que promovem o desenvolvimento de câncer ocorrem em 2 classes de 
genes reguladores do crescimento, que estão presentes em células normais: os proto-oncogenes, 
que promovem o crescimento e os genes supressores de tumor, que inibem o crescimento 
celular. Alterações nos proto-oncogenes e nos genes supressores de tumor podem provocar 
desenvolvimento de células com crescimento descontrolado. 
Os genes que promovem o crescimento celular autônomo nas células cancerosas são chamados 
de oncogenes, e suas contrapartes celulares não mutadas são chamadas de proto-oncogenes. Os 
oncogenes são criados por mutações nos proto-oncogenes e se caracterizam pela capacidade de 
promover o crescimento celular na ausência de sinais promotores de crescimento normais. Seus 
produtos, chamados de oncoproteínas, lembram os produtos normais dos proto-oncogenes, com a 
exceção de que as oncoproteínas são desprovidas de importantes elementos reguladores internos 
e sua produção nas células transformadas não depende de fatores de crescimento ou de outros 
sinais externos. Sob condições fisiológicas, a proliferação celular pode ser definida nas seguintes 
etapas: 
1. Ligação de um fator de crescimento ao seu receptor específico. 
2. Ativação transitória e limitada do receptor do fator de crescimento, que ativa diversas 
proteínas transdutoras de sinal no folheto interno da membrana plasmática. 
3. Transmissão do sinal transduzido através do citosol para o núcleo por meio dos segundos 
mensageiros, ou por uma cascata de moléculas transdutoras de sinal. 
4. Indução e ativação dos fatores nucleares reguladores que iniciam a transcrição do DNA. 
5. Entrada e progressão da célula no ciclo celular, resultado na divisão celular. 
Os proto-oncogenes podem transformar-se em oncogenes através de 2 formas: 
• Mudanças na estrutura do gene, resultando na síntese de oncoproteínas (produtos 
genéticos anormais) tendo função aberrante. 
• Mudanças na regulação da expressão do gene, resultando um aumento ou produção 
inadequada de proteínas promotoras de crescimento estruturalmente normais. 
Mutação em ponto: o oncogene ras é o melhor exemplo de mutação em ponto e está associado a 
um grande número de tumores humanos. Por exemplo, 90% dos adenocarcinomas pancreáticos, 
50% dos cânceres de cólon, endométrio e tireóide e 30% dos adenocarcinomas pulmonares e 
leucemias mielóides apresentam este tipo de alteração. 
Translocação cromossômica: o rearranjo do material genético por translocação cromossômica 
usualmente resulta em aumento da expressão do proto-oncogene. O melhor exemplo de 
translocação provocando tumor ocorre no linfoma de Burkitt e resulta no movimento do 
seguimento contendo c-myc do cromossomo 8 para o cromossomo 14q na banda 32. 
Amplificação gênica: a ativação do proto-oncogene associada com aumento da expressão de seus 
produtos pode resultar da reduplicação do DNA, produzindo várias cópias de proto-oncogene nas 
células tumorais. O caso mais interessante de amplificação envolve N-myc em neuroblastoma e c-
erb B2 em câncer de mama. 
Os oncogenes codificam proteínas chamadas oncoproteínas que participam na transdução de 
sinais durante várias etapas do ciclo celular. Existem 4 categorias de oncogenes que estão 
associados a divisão celular e desenvolvimento de câncer que são: fator de crescimento, receptor 
de fator de crescimento, proteínas envolvidas na transdução de sinais e proteínas reguladoras 
nucleares. 
Os genes supressores de tumor (anti-oncogenes) codificam proteínas que inibem a divisão celular. 
Por desempenharem esta função e terem sido descobertos em estudo de tumores receberam 
esta denominação. O primeiro gene supressor de tumor descrito foi o Rb o qual está localizado no 
cromossomo 13q14 e está associado ao desenvolvimento do retinoblastoma, que afeta 
aproximadamente 1 em 20.000 crianças. 
O p53 é o gene supressor de tumor mais comumente relacionado aos cânceres humanos. 
Alterações nestes genes são encontradas em aproximadamente 70% dos cânceres de cólon, em 
30 a 50% dos cânceres de mama e em 50% dos cânceres de pulmão. Além dos tumores 
epiteliais, mutação no p53 tem sido encontrada em leucemias, linfomas, sarcomas e tumores 
neurogênicos. 
