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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS LÍNGUA PORTUGUESA Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 *Este material didático possui exercícios contextualizados nas páginas: página (11) páginas (16-17) página (19) páginas (25-26) páginas (31-33) página (34) páginas (44-50) página (37) páginas (51-55) página (59) páginas (61-66) páginas (69-70) páginas (73-77) página (80) páginas (83-88) página (87) página (92) páginas (93-97) páginas (103-106) *Os gabaritos estão disponíveis no Apoio Pedagógico ao Aluno (APA) ou na copiadora do ICG. 2 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 SUMÁRIO 1 COMUNICAÇÃO, LEITURA E ESCRITA .................................................................... 5 1.1 COMUNICAÇÃO ......................................................................................................... 6 1.2 LER É UM EXERCÍCIO - UM CONVITE À LEITURA: ........................................................... 9 1.3 DOMÍNIO DA LÍNGUA PORTUGUESA E O MERCADO DE TRABALHO................................. 11 2 LÍNGUA, LINGUAGEM E SOCIEDADE .................................................................... 13 2.1 CONCEITOS DE LINGUAGEM, LÍNGUA E FALA ............................................................. 14 2.2 DIFERENÇAS ENTRE LÍNGUA FALADA E LÍNGUA ESCRITA ............................................ 18 2.3 ETIQUETA EMPRESARIAL ......................................................................................... 20 2.4 O “CERTO” E O “ERRADO” NO IDIOMA ...................................................................... 21 3 LÍNGUA CULTA E LÍNGUA COLOQUIAL ................................................................ 23 3.1 ADEQUAÇÃO E INADEQUAÇÃO LÍNGUÍSTICA .............................................................. 24 4 ESTUDO DO PARÁGRAFO ...................................................................................... 27 4.1 ESTRUTURA DO PARÁGRAFO-PADRÃO ...................................................................... 30 4.2 FORMAS DE ELABORAÇÃO DA INTRODUÇÃO DO PARÁGRAFO ...................................... 33 4.3 FORMAS DE ELABORAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DO PARÁGRAFO ............................ 35 4.4 FORMAS DE ELABORAÇÃO DE CONCLUSÃO DO PARÁGRAFO ....................................... 38 5 ACENTUAÇAO GRAFICA ......................................................................................... 43 5.1 FORMAS VERBAIS ................................................................................................... 45 5.2 O HIATO ................................................................................................................. 48 5.3 O TREMA ............................................................................................................... 49 5.4 CRASE ................................................................................................................... 50 5.5 REGRAS PRÁTICAS ................................................................................................. 51 5.6 CASOS PROIBIDOS: ................................................................................................. 55 5.7 CASOS OBRIGATÓRIOS: .......................................................................................... 56 5.8 CASOS FACULTATIVOS: ........................................................................................... 56 6 CONCORDANCIA NOMINAL .................................................................................... 57 7 CONCORDÂNCIA VERBAL ...................................................................................... 61 8 ORTOGRAFIA ............................................................................................................ 68 8.1 E OU I?................................................................................................................. 71 3 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 8.2 HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS ...................................................................................... 72 8.3 OUTRAS DIFICULDADES COMUNS ............................................................................. 75 8.4 MAL OU MAU? ........................................................................................................ 76 8.5 HÁ OU A? .............................................................................................................. 77 8.6 ONDE OU AONDE? .................................................................................................. 79 8.7 SENÃO OU SE NÃO? ................................................................................................ 79 8.8 AO INVÉS DE OU EM VEZ DE? ................................................................................... 80 8.9 IR AO ENCONTRO DE OU IR DE ENCONTRO A? ............................................................ 80 8.10 DIA A DIA OU DIA A DIA? ........................................................................................ 80 8.11 AGENTE, A GENTE OU HÁ GENTE? .......................................................................... 80 9 PONTUAÇÃO ............................................................................................................. 82 9.1 A VÍRGULA ENTRE AS ORAÇÕES ............................................................................... 87 9.2 OBSERVE O USO DOS DOIS PONTOS EM ENUMERAÇÕES: ............................................ 90 9.3 O QUE É ETCETERA:................................................................................................ 90 10 PRONOMES ............................................................................................................. 92 11 REGÊNCIA VERBAL ............................................................................................. 99 4 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 1 COMUNICAÇÃO, LEITURA E ESCRITA 5 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 1.1 Comunicação 1. O homem, sendo um ser social por excelência, porque vive em grupos e é dotado da capacidade de refletir, tem usado suas habilidades para manter relações com seus semelhantes, o que lhe possibilita partilhar pensamentos e emoções. E esse partilhar, antes da evolução do homem até o estágio homo sapiens, se estabelecia através de algumas “modalidades de significantes”, listadas por Vicente de Paulo Saraiva: pintura, escultura, música, dança. Mas a capacidade de pensar fez o homem criar outra ferramenta de comunicação - a palavra. A palavra, como um dos recursos mais fecundos da comunicação, é o instrumento que o homem possui para difundir ideias, expressar emoções e defender posições. Por isso, seu uso adequado tem sido amplamente defendido não só por profissionais ligados à área da comunicação, mas também por aqueles que veem no domínio da palavra um requisito essencial para obtenção de sucesso no mercado de trabalho, independentemente do campo de atuação. Nessa linha de raciocínio, João Bosco Medeiros enfatiza: “O sucesso empresarial também depende de um sistema de comunicação eficaz, tanto interna, quanto externamente. A comunicação imprecisa, ambígua e insuficiente tem gerado a ruína de muitos empresários.” (MEDEIROS, 2005, p. 17). Diante disso, que estratégias adotar para estabelecer uma comunicação eficiente? Exercitar a leitura e a escrita e tornar-se um bom leitor. Quais são as características do bom leitor? ►Um bom leitor cria possibilidades mais amplas de integração e ação social; ►Um bom leitor é aquele que capta o explícito e o implícito, as “entrelinhas”subjacentes ao texto, as intenções do autor; ►É aquele que constrói uma leitura crítica do mundo; ►É ainda aquele que aprecia a potencialidade da língua concretizada no texto e avalia o que se diz e como as coisas são ditas; ►Um bom leitor incorpora à leitura os seus conhecimentos prévios e as suas experiências de vida para atingir o significado do texto. KLEIN, Jane Jordan. Caderno de Língua Portuguesa Dom Alberto, Santa Cruz do Sul: Faculdade Dom Alberto, 2010; p.11-35. 