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Educação Especial e Inclusão Escolar

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EDUCAÇÃO ESPECIAL E 
INCLUSÃO ESCOLAR
PADRÃO-
RESPOSTA
2
CAPÍTULO I
Atividades de Estudo
1	 Analise	a	imagem	que	constitui	a	capa	do	filme	“300”	e	assista	ao	
filme	como	uma	tarefa	de	estudos	complementar.	Com	base	na	capa	
de	abertura	do	filme,	disserte	sobre	os	elementos	da	narrativa	fílmica,	
sobre	o	que	há	de	emblemático	e	o	que	podemos	relacionar	com	a	
história	da	educação	especial.		
R.: É retratado na capa de abertura do filme o homem forte, vitorioso e senhor de 
uma guerra. Com seu corpo e seu instrumento ele é capaz de liderar os guerreiros 
por sua expressão máxima de vitória. Nas cenas do filme é representado que 
para aqueles que nasciam sem o padrão corporal desejado, ou apresentando 
algum tipo de deficiência não poderiam passar por esse treinamento que os 
deixariam com essa expressão de vitória, estavam fadados ao fracasso, ou 
seja, somente aqueles considerados fortes é que poderiam seguir o fluxo 
normal da vida em esparta. E, para os considerados anormais? Não lhe era 
dado nenhuma oportunidade de ser outra coisa a não ser o de ser forte e de 
passar pelo treinamento para ser um soldado vitorioso dentro desta cultura. 
Assim, poderíamos seguir listando outros exemplos, como na Idade Média, o 
dos leprosos que foram retirados das cidades, afastados das pessoas sadias 
para não as contaminar. E, assim, são muitos os casos em que também judeus, 
hereges, assassinos, hermafroditas, mulheres, homossexuais e, vários outros 
grupos, foram acusados de cometer atos contra os costumes morais e religiosos 
predominantes em determinadas culturas por não apresentarem os padrões de 
corpo e de comportamento esperados. Foram, portanto, banidos da sociedade: 
torturados, queimados, corpos dilacerados em praça pública etc.
Atividades de Estudo
Assista	ao	filme	“O	filho	eterno”.	Você	pode	assistir	primeiramente	ao	
trailer,	 disponível	 em	<http://globofilmes.globo.com/noticia/o-filho-
eterno-trailer/>.	Após	assistir	ao	filme,	responda:
1	 Como	a	notícia	que	o	filho	teria	Síndrome	de	Down	foi	dada	à	família	
pelo	médico	após	o	nascimento	da	criança?	
R.: O médico descreve a família que a criança tem uma doença e que ela 
não tem cura, ou seja, o médico apresenta uma representação negativa e 
3
Atividades de Estudo
1	 Quais	são	os	saberes	que	estão	definindo	as	práticas	pedagógicas	no	
contexto	escolar?	Qual	o	lugar	que	está	ocupando	o	conhecimento	
escolar	nestas	práticas?
R.: Essa questão é fundamental de ser respondida por profissionais da 
educação que irão se deparar com esse cenário de Atendimento Educacional 
Especializado. As práticas pedagógicas realizadas em sala de aula não podem 
ter ênfase apenas em saberes médicos ou psicológicos no qual o professor 
busca apenas o diagnóstico do aluno para a partir daí saber o que fazer com 
ele. As práticas pedagógicas precisam ter ênfase no saber pedagógico. Não se 
trata de descartar o saber médico ou psicológico, assim como os demais saberes 
dos profissionais que estarão envolvidos em determinadas situações fora do 
discriminatória que foi dada a família que estaria fadada a ter um filho que não 
iria se desenvolver de forma normal como outras pessoas. 
2	 Considerando	 a	 fala	 do	médico,	 disserte	 sobre	que	ênfase	você	
percebe	com	relação	a	essa	criança	com	Síndrome	de	Down	e	como	
ela	passaria	a	ser	considerada	na	sociedade	atual.