Os mecanismos pelos quais os genes supressores de tumor inibem a divisão celular são pouco 
conhecidos. Entretanto, evidências sugerem que os sinais que inibem a divisão celular originam-se 
fora da célula e utilizam-se de receptores de membrana, proteínas citoplasmáticas e proteínas 
nucleares para realizarem seus efeitos, como ocorre nos oncogenes. 
Problema 02: Uma mancha na pele 
A pele 
Camadas: 
Nossa pele possui 3 camadas, sendo a epiderme (epitélio escamoso estratificado), derme (tecido 
conjuntivo) e hipoderme (tecido adiposo subjacente (chamado de panículo adiposo e conjuntivo 
frouxo). 
A epiderme está em constante regeneração e tem como função a proteção do nosso organismo, e a 
síntese de queratina (queratinócitos). A derme é formada por fibroblastos fusiformes que fazem a 
produção do colágeno, sendo os responsáveis diretos pela resistência da nossa pele, além disso é nessa 
camada que se encontram os vasos, nervos e linfáticos. A hipoderme une a derme aos órgãos 
subjascentes, é responsável pelo deslizamento da pele sobre as estruturas em que ela fica apoiada, o 
seu panículo adiposo é responsável por nos proteger do frio como um isolante térmico. 
A epiderme possui 5 camadas, sendo elas a basal, espinhosa, granulosa, lúcida e córnea. A camada 
basal é formada por células cubóides, basófilas, que ficam sobre a membrana basal que separa a 
epiderme da derme, ela é rica em células-tronco (por isso é chamada de germinativa) e com uma 
grande atividade mitótica, junto com a camada espinhosa, é responsável pela renovação da pele a 
cada 15-30 dias, variando de acordo com o local e a idade da pessoa. 
A camada espinhosa é feita de células cubóides com núcleo central, citoplasma com curtas expansões 
que tem feixes de filamentos de queratina chamados de tonofilamentos, eles se aproximam e se 
mantêm unidos com as células adjacentes através dos desmossomos, por isso apresentam um aspecto 
espinhoso. Os filamentos de queratina e os desmossomos têm importante papel na manutenção da 
coesão entre as células da epiderme e na resistência ao atrito. 
A camada granulosa é feita de 3 a 5 fileiras de células poligonais achatadas, com núcleo central e 
citoplasma cheio de grânulos basófilos (grânulos de querato-hialina) que possuem uma proteína rica 
em histidina fosforilada e cistina. Além disso, é essa camada a responsável por manter nossa pele 
hidratada, pois é ela quem apresenta grânulos lamelares que se fundem com a membrana plasmática 
e liberam conteúdo no espaço intercelular. 
A camada lúcida é a mais evidente na pele espessa, ela é formada por uma camada delgada de células 
achatadas, eosinófilas e translúcidas que tem o núcleo e organelas digeridas por enzimas de 
lisossomos. 
A cama córnea varia de espessura, ela é formadapor células achatadas, mortas e sem núcleo. O seu 
citoplasma é cheio de queratina, é ela quem está em constante descamação. 
A derme é o tecido conjuntivo que apóia a epiderme e une a hipoderme. Ela possui duas camadas, a 
camada papilar e a reticular. A camada papilar é delgada, constituída por tecido conjuntivo frouxo 
que forma as papilas dérmicas, nela tem fibrilas especiais de colágeno que vão entrar profundamente 
na derme, ajudando a prender a derme na epiderme. Possui pequenos vasos sanguíneos pra ajudar na 
nutrição e oxigenação da epiderme. A camada reticular é mais espessa, formada por tecido 
conjuntivo denso. 
Células: 
Queratinócitos: são derivados da ectoderme e formam a barreira epidérmica, como o estrato córneo. 
A morfologia varia conforme a camada que se localizam, na camada basal são colunares, núcleo 
grande e oval e citoplasmas basofílicos. Na membrana basal as células estão alinhadas e ancoradas por 
estruturas especiais como os hemidesmossosmos. 
