Buscar

Respiratório, cardiovascular e urinário

Prévia do material em texto

Histologia 
 
1 
 
Aula 01 
Osmose 
O que é homeostase? Cite 3 exemplos 
Ambiente externo = sujeito a mudanças 
Ambiente interno (corpo) = condições “constantes” 
Homeostase = Existência ou manutenção de um 
ambiente relativamente constante dentro do corpo 
(intervalo de valores) 
Equilíbrio não é a palavra certa, pois as condições não 
são iguais ou equivalentes, são ótimas em relação a 
um parâmetro 
Os sistemas fisiológicos contribuem para manutenção 
da homeostase 
Ex.: 1 - eliminação de líquido pelo rim através da urina; 
2 – concentração de dióxido de carbono; 3 – troca 
entre o LEC e o LIC 
Sistemas fisiológicos = contribuem para a manutenção 
da homeostase 
O que é LEC e LIC? Qual sua concentração? 
LEC – liquido extracelular (interstício e plasma) 
✓ Composição: Na+, Cl- 
✓ 1/3 dos líquidos corporais 
LIC – líquido intracelular (citoplasma) 
✓ Composição: K+, Mg2+ 
✓ 2/3 dos líquidos corporais 
- A concentração dos solutos é diferente entre meios 
- Em homeostase, a concentração e o volume do LEC 
e LIC devem ser mantidos constante na sua proporção 
- Alteração em água ou soluto causa um desequilíbrio 
hidroeletrolítico 
O que é osmolaridade? Qual a diferença com a 
concentração? Quais as suas unidades de seus 
valores? 
Osmolaridade = número de partículas de soluto 
(conjunto de todos) em um dado volume de solução 
Unidade: miliosmol/litro 
≠ concentração (número de partículas de um soluto 
específico em uma solução) 
- Osmolaridade do LIC e do LEC tem que ser a mesma, 
porque se não vai ocorrer osmose e com isso mudar o 
volume dos compartimentos 
- Em torno de 290 mOsM 
O que é osmose? O que são soluções hipo, isso e 
hiperosmóticas? 
Tendência natural dos líquidos de se deslocarem do 
lado menos concentrado/menor osmolaridade (hipo) 
para o mais concentrado/maior osmolaridade (hiper) 
de uma membrana semipermeável até alcançar o 
equilíbrio osmótico 
Solução = solvente + soluto 
➔ Solução hipertônica: mais concentrada em soluto 
que o meio 
➔ Solução hipotônica: menos concentrado em soluto 
que o meio 
➔ Solução isotônica: concentração de soluto igual 
do meio 
Qual a relação entre osmolaridade e osmose? 
A diferença de osmolaridade dos meios é um fator 
determinante para ocorrer a osmose 
 
➢ OSMOSE EM ERITRÓCITOS 
Variação em volume de eritrócitos (por osmose) resulta 
em variação do volume plasmático 
Adição de uma solução hipertônica → Hemácia 
murcha = crenada – perde água na tentativa de 
aumentar o volume do meio e diminuir a alta 
osmolaridade 
- Exemplos: paciente desidratado, aplicação nas 
varicoses (injeta uma grande quantidade de 
glicose nos vasos), nos diabéticos – vasos da retina 
perdem água causando retinopatia 
Adição de uma solução hipotônica → Hemácia 
inchada = túrgida – aumenta o volume da célula 
devido a entrada de água para retirar o excesso do 
LEC e manter o equilíbrio 
- Exemplo: ingestão de água destilada por 
fisiculturistas – causa diarreia e desidratação 
 
 
2 
 
Aula 02 
Sistema respiratório 
Porção condutora – inclui nariz, faringe, laringe, 
traqueia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos 
terminais 
- Também é revestida por um epitélio respiratório, mas 
que não faz trocas gasosas 
✓ Função de filtrar, aquecer e umedecer o ar, 
conduzindo-o para os pulmões 
Porção respiratória – inclui bronquíolos respiratórios, 
ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos 
✓ Função de trocas gasosas entre o ar e o sangue 
Traqueia 
- Tubo resistente e flexível 
- Cartilagens em forma de C que a mantém aberta 
- 12 a 20 cm de comprimento / 2 a 3 cm de diâmetro 
- Origina-se do intestino primitivo 
 