R.: É possível observar que para o médico a criança não terá nenhuma chance de 
desenvolvimento sendo considerado dentro de suas possibilidades. O discurso 
médico pautava-se na normalidade para descrever a criança, afirmando que o 
que ela tinha era uma doença que não poderia ser curada. Pautava-se numa 
visão das pedagogias disciplinares e corretivas, onde esse sujeito analisado sob 
a ótica clínica, não se enquadraria e, portanto, não teria o que fazer com ele.
3	 Por	que	a	mãe	não	aceita	essa	representação	médica	do	filho	e	o	que	
ela	faz	que	evidencia	outra	forma	de	visualizar	o	filho	e	a	própria	
síndrome	de	down?
R.: A mãe foi a única pessoa a não aceitar esse diagnóstico fechado sobre o filho 
e resolve investir nele, ou seja, ver ele de outra forma. Ela demonstra ter amor 
por ele, independente do diagnóstico e passa a investir todas as suas forças para 
que ele possa se desenvolver dentro de suas possibilidades. Em várias cenas 
essa questão fica bem evidenciada, como por exemplo, a situação escolar em 
que a escola chama a família para dizer sobre as questões de aprendizagem do 
filho. A reação da mãe diante das descrições determinantes da escola faz com 
que a mãe prossiga investindo em seu filho, fundamentalmente demonstrando 
amor a ele e apostando em suas capacidades.
4
contexto da escola. Trata-se antes de o profissional da educação dialogar com 
esses saberes, buscando conhecer sobre o diagnóstico, mas fundamentalmente 
conhecendo seu aluno e suas potencialidades de aprender. Essa questão é de 
ordem pedagógica: como o aluno aprende? Em que momentos mais aprende? O 
que mais se interessa por aprender? Entre outras questões que devem pautar 
os planejamentos dos docentes.
Atividades de Estudo
1	 Com	base	na	charge	a	seguir,	descreva	o	que	você	vê	e,	posteriormente	
analise	o	que	você	viu	a	partir	do	que	vimos	sobre	o	normal	e	o	
anormal,	sobre	a	inclusão	e	a	exclusão	e	sobre	os	diferentes	saberes	
que	podem	estar	envolvidos	nesse	processo	de	avaliação.
FIGURA 5 – AVALIAÇÃO: BOLETIM PARA SUBSTITUIR AS NOTAS
FONTE: Tonucci (1997)
R.: É possível observar ao centro uma professora sentada a mesa escrevendo 
numa folha. Acima dela vemos um balão que simula seu pensamento. Vemos 
então a imagem do número oito, sendo desenhada por uma frase: “esta criança 
é aplicada e obtém bons resultados tanto na escrita como no oral”. 
Os saberes que pautam a avaliação dessa professora são aqueles instituídos 
pela norma escolar, ou seja, o que significa ser um aluno 8? Significa que ele 
se enquadra nas normas definidas pela escola e pela professora como sendo 
uma criança “aplicada”, diria obediente e, que, por isso, ou em consequência 
disso, obtém “bons resultados” em sua avaliação tanto “escrita como no oral”. 
Esses saberes podem ser identificados a partir do que diz a psicologia do 
desenvolvimento que considera as etapas ou níveis do desenvolvimento do 
5
Atividades de Estudo
Ao longo do capítulo você já foi incentivado a realizar algumas atividades que 
podem contribuir para materializar os conhecimentos discutidos. Responder 
perguntas reflexivas, assistir aos filmes indicados, realizar pesquisas; estas 
atividades podem contribuir nesse processo reflexivo e de construção de 
aprendizagens mais significativas sobre o tema em que estamos tratando e 
que daremos continuidade nos capítulos que seguem. A seguir, você terá a 
oportunidade de elaborar mais duas atividades, as quais darão maior subsídios 
para compreender o capítulo seguinte que tratará sobre as políticas atuais e 
como elas produzem efeitos para a organização das práticas escolares. 
1	 Após	a	leitura	do	capítulo,	retire	do	texto	alguns	destaques	sobre	
o	período	histórico	que	 compreende	o	período	de	1900	a	2018.	