6 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 Assim, em um mesmo texto diferentes possibilidades de leitura podem surgir. Mas é preciso ressaltar que uma leitura só é válida quando autorizada pelo texto e fundamentada por indicadores que permitem uma ou mais interpretações. Que leituras podem ser feitas a partir do seguinte texto? Enfim, o bom leitor é aquele que constrói significado/sentido no texto. E a atividade de leitura é um exercício que prepara o indivíduo para a vida em sociedade, devendo, por isso, ser cultivada e aperfeiçoada. Isso porque: “Não basta, porém, ser alfabetizado para fazer da leitura um ato de ‘crítica’, que envolve constatação, reflexão e transformação de significados. [...] A leitura é uma atividade necessária no mundo de hoje e não deve restringir-se às finalidades de estudo. É preciso ler para se informar, para participar, para ampliar conhecimentos e alcançar uma compreensão melhor da realidade atual.” (ANDRADE; HENRIQUES, 1999, p. 49) O domínio da leitura conduz ao domínio da escrita, prática indispensável no contexto atual, já que o homem escreve para dar ordens, avisar alguém, receitar, registrar vivências, pedir, etc. Para esses autores, “a escrita já nasceu com mil utilidades” (2003, p. 9-10) e a sua invenção foi um sucesso: “veio para ficar e se espalhar pelo mundo, e foi uma arma poderosíssima nas mãos dos povos que a dominavam, de tal forma que, hoje, os povos que não dispõem dela dependem da escrita dos outros para sobreviverem. E, mesmo dentro de países civilizados, o cidadão que não sabe escrever também depende dos que sabem para ficar vivo.” (2003, p. 10). A dificuldade ou a ausência do culto à escrita pode tornar-se fator gerador de “exílio”, “colonização” e “dominação” do homem na sociedade, pois, segundo Faraco e Tezza, o domínio da escrita é tão importante que, durante séculos, só se permitia que uma pequeníssima parcela da sociedade aprendesse a ler e a escrever. Escrever era uma questão de segurança social, política ou religiosa: só pessoas de determinadas classes ou castas tinham esse direito, exercido sempre sob estrito controle.” (2003, p. 10) Com o passar do tempo, a vigilância foi sendo amenizada e a escrita, popularizada de tal modo que é impensável “um mundo sem palavras escritas(FARACO; TEZZA, 2003, p. 9-11). Para Faraco e Tezza, a escrita é indispensável porque amplifica a linguagem oral em dois aspectos: a escrita atravessa o tempo e atravessa o espaço. Por romper a linha temporal, faz história – na dupla acepção do termo. Ao ultrapassar barreiras geográficas, no envio de uma carta ou de um e-mail, por exemplo, 7 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 a escrita possibilita a construção de uma memória de informações a serem compartilhadas por pessoas de/em diversos lugares. Essas duas peculiaridades da escrita, as quais são sintetizadas na noção de “permanência”, asseguram que “a escrita dominou o mundo” (FARACO; TEZZA, 2003, p. 12). Se a escrita domina o mundo, o homem precisa dominá-la para se revelar apto a interagir socialmente. Diante dessa necessidade de aprimoramento da capacidade de expressão escrita, algumas dicas são fundamentais: ►Ler atentamente bons textos, assumindo uma postura crítica; ►Ler autores da área que pretende seguir; ►Observar a forma de escrever dos autores; ►Corrigir deficiências do aprendizado da Língua Portuguesa; ►Dominar técnicas de redação e recursos linguísticos básicos; ►Produzir textos. É importante destacar que produzir bons textos não significa produzir apenas textos literários. Um texto bem elaborado é aquele que atende a determinados fins, seja no âmbito artístico, seja no profissional. Por exemplo, se o objetivo do redator é relatar pormenorizadamente tudo o que aconteceu numa reunião administrativa de uma empresa, ele precisará escrever uma ata, tipo de texto que se organiza segundo algumas normas específicas. Agora, se a intenção de um autor é produzir uma história a partir de acontecimentos do cotidiano e envolver o leitor numa narrativa literária, deverá escrever uma crônica. Portanto, quando se escreve um texto, é necessário atender aos objetivos da produção textual, obedecendo a um sistema de regras ligado não só a normas linguísticas, mas também à tipologia textual. Outro elemento importante na construção de um texto é a atenção ao contexto comunicativo. Quem será o leitor do texto? Que linguagem adotar para estabelecer comunicação com determinado leitor e para obedecer à característica do texto? Ao escrever um e-mail, por exemplo, o nível de linguagem usado quando se comunica com um amigo não é o mesmo quando o interlocutor é o chefe de trabalho. A atividade de escrita, então, pressupõe conhecimento do assunto a ser abordado, clareza das intenções/objetivos da produção textual, adequação à modalidade da língua e ao tipo de texto e ajuste de estrutura e expressão à característica do leitor/receptor. Além disso, o processo de escrita é baseado em noções de apresentação formal do texto, como a estrutura dissertativa - que exige a 8 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 divisão do texto em, no mínimo, três parágrafos – e a estrutura da redação técnica – que possui linguagem e diagramação próprias. Em síntese: Organizar adequadamente a produção de um texto significa considerar o que se escreve, para que se escreve, como se escreve e para quem se escreve. PRATICANDO 1. Imagine a seguinte situação: você precisa escrever uma Carta de Apresentação para uma vaga de trabalho como CORRETOR(A) DE IMÓVEIS de uma imobiliária de Goiânia. Esta carta é a primeira etapa do seu processo de seleção. Você precisa fazer o seu “marketing”, vender a sua imagem e as suas ideias, falar do seu potencial e como poderá fazer a diferença naquela instituição. 2. Diante da situação apresentada acima, considere que você ainda precisa avisar o seu amigo que está na sala de espera. Que torpedo você enviaria a ele, noticiando os fatos? 1.2 Ler é um exercício - um convite à leitura: Nadando em letras Estes dias, enquanto conversava com amigos, o assunto “literatura” veio à tona. Decepcionei-me ao saber que muitos detestavam ler e espantei-me com a razão: ler seria, na opinião deles, complicado, difícil. Sei lá, isso ficou lá num canto empoeirado da minha mente, até que reapareceu, e na hora certa; na hora em que nadava. Curioso, mas os atos de ler e de nadar têm muito mais em comum do que aparentemente se pensa. Ler, assim como nadar, são atividades para as quais devemos treinar, aprender. Algo gradual; não se começa nadando em uma piscina de 50 metros, assim como não se aprende a ler com um livro de Economia, mas com treino chegamos lá. No princípio, mesmo uma piscina curta é um desafio. A borda oposta parece tão distante; uma eternidade marcada por lentas braçadas nos separa dela. De repente a gente vai e volta, as braçadas ficam rápidas e 9 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 fortes; procuramos uma piscina grande. Um dia aprendemos que, ao chegar perto da borda, basta dar uma meia cambalhota, impulsionar com os pés e daí nadar ainda mais rápido. Depois da velocidade, vem o gosto pela distância, este junto com as temidas cãibras – mais treino.Dois três quilômetros são (quase) brincadeira. Próximo desafio: água aberta e fria, rio, correnteza; desafio! O melhor de tudo é que a qualquer momento podemos nos lembrar dos estágios anteriores, isto é, ter consciência de que melhoramos de fato. Ler é similar. Quando começamos, qualquer textinho é um desafio. O ponto final não chega nunca, nos perdemos ao mudar de linha; nossa própria leitura mental não consegue encontrar a entonação certa. Enfim, é um calvário de letrinhas. Quando os textos ficam curtos, pulamos para livretos e aos poucos desenvolvemos consciência do conteúdo que expõem, assim como na piscina quando aprendemos seus truques; em resumo, adquirimos experiência, a qual é vital para irmos adiante. Então pulamos para livros complicados, grandes, clássicos de autores famosos ou não. Eles dão um nó na gente e não é raro que tenhamos que ler determinadas partes duas vezes, ou retornar alguns capítulos para compreender o contexto. São as “cãibras gramaticais”, digamos assim – mais treino. O que vem depois: outras línguas, outros autores, mais desafios.... quem sabe até mesmo escrever? E assim como a natação, o nostálgico “olhar para trás” é gratificante e, neste caso, culturalmente impagável. Pessoalmente, leio muito. Sou do time do Luís Fernando Veríssimo: se não tenho nada para ler, corro para a torneira do banheiro para ler “quente/fria”. Talvez por isso repudie aquela imagem estereotipada que fazem dos leitores, com seus pesados óculos, pele pálida, característica apatia, chatice e aversão a convívio pessoal e afins. Ela apenas intimida aqueles que leem, nutre um preconceito, que assim como a maioria, é detestável e infundado. E chegou aquela hora de passar a mensagem final e se tenho uma, ela é: leiam! Ler é mentalmente saudável; nadar (ou praticar qualquer forma de esporte) é fisicamente saudável e como o ditado latino prescreve, mens sana incorpore sano, isto é, mente sã em corpo são. Rafael Accorsi/Universidade de Freiburg, Alemanha (Gazeta do Sul, 7 ago. 2002) 10 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 PRATICANDO Responda às questões abaixo: 1. A exemplo dos amigos do autor do texto, que detestavam ler, apresente outras razões possíveis para tanta resistência à leitura. 2. Na visão do autor do texto, a leitura também é complicada e difícil? Explique. 3. Considere a seguinte afirmação: “Ler, assim como nadar, são atividades para as quais devemos treinar, aprender”. Segundo o texto, como se desenvolve o processo de leitura? 4. Que estratégia linguística o autor utiliza para explicar como se desencadeiam os estágios de leitura? 5. A partir da leitura do texto, explique o que são “calvário de letrinhas” e “cãibras gramaticais”. 6. O autor se opõe a uma visão tradicional de leitor, definida como ”aquela. imagem estereotipada que fazem dos leitores, com seus pesados óculos, pele pálida, característica apatia, chatice e aversão a convívio pessoal e afins”. Qual a razão dessa oposição? 7. A referência a Luís Fernando Veríssimo não é casual. Por que Rafael Accorsi o citou? 