Camadas histológicas 
➢ MUCOSA 
- Epitélio respiratório: Tecido epitelial de revestimento 
pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células 
caliciformes 
- Lâmina própria: TC bem vascularizado, muitas células 
do sistema de defesa 
Células caliciformes: produzem muco – mais brancas 
na lâmina 
Células cilíndricas ciliadas: cílios e muco fazem a 
limpeza da traqueia impedindo que sujeiras e 
microrganismos cheguem nos pulmões → se 
movimentam no sentido inferior-superior → espirro e 
catarro 
Células basais: ficam na base e fazem renovação 
tecidual, pode dar origem a qualquer tipo celular da 
traqueia, núcleo redondinho 
 
Imagem: epitélio respiratório + lâmina própria 
➢ SUBMUCOSA 
- Tecido conjuntivo frouxo 
- Glândulas seromucosas: não em toda extensão, 
secretam muco e contém ductos que se abrem na luz 
da traqueia, núcleo redondinho 
➢ CARTILAGEM 
- Região anterior → Anel cartilaginoso do tipo hialina 
- Presença de pericôndrio (faz a nutrição da 
cartilagem e renovação tecidual – tecido conjuntivo 
propriamente dito denso modelado) – região mais rosa 
- Coloração azulado devido ao colágeno tipo II 
- Condrócitos formam grupos isógenos 
➢ MÚSCULO LISO 
- Região posterior → Músculo liso traqueal 
➢ ADVENTÍCIA 
- Tecido conjuntivo denso sem mesotélio 
- Mais espessa na parte posterior onde tem contato 
com o esôfago 
 
Correlação clínica 
- Intubação: pode lesionar o tecido se mantido por 
muito tempo, saída de sangue indica lesão na LP 
- Síndrome de Kartagener ou discinesia ciliar: cílios não 
se movimentam 
- Fumantes: gases e partículas tóxicas agridem o 
epitélio que tenta produzir mais muco (pigarro) como 
forma de proteção, ao longo do tempo pode alterar a 
conformação do epitélio (metaplasia) e destruir os 
cílios 
3 
 
Pulmões 
Diferença entre as ramificações: 
❖ Brônquios 
Epitélio respiratório + lâmina própria → cartilagem → 
musculatura lisa 
- Superfície interna dobrada, grande diâmetro, com 
glândulas mucosas (roxas) 
- Músculo de Reisseissen: músculo liso capaz de contrair 
- Cartilagem hialina bem grande formando placas 
irregulares 
→ Mucosa: TERP Cilíndrico Ciliado Células Caliciforme 
ou TERS Cilíndrico Células Caliciforme + lâmina própria 
com TC e vasos 
 
 
❖ Bronquíolos 
- Superfície interna dobrada, diâmetro menor 
- Músculo de Reisseissen proeminente 
- Sem cartilagem e sem glândulas 
- Diminui altura das células de cilíndricas para cúbicas 
gradualmente – transição 
- Quantidade de células caliciformes e cílios vão 
diminuindo 
→ Mucosa: TERS Cilíndrico Ciliado Célula Caliciforme 
ou TERS Cúbico Célula Caliciforme + lâmina própria 
com TC 
 
❖ Bronquíolo terminal 
- Menor calibre, diâmetro menor e superfície interna 
dobrada 
- Musculatura lisa (melhor reconhecido em corte 
longitudinal) 
- Sem células caliciformes e cílios 
- BALT: nódulo linfocitário associado a mucosa 
brônquica 
- Células de Clara: produzem proteínas de proteção 
contra poluentes e inflamações e algumas moléculas 
do surfactante, agem como células tronco, menos 
coradas 
→ Mucosa: TERS Cúbico com células de Clara + lâmina 
própria com TC 
 
❖ Bronquíolo respiratório 
- Envolto por alvéolos 
- Musculatura lisa (melhor reconhecido em corte 
longitudinal - “pescoço do bronquíolo terminal”) 
- Epitélio cúbico vai sendo substituído por células 
epiteliais pavimentosas (pneumócito I) 
→ Mucosa: TERS pavimentoso + lâmina própria com TC 
Ducto Alveolar: caminho do ar até chegar no alvéolo 
❖ Alvéolos 
- Cercados por capilares alveolares que ficam nos 
septos alveolares 
4 
 