Ao	mapear	alguns	desses	elementos	você	poderá	 compreender	a	
relação	entre	os	principais	acontecimentos	relacionados	a	Educação	
Especial	que	permitiram	pensar	ela	hoje	de	forma	atrelada	à	Educação	
Inclusiva.	
R.: Alguns fatos mais marcantes:
1900: primeiros congressos de medicina enfatizando os estudos sobre as 
pessoas com deficiência – “Tratamento médico-pedagógico dos idiotas”. Criação 
dos serviços de higiene mental e de saúde pública. 
1920: perspectiva escolanovista que enfatizava uma vertente psicopedagógica 
e defendia a liberdade individual da criança, bem como os direitos de todos 
na educação.
1971: Surge a educação especial (LDB 5692/71); Tratamento especial para 
os alunos com DF e DM que se encontram em atraso quanto à idade regular;
sujeito para classificar conforme o padrão cognitivo esperado pela sua idade, 
turma e nível cognitivo para saber ler, escrever e comportar-se.Dessa forma, 
muitas vezes, passamos a definir quem é o aluno incluído, geralmente aquele 
que apresenta alguma questão e não se aproxima da média escolar, ou seja, 
estar no espaço da escola não vai garantir que o aluno esteja incluído nos 
processos de aprendizagem. Muitas vezes a ele é planejado outro tipo de 
atividade em que ele possa realizar, para seu nível cognitivo. Sendo que ao 
realizar tal atividade, desconectada do restante da turma, a professora estará 
o excluí daquilo que foi pensado para todos, colocando-o nesse caso, no lugar 
de aluno excluído na turma. Então, se a avaliação é realizada por parecer ou por 
nota talvez não seja o mais importante de ser considerado, mas antes pensar 
sobre quais as bases em que esta professora pauta o seu processo de avaliação.
6
1988:	Constituição federal. ART. 5º: Educação como um direito de todos. 
Garante o pleno desenvolvimento da pessoa;
1990:	Declaração Mundial de educação para todos. No Brasil, surge uma 
política regida pelo princípio de “integração escolar”, “educação inclusiva” e 
“inclusão escolar”;
1994: Área específica de condutas típicas de síndromes. Portaria MEC nº 1793 
recomenda a inclusão de conteúdos relativos aos aspectos da pessoa portadora 
de necessidades especiais;
2001: Institui as diretrizes nacionais para a educação especial na educação 
básica;
2007:	Implementação do plano de metas: Todos pela educação; acessibilidade; 
implantação de sala de recursos; formação docente especializada.
2008: Política nacional de educação especial na perspectiva da educação 
inclusiva;
2018: Temos um sistema dual. De um lado: assistencialismo filantrópico 
patrocinado pelo poder público. De outro lado: um sistema educacional público 
fragilizado. A educação especial hoje, enquadra-se no pensamento neoliberal 
(Silva, 2002), buscando a diminuição do papel do Estado, minimizando sua 
responsabilidade.
2	 Faça	a	leitura	do	case	a	seguir,	que	retrata	uma	situação	de	inclusão	
de	um	aluno	que	apresenta	questões	em	relação	a	aprendizagem	e	
acompanhamento	da	turma.	Disserte	sobre	como	você	se	posicionaria,	
considerando	os	marcos	históricos	da	Educação	Especial	e	o	contexto	
atual	da	Educação	Inclusiva.
Quando Pedro chegou à educação infantil da Escola Municipal de 
Educação Básica, logo notamos “algo” no garoto, possivelmente algum 
transtorno. Uma escola grande que atende cerca de 100 alunos, divididos em 
turmas, sendo atendidos em grupos de até 20 crianças, por uma professora e 
uma atendente. A educação especial do município foi acionada e deu início a 
uma série de ações junto aos familiares e à equipe da creche para investigar 
o quadro. Mas a família do estudante teve certa resistência em aceitar a 
situação. Eram muitos os relatos de dificuldades em realizar as consultas 
médicas e as avaliações com profissionais de reabilitação indicadas para o 
aluno. Por isso, não havia um laudo médico definido.