1.3 Domínio da língua portuguesa e o mercado de trabalho A Língua Portuguesa e o Mercado de Trabalho Vanessa Loureiro Correa* O programa de televisão "O Aprendiz 3", transmitido pelo canal fechado People and Arts e retransmitido pela TV Record, mostra a luta de doze candidatos por uma vaga na empresa de Roberto Justus, âncora do programa. Esse emprego é em Nova York e o salário é em torno de U$ 250.000 anuais, além de todos os confortos, ou seja, carro, apartamento, alimentação e outras vantagens. Para serem merecedores da vaga, os candidatos precisam mostrar liderança, criatividade, conhecimento técnico e, também, domínio da língua 11 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 materna e de uma língua estrangeira. Vários estudiosos da Língua Portuguesa escreveram sobre a importância de se saber mais de um nível de linguagem para a conquista da vaga. Justus não perdoou os competidores que, em algum momento, usaram termos ou aspectos gramaticais inadequados. Foi incisivo e falou, por alguns minutos, sobre a importância das línguas nas empresas. Provou que um excelente executivo não pode contar somente com o conhecimento da secretária para que a comunicação ocorra. O próprio Roberto demonstrou, em todos os programas, um alto nível de domínio das línguas Portuguesa e Inglesa. Muitos podem estar pensando que isso só ocorreu no programa porque o emprego era bom. Porém, revistas especializadas como Você S/A informam que, atualmente, o domínio linguístico está sendo usado como fator de seleção, tendo em vista o bom currículo dos candidatos. Há empresas que pedem a conjugação de um verbo, outras fazem "ditado" de palavras portuguesas e inglesas, mas a grande maioria pede mesmo é a elaboração de uma redação. Sem sombra de dúvida que a escritura de um texto é, de fato, a melhor maneira de se avaliar o candidato. Além dos aspectos gramaticais, pode-se verificar se ele sabe coesão, coerência, partes textuais e outros elementos que constituem uma produção textual. Sendo assim, torna-se evidente que a inserção no mercado de trabalho não depende mais de um domínio somente técnico. Aqueles que ainda têm problemas com a língua materna terão de correr atrás do prejuízo se quiserem encontrar colocação. Ainda que se possa usar o nível coloquial com os amigos e em situações informais, tem-se que dominar o culto para apresentar um diferencial. Não tem escapatória, a mensagem é clara: mãos à obra! * Mestre em Linguística Aplicada pela PUCRS, professora do Curso de Letras da ULBRA e tutora de Língua Portuguesa no ULBRA EAD. Coordenadora das Licenciaturas do ISEE. Texto disponível em: http://www.ulbra.br/ead/linportuguesa.htm. Acesso em: 16 ago. 2008. 12 http://www.ulbra.br/ead/linportuguesa.htm Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 2 LÍNGUA, LINGUAGEM E SOCIEDADE 13 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 2.1 Conceitos de linguagem, língua e fala A comunicação em nossa sociedade pode ser realizada de diversas formas: através da palavra, do corpo, do gesto, da imagem, do som. Essas formas de comunicação são linguagens que se valem de diversos recursos para produzir significados. A linguagem é um processo comunicativo pelo qual as pessoas interagem entre si. Além da linguagem verbal, cuja unidade básica é a palavra (falada ou escrita), existem também as linguagens não verbais. Há ainda linguagens mistas, que intercalam a verbal com a não verbal. Veja os exemplos: Linguagem verbal Texto opinativo (editorial), poema, ata, ofício, requerimento. Linguagem não verbal Música (melodia), dança, pintura, fotografia, escultura. Linguagem mista (verbal e não verbal) Notícia de jornal (texto escrito e imagem, fotografia), sites da Internet, história em quadrinhos, cinema, teatro, novela. Segundo Dileta Martins e Lúbia Zilberknop (2003), no mundo moderno o homem não vive sem a comunicação, que é uma “força de extraordinária vitalidade na observação das relações humanas e no comportamento individual [...] Provado está que a comunicação é um processo social e, sem ela, a sociedade não existiria” (2003, p. 23). Como processo indispensável à sobrevivência do homem na sociedade, é preciso ter domínio da comunicação e esta se estabelece através de diversos recursos, como a palavra, os gestos, os movimentos, os símbolos, o silêncio, etc. Mas de todos esses recursos, a palavra é o instrumento que tem sido preferido pelo ser humano para expressar seu pensamento, interagir com o outro e se fazer compreender. KLEIN, Jane Jordan. Cadernode Língua Portuguesa Dom Alberto, Santa Cruz do Sul: Faculdade Dom Alberto, 2010; p.18-22; 26,31 e 32. 14 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 O uso da palavra como instrumento de comunicação é regido por um código específico, que é dominado por um grupo de pessoas ou por toda uma comunidade e que possibilita a troca e a construção de mensagens. Esse código é a língua. O que é língua? “Língua é um código que possibilita a comunicação. É um sistema de signos, combinações e de sons, de caráter abstrato, utilizado na fala.”(MEDEIROS, 2005, p. 28) A Língua Portuguesa é o código que todos os falantes desta língua – brasileiros, portugueses e africanos usam nas diversas situações de comunicação e interação social. Por isso, quanto maior for o domínio da língua portuguesa, maiores serão as possibilidades de obter uma comunicação eficiente. Dominar de forma competente uma língua não significa somente conhecer o seu vocabulário; é necessário dominar a Língua Portuguesa que, assim como outras línguas neolatinas, originou-se do latim vulgar. Durante a expansão marítima, no século XV, este idioma foi levado pelos portugueses a outros continentes; hoje é falado por mais 240 milhões de pessoas. Habitantes de Portugal, Moçambique, Angola, Cabo Verde, Macau, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau falam a Língua Portuguesa, com suas leis combinatórias, isto é, fazem a combinação de palavras que propicie sentido. O falante de Língua Portuguesa pode conhecer o sentido das palavras, mas se não respeitar as leis de combinação das palavras, não produzirá significado, sentido. Como código que possibilita a comunicação na sociedade, a língua assume um caráter social, pois o indivíduo sempre recorre ao mundo dos signos linguísticos para formular suas mensagens. Dino Pretti (1984) sintetiza a relação entre língua e sociedade: “Nas grandes civilizações, a língua é o suporte de uma dinâmica social, que compreende não só as relações diárias entre os membros da comunidade, como também uma atividade intelectual, que vai desde o fluxo informativo dos meios de comunicação de massa até a vida cultural, científica e literária.” (PRETTI, 1984, p. 53) É preciso destacar que a língua pertence a toda uma comunidade, evolui e transforma-se historicamente. Quando se fala em língua, deve-se abandonar a busca da homogeneidade e da estabilidade; a língua é mutável. Como exemplo dessas mudanças, pode-se observar o vocabulário: algumas palavras perdem ou ganham fonemas (sons); outras deixam de ser utilizadas; outras palavras são criadas 15 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 de acordo com as necessidades das pessoas – é o caso dos neologismos e dos empréstimos de outras línguas com as quais uma comunidade tem contato. Como podemos observar a flexibilidade e as mudanças da língua? Vejamos os textos: Texto 1: Em nossa última conversa, dizia-me, o grande amigo, que não esperava viver muito tempo, por ser um “cardisplicente”. _ O quê? _ Cardisplicente. Aquele que desdenha do próprio coração. Entre um copo e outro de cerveja, fui ao dicionário. _ “Cardisplicente” não existe, você inventou - triunfei. _ Mas se eu inventei, como é que não existe? – espantou-se o meu amigo. Semanas depois, deixou, em saudades fundas, companheiros, parentes e bem amadas. Homens de bom coração não deveriam ser cardisplicentes. Questão: “Mas se eu inventei, como é que não existe?” Segundo se deduz da fala espantada do amigo do narrador, a língua, para ele, era um código aberto, (a) ao qual se incorporariam palavras fixadas no uso popular. (b) a ser enriquecido pela criação de gírias. (c) pronto para incorporar estrangeirismos. (d) que se amplia graças à tradução de termos científicos. (e) a ser enriquecido com contribuições pessoais. Texto 2: Explicação moderna para uma pergunta antiga _ Pai, como é que eu nasci? _ Boa pergunta, filhão. Muito bem, tínhamos mesmo que ter essa conversa um dia. O que aconteceu foi o seguinte: eu e sua mãe nos conhecemos após nos encontrarmos num Chat desses da net, que existem para se conversar. O papai marcou uma interface com a mamãe num cybercafé e acabamos plugados. A seguir, a mamãe fez uns downloads no joy-stick do papai e quando estava tudo pronto para a transferência de arquivo, descobrimos que não havia qualquer tipo de firewall conosco. Como era tarde demais par dar o 16 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 ESC, papai acabou fazendo o upload de qualquer jeito com a mamãe e, nove meses depois, você apareceu. Entendeu?