- Barreira hematoaérea: membrana célula endotelial + 
lâmina basal fundida + membrana pneumócito I → 
onde ocorrem as trocas 
→ TERS Pavimentoso 
- Diferentes tipos celulares: 
Pneumócito tipo I: faz as trocas gasosas - núcleo 
pavimentoso 
Pneumócito tipo II: produz tensoativo (surfactante) 
responsável por manter os alvéolos abertos – núcleo 
cúbico, células cuboides em forme de cúpula que se 
projetam no lúmen 
Macrófagos alveolares: fagocitose de corpos estranhos 
 
 
Correlação clínica 
- Asma: afeta alvéolos e bronquíolos relacionado a 
hipersecreção de muco e musculatura hipertrofia 
intensificando a contração (crises) 
- Enfisema: perda da complacênciaalveolar, 
destruição da parede alveolar devido a lesão nas 
fibras elásticas pela enzima elastase liberada pelos 
macrófagos e com isso há dificuldade de retornar à 
posição normal 
- Edema pulmonar intra-alveolar: acúmulo de líquido 
nos alvéolos que dificultam as trocas gasosas 
- Adenocarcinoma: células de revestimento produzem 
substâncias como muco. Comum em fumantes e ex 
fumantes 
- Doença cardíaca grave aumenta pressão nos 
capilares alveolares podendo passar hemácias para os 
alvéolos – escarro com sangue 
- SARRN: falta de surfactante em recém-nascidos faz 
com que os alvéolos se colapsem 
 
 
 
 
 
 
BRÔNQUIO
pseudo 
cilíndrico
BRONQUÍOLO
simples 
cilíndrico
B. 
TERMINAL
simples 
cúbico
B. 
RESPIRATÓRIO
simples 
pavimentoso
5 
 
Aula 03 
Sistema cardiovascular 
Coração 
- Bomba de sangue 
- Tubo dobrado endotelial 
- Derivado de um vaso primitivo formado na área 
cardiogênica na 3º semana 
CAMADAS DO CORAÇÃO 
→ Pericárdio fibroso 
 
→ Pericárdio seroso 
É uma camada mais flácida que o pericárdio fibroso 
que se divide em duas lâminas: 
✓ Parietal - recobre toda a face interna do 
pericárdio fibroso 
✓ Visceral - está em íntimo contato com o coração e 
também recebe o nome de epicárdio 
- Entre as duas lâminas está a cavidade pericárdica 
com seu líquido 
- Contém uma densa camada de tecido conjuntivo 
fibroso com algumas fibras elásticas, também possui 
células mesoteliais, responsáveis pela secreção do 
líquido da cavidade pericárdica. 
- Em algumas regiões cardíacas podem também ser 
encontrados tecido adiposo perivascular. 
➢ Epicárdio 
Mesotélio + tecido adiposo + tecido conjuntivo 
- Tecido conjuntivo e adiposo para sustentação 
- Células do mesotélio secretam líquido pericárdico 
- Camada mais externa do coração 
→ Miocárdio 
Tecido muscular estriado cardíaco = miócitos 
- Altamente vascularizado 
- Formado por feixes de fibras que rodeiam as câmaras 
cardíacas 
- Células alongadas e irregulares com estrias 
transversais (sarcômeros), núcleo central, com muitas 
mitocôndrias, uni ou binucleadas 
- Células ramificadas e fusionadas formam os sincícios 
- Conectadas umas às outras pelos discos intercalares, 
formados por desmossomos, interdigitações e junções 
comunicantes – permitem a transmissão do impulso 
nervoso diretamente de célula para célula 
 
 
Correlação clínica 
Infarto agudo do miocárdio: falta de oxigenação 
causa apoptose dos miócitos e substituição por tecido 
fibroso (pode levar a insuficiência cardíaca) 
Doença de chagas: parasita forma ninhos no meio das 
fibras musculares 
 
1 = discos intercalares 
2 = núcleo do miócito 
3 = citoplasma do miócito com estriações - sarcômeros 
4 = Núcleo de célula endotelial (capilar sanguíneo) 
 
