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1 JORDANA HONORATO – 75D PLEXO BRAQUIAL É um conjunto de nervos que se formam na coluna cervical e se estendem até o membro superior, para inervá-lo É formado pelos ramos ventrais (nervos mistos, assim como os dorsais, – sensibilidade cutânea e motora) dos nervos espinhais C5, C6, C7, C8 e T1. Em alguns casos, existe a contribuição de C4, então o plexo é dito como pré-fixado, em outros casos há a participação de T2, então o plexo é dito pós-fixado em relação a coluna vertebral. Esses ramos passam por entre os músculos escalenos e vão se unir formando troncos → C5 com o ramo de C6 forma o tronco superior → C7 segue solitário formando o tronco médio → C8 juntamente com T1 se unem para formar tronco inferior Esses troncos sofrem divisões anteriores e posteriores → O tronco superior, médio, e inferior formam uma divisão anterior e posterior cada um Os nervos da divisão posterior vão inervar os músculos da parte posterior do membro superior, que são músculos extensores Os nervos das divisões anteriores vão inervar os músculos da parte anterior do membro superior, que são músculos flexores Não é somente os membros superiores que são inervados pelo plexo braquial. Músculos do pescoço e músculos peitorais também são inervados pelo plexo braquial Essas divisões formam fascículos (que são chamados de acordo com a sua relação com a artéria axilar) → A divisão anterior do tronco superior com a divisão anterior do tronco médio se unem para formar o fascículo lateral (lateralmente a artéria axilar) 2 JORDANA HONORATO – 75D → A divisão anterior do tronco inferior forma o fascículo médio (medialmente a artéria axilar) → A divisão posterior do tronco superior, médio e inferior vão formar o fascículo posterior (posteriormente a artéria axilar) Esses fascículos dão origem aos nervos terminais, que são 5. → No fascículo lateral temos o nervo musculo cutâneo e um ramo chamado de ramo lateral para o nervo mediano → No fascículo medial temos o ramo medial para o nervo mediano e o nervo ulnar → No fascículo posterior temos o nervo radial e o nervo axilar Esses 5 nervos destacados são os nervos terminais do plexo braquial. Inervar músculos e pele, já que são motores e sensitivos. Mas além deles, existem outros nervos do plexo braquial. As raízes de C5, C6 e C7 se unem para formar um nervo longo, que é o nervo torácico longo, que vai inervar o musculo serrátil anterior na lateral do tórax. No tronco superior há dois nervos: → O nervo supraescapular que vai inervar os músculos supra-espinhal e infra-espinhal na escápula, passa pela incisura dela. → O nervo subclávio que vai inervar o musculo subclávio, o qual está debaixo da clavícula Os fascículos tem alguns outros nervos paralelos, unidos a eles. → No fascículo lateral tem-se o nervo peitoral lateral, que vai inervar o musculo peitoral maior → No fascículo posterior tem-se os nervos subescapulares superior e inferior que vão inervar o músculo subescapular e o músculo redondo maior. No fascículo posterior também tem-se o nervo toracodorsal, que vai inervar o músculo grande dorsal ou latíssimo do dorso → No fascículo medial tem-se o nervo peitoral medial, que vai inervar os músculos peitoral maior e peitoral menor e os nervos cutâneos medial do braço e medial do antebraço, que são nervos cutâneos (sensitivos) para a pele da região medial do braço e do antebraço De C5 sai o nervo dorsal da escápula que vai para a região posterior do dorso, para inervar o músculo enervador/levantador da escápula e os músculos romboides – maior e menor. 3 JORDANA HONORATO – 75D Vê-se o plexo braquial saindo do pescoço e penetrando pelo ápice da axila, indo em direção ao membro superior. Mostra também a relação dos fascículos com a artéria axilar NERVO TORÁCICO LONGO É formado pela união da raízes de C5, C6 e C7 Desce ao tórax para inervar o músculo serrátil anterior, o qual: → Tem a sua origem da 1ª a 8ª costela → Inserção na borda medial da escápula → Contorna o tórax, formando a parede medial da axila, até a borda medial ou vertebral da escápula → Função de manter a escápula próxima do tórax Uma lesão no nervo torácico longo faz com que a escápula se afaste do tórax (escapula alada) 4 JORDANA HONORATO – 75D NERVO TORACODORSAL Inerva o músculo grande dorsal ou latíssimo do dorso Se origina do fascículo posterior NERVO MÚSCULO CUTÂNEO É um ramo terminal do fascículo lateral É formado por C5, C6 e C7 Inerva a região anterior do braço (músculos flexores) – bíceps-braquial, braquial e coraco- braquial. Para ser identificado é necessário primeiro identificar