(Gazeta do Sul, Gazeta Mix, 02 mar. 2006, p.6) Questão: De que forma o pai explicou o nascimento do filho? A língua é um código aceito por convenção. Por isso, um indivíduo, isoladamente, não consegue modificá-la. As transformações da língua são ocasionadas por alterações linguísticas surgidas em comunidades ou grupos sociais. Além disso, a língua é usada tanto na escrita quanto na fala. A fala, segundo Medeiros, “é regida pelo uso consensual que os falantes fazem dos elementos do sistema” (2005, p. 28). Além disso, a fala é um ato intencional e individual, de vontade e de inteligência. Tanto a fala quanto a escrita são “usos individuais da língua” (CEREJA; MAGALHÃES, 2005, p. 21), pois os indivíduos não falam e escrevem da mesma forma. Como enfatiza Medeiros (2005), a língua escrita e a língua falada apresentam diferenças de forma, gramaticalidade e recursos expressivos: Estabelece-se diferença fundamental entre língua falada e língua escrita. A primeira é livre, desativada de componentes situacionais; a segunda é presa às regras da gramática e ao padrão considerado culto. Uma é criativa, espontânea; outra cuidada, elaborada. Ainda que a língua seja a mesma, a expressão escrita difere muito da oral, podendo-se facilmente comprovar que ninguém fala como escreve, ou vice- versa. (2005, p. 29). O autor também ensina que na língua falada há mais contato entre os falantes, enquanto na escrita há mais distanciamento, pois “o contato entre quem escreve e quem lê é indireto” (2005, p. 29). Nesse sentido, o autor afirma que a língua falada é concreta, não apresenta grande preocupação gramatical, tem vocabulário reduzido e constantemente renovado e pode contar com outros recursos extralinguísticos, como os gestos, as expressões faciais, a postura. A língua escrita, ao contrário, é abstrata, conservadora, refletida e exige maior esforço para elaboração e obediência às regras gramaticais. Seu vocabulário deve ser preciso e apurado. 17 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 2.2 Diferenças entre língua falada e língua escrita LÍNGUA FALADA LÍNGUA ESCRITA Vocabulário restrito e repetições de palavras Vocabulário amplo e variado Emprego de gírias e neologismos Emprego de termos técnicos Emprego restrito de certos tempos verbais Uso de vocabulários eruditos e abstratos Uso de onomatopeias Emprego do mais-que-perfeito, subjuntivo, futuro do pretérito Ausência de rigor na colocação pronominal Rigor na colocação pronominal Supressão de pronomes relativos, como cujo Emprego de pronomes relativos Subjetividade e uso de expressões emotivas Objetividade e ausência de expressões emotivas Frases feitas, clichês, chavões, provérbios Uso criativo de frases Sintaxe simples Sintaxe elaborada Frases inacabadas Frases construídas com rigor gramatical Formas contraídas e omissão de palavras no interior das frases Clareza na redação, sem omissões e ambiguidades Predomínio de orações coordenativas Uso de orações coordenadas e subordinadas Quadro adaptado de Medeiros (2005) Medeiros ainda observa que tanto a língua falada/oral quanto a língua escritaapresentam níveis ou registros: Em situações formais, a expressão se dá com a utilização de uma língua mais gramatical, com pronúncia cuidada. Em situações menos tensas, como a do meio familiar, a língua adquire características de informalidade, e as preocupações com a clareza e a correção tornam-se menos rigorosas. (MEDEIROS, 2005, p. 29-30). 18 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 PRATICANDO 1) Coloque V (verdadeiro) e F (falso) nas alternativas a seguir: ( ) A língua, como elemento de comunicação, sofre mudanças, que variam no tempo e no espaço. Por isso, o modo como falamos e escrevemos hoje não é o mesmo de épocas anteriores. ( ) Enquanto a língua falada necessita de nexos entre frases, a escrita dispensa esses elementos, pois sua comunicação dispõe de outros recursos (como a riqueza vocabular) que auxiliam a comunicação. ( ) A gíria é um elemento de criatividade e expressividade usada na língua e é admitida na fala. ( ) Na língua falada, é comum o uso de períodos subordinados, que são mais longos e demonstram mais cuidado na elaboração linguística. ( ) A língua falada é mais espontânea, usa clichês, frases feitas, que, na língua escrita, são evitados. 2) Leia o diálogo estabelecido entre dois jovens, Viviane e Juliana, no telefone a respeito de um trabalho em grupo para a faculdade. _ Oi, Ju, cê acabou o trabalho? _ Já detonei, Vi! Só que não deu para passar na facu! O Giba ficou pegando no meu pé pra arrumar uns lances nuns gráficos. _ Ah! Falei que ia dar zica. Mas cê tá ligada que tem que escrever uma carta pra secretária para entrega fora do prazo, né? _ Desencana. O Giba disse que ia resolver essa parada... _ Ah, então beleza! Dá um toque pro Marquinho, falô? Bejão! a) Quais expressões, ou palavras demonstram a oralidade da língua? b) Em quais contextos comunicativos a língua falada deve se manter mais formal ou se apresentar de forma espontânea, como acontece no diálogo entre os universitários do texto acima? 19 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 No uso da língua, o locutor deve ajustar sua fala e/ou escrita ao contexto comunicativo e especialmente ao interlocutor, já que a língua oferece uma multiplicidade de possibilidades de uso. Medeiros explica como o locutor/redator deve proceder ao elaborar seu texto, considerando o interlocutor: “Assim, o redator empresarial utiliza uma variante mais elaborada da Língua Portuguesa se o texto que escreve se destina a pessoas de grau elevado de instrução; se se dirige a um público de grau de escolarização reduzido, deve fazer uso de uma variante mais adequada a esse nível.” (MEDEIROS, 2005, p.30) Outro ponto a destacar é que a língua falada e a língua escrita são formas diferentes de comunicação. Nenhuma é melhor ou pior do que a outra. Cada uma delas é apropriada a uma determinada forma de comunicação. Apesar de reconhecer as diferenças de níveis da língua oral e da língua escrita, Medeiros é categórico ao afirmar que é imprescindível o domínio da língua escrita na sociedade atual: “Note-se que, no entanto, a falta de domínio da língua escrita é estigmatizante e que no atual momento é crescente a importância da língua escrita como meio de informação científica e tecnológica.” (MEDEIROS, 2005, p. 30) 2.3 Etiqueta empresarial Saiba como fazer do marketing pessoal uma estratégia dentro e fora do mundo dos negócios Todo mundo quer aparecer na mídia. Andy Warhol já dizia que todos têm os seus 15 minutos de fama; alguns querem mais...” Um bom marketing pessoal faz milagres”. Mas deve ser sutil, discreto, inteligente. Não pense que um armário cheio de marcas de grife fará de você o "bam-bam-bam" do qual todos querem informações. Roupa não é tudo. Você precisa ter o que falar. A exposição excessiva aos holofotes da imprensa pode ser desastrosa. Abaixo, damos algumas dicas para quem quer levar sua imagem até a imprensa: Marketing de sucesso - Fale na mídia, de preferência sobre a sua área de atuação profissional; - Não use chavões; - Participe de entidades de classe; 20 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 - Se for capaz, publique livros e artigos; - Frequente cursos de pós-graduação; - Mantenha a mídia informada sobre os seus projetos empresariais e pessoais relevantes; - Procure um caminho original quando seus conhecimentos forem requisitados; - Conserve amizades dos tempos de colégio e universidade; - Não se deixe picar pela mosca da vaidade; - Mantenha a vida pessoal fora das pautas dos jornalistas. Caso você queira um trabalho mais profissional, contrate uma assessoria de imprensa. O trabalho do marketing eficiente envolve um conjunto de ações de comunicação que procura ordenar a aparição do cliente na imprensa em ocasiões pontuais. E, para isso, nada melhor que um jornalista para mostrar o caminho das pedras. 2.4 O “certo” e o “errado” no idioma Observe novamente as frases: “Tá na cara que eles não teve peito de encará os ladrão.” “Obviamente faltou-lhes coragem para enfrentar os ladrões.” Qual dessas frases é gramaticalmente correta? Mas, se tanto a frase 2 como a frase 1 dizem a mesma coisa, se qualquer pessoa que seja falante de nosso idioma pode compreendê-las perfeitamente, por que considerar uma frase correta e outra errada? Como determinar o que é certo e o que é errado em um mesmo idioma? Ferreira enfatiza que: “de modo geral, os falantes de um idioma são levados a aceitar como ‘correto’ o modo de falar do segmento social que, em consequência de sua situação econômica e cultural privilegiada, tem maior prestígio na sociedade; assim, o modo de falar desse grupo social passa a servir de padrão, enquanto as demais variedades linguísticas, faladas por grupos sociais menos prestigiados, passam a ser consideradas ‘erradas’.” (2003, p. 81). É importante estar ciente de que, em princípio, não existe uma forma melhor ("mais certa") ou pior ("mais errada") de falar. Trata-se apenas de uma diferenciação que se estabelece com base em critérios sociais e em situações de uso efetivo da língua. (FERREIRA, 2003, p. 81) 21 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 Nessa mesma linha de raciocínio, Faraco e Tezza defendem a ideia de que há atribuição de valor diferente entre uma e outra variedade linguística e que essa valoração está ligada a condicionamentos históricos e sociais: as variedades mantêm uma relação de valor umas com as outras. Em bom português, a verdade é que todas as sociedades humanas estabelecem uma hierarquia entre suas variedades, atribuindo valores a este ou àquele traço da fala. Por motivos sociais e históricos, algumas variedades são consideradas boas (a essas damos o nome técnico de variedades padrões ou língua padrão) e outras más. (FARACO; TEZZA, 1992, p. 13). Assim, proferir a frase "Eles não teve peito de encará os ladrão" está linguisticamente correto, já que é possível compreender as ideias que expressa, mas está gramaticalmente incorreto, pois o enunciado não obedece aos padrões definidos pela gramática normativa. 