Melanócitos: derivados da crista neural que reside na camada basal ao longo da junção 
dermoepidérmica. São responsáveis pela síntese de melanina, cuja principal função é proteger a pele 
contra efeitos deletérios dos raios ultravioletas. Há variação na tonalidade da pele de acordo com a 
etnia, o que se deve a atividade do melanócito e não ao aumento do numero dessas células. 
Células de Langerhans: são derivadas da medula óssea e compõem a imunovigilância cutânea. Tem a 
função de reconhecer, internalizar, processar e apresentar os antígenos solúveis presentes da 
epiderme aos linfócitos T. São células móveis e dendríticas com citoplasma claro e apresentam um 
marcador citoplasmático específico, os grânulos de Birbeck, que se originam do processo de 
endocitose. 
Células de Merkel: são derivadas de células-tronco epidérmicas e funcionam como 
mecanorreceptores de adaptação lenta em locais de alta sensibilidade tátil. Localizam-se na camada 
basal e unem-se aos queatinócitos por meio dos desmossomos, são mais freqüentes em algumas 
regiões do corpo como os lábios, cavidade oral, pele pilosa, pele das mãos e dedos. 
 
Neoplasia Benigna x Maligna 
Os tumores de pele são divididos (só para ficar mais fácil de estudar) em dois grupos: melanoma, e 
não melanoma. Os benignos vão receber o nome do tecido que ele é formado + sufixo OMA (exceto: 
linfoma e melanoma que são tumores malignos), já os malignos quando derivados de tecidos de 
revestimento são chamados de CARCINOMA, e quando derivados do tecido conjuntivo 
(mesoderma) são chamados de SARCOMA. 
As neoplasias benignas são aquelas que crescem de maneira localizada, circunscrita e diferenciadas. 
Não são letais nem causam transtornos ao paciente, podem evoluir despercebidas por muito tempo. 
Um exemplo são os nevos melanocíticos, são lesões planas ou elevadas, hipercrômicas, sólidas, com 
contornos bem definidos e coloração homogênea, ele tem alguns subtipos porém o único capaz de 
evoluir e se tornar melanoma é o nevo displásico. 
Já as neoplasias malignas são aquelas que tem um crescimento bem acelerado, infiltram tecidos 
vizinhos, são anaplásicas e sofrem metástase, provocando alterações na homeostasia que podem até 
levar a morte do paciente. 
A ceratose actínica é uma lesão displásica PRÉ-MALIGNA, ela vai apresentar áreas foto-lesadas, 
descamativas, hiperemiadas que sangram com facilidade, podem formar um corno cutâneo parecido 
com o cerato acantoma. Ele pode evoluir para carcinoma in situ, passando a ser considerado doença 
de Bowen, que é formado por placas solitárias, acinzantadas e com ulceração central. A doença de 
Bowen pode evoluir para carcinoma epidermoide invasor. 
Diferenciação: extensão com que as células do parênquima neoplásico se assemelham às células 
parenquimatosas normais, quando não tem diferenciação é chamado de anaplasia. 
Características de células anaplásicas: 
 Pleomorfismo 
 Núcleo hipercromático 
 Relação núcleo-citoplasma aumentada 
 Aumento no tamanho e numero dos nucléolos 
 Mitoses atípicas 
 
 
Neoplasias de pele 
Neoplasia: novo crescimento. 
Tumor: qualquer lesão que tem como conseqüência um aumento de volume. 
Câncer: termo usado para identificar qualquer neoplasia maligna. 
Os tumores de pele mais freqüentes são: 
 Carcinoma basocelular (não melanoma) 
 Carcinoma espinocelular (não melanoma) 
 Melanoma maligno 
 Linfomas cutâneos de células T e micose fungóide 
 Sarcoma de Kaposi (diretamente relacionado com HIV) 
 Carcinoma de célula de Merkel 
 Metástases 
Nevo displásico: Geralmente são maiores do que os nevos comuns e podem apresentar irregularidade 
do formato ou coloração. Dessa forma, podem ser muito parecidos com um melanoma inicial. As 
características que fazem suspeitar de melanoma e, às vezes são vistas nos nevos displásicos, são: 
assimetria no formato, ou seja, quando se divide a pinta em dois lados, eles são diferentes. Borda 
irregular ou mal-delimitada - não possui formato definido, como oval ou redondo. Cor variável, 
geralmente há áreas mais escuras e outras mais claras na mesma pinta. Podendo ser castanha, 
marrom, marrom escura, vermelha, azul ou preta. Diâmetro maior do que 6 mm. Evolução anormal, 
ou seja, modificação no sinal, seja crescimento, alteração no formato ou coloração, ou ainda 
desenvolvimento de sintomas como coceira ou sangramento. 