→ Endocárdio 
- Revestimento interno do coração, em contato com o 
sangue das câmaras 
- Semelhante a túnica íntima: endotélio + tecido 
conjuntivo frouxo 
▪ Camada interna: epitélio simples pavimentoso 
com tecido conjuntivo subendotelial 
▪ Camada média: capa mioelástica 
▪ Camada externa: capa subendocárdica que 
abriga o sistema de condução 
 
Imagem: endocárdio + miocárdio 
6 
 
TECIDO DE CONDUÇÃO 
- Presente no nó sinoatrial, fibras internodais, nó 
atrioventricular, feixe de His e fibras de Purkinje (ramos 
subendocárdicos) 
- O coração apresenta 2 tipos de tecido muscular: 
✓ Tecido muscular estriado cardíaco = fibras 
contráteis = miócitos 
✓ Tecido muscular modificado = tecido nodal = fibras 
que geram e conduzem impulsos elétricos –
presentes no NSA, NAV e no sistema de His/Purkinje 
- As fibras de Purkinje que ficam no plexo 
subendocárdico (ventricular) entre o endocárdio e o 
miocárdio 
Células de Purkinje: 1 ou 2 núcleos centrais esféricos, 
bastante mitocôndrias e acúmulo de glicogênio (mais 
claro no centro e corada nas bordas), células 
arredondadas 
Fibras de Purkinje → condução elétrica do coração 
- Tecido conjuntivo frouxo a denso não modelado 
- Contorno rosado (eosinófilo) por presença de 
miofibrilas e núcleo central mais claro 
 
1 = Endotélio do endocárdio 
2 = Endocárdio 
3 = Feixe de Fibras de Purkinje 
4 = Uma fibra de Purkinje com núcleo 
5 = Miocárdio 
 
Vasos sanguíneos 
- Estruturas condutoras de sangue 
- Podem ser: 
▪ Artérias – vasos com parede espessa, transportam 
sangue em grande pressão 
▪ Arteríolas – menos calibrosas que artérias, são os 
mais importantes vasos controladores de fluxo e 
pressão 
▪ Capilares – microscópicos, onde ocorrem as trocas 
de nutrientes e metabólitos 
▪ Vênulas 
▪ Veias – vasos de parede fina, armazenam grande 
volume sanguíneo, têm válvulas 
 
➔ Estrutura geral: 
1. Túnica íntima - células endoteliais (mais interna) 
- Endotélio: epitélio simples pavimentoso 
- Lâmina elástica interna (LEI): separa a túnica íntima 
da média e contém fibras elásticas organizadas de 
forma ondulada – presentes nas artérias 
2. Túnica média - células musculares lisas 
- Lâmina elástica externa: entre a túnica média e a 
externa 
3. Túnica adventícia ou externa - tecido conjuntivo 
fibroelástico (mais externa) 
 
❖ ARTÉRIA 
- Vasos que saem do coração e por isso transportam o 
sangue de alta pressão (pressão máxima de 120/80 
mmHg) 
- Vasos de resistência ao fluxo 
1. Túnica íntima: contém endotélio e fina camada de 
tecido conjuntivo 
o Lâmina elastina interna bem evidente e ondulada 
2. Túnica média: músculo liso bem espesso para deixar 
a parede bem forte – camada predominante 
3. Túnica adventícia: tecido conjuntivo frouxo 
Classificação: 
- Condutoras, elásticas ou grande calibre 
- Distribuidoras, musculares ou médio calibre 
- Pequeno calibre 
 
❖ ARTERÍOLA 
1. Túnica intima fina com poros 
2. Túnica média: 3 ou 4 camadas de fibras musculares 
lisas (pouco se comparado com a artéria) 
3. Túnica adventícia 
- Grande capacidade de vasoconstrição e 
vasodilatação, relacionado ao controle da pressão 
arterial 
- Vaso onde o sangue encontra maior resistência 
 
❖ CAPILARES 
- Vasos simples, microscópicos, paredes muito finas. 
- 90% de todos os vasos do corpo são capilares. 
- Formados por: endotélio – tecido epitelial de 
revestimento simples pavimentoso apoiado em lâmina 
basal. 
- Não possuem túnica média nem adventíca 
7 
 