22 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 3 LÍNGUA CULTA E LÍNGUA COLOQUIAL 23 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 LÍNGUA CULTA E LÍNGUA COLOQUIAL As proposições de Ferreira (2003) sinalizam que, convencionalmente, é considerada "certa" ou "modelar" a variedade lingüística utilizada pelos falantes que integram o grupo de maior prestígio social. Essa é a chamada língua culta, falada e escrita em situações mais formais, pelas pessoasde maior instrução e é difundida principalmente pela ação da escola e dos meios de comunicação. Já a língua coloquial “é uma variante mais espontânea, utilizada nas relações informais entre os falantes. É a língua do cotidiano, sem muita preocupação com as normas. O falante, ao utilizá-la, comete deslizes gramaticais com frequência considerável. Outra característica da língua coloquial é o uso constante de expressões populares, frases feitas, gírias, etc”. (FERREIRA, 2003, p. 81) Numa comparação entre a língua culta e a língua coloquial, é possível constatar que, em certos aspectos, as diferenças entre as duas são bem evidentes, mas, em outros, os limites não são tão claros, ficando difícil, nesses casos, definir uma "fronteira" entre o que é culto e o que é coloquial. As diferenças percebidas com mais facilidade entre a língua coloquial e a língua culta são as mesmas observáveis entre a língua falada e a língua escrita. IMPORTANTE! Empregar a língua culta não significa, necessariamente, “falar difícil”, usando palavras e expressões raras. Usar a língua culta significa falar (ou escrever) obedecendo às regras da gramática normativa. 3.1 Adequação e inadequação línguística Quando uma pessoa se comunica com outra(s), para que esse ato se realize de forma eficiente, é necessário que ela faça a adequação da linguagem. Há situações em que a relação entre os interlocutores é mais descontraída, mais informal ou pessoal, casos em que fica mais adequado o emprego de uma linguagem KLEIN, Jane Jordan. Caderno de Língua Portuguesa Dom Alberto, Santa Cruz do Sul: Faculdade Dom Alberto, 2010; p.32,35. 24 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 informal, mais "solta". Outras vezes, essa relação é mais impessoal, mais distanciada, o que requer uma linguagem mais formal, “mais cuidada”. São vários os fatores que, isoladamente ou combinados, levam o falante a adequar sua linguagem às circunstâncias do ato de comunicação. Entre esses fatores, destacam-se: # o interlocutor (não se fala do mesmo modo com um adulto e com uma criança); # o assunto (não se fala sobre a morte de uma pessoa amiga da mesma maneira que' se fala sobre a derrota do time de futebol); # o ambiente (não se fala do mesmo jeito em um templo religioso e em um churrasco com amigos); # a relação falante-ouvinte (não se fala da mesma maneira com um amigo e com um estranho; ou em uma relação informal e em uma relação formal). Em um ato de comunicação, a influência desses e de outros fatores resulta num maior ou menor grau de formalidade ou informalidade na linguagem. O grau de formalidade do redator empresarial, por exemplo, deve ser alcançado considerando-se o “público-alvo” do texto. Se o interlocutor for um sujeito com pouca escolarização, a variedade linguística utilizada dever ser menos formal. Agora se o falante for um indivíduo culto, a língua culta deve ser adotada para a comunicação. Observando as variantes linguísticas adotadas no meio empresarial, João Bosco Medeiros (2005) constata que os profissionais desse ramo têm usado geralmente um “nível comum tenso”, ou seja, não têm redigido textos em linguagem só compreensível para doutores, nem escrito textos com uma variedade que agrida o padrão culto da língua; e, essa é uma saída correta para adequar a língua ao contexto de comunicação. PRATICANDO 1. Em cada situação a seguir, indique se a linguagem utilizada pelo falante está adequada ou inadequada. a) Um advogado, num tribunal de júri, diz: “Tá na cara que a testemunha ta enrolando”. 25 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 b) Um advogado, num tribunal de júri, diz: “É evidente que a testemunha está faltando com a verdade”. c) Um advogado, batendo um papo com um amigo, diz-lhe, a respeito de um julgamento: “Tava na cara que a testemunha tava enrolando”. 2. (ENADE – 2007) Vamos supor que você recebeu de um amigo de infância e seu colega de escola um pedido, por escrito, vazado nos seguintes termos: “Venho mui respeitosamente solicitar-lhe o empréstimo do seu livro de Redação para Concurso, para fins de consulta escolar.” Essa solicitação em tudo se assemelha à atitude de uma pessoa que (A) comparece a um evento solene vestindo smoking completo e cartola. (B) vai a um piquenique engravatado, vestindo terno completo, calçando sapatos de verniz. (C) vai a uma cerimônia de posse usando um terno completo e calçando botas. (D) frequenta um estádio de futebol usando sandálias de couro e bermudas de algodão. (E) veste terno completo e usa gravata para proferir uma conferência internacional. 26 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 4 ESTUDO DO PARÁGRAFO 27 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 ESTUDO DO PARÁGRAFO Nas diversas situações do nosso cotidiano, convivemos com textos. Tipos textuais podem se caracterizar por uma conversa entre amigos, uma propaganda, uma história em quadrinhos, uma ata, um resumo, um ofício, uma resenha. Cada um desses textos tem um modo específico de elaboração com estrutura, linguagem e objetivos distintos. Um texto pode ser mais narrativo, enquanto outro serve-se especialmente da descrição ou da argumentação. E é por isso que, no ensino fundamental e médio, são estudados os modos de organização de um texto: narração, descrição e dissertação/argumentação. A escolha por um desses modos de organizar um texto depende da intenção e das necessidades comunicativas do redator. Nesse sentido, se o objetivo do locutor é, por exemplo, instruir seu interlocutor, ele produz um texto que se organiza em torno de argumentos, uma vez que seu objetivo é convencer – dissertativo argumentativo. Ex.: O superintendente de Produção de Águas da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Marco Antonio Lopez Barros, admitiu que estuda reduzir a vazão do Sistema Cantareira. O nível total dos reservatórios do Cantareira continua preocupante e chegou nesta quarta-feira (8) a 5,5% da capacidade. Há um ano, o nível era 39,8%. Os ministérios públicos Estadual e Federal já ajuizaram ação civil pública pedindo que o uso da água do Cantareira seja restringido. De acordo com a Sabesp, a redução da vazão pode integrar o plano de contingência exigido pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) e pela Agência Nacional de Águas (ANA) para que comece a captação da segunda cota do volume morto. A companhia informou que o volume de redução da vazão ainda não foi estipulado. Segundo medição da ANA, a vazão do Cantareira liberada para a Sabesp é hoje de 16,6 metros cúbicos por segundo. Na terça-feira (7), estava em 17,27 metros cúbicos por segundo. Os volumes registram queda conforme a escassez de água aumenta. Esta é a maior crise hídrica da história de São Paulo. KLEIN, Jane Jordan. Caderno de Língua Portuguesa Dom Alberto, Santa Cruz do Sul: Faculdade Dom Alberto, 2010; p.39-.47. 28 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 Se o objetivo é contar fatos reais ou fictícios, ele pode optar por produzir um texto que apresente em sua estrutura os fatos, as pessoas ou personagens envolvidas, o momento e o lugar em que os fatos ocorreram - narrativo. Ex.: Um soldado do Exército ficou ferido no fim de madrugada desta quarta-feira (8), na Praça dos 18, comunidade da Baixa do Sapateiro, no Complexo da Maré, em confronto com criminosos. O militar foi levado para o Hospital Central do Exército, em Benfica, onde passa por exames clínicos. Se for transmitir conhecimentos, o locutor deve construir um texto que exponha os saberes de forma eficiente - descritivo.Ex.: Retrato Eu não tinha este rosto de hoje, assim calmo, assim triste, assim magro, nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, tão paradas e frias e mortas; eu não tinha este coração que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, tão simples, tão certa, tão fácil: - Em que espelho ficou perdida a minha face? Cecília Meireles Dependendo da situação de produção de texto, este pode ser extenso ou curto. O importante é organizar adequadamente as ideias do texto e, para isso, existe o parágrafo, que é uma unidade de composição, uma microestrutura de uma totalidade, o texto. Estruturalmente, os parágrafos são blocos ou parcelas de texto que estabelecem sequência de informações, mantendo a unidade de sentido. Os parágrafos, à 29 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 semelhança das orações que os compõem, mantêm relações de sentido entre si. Por isso, os parágrafos têm funções importantes em relação à coerência do texto: eles contribuem para assegurar a unidade e para possibilitar a progressão das ideias. Qual a importância do parágrafo no texto? A divisão do texto em parágrafos é uma estratégia para facilitar a compreensão do leitor, fazendo com que o receptor acompanhe a linha de raciocínio do autor. Além disso, segundo Faraco e Tezza (2003), “O parágrafo tem, antes de tudo, uma importância visual. O texto dividido em parágrafos ‘descansa’ a vista do leitor, impedindo que o olhar se perca num emaranhado sem fim de linhas” (2003, p.208) Um texto dissertativo-argumentativo é formado, geralmente, por um parágrafo que introduz o tema da redação, outros que o desenvolvem e um último que conclui o texto. A paragrafação serve para o autor indicar o movimento de um texto. 