É IMPRESCINDÍVEL REALIZAR A BIÓPSIA DE QUALQUER LESÃO TRATADA DE PELE, 
INDEPENDENTE DO SEU CARÁTER MALIGNO OU NÃO. 
Fisiopatologia e quadro clínico do câncer de pele 
Melanomas: 
Os melanomas são neoplasias malignas mais agressivas que surgem devido a exposição excessiva a luz 
do sol, principalmente aos raios ultravioletas, eles são originados nos melanócitos presentes nas 
células basais da epiderme. Tem uma grande capacidade de dar metástase, principalmente nos ossos, 
cérebro e pulmões. Nos homens eles estão mais presentes na região do tronco e nas mulheres nas 
pernas. 
Fatores de risco: 
 Histórico familiar 
 Melanoma prévio 
 Câncer de pele não melanoma 
 Predisposição genética (mutações no gene p16/CDKN2A localizado no cromossomo p21) 
 Exposição solar 
 Bronzeamento artificial 
 Pele clara, loiros ou ruivos, olhos azuis, sardas 
 Padrão de exposição solar (exposição intermitente intensa tem maior risco do que a 
exposição crônica) 
 Pessoas com muitas pintas benignas ou típicas e atípicas ou nevos displásicos (considerados 
marcadores de risco elevado) 
 
Subtipos de melanoma: 
 Melanoma extensivo superficial (70% dos casos) 
 Melanoma lentigo maligno (mais freqüente na cabeça e pescoço, principalmente em idosos 
que tiveram muita exposição ao sol/ lesão macular achatada que surge em um lentigo 
maligno) 
 Melanoma nodular (lesão elevada polipóide com crescimento rápido, geralmente azulado ou 
preto) O ABCDE NÃO SE APLICA A ESSE TIPO DE MELANOMA 
 Melanoma acral lentiginoso ou de extremidades (lesões nodulares ou achatadas de 
pigmentação intensa de cor marrom ou preta na região palmar, plantar e subungueal com 
crescimento horizontal rápido, mais freqüente em afrodecendentes e asiáticos) 
Quadro clínico: 
Geralmente é assintomático, mas os primeiros sinais do melanoma são os aspectos clínicos da lesão, 
ou seja, pigmentada (podendo variar de cor entre preto, marrom, vermelho, azul escuro e cinza), com 
formato modificado, bordas irregulares, não lisas, esféricas e uniformes. A maioria dos pacientes 
descreve um nevo preexistente no local onde está o melanoma, quando tiver prurido, ardência ou dor 
na lesão pigmentada devemos aumentar nossas suspeitas. Quando houver sangramento e ulceração 
quer dizer que já está em um estágio mais avançado. 
Lembrar do sinal do patinho feio: lesão pigmentada que parece diferente das outras lesões de pele. 
Estágios: 
T = presença ou não além da epiderme 
N = presença ou não em linfonodos próximos 
M = presença ou não em outros órgãos 
 Estágio 0: tumor contido na epiderme (Tis), não se espalhoupara os linfonodos próximos 
(N0) ou outro órgão (M0). Esse é o estágio chamado de melanoma in situ. 
 Estágio 1: tumor menor do que 2mm de espessura e pode ou não ter ulceração (T1 ou T2a), 
não se espalhou para os linfonodos (N0) e nem para órgãos próximos (M0). 
 Estágio 2: tumor entre 1 e 4mm (T2b ou T3) de espessura e pode ou não ter ulceração. Não 
se espalhou para os linfonodos próximos (N0) ou outros órgãos próximos (M0). 
 Estágio 3A: tumor de até 2mm de espessura e pode ou não ter ulceração (T1 ou T2a), se 
espalhou para 3 ou menos linfonodos mas só é visto no microscópio (N1a ou N2a), não se 
espalhou para outros órgãos (M0). 