Em sala de aula, Pedro não ficava parado e fazia o que queria. Isso 
dificultava nossa ação pedagógica. Na sala de estimulação, onde recebia o 
atendimento educacional especializado (AEE), sua participação era maior. 
Mas com o decorrer dos meses, o garoto não atingiu o esperado pela creche e 
pela família. A escola chegou a solicitar a mudança de escola, mas concordou 
7
em mantê-lo no mesmo estágio no próximo ano para que tivesse mais uma 
oportunidade.
No ano seguinte, contudo, a situação pouco mudou. A família continuava 
resistindo às nossas solicitações. No ambiente escolar, o aluno apresentava 
dificuldades para comer, mostrava-se intolerante com portas fechadas 
e tinha o hábito de tirar as roupas quando era contrariado. Ele ouvia e 
compreendia bem o que lhe era dito, mas não usava a fala para se comunicar. 
Interagia com adultos e quase nada com os colegas. A equipe da sala de 
recursos via avanços nas propostas individualizadas feitas ao estudante, 
mas os resultados positivos não se repetiam na sala regular.
Foram necessárias muitas conversas com os pais para que os mesmos 
fossem levados a retirar seu filho da escola. A certa altura do ano, a mãe 
nos contou como até mesmo os outros familiares começaram a olhá-lo de 
outra maneira. Assim, Pedro sentia-se excluído na turma e na escola. A 
escola desconhecia a legislação da inclusão (BRASIL, 2008) que orienta a 
inclusão de todos os alunos na escola regular, independente da deficiência. 
FONTE: <http://diversa.org.br/relatos-de-experiencia/creche-muda-
postura-para-incluir-crianca-sem-laudo-medico-definido/)>.
R.: Considerando os marcos históricos da Educação Especial e o contexto 
atual da Educação Inclusiva. Em primeiro lugar a inclusão na escola regular 
de alunos que apresentam questões relacionadas ao desenvolvimento de sua 
aprendizagem não pode mais causar impacto, ou seja, não pode mais assustar ao 
docente que está à frente do trabalho na sala de aula. Como vimos, a Educação 
Especial foi sendo imbricada na educação geral, tornando-a assim chamada de 
Educação Inclusiva. Uma série de avanços, inclusive legais tendem a garantir o 
direito de todos aprenderem. No entanto, a rede de apoio, incluindo a família, 
ainda é insipiente, pois ela acaba muitas vezes não acontecendo em função 
da sobreposição de saberes: a família que não confia na proposta da escola ou 
mesmo desconhece, os atendimentos médicos realizados fora do contexto da 
escola são muitas vezes desconhecidos pela escola, os atendimentos realizados 
na sala de recursos da escola ocorrem de maneira isolada da sala de aula, dentre 
outros elementos. 
Considerando o contexto atual da Educação Inclusiva e seus desafios em relação 
as dificuldades de o aluno acompanhar o currículo escolar, de maneira nenhuma 
pode mais ocorrer essa sugestão da escola para a família: a de retirar o filho da 
escola por falta de avanços de sua parte. A culpabilização do aluno por sua não 
aprendizagem e acompanhamento escolar não pode mais ocorrer, considerando 
que o trabalho pedagógico precisa aparecer com maior ênfase na sala de aula 
8
CAPÍTULO II
Atividades de Estudo
Exemplos de práticas de inclusão na mídia
1	 Cite	dois	exemplos	em	que	a	mídia	aborda	o	tema	da	inclusão.	
R.: O acadêmico poderá escolher outros exemplos, abordados na mídia. 
Exemplo 1: A Oi preparou um comercial em que a criança que aparece no final 
dizendo “Oi”, marca registrada das campanhas da operadora, trazendo uma 
menina com síndrome de Down.