4.1 Estrutura do parágrafo-padrão A estrutura do parágrafo-padrão em um texto dissertativo compreende três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. a) introdução: consiste em um período que expressa, de maneira geral e sucinta, a ideia-núcleo do parágrafo, ou seja, contém a frase-chave do resto do parágrafo. b) desenvolvimento: é formado por períodos secundários, que constituem explicações, detalhes e desenvolvimento da ideia-chave. c) conclusão: é um período que anuncia o clímax do parágrafo ou sintetiza seu conteúdo. Observe um exemplo de parágrafo-padrão e as partes que o compõem. O futebol da várzea está em extinção. A prática quase centenária do jogo de bola nos terrenos vazios e nos saudosos “campinhos” é escassa nos dias de hoje. Nos anos 30 eram comuns as peladas que reuniam jovens de todas as idades, dos 10 aos 50 anos e times que disputavam o poder da pelota. Primeiro veio a especulação imobiliária e muitos dos terrenos 30 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 destinados à prática do esporte se foram na construção de edifícios. Depois vieram os anos de denúncias vazias e a falta de moradias populares. Consequentemente, aumentaram as ocupações de áreas urbanas não construídas, o que acarretou a diminuição radical dos jogos de bola nos campinhos. O parágrafo-padrão apresenta Introdução Exposição da ideia central do parágrafo. Objetivos: apresentar a ideia-núcleo e estimular a continuação da leitura. Desenvolvimento Desdobramento da ideia núcleo. Objetivo: expor ideias secundárias que explicam ou esclarecem a ideia central, através de exemplos, comparações, etc. Conclusão Conclusão ou fechamento do parágrafo. Objetivo: finalizar o parágrafo, propondo uma retomada das ideias, um questionamento, uma opinião, etc. PRATICANDO 1. Identifique as partes (introdução, desenvolvimento e conclusão) dos parágrafos a seguir: a) ( ) A realidade brasileira deixa claro que o país é palco de grandes contradições sociais, culturais e econômicas. \ ( ) A origem disso pode ser procurada e provavelmente será encontrada na exploração do Brasil pelas grandes potências, que contavam com o apoio de nossa elite e com a falta de voz ativa dos menos favorecidos. Além disso, é preciso considerar que o país tem sido governado de maneira irresponsável por alguns políticos. A atuação de Fernando Collor de Mello é exemplar nesse sentido, pois permitiu que os “anões do orçamento” desviassem verbas públicas que poderiam minimizar os problemas sociais da grande maioria da população em vez de aumentar os cofres de uns poucos privilegiados. \ ( ) Diante dessas contradições e dessas injustiças, os brasileiros precisam encontrar uma forma de tornar o país menos contraditório e socialmente e economicamente mais justo. b) ( ) Hoje não se diz mais “cercou um frango”, diz-se “engoliu um frango”. \ ( ) Há quem confunda uma coisa com outra e, 31 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 confundindo-as, chegue a achar que noutros tempos o torcedor tinha mais graça. A expressão “cercou um frango” era realmente perfeita. Quando alguém, na arquibancada, pela primeira vez, gritou ”cercou um frango”, todo mundo viu o frango, o gesto familiar de cercar um frango, o quíper de braços abertos, acocorado, cerca a bola daqui, cerca a bola dali, a bola aos saltos, fugindo, como um frango. Não se sente o mesmo no ”engoliu um frango”, embora o torcedor vá ao ponto de, às vezes, medir ou pesar o frango. Este não foi frango, foi uma galinha, e das gordas. Ou este foi um peru, e argentino. \ ( ) A verdade é que antes, muito antes de se dizer “cercou um frango”, o torcedor, em relação ao gol, já pensava no verbo engolir ou comer, mais em comer do que engolir. A prova está no apelido de “Guloso” que se deu a um quíper da Mangueira. (Mário Filho, 1994, p.150) 2. Analise o parágrafo abaixo. As frases de que se compõem constituem o desenvolvimento de uma ideia anterior. Escolha, entre as alternativas abaixo, a frase que contém a orientação básica do parágrafo, isto é, a introdução. Temos criado, nesse país, uma geração tartaruga, uma geração medrosa, recolhida para dentro de si. E estamos todos impregnados por esse espírito de tartaruga. Não temos coragem para contestar nossos dirigentes, para nos opor às suas ideias e criar soluções alternativas. Agimos apenas de maneira reativa, negativa, covarde. a) Precisamos assumir o desafio de educar nossas crianças para desenvolver o instinto da águia. b) Com o atual sistema de ensino, estimulamos o espírito do medo e da covardia e dele nos contaminamos. c) Procuramos em nossas escolas fazer com que nossas crianças se recolham para dentro de si e percam a agressividade – o instinto próprio do homem corajoso, capaz de vencer o perigo que se lhe apresenta. 3. Os dois parágrafos a seguir encontram-se fora da ordem dada pelos autores. Restitua a ordenação original, numerando, em ordem crescente, os períodos. a) ( ) O quebra-quebra dominou o centro da cidade, e o governo perdeu o controle da situação. ( ) No saldo final do protesto, 700 pessoas presas, 65 feridas e 20 mortas. ( ) Era a rebelião popular contra a vacinação antivariólica obrigatória. ( ) 32 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 Arandelas de gás partidas, postes de iluminação vergados, fragmentos de vidro por toda parte, paralelepípedos arrancados, bondes virados e incendiados.( ) Entre 11 e 14 de novembro de 1904, o Rio de Janeiro transformou-se em praça de guerra. ( ) A população montou barricadas para enfrentar os vacinadores e os soldados, que foram agredidos com latas e pedras. b) ( ) No decorrer desse período, suas faturas conosco chegaram ao montante de centenas de milhares de cruzados. ( ) A nossa fábrica de cinzeiros Prudentina & Irmãos, de Presidente Prudente, negocia com a empresaComercial São José há 15 anos. ( ) Declaramos que as contas foram todas pagas até agora e tão prontamente quanto as condições comerciais permitem. ( ) A Comercial São José nunca fez negócios conosco que não pudesse saldar e dela podemos afirmar que é honesta e merecedora de crédito. 4.2 Formas de elaboração da introdução do parágrafo Há várias formas de começar a redação de um parágrafo, de introduzir a ideia central a ser desenvolvida. Os modos mais comuns de iniciar um parágrafo são: interrogação, declaração inicial e divisão. a) interrogação: o parágrafo começa com uma pergunta, seguindo-se o desenvolvimento sob forma de resposta ou de esclarecimento. Ex.: O que fez do Betinho o Betinho? Sua capacidade de reduzir a vida pública a um serviço em benefício dos excluídos. Nada mais. Isso pode soar banal, ou mesmo laudação de necrológico. Desde que foi descoberta a banalidade do mal, deixou-se de prestar atenção na fome, casa para quem não tinha morada e trabalho para o desempregado. São coisas que, pela ordem moral das coisas, todo mundo deveria ter.... (ZH, 11 ago. 1997) b) declaração inicial: o autor afirma ou nega alguma coisa para, a seguir, justificar ou fundamentar a asserção. É a forma mais tradicional de formular a introdução. Ex.: Em junho deste ano, a luz de Betinho começou a enfraquecer. Sem poder se alimentar, o sociólogo acabou internado com pneumonia bacteriana, infecção oral e 33 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 insuficiência hepática, mas o tratamento não adiantou. Tanto insistiu que retornou para casa, onde foi montada uma UTI portátil. (...) (ZH, 11 ago. 1997) c) divisão: consiste em apresentar a ideia-núcleo do parágrafo sob a forma de discriminação das ideias a serem desenvolvidas. Ex.: Duas realizações se destacam do rico legado deixado por Betinho: a criação do Ibase e a campanha de Ação da Cidadania contra a Miséria e pela Vida. O Ibase, Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, é uma das mais atuantes organizações não governamentais do país (...). A campanha contra a fome, lançada em 1992, foi um obstinado trabalho em favor dos 32 milhões de brasileiros totalmente desamparados (...). PRATICANDO Identifique o tipo de introdução dos parágrafos a seguir: a) O caos se instalou no transporte coletivo. Acompanhando um estudante que embarca no ônibus no centro e se desloca até o Campus, poderemos perceber a situação. Os ônibus estão sucateados e os estudantes não têm onde sentar porque todos os bancos já estão ocupados por pessoas que moram em regiões distantes do centro, nas quais a lotação passa antes. Os estudantes precisam fazer acrobacias para passar na roleta e manter consigo os materiais diante de batidas e prisões dos outros passageiros. Ao final do trajeto, o estudante chega ao seu destino, mas está cansado e atrasado. b) O que é violência cotidiana? Os exemplos são muitos. É a crescente concentração de renda em privilégio dos 20% mais ricos, que aumentou não só entre 1960 e 1970, mas também entre esta data e 1976. É a exploração do trabalho. Talvez o exemplo mais flagrante daquilo que pode ser chamado de violência cotidiana pode ser encontrado no tempo de locomoção diária entre a residência e o trabalho, que em média para quem mora nas zonas periféricas de São Paulo é de 4 horas. A observação a um desses exemplos mostrará claramente a violência por que passam aqueles que levam adiante as engrenagens produtivas. 