 Estágio 3B: pode ser duas situações, sendo: 
 Não existe sinal de tumor primário (T0) e está disseminado para apenas um 
linfonodo (N1b) ou para áreas pequenas da pele mais próxima (tumores satélites) 
ou para canais linfáticos da pele ao redor do tumor sem atingir os linfonodos (N1c). 
Não se espalhou para outros órgãos (M0). 
 Tumor tem até 4mm de espessura e pode ou não ter ulceração (T1, T2 ou T3a), se 
espalhou para apenas um linfonodo (N1a ou N1b) ou para áreas muito pequenas da 
pele próxima (tumores satélites) ou para os canais linfáticos da pele ao redor do 
tumor sem atingir os nódulos linfáticos (N1c) ou se espalhou para 2-3 nódulos 
linfáticos (N2a ou N2b). Não se espalhou para outros órgãos (M0). 
 Estágio 3C: pode ser uma das quatro situações abaixo: 
 Não existe sinal de tumor primário (T0) e está disseminado para 2 ou mais 
linfonodos (N2b ou N3b) ou se espalhou para áreas muito pequenas da pele 
próxima (tumores satélites) ou para canais linfáticos da pele ao redor do tumor e 
atingiu os fanglios linfáticos próximos (N2c ou N3c) ou se espalhou para os 
linfonodos do grupo (N3b ou N3c). Não se espalhou para outros órgãos (M0). 
 O tumor tem até 4 mm de espessura e pode (ou não) ter ulceração (T1, T2 ou T3a). 
Se espalhou para os para áreas muito pequenas da pele próxima (tumores satélites) 
ou para os canais linfáticos da pele ao redor do tumor e atingiu os linfonodos 
próximos (N2c ou N3c) ou se espalhou para 4 ou mais linfonodos próximos (N3a 
ou N3b) ou se espalhou para os linfonodos do grupo (N3b ou N3c). Não de 
espalhou para outros órgãos (M0). 
 O tumor tem entre 2 e 4 mm de espessura ou pode ser mais espesso que 4,0 mm e 
tem ulceração (T3b) ou tem mais de 4 mm e não tem ulceração (T4a). Se espalhou 
para um ou mais linfonodos ou se espalhou para áreas muito pequenas da pele 
próxima (tumores satélites) ou para os canais linfáticos da pele ao redor do tumor 
(N1 ou superior). Não se espalhou para outros órgãos. 
 O tumor tem mais do que 4 mm de espessura e tem ulceração (T4b). Se espalhou 
para até 3 linfonodos (N1a/b ou N2a/b) ou para áreas muito pequenas da pele 
próxima (tumores satélites) ou para os canais linfáticos da pele ao redor do tumor e 
pode (N2c) ou não (N1c) ter atingido os linfonodos próximos. Não se espalhou para 
outros órgãos (M0). 
 Estágio 3D: tumor tem mais de 4mm de espessura e tem ulceração (T4b), se espalhou para 4 
ou mais linfonodos (N3a ouN3b) ou se espalhou para áreas muito pequenas da pele próxima 
(tumores satélites) ou para canais linfáticos da pele ao redor do tumor (sem atingir os 
nódulos linfáticos) ou se espalhou para os linfonodos do grupo (N3c). Não se espalhou para 
os órgãos (M0). 
 Estágio 4: O tumor pode ser de qualquer espessura e pode (ou não) ter ulceração (Qualquer 
T). Pode (ou não) ter se espalhado para os linfonodos próximos (Qualquer N). Ele se 
espalhou para os linfonodos distantes ou outros órgãos, como pulmões, fígado ou cérebro 
(M0). 
 
Tumores malignos não melanomas: 
Os mais freqüentes são o carcinoma basocelular (70-75%) e carcinoma espinocelular. 
Carcinoma basocelular: ou CBC 
É a neoplasia maligna invasiva mais comum, são formados por células da camada basal, possui 
crescimento lento e raramente fazem metástase. Geralmente as mulheres são mais afetadas, sendo o 
nariz a principal área acometida. 