- Podem ser envoltos por pericitos (células 
indiferenciadas). 
- Realizam a troca de nutrientes, hormônios e 
metabólitos entre sangue e tecidos 
- Pressão hidrostática positiva no capilar faz com que o 
líquido extravase para os tecidos 
- Podem ser: 
✓ Contínuos ou somáticos – pulmões, encéfalo, 
músculos, pele e timo 
✓ Fenestrados ou viscerais – intestinos, glândulas 
endócrinas, rim (glomérulo) 
✓ Descontínuos ou sinusoides – fígado e baço 
 
 
 
❖ VÊNULAS 
- Coletam sangue dos capilares e unem-se para 
desembocar nas veias 
- Apresenta adventícia mais extensa e não possui 
lâmina elástica interna 
- Geralmente estão colapsadas porque não se 
sustentam totalmente abertas 
- Camada média muito menor se comparada com 
artéria (ainda tem as três túnicas) 
Menores: endotélio e lâmina basal = permeáveis 
Maiores: endotélio, lâmina basal e músculo liso 
 
❖ VEIAS 
- Circulação de retorno (menor pressão do sistema) 
- Luz ampla e parede fina 
- Vasos de capacitância ou reservatório – consegue 
acumular muito volume de sangue (quase 70% do 
sangue do corpo) 
- Três túnicas: íntima, média e adventícia 
- Com valvas para impedir refluxo, são projeções do 
endotélio da túnica íntima para o lúmen 
- Paredes muito elásticas (8x mais que as artérias) 
- Espessamento da túnica adventícia rica em fibras 
elásticas 
- Contração da musculatura esquelética facilita a 
passagem de sangue por espremer as veias e 
impulsionar o sangue 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Aula 04 
Sistema urinário 
Rim 
- Muito vascularizado porque faz a depuração do 
sangue 
- Sangue chega pela artéria renal direto da aorta 
abdominal – sangueem alta pressão 
- Dividido em: 
▪ Cápsula: Tecido conjuntivo – protege o rim 
▪ Córtex: Região externa do parênquima renal – 
onde se encontram as cápsulas glomerulares do 
néfrons e túbulos contorcidos 
▪ Medula: Região interna do parênquima renal – 
onde estão as alças de Henle e os túbulos 
coletores 
 
NÉFRON – unidade funcional do rim 
A = córtex B= medula 
 
 
HISTOLOGIA DO CÓRTEX 
➢ COSPÚSCULO RENAL 
Corpúsculo renal = Cápsula de Bowman + Glomérulo 
renal (capilares glomerulares) 
- Região de filtração – passagem do plasma pela 
membrana de filtração formando o filtrado glomerular 
- Barreira de filtração: endotélio fenestrado + 
membrana basal + podócito 
- Sangue chega pela arteríola aferente e sai pela 
arteríola eferente 
- Dividido em: 
o Polo vascular – onde chegam as arteríolas 
aferentes e saem as eferentes, região próxima da 
mácula densa 
o Polo urinário – onde sai o túbulo contorcido 
proximal 
 
▪ Cápsula de Bowman 
- Responsável pela filtração do plasma 
- Envolve os capilares glomerulares fenestrados 
✓ Camada parietal – tecido epitelial de revestimento 
simples pavimentoso 
✓ Camada visceral – podócito (núcleo redondo) 
✓ Espaço de Bowman ou capsular: entre as 
camadas, onde fica o filtrado 
 
▪ Aparelho justaglomerular 
- Túbulo contorcido distal se aproxima da arteríola 
aferente e as células sofrem modificações 
- É formado por: 
. Mácula densa – células modificadas da região do 
túbulo contorcido distal que se aproxima do polo 
vascular do corpúsculo - monitoram níveis de Na+ do 
filtrado - “sensores” de pressão arterial 
. Células justaglomerulares – células musculares lisas 
modificadas da parede da arteríola diferenciadas - 
produzem renina 
. Células mesangiais extraglomerulares – entre arteríolas 
e mácula densa (não da pra ver na lâmina) 
9 
 
 
1 - Cápsula de Bowman camada parietal 
2 - Cápsula de Bowman camada visceral 
3 - Capilares glomerulares 
4 - Espaço de Bowmann 
 