34 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 c) Para obter sucesso profissional, duas práticas devem ser seguidas à risca: o estudo contínuo e seriedade. Um profissional que não mantém uma educação continuada pode perder espaço no mercado de trabalho por ignorar teorias e ações recentes sobre determinada função de seu ramo de atuação. Aquele sujeito que não mantém uma postura correta e brinca durante os exercícios de suas atividades demonstra aos seus superiores e colegas que não tem a seriedade necessária para o trabalho. Assim, estudar e manter seriedade são requisitos básicos para quem quer alcançar êxito profissional. 4.3 Formas de elaboração do desenvolvimento do parágrafo O desenvolvimento do parágrafo pode ser feito de várias formas. As principais maneiras de desenvolver a ideia-chave da introdução são: comparação: consiste em desenvolver a ideia-núcleo através de uma comparação que pode apontar semelhanças ou diferenças entre as ideias apresentadas na introdução. Ex.: Nos 1.143,017 Km do território sul-africano, é possível encontrar atrações turísticas tão variadas como as existentes no Brasil, que é oito vezes maior. A região vinícola da Província do Cabo lembra muito a zona do vinho do Rio Grande do Sul; as matas e savanas do interior do país correspondem aos cerrados e florestas da Amazônia e do mato Grosso. Diante de tantas semelhanças, só um olhar ingênuo ignora que África e América são terras parecidas. exemplificação: consiste na apresentação de casos, fatos, ocorrências que ilustram o que se está tratando. Ex.: Muitos poluidores químicos contribuem para degradar os rios. Os resíduos industriais são o exemplo mais dramático do prejuízo causado às fontes naturais de água, pois contêm uma série de elementos químicos altamente prejudiciais à vida aquática, como o benzeno, o aldeído e várias espécies de ácidos. Os agrotóxicos são também poluidores que alcançam os rios, envenenando e matando vários organismos, principalmente os peixes. Além desses, os esgotos residenciais transportam para os rios diversos tipo de poluidores químicos, dentre os quais o mercúrio. Assim, com vários agentes nocivos, o rio tende a desaparecer, pois não há vida que suporte tanto mal. 35 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 apresentação de causas e/ou efeito: consiste na apresentação de razões, motivação ou consequências relacionadas à ideia central anunciada na introdução. Ex.: As florestas tropicais vêm desaparecendo rapidamente. As motivações e as consequências da destruição dessas matas estão sendo denunciadas constantemente pelos ecologistas, preocupados com o futuro do planeta. Destrói-se a floresta porque ela é um banco potencial para a fabricação de medicamentos e uma fonte de matéria-prima para a satisfação de inúmeras necessidades: alimentação, utensílios, móveis, energia. A destruição das matas também resulta da agricultura intensiva, que destrói a vegetação nativa das áreas cultivadas. A destruição da floresta provoca o desaparecimento de plantas, animais e da cultura de muitos povos. Diante desse quadro lamentável, cabe a nós buscarmos uma estratégia para impedir que as florestas desapareçam por completo e que parte de nossa “memória ambiental” mantenha-se viva para o conhecimento de gerações posteriores. d) apelo ao testemunho de autoridade: consiste na recorrência a frases, citações, relatos proferidos por um especialista ou uma autoridade para conferir ao texto maior credibilidade. Ex.: Quantos diabos há? O número é infinito. Segundo o célebre doutor em demonologia, Dr. Blook, o cálculo é simples, porque cada homem tem um diabo que o acompanha sempre como sua própria sombra, devendo, portanto, o número de diabos ser igual ao número de criaturas de que se compõe a humanidade e isso sem contar os demônios vadios, que andam pelo ar, pelo solo, pelas águas, sem ocupação, passando..... Assim, fica fácil perceber que o número de diabos é igual ao número de homens, vadios ou não, existentes no mundo. PRATICANDO 1. Leia os excertos a seguir e identifique como são desenvolvidos os parágrafos. a) A prática de redação é muito importante para a formação profissional. Não é apenas pela necessidade de redigir cartas, relatórios,ofícios que um administrador, por 36 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 exemplo, precisa saber escrever. A prática da redação é fundamental porque é um excelente treinamento para a organização do raciocínio e para o desenvolvimento da capacidade de expressão. Nesse sentido, todos devem aperfeiçoar a competência comunicativa. b) A violência é um dos problemas mais graves no Brasil e pode estar associada ao desnível social, econômico e cultural da população. Constantemente jovens, crianças e adultos são expostos a agressões, roubos e morte, por exemplo. Segundo a professora de Sociologia da Universidade de São Paulo, a violência deve ser entendida como um fenômeno atrelado à desigualdade social: quanto mais dificuldades maiores são as chances de se cometer violência. Nesse sentido, pode-se concluir que ações violentas são motivadas por questões sociais, motivadas pelos altos índices de miséria e injustiça social. c) As estratégias que a sociedade adota para combater a violência são diversas. Um exemplo dessas medidas são as baseadas na emoção, na ação impulsionada pelo sentimento. Outra forma encontrada busca resolver a violência com base no conhecimento popular, já que o conhecimento científico sobre o tema raramente é levado em consideração. Como reflexo, o tratamento das pessoas violentas evoluiu muito pouco no decorrer do século XX. Como se percebe, ainda não existem soluções definitivas para acabar com a violência. 2. Elabore um desenvolvimento para o parágrafo a seguir: (pessoal) A realidade brasileira é marcada por contradições sociais, culturais e econômicas. Diante dessas contradições, os brasileiros precisam se perguntar qual é de fato o significado do dia 7 de setembro para o nosso país. 37 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 4.4 Formas de elaboração de conclusão do parágrafo A redação da conclusão de um parágrafo pode reorganizar enfaticamente as principais ideias do desenvolvimento. Isso pode ser feito por meio da elaboração de uma frase expressiva, de uma frase que reafirma a tese do parágrafo, de uma frase interrogativa que deixa questões ao leitor, etc. Por isso, a conclusão pode ser do tipo síntese, proposta ou pergunta. Nos parágrafos a seguir, observe as conclusões: a) Os problemas encontrados no GOL (Grande Ônibus Lotado) não são poucos. Depois de muitos minutos em uma parada de ônibus, chega o GOL. Logo na entrada, é aquele empurra-empurra e, como música ao fundo, ouve-se “um passinho pra frente pessoal”. Todos respiram o mesmo gás carbônico, porque num contexto como esse o oxigênio já nem existe mais. Chegando ao destino, um alívio: finalmente a viagem acabou. Após o término das aulas, o sufoco recomeça. E pode contar, no outro dia, novamente tudo irá se repetir. b) A vida agitada das grandes cidades aumenta os índices de doenças do coração. Somente na última década, segundo informações da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, o paulista infartou vinte vezes mais do que no decênio anterior. O stress causado pela vida intensa acelera os batimentos cardíacos, por intermédio da injeção exagerada de adrenalina, e apressa o surgimento de doenças do coração. Assim, nesse contexto, há como não sofrer problemas cardíacos? Na redação de um parágrafo, devem-se observar algumas características para que o texto tenha qualidade. E quais são essas qualidades? • O parágrafo deve ter unidade: as ideias e frases devem ser coerentes. Isto é, as frases devem estar intimamente inter-relacionadas de tal modo que todas se relacionem ao tema. • As frases podem ser ligadas por elementos de coesão conforme o sentido que expressam: 38 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 ELEMENTOS DE COESÃO IDEIA QUE EXPRESSAM mas, porém, todavia, contudo, no entanto Adversidade entretanto, enquanto, ao passo que, à proporção que, à medida que Proporção tanto quanto, como, assim como, do que Comparação embora, ainda que, se bem que, mesmo que Concessão porque, visto que, uma vez que, já que Causa consequentemente, por conseguinte, de modo que Consequência logo, portanto, desse modo, assim, então Conclusão Evitar a redação de frases muitos longas, como também somente o uso de frases curtas. A variação no comprimento das frases do parágrafo é um procedimento para realçar as ideias. • A simplicidade deve prevalecer sobre a linguagem rebuscada. Não usar palavras cujo significado não seja familiar. Exemplo: O Senhor Mauro da Costa é um quiropedista. (Pedicuro) • Evitar repetições de palavras e ideias. Exemplos: Isto acontece com os velhos já idosos há 20 anos atrás. O poder aquisitivo de adquirir bens. O trabalho apresenta um estudo pertinente sobre o perfil do contabilista. Nesse trabalho, são apresentadas dez competências necessárias ao contabilista no século XXI. • Evitar ambiguidades. Exemplos: A especialidade da loja é vender cama para crianças de ferro. Despediram-se os empregados. È proibido dirigir um carro ébrio. O funcionário obteve licença por doença de dez dias. 39 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 • Evitar chavões, lugares-comuns: O presente trabalho apresenta.... Desde os tempos mais remotos,.... A cada dia que passa.... Eu não tenho palavras para dizer.... Hoje em dia este é um assunto muito debatido. • Observar a norma culta da Língua Portuguesa: cuidar da ortografia, da concordância, da regência, etc. • Empregar corretamente a pontuação. A pontuação inadequada pode alterar o sentido da frase. Exemplo: Meu amigo saiu, não está aqui. Meu amigo? Saiu não, está aqui. Meu amigo saiu? Não está aqui? • Evitar o uso de abreviaturas. • Evitar fragmentos de frases: escrever frases sempre com sentido completo. Exemplo: “Embora não tenhamos vendido muito.” Observe-se que a frase ficou inacabada; é um fragmento apenas. Estaria completa com a oração principal: “Embora não tenhamos vendido muito, recebemos elogios do diretor.” PRATICANDO PROPOSTA DE REDAÇÃO ENADE 2006 QUESTÃO 10 – DISCURSIVA Leia com atenção os textos abaixo. Duas das feridas do Brasil de hoje, sobretudo nos grandes centros urbanos, são a banalidade do crime e a violência praticada no trânsito. Ao se clamar por solução, surge a pergunta: de quem é a responsabilidade? São cerca de 50 mil brasileiros assassinados a cada ano, número muito superior ao de civis mortos em países atravessados por guerras. Por que se 40 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 mata tanto? Por que os governantes não se sensibilizam e só no discurso tratam a segurança como prioridade? Por que recorrer a chavões como endurecer as leis, quando já existe legislação contra a impunidade? Por que deixar tantos jovens morrerem, tantas mães chorarem a falta dos filhos? (O Globo. Caderno Especial. 