Fatores de risco: 
 Exposição solar 
 Pessoas brancas com cabelos e olhos claros 
 Descendência européia 
 Dificuldade de se bronzear 
 Defeitos genéticos (xerodermia pigmentosa) 
 Imunossuprimidos 
Subtipo: 
 Carcinoma de célula basal superficial: macula avermelhada, pigmentada, mal definida 
semelhante a forma precoce de melanoma e eczema. Ocorre com mais frequência no tronco. 
 Esclerosante: mácula única endurecida, hipocorada ou rósea, com limites mal definidos. 
Costuma a ser mais agressivo. 
 Nódulo ulcerativo: subtipo mais comum, aparece nas areas expostas ao sol (principalmente 
cabeça e pescoço). Caracterizado por nódulos brilhantes e borda perolada com 
telangiectasias, podendo ou não ter ulceração central. 
 Pigmentado: parece com o nodular só que ele é pigmentado, principalmente nas bordas. 
 Fibroepitelial: papula róseo-acastanhada sem manifestações inflamatórias ao redor. 
 
 
Quadro clínico: 
São pápulas peroladas que costumam ter vasos sanguíneos subepidérmicos dilatados e proeminentes 
(telangiectasia),de desenvolvimento lento podendo invadir localmente, conforme avança pode atingir 
o subcutâneo, músculos e até osso, podendo causar ulcerações. As metástases são raras, mas quando 
ocorrem geralmente são nos linfonodos e pulmões. 
Fisiopatologia: 
Quando a pessoa fica exposta a luz ultravioleta (principalmente a do espectro B) ocorre uma indução 
de mutação nos genes supressores do tumor, quando a pessoa tem uma propensão ao 
desenvolvimento da neoplasia (fatores de risco) pode ter o risco muito aumentado. Ainda não se sabe 
ao certo como o sistema imune atua diante do câncer de pele. 
Carcinoma espinocelular ou CEC: 
Segundo tipo de câncer de pele mais comum, tem origem nos queratinócitos da epiderme, tem um 
, causado também pela exposição excessiva ao 
sol, geralmente ocorre na mucosa oral. Surge principalmente em pessoas mais idosas, quando acima 
de 75 anos a incidência é 10 vezes maior. Quando gera metástases costumam ser nos pulmões, fígado 
e ossos. 
Fatores de risco: 
 Exposição a luz ultravioleta do tipo A e B 
 Exposição a radiação ionizante 
 Xeroderma pigmentoso 
 Infecção por HPV dos subtipos 6,11,16 e 18 
 Transplantes de órgãos 
 Ulceração crônica 
 Osteomielite 
 Dermatite actínica 
 Lesões precursoras (queratose actínica, queratose por ascênico, queratose induzida por 
radioterapia) 
 Doença de Bowen 
Eritoplasia de Queyrat: 
Queratoacantoma: 
Carcinoma verrucoso: 
Quadro clínico: 
A lesão precursora da CEC é a queratose actínica que geralmente são lesões de 2-6mm da mesma cor 
da pele, róseas ou marrons que podem evoluir espontaneamente ou persistir, se tornando a CEC. 
Quando são carcinoma in situ (não invadiu a junção dermoepidérmica) eles aparecem como placas 
eritematosas, escamosas e bem definidas. Em fase avançada as lesões são nodulares com produção 
variável de queratina (escama hiperqueratótica) e podem ulcerar. No carcinoma de células escamosas 
in situ as células com núcleos atípicos (aumentados e hipercromáticos) envolvem todos os níveis da 
epiderme. O carcinoma de células escamosas invasivas mostra diferentes graus de diferenciação, 
variando de tumores compostos de células poligonais arranjadas em lóbulos ordenados com grandes 
áreas numerosas de queratinização, a neoplasias associadas à necrose geográfica consistindo em 
células altamente anaplásicas que exibem apenas queratinização celular individual abortiva 
(disqueratose). 
forma de pápulas ou placas com coloração rosa e hiperqueatóticas, podem ou não ter ulceração. 
Geralmente os pacientes descrevem como uma lesão dolorosa e descamativa, ferimentos que não 
cicatrizam e que sangram quando traumatizados. CEC invasivo tem potencial para recidiva e 
metástases. 
Fisiopatologia: 
A causa mais importante do desenvolvimento é a lesão do DNA induzida pela exposição a luz 
ultravioleta, quanto maior a exposição

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