Descrição da Propaganda: Menina com síndrome de Down com o logotipo 
da operadora Oi e a frase: “Simples assim”. O anúncio da Oi é mais um 
esforço da chamada publicidade inclusiva, iniciativas de ação afirmativa 
dentro da propaganda visando trazer a diversidade para uma área que 
sempre se caracterizou pelas imagens padronizadas do belo e do perfeito. A 
propaganda pode ser visualizada no seguinte link: <http://www.youtube.com/
watch?v=D7eXQeVZNDM>.
Exemplo 2: Barbie lança bonecas com deficiências físicas para promover 
inclusão. A marca Barbie anunciou nesta semana (15/02/2019), no Instagram, 
que irá lançar uma linha de bonecas com deficiências físicas para exaltar a 
diversidade e promover a inclusão. Os modelos usarão cadeira de rodas e prótese 
e mesmo no discurso da professora. O que o aluno consegue realizar? Quais 
são os objetivos traçados para ele? No que ele avançou considerando o seu 
processo de aprendizagem? No que ele pode avançar ainda mais? Tais perguntas 
podem ser realizadas conjuntamente com o profissional da sala de recursos 
da escola a fim de este trabalho não ocorra de modo isolado da sala de aula. 
Muitas conversas com os pais, entre os professores que atendem o aluno, com 
a turma deste aluno, enfim, precisam ocorrer na escola a fim de que se possa 
conhecer os limites e apostar nas potencialidades do aluno, incentivando-o 
sempre e mostrando os avanços que ele teve, ainda que tais avanços não sejam 
os mesmos que os demais. Pedro não se sentirá incluído sempre e totalmente 
na escola, o conceito de in/exclusão serve para que possamos perceber esse 
movimentoe buscar sempre a construção de práticas inclusivas para todos 
em sala de aula.
9
Atividades de Estudo
Exemplo de programa de inclusão 
1	 Cite	alguns	programas	de	inclusão	voltados	a	área	da	educação.	
R.: Alguns dos principais programas que visaram assegurar o acesso e a 
permanência dos sujeitos na escola são: “Acorda Brasil! Tá na hora da escola”; 
“Aceleração da Aprendizagem”; “Guia do Livro Didático”; “Bolsa-Escola” etc. 
Ações como a incorporação da Educação Infantil à Educação Básica e a 
implementação das modalidades de Educação de Jovens e Adultos e Educação 
Indígena. Também no sistema de avaliação foram criados o “Censo Escolar”, o 
“Sistema de Avaliação da Educação Básica” (SAEB), o “Exame Nacional do Ensino 
Médio” (ENEM) e o “Exame Nacional de Cursos” (Provão) etc.
2	 Disserte	 sobre	 um	dos	 programas,	 apresentando	mais	 detalhes	
e	destacando	os	objetivos	e	os	 resultados	esperados.	 Consulte	a	
internet	para	pesquisar	sobre	o	programa	escolhido.
na perna. Além disso, a boneca terá variedade de tons de pele, estilos de cabelo 
e looks da moda. Kim Culmore, vice-presidente de Design da Barbie, na Mattel, 
afirma: “Nosso compromisso com a diversidade e a inclusão é um componente 
essencial de nosso processo de design e estamos orgulhosos por saber que as 
crianças de hoje conhecerão uma imagem diferente da marca”. Disponível em: 
<http://portalmakingof.com.br/barbie-cria-bonecas-com-deficiencias-fisicas-
para-promover-inclusao>. Acesso em:17 jul. 2019.
2	 Formule	uma	questão	a	respeito	dos	seus	exemplos	que	expressa	
uma	visão	que	não	apenas	concorda	com	o	que	foi	mostrado,	mas	
busca	questionar	sobre	as	verdades	que	aquela	representação	sobre	
a	deficiência	quer	evidenciar.	