2 se! 2006.) Diante de uma tragédia urbana, qualquer reação das pessoas diretamente envolvidas é permitida. Podem sofrer, revoltar-se, chorar, não fazer nada. Cabe a quem está de fora a atitude. Cabe à sociedade perceber que o drama que naquela hora é de três ou cinco famílias é, na verdade, de todos nós. E a nós não é reservado o direito da omissão. Não podemos seguir vendo a vida dos nossos jovens escorrer pelas mãos. Não podemos achar que evoluir é aceitar crianças de 11 anos consumindo bebidas alcoólicas e, mais tarde, juntando esse hábito ao de dirigir, sem a menor noção de responsabilidade. ( ...) Queremos diálogo com nossos meninos. Queremos campanhas que os alertem. Queremos leis que os protejam. Queremos mantê-los no mundo para o qual os trouxemos. Queremos – e precisamos- ficar vivos para que eles fiquem vivos. (O Dia, Caderno Especial. Rio de Janeiro, 10 se!. 2006.) Com base nas ideias contidas nos textos acima, responda à seguinte pergunta, fundamentando o seu ponto de vista com argumentos. (pessoal) Como o Brasil pode enfrentar a violência social e a violência no trânsito? Observações: • Seu texto deve ser dissertativo-argumentativo (não deve, portanto, ser escrito em forma de poema ou de narração). • O seu ponto de vista deve estar apoiado em argumentos. • Seu texto deve ser redigido na modalidade escrita padrão da Língua Portuguesa. • O texto deve ter entre 8 e 12 linhas. 41 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 RESPOSTA: 42 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 5 ACENTUAÇAO GRAFICA 43 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 ACENTUAÇÃO GRÁGICA Em português, toda palavra possui uma sílaba tônica, à exceção de alguns monossílabos e de raros dissílabos átonos. Quando a palavra termina em A, E, O (acrescida ou não de S), EM, ENS ou AM, a tonicidade recai naturalmente sobre a penúltima sílaba da palavra. Todas as demais terminações tendem a fixar a tonicidade na última sílaba. Dessa forma, a acentuação gráfica só será necessária quando for preciso desviar a tonicidade natural da palavra. Veja: TERMINAÇÕES TONICIDADE NATURAL DESVIO DA TONICIDADE A Esta está Fabrica fábrica E Breve brevê Analise análise O Camelo camelô Negocio negócio EM Contem contém OUTRAS Caqui cáqui TERMINAÇÕES Caracter caráter Xerox xérox PRATICANDO I Acentue quando necessário: O comandante de aeronave que receber de órgão controlador de voo ordem para pousar, devera dirigir-se, imediatamente, para o aerodromo que lhe for indicado e nele efetuar o pouso. Nenhuma aeronave militar ou civil a serviço de Estado estrangeiro e por este diretamente utilizada poderá voar sem autorização no espaço aereo brasileiro ou aterrissar no territorio subjacente. A prática de esportes aereos tais como balonismo, volovelismo, asas voadoras e similares, assim como os voos de treinamento, far-se-ão em areas delimitadas pela autoridade aeronautica. 44 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 Reconquistar o valor da vida atraves do trabalho: o desafio de buscar energia com o minimo de interferencia na natureza. As informações do formulario foram inseridas na ficha-sumario de treinamento individual. O controle deve incluir procedimentos, equipamentos e manutenção, alem dos parametros do proprio processo. Atualmente no Brasil a definição oficial de aeronave e a constante do art. 106 do Código Brasileiro de Aeronautica, lei 7.565, de 19.12.86, e que dispõe o seguinte: “Considera-se aeronave todo aparelho manobravel em voo, que possa sustentar-se e circular no espaço aereo, mediante reações aerodinamicas, apto a transportar pessoas ou coisas.” de Castro Farias Nenhuma aeronave podera ser autorizada para o voo sem a previa expedição do correspondente certificado de aeronavegabilidade, que só sera valido durante o prazo estipulado e enquanto observadas as condições obrigatorias nele mencionadas. 5.1 Formas verbais Acentuam-se ainda: PÔR ( mas não é acentuada a preposição por) (ELE) PÔDE - passado (mas não é acentuada a forma presente pode) (ELES) VÊM ( porém: ELE VEM) (ELES) TÊM ( porém: ELE TEM) (ELE) MANTÉM (ELES) MANTÊM ( e outros derivados de ter : deter, conter, etc.) (ELE) VÊ (ELES) VEEM ( o mesmo ocorre com LER/DAR/CRER e derivados) PRATICANDO II Acentue as formas verbais destacadas nas frases abaixo, se necessário: 45 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 1. Esta Norma contem apenas os requisitos que podem ser objetivamente auditados para fins de certificação/registro e/ou autodeclaração. (ISO 14001). 2. A norma contem disposições que constituem prescrições desta Norma. 3. Estas Normas contem algumas definições e conceitos básicos sobre Sistema da Qualidade. 4. As Normas Internacionais de gestão ambiental tem por objetivo prover às organizações os elementos de um sistema de gestão ambiental eficaz, passível de integração com outros requisitos de gestão, de forma a auxiliá-las a alcançar seus objetivos econômicos e ambientais. 5. Muitas organizações têm efetuado “análises” ou “auditorias” ambientais a fim de avaliar seu desempenho ambiental. (Idem) 6. É necessário por em ordem o arquivo. 7. As habilidades em relações humanas consistem em por em pratica a capacidade de compreender as outras pessoas e integrar com elas harmonicamente. 8. O bom caráter advem de seguirmos nosso supremo senso de retidão, de confiarmos nos ideais sem sequer estarmos certos de que darão certo. Um dos desafios de nossa aventura na Terra consiste em nos elevarmos acima de sistemas mortos... guerras, religiões, nações, destruições... nos recusarmos a fazer parte deles, e em vez disso exprimirmos o que temos de melhor dentro de nos. (Richard Bach) 9. O comprometimento com a qualidade tem de ser espontaneo e vir do intimo das pessoas. 10. Planos são necessarios, mas não bastam. As pessoas tem de estar definitivamente decididas a melhorar a qualidade para que esses planos deem certo. 46 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 PRATICANDO III Qual a forma correta? 1. É necessário .................. em ordem estes documentos. (por ou pôr) 2. Convém .................... os nomes dos presentes na lista. (por ou pôr) 3. ................... alguns minutos ficaram no mais absoluto silêncio. (por ou pôr) 4. ............. mais que nos esforçássemos, era difícil completar o percurso no tempo determinado. (por ou pôr) 5. Todas as pessoas ....................... a natural necessidade de serem reconhecidas pelo que fazem e pelos resultados que conseguem atingir. (tem ou têm) 6. Todo o mundo ................... assistido, nestes últimos anos, a profundas transformações sociais, políticas e econômicas. (tem ou têm) 7. As medidas internas da qualidade são importantes, mas, acima de tudo, é necessário escutar o que os consumidores ................... a dizer. (tem ou têm) 8. Nem todo trabalho em equipe resulta em melhoria de qualidade, mas toda melhoria ........................... do trabalho em equipe. (provem, provém ou provêm) 9. A qualidade é um alvo móvel. O que é tido como bom hoje, ............. não sê-lo amanhã. (pode ou pôde) 10. Ontem ele não ................. viajar conosco, mas agora ............. . (pode ou pôde) 11. Eles não .................. mais trabalhar de ônibus. (vem ou vêm) 12. Eles não ........................... nenhum problema no atendimento que dão ao cliente. (vem, vêm ou veem) 47 Avenida Hamburgo, Qd. 142, nº 254, Jardim Europa. Goiânia - Goiás . CEP 74330-340 5.2 O hiato Acentuam-se as vogais I e U, quando formam sílabas sozinhas (ou acompanhada de ‘s’) no interior das palavras e são tônicas. Assim, acentua- se: dis - tri - bu – í pronunciado separadamente, tônico, sozinho na sílaba. Mas não se acentuam: dis - tri – bui não é pronunciado separadamente dis - tri - bu – ir pronunciado separadamente, mas não está sozinho na sílaba ba - i – nha atende a todas as exigências mas vem antes de sílaba iniciada por NH. Essa é uma exceção. (Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas, assim o correto é apoio, boia, heroico, assembleia, ideia.) Acentuam-se
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