➢ TÚBULOS RENAIS 
- Vão fazer a reabsorção de algumas substâncias do filtrado, 
como a glicose, e secreção de substâncias que não foram 
filtradas 
• Túbulo contorcido proximal 
- Tecido epitelial de revestimento simples cúbico 
- Células bem coradas - eosinofílicas, porque tem 
muitas mitocôndrias, maiores – núcleos mais separados 
- Luz difusa devido à presença de microvilos apicais 
(borda em escova) nas células epiteliais 
- Onde ocorre reabsorção de glicose através do 
transportador SGLT que faz simporte com o Na+ 
- Glicosúria é a presença de glicose na urina, indica 
hiperglicemia plasmática 
• Túbulo contorcido distal 
- Tecido epitelial de revestimento simples cúbico 
- Células menos coradas, menores, luz ampla (poucas 
céls com microvilosidades), núcleos mais próximos 
 
1 - Túbulo contorcido proximal 
2 - Túbulo contorcido distal 
 
 
 
HISTOLOGIA DA MEDULA 
• Alça de Henle 
- Tecido epitelial de revestimento simples pavimentoso 
- Muito longa, responsável pela concentração da urina 
- Diferente de capilar (geralmente há presença de 
hemácias), pois os núcleos se projetam mais para o 
lúmen e epitélio é um pouco mais grosso 
• Túbulo coletor 
- Tecido epitelial de revestimento simples cúbico 
- Células cúbicas pequenas com região clara em volta 
do núcleo, limites celulares visíveis. 
- Local de secreção - principalmente de H+ e HCO3- 
conforme o pH 
Vasa recta – vasos sanguíneos próximos aos túbulos, 
importante no mecanismo contracorrente 
 
1 – Alça de Henle 
2 – Ducto coletor 
3 – Vasa recta 
• Ductos coletores 
- Também chamados túbulos coletores medulares 
- Tecido epitelial de revestimento simples cúbico (um 
pouquinho mais altas – com halo branco em volta do 
núcleo) 
- Células com limites bem visíveis e região 
citoplasmática ao redor do núcleo clara. 
- Mais calibrosos que túbulos coletores 
- Região ao redor do núcleo mais clara devido ao 
acúmulo de glicogênio 
10 
 
 
❖ UROTÉLIO 
- Epitélio de transição → pseudoestratificado – todas as 
células estão ligadas a lâmina basal 
- Tecido presente no revestimento dos ureteres e da 
bexiga – formam uma barreira osmótica de proteção 
- Suas células mudam de forma conforme o órgão 
esteja cheio ou vazio – de cilíndricas a pavimentosas 
▪ Camada superficial: uma camada de células com 
bordo condensado (formato afunilado, bordo de 
uroplaquinas + glicoaminoglicano, zônulas de 
oclusão, 1 ou 2 núcleos) – barreira osmótica 
(proteção contra urina concentrada/ácida e 
toxicas) 
▪ Camada média: espessa com células em raquete 
(globosas com 1 ou 2 núcleos) 
▪ Camada basal: uma camada de células com 
atividade mitótica – regeneração tecidual 
 
Ureter 
- Camadas histológicas: 
▪ Mucosa: epitélio de transição ou urotélio + lâmina 
própria – tecido conjuntivo e células de defesa 
▪ Muscular: duas camadas de tecido muscular liso 
(longitudinal interna e circular externa), bem 
espessa 
▪ Serosa/adventícia – tecido conjuntivo 
 
1 - Luz do ureter 
2 - Urotélio 
3 - Lâmina própria 
4 - Camada muscular 
5 - Serosa/adventícia 
 
Correlação clínica 
- Pedras no rim – dependendo do tamanho pode não 
passar pelo ureter e lesionar o epitélio chegando à 
lâmina própria, causando sangramento 
 
Bexiga urinária 
- Mesma organização do ureter 
- Camada muscular – músculo detrusor – mais espessa 
para maior dilatação e reflexo da micção 
3 camadas musculares: longitudinal interna, circular 
externa e longitudinal externa 
- Parede com dobras quando está vazia 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Aula 05 
Eletromicrografias 
Septo interalveolar 
SEPTOS INTERALVEOLARES → local de junção entre dois 
alvéolos, onde estão os capilares sanguíneos (cheio de 
hemácias) 
- À medida que as vias aéreas vão se ramificando as 
paredes vão ficando mais finas 
Pneumócitos I – células epiteliais pavimentosas (núcleo 
achatado e bem corado com citoplasma delgado) 
que compõem a maior parte das paredes alveolares 
Pneumócitos II – células (menos achatadas, mais 
cuboides) que produzem surfactante e estão em 
menor quantidade, ficam nos vértices 
Macrófagos alveolares – células de defesa, não faz 
parte do septo, fica dentro do alvéolo 
MEMBRANA RESPIRATÓRIA → ou barreira hematoaérea, 
entre o lúmen capilar e alveolar, local de trocas 
gasosas nos pulmões composta por: 
✓ Epitélio alveolar – pneumócito I 
✓ Lâminas basais do epitélio alveolar e do endotélio 
capilar fundidas 
✓ Endotélio capilar 
 