R.: A partir dos exemplos escolhidos, os quais serão pessoais e de acordo com 
as vivencias de cada um, serão compartilhados a forma de exaltação do outro 
com deficiência. Esses artefatos, seja filmes, propagandas, desenhos animados 
abordam o sujeito com deficiência, muitas vezes, centrando na diferença que a 
pessoa carrega e não como algo que está na forma como a sociedade aprendeu 
a ver essa pessoa. A mídia utiliza-se, muitas vezes, desse discurso que exalta 
através de questões positivas sobre as pessoas com deficiência, a fim de 
desconstruir a visão negativa, mas sem considerar que tal visão é construída 
histórica e socialmente. 
10
R.: A escolha de um desses programas, bem como a sua análise, é importante 
para destacar seus objetivos e os resultados esperados para perceber o quanto 
o programa é criado para atender uma demanda (social, escolar etc.) específica. 
No entanto, o seu funcionamento dependerá de uma série de elementos que 
podem impulsionar ou paralisar as ações previstas. A análise desse programa, 
pode ser realizada com base no profissional que atua no programa ou próximo a 
ele. é possível ainda ir além desse posicionamento, buscando por algum artigo 
na internet que aborde a respeito do programa escolhido.
Atividades de Estudo
1	 Com	base	nos	estudos	realizados	ao	longo	deste	capítulo,	responda:	
a)	Descreva	o	conceito	de	política.
R.: Como conjunto de práticas que inventa o que elas definem e que, por sua 
vez, é condição de possibilidade para se estabelecerem verdades específicas 
que, ao serem atravessadas pelas tendências globais, constituem os próprios 
sistemas de ensino.
b)	Defina	o	que	é	Imperativo	da	Inclusão.
R.: Tem sido imprescindível discutir a educação a partir dos processos 
inclusivos no cenário nacional e internacional, colocando-se de forma favorável, 
defendendo essa posição de inclusão de forma constante. Percebe-se uma 
defesa da inclusão é preciso que cada um se dobre a essas verdades, acredite 
nelas ou ao menos as aceitem como promessa de mudança de vida”. Trata-
se de uma rede em que cada um de nós participa enquanto uma população. 
Primeiro de forma compulsiva e, posteriormente, cada um deve se curvar a 
essas verdades, acreditar nelas para transformar suas vidas. A inclusão como 
imperativo pode ser vista como uma lógica orientadora da vida, como condição 
de participação de todos.
c)	 Descreva	como	podemos	compreender	o	processo	de	in/exclusão.	
R.: In/exclusão não podem ser tomados de forma separada, binária, como sendo 
duas palavras com significados contrários. Essas palavras são entendidas como 
dois lados da mesma moeda. Não são conceitos fixos, eles se movimentam a 
partir de um processo que envolve múltiplas questões, relações e compreensões. 
Trata-se de um movimento de luta constante que compreende a inclusão não 
como um lugar a ser alcançado, mas um desafio permanente que inclui pensar 
as práticas cotidianas desencadeadas com esses sujeitos, aceitando a condição 
permanente de inclusão e exclusão que todos nós estamos inseridos.
11
d)	O	que	é	o	Atendimento	Educacional	Especializado	-	AEE	e	para	que	
ele	serve	dentro	do	contexto	escolar?						
R.: O atendimento educacional especializado (AEE) é um serviço da educação 
especial que identifica, elabora, e organiza recursos pedagógicos e de 
acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, 
considerando suas necessidades específicas” (SEESP/MEC, 2008). O AEE 
deve ser marcadamente um atendimento pedagógico, e não clínico o objetivo 
é enfatizar o olhar pedagógico sobre a aprendizagem do aluno, buscando o 
professor em sala de aula para que possam construir possibilidades de trabalho, 
contribuindo assim para esse processo de inclusão. As SRM são divididas em 
dois tipos, de acordo com o material que é enviado pelo Ministério da Educação. 
A sala tipo 1 conta com: microcomputadores, monitores, fones de ouvido, 
microfones, scanner, impressora a laser, teclado e colmeia, mouse e acionador 
de pressão, laptop, materiais e jogos pedagógicos acessíveis, software para 
comunicação alternativa, lupas manuais e eletrônica, plano inclinado, mesas, 
cadeiras, armário, quadro melanínico. A sala tipo 2 conta com os mesmos 
recursos, mais recursos específicos para o trabalho com alunos cegos. Não 
pode caracterizar-se como um espaço de reforço escolar ou complementação 
das atividades escolares. 
2	 O	conceito	de	inclusão,	o	sujeito	com	deficiência	e	as	diferenças	de	
modo	geral,	podem	ser	compreendidos	na	prática	do	professor,	tanto	
na	sala	de	aula,	quanto	no	AEE.	Com	base	no	exposto,	classifique	V	
para	as	sentenças	verdadeiras	e	F	para	as	falsas:	
( ) É preciso haver um olhar atento de toda a escola para acompanhar e apoiar 
o professor diante das necessidades cognitivas, psicológicas, sociais e 
culturais apresentadas pelo aluno com deficiência.
( ) O professor de AEE deve subestimar as capacidades de aprendizagem 
do aluno, buscando compreender a sua deficiência e, por isso, solicitar 
somente ao profissional de apoio para fazer a intervenção pedagógica. 
( ) Os professores devem atuar a partir da visão médico-psicológica para 
aguardar a professora do AEE trazer o diagnóstico clínico do aluno para 
aí sim planejar atividades adequadas à sua deficiência.
( ) O profissional da educação deve agir de modo próximo da criança e da sua 
família, buscando compreender as experiências de vida desses sujeitos e 
identificando de que forma se pode aprender com eles.
( ) As práticas no contexto educacional devem ser desenvolvidas através de 
uma ênfase pedagógica, envolvendo família, a comunidade como fonte de 
investigação sobre a criança a fim de explorar as formas como ela aprende, 
seus interesses e possibilidades. 
( ) Os profissionais da educação precisam compreender a deficiência como 
uma doença, um defeito orgânico que pode ser tratado e corrigido para 
que ele possa ensinar e o sujeito aprender.
12
( ) Os alunos com deficiência são vistos a partir da impossibilidade de aprender 
os conteúdos, sendo a eles propostos atividades mais fáceis que envolvem: 
pinturas, desenhos, completar palavras com as letras, etc. 
( ) As crianças com deficiência são envolvidas nas atividades para a turma, 
sendo que para elasé realizado ajustes e adaptações, considerando suas 
condições, seu nível, seu tempo de aprendizagem, tendo ou não o apoio 
de outro profissional. 
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA: 
a) ( ) F - F - V - F - F - V - V - F.
b)	(X)	 V	-	F	-	V	-	V	-	F	-	F	-	V	-	V.
c) ( ) V - F - F - V - V - F - F - V.
d) ( ) F - V - V - V - V - F - V - V.
CAPÍTULO III
Atividades de Estudo
1	 Disserte	 sobre	 como	 identificar	determinado	 tipo	de	deficiência	
ou	 síndrome	no	 sujeito	 que	 se	 encontra	 “incluído”	 no	 contexto	
educacional,	mas	não	apresenta	um	diagnóstico?	
R.: Partindo da ideia de que não foi dito nada a respeito desse sujeito e há 
suspeitas de que seu comportamento e sua aprendizagem não está sendo 
correspondendo ao que está sendo proposto, é imprescindível uma aproximação 
maior com esse sujeito. Algumas sinalizações são importantes: não realizar 
um diagnóstico, pois não lhe cabe essa atribuição enquanto profissional da 
educação. Cabe antes compreender esse sujeito para além das características 
que ele está apresentando, buscando o histórico escolar, a família e seu 
contexto cultural/social. Além de conhecer melhor esse sujeito, observá-lo em 
diferentes situações de aprendizagem, fazer registros sobre suas respostas 
e comportamentos a fim de constituir elementos consistentes sobre ele. 
Compreender esses comportamentos e respostas a partir desse conjunto de 
elementos buscados sobre o sujeito e outros que a literatura pode indicar 
a partir de pesquisas realizadas. Utilizar argumentos pedagógicos nesses 
registros a fim de contribuir com uma visão mais ampla (clínica) que se possa 
ser buscada a partir daí. 