 
 
• S = luz do alvéolo 
• AI = pneumócito I – revestimento da parede 
alveolar 
• C = capilar alveolar – transporte do sangue com os 
gases da respiração 
• M = macrófago alveolar – defesa imunitária e 
fagocitose de partículas estranhas 
• AII = pneumócito II – emite projeções (microvilos) 
para o interior dos alvéolos, corpos lamelares no 
interior (vesículas de surfactante) 
• F = fibroblasto – célula alongada que produz fibras 
de elastina e colágeno 
• L = linfócito – célula de defesa 
• Setas = local da barreira hematoaérea 
 
Correlação clínica: enfisema pulmonar 
- Doença na qual as fibras de elastina do tecido 
pulmonar são destruídas. 
- Alta complacência e elasticidade diminuída 
 
Discos intercalares 
- Músculo estriado cardíaco – células contráteis, 
chamados de miócitos 
- Os discos intercalares aderem bem as fibras 
musculares umas às outras, facilitando a transmissão do 
potencial de ação 
- Regiões nodais disparam o estímulo elétrica e passam 
para os miócitos, que passam um para o outro através 
das junções GAP de forma rápida. 
Assim, os miócitos recebem o potencial de ação 
praticamente ao mesmo tempo e a contração é 
conjunta, uniforme em cada câmara 
- Vários capilares entre as fibras 
- Compostos por estruturas: 
12 
 
✓ Transversalmente - desmossomos e fáscias 
aderentes 
✓ Longitudinalmente - junções comunicantes/GAPs 
 
 
 
M1 = miócito I 
M2 = miócito II 
= disco intercalar – ponto de união entredois 
miócitos (escadinha na imagem) 
= interdigitações ou zônulas de adesão – 
dobramento das membranas juntas – especialização 
de adesão – também contém caderina ligada a 
filamentos de actina dos sarcômeros terminais 
= desmossomos – contém caderinas conectando 
uma membrana a outra, servem de segmento de 
ancoragem para filamento intermediária desmina – 
especialização de adesão 
 = junções gap – locais da membrana onde 
há comunicação entre os citoplasmas 
 
= sarcômero – responsável pela contração do 
músculo estriado 
 
Sarcômeros 
- Unidade contrátil – filamento fino desliza sob o 
filamento grosso encurtando o sarcômero e assim 
promovendo a contração 
- Espaço compreendido entra duas linhas Z 
✓ Finamentos finas – actina 
✓ Filamentos espessos – miosina 
Banda I = região clara, apenas filamentos finos 
Banda A = região mais escura, interposição de 
filamentos finos e espessos 
Zona H = região central da banda A onde só tem 
filamentos espessos 
Linha M = linha proteica que ancora os filamentos finos 
 
 
 
13 
 
Podócitos (cápsula de Bowman) 
- Corpúsculo renal = cápsula de Bowman + glomérulo 
- Compõem a camada visceral da cápsula de 
Bowman em cima dos capilares glomerulares 
fenestrados 
BARREIRA DE FILTRAÇÃO – camadas que o líquido deve 
ultrapassar para ser filtrado: 
✓ Endotélio capilar 
✓ Lâmina basal 
✓ Podócitos 
Moléculas pequenas atravessam, mas células 
plasmáticas e proteínas não conseguem passar 
- Célula atípica que abraça o capilar através de 
projeções citoplasmáticas 
• Projeções primárias – mais espessos 
• Projeções secundárias – pedicelos, apoiam-se na 
membrana basal envolvendo os capilares 
fenestrados do glomérulo formando as fendas de 
filtração

Continue navegando