13
2	 O	que	é	preciso	para	construir	uma	prática	pedagógica	com	alunos	
com	deficiência,	síndrome	ou	dificuldade	de	aprendizagem?
R.: Conhecer o estudante, seu contexto, seus gostos, suas aprendizagens 
prévias; conhecer as caracterizações mais gerais sobre a deficiência, síndrome 
ou dificuldade a fim de compreendê-la de modo mais genérico; planejar 
estratégias pedagógicas que atendam às necessidades apresentadas pelo 
sujeito, mas também a turma ou grupo ao qual ele está inserido; rever de forma 
constante tais estratégias a partir de conversas com os diferentes instancias 
envolvidas: família, professor do AEE, gestão da escola, profissionais que 
possam atende-lo fora do contexto educacional; refletir de forma sistemática 
no contexto educacional com todos os profissionais envolvidos a fim de (re) 
avaliar a proposta pedagógica.
3	 Por	que	a	nota	técnica	relativizou	a	exigência	do	laudo	dos	alunos	
com	deficiência	não	mais	considerando	necessário	apresentar	para	
que	o	sujeito	seja	atendido	no	AEE?
R.: Necessidade de não mais atrelar o diagnóstico a um direito do aluno em 
receber atendimento. A dificuldade que muitas famílias têm em obter um 
diagnóstico preciso nas redes de saúde pública é algo a ser considerado. 
Outra questão é atrelar o diagnóstico como condição para planejamento de 
estratégias especificas de acordo com tal diagnóstico. Esse planejamento deve 
ocorrer de modo a não considerar apenas o diagnóstico. São muitos elementos 
que precisam estar envolvidos. O diagnóstico não pode orientar a prática 
pedagógica, e sim o contrário é indicado. O diagnóstico aponta elementos 
a serem considerados no planejamento. Muitas situações passaram a não 
serem contempladas no AEE em função de não ter o diagnóstico e com isso 
continuaram sem um olhar diferenciado nos contextos escolares.
4	 Destaque	o	que	você	aprendeu	de	modo	mais	significativo	com	esse	
conjunto	de	entrevistas.
R.: A resposta é individual para cada leitor, mas de modo geral o destaque 
fundamental a que se espera ter sido compreendido é o de que a inclusão precisa 
ser compreendida a partir da ideia de in/exclusão. Como processo inacabado 
que exige um constante repensar as práticas pedagógicas, considerando todos 
os sujeitos envolvidos. 
5	 Qual	a	importância	do	profissional	do	AEE	no	contexto	educacional?
R.: O grande articulador no contexto da escola, não o único. Aquele que pode 
além de pensar estratégias especificas com os sujeitos com deficiência, deve 
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discutir propostas com os professores, profissionais envolvidos com esses 
sujeitos e a turma. Aquele que pode mobilizar para além da escola, um trabalho 
em rede que considere diferentes saberes sobre esse sujeito e múltiplas formas 
de compreendê-lo. 
6	 Descreva	 como	 você	 abordaria	 o	 conceito	 de	 inclusão,	 quando	
solicitado	 a	 realizar	 algum	 tipo	 de	 formação	 continuada	 com	
professores	numa	escola	a	respeito	de	possibilidade	de	construir	uma	
proposta	pedagógica	inclusiva.
R.: A partir dos processos de in/exclusão; como prática em constante reflexão 
e reorganização; nunca como um lugar de chegada; considerando todos os 
envolvidos, não apenas aqueles que apresentam um tipo de deficiência; 
conceituando diferença como possibilidade e não como falta; apostando 
nas possibilidades dos sujeitos e relativizando as posições as quais eles são 
colocados; discutindo a partir dos entendimentos prévios que os professores 
tem acerca da inclusão a fim de desconstruir sob a luz da necessidade de pensar 
de outro modo, desnaturalizar as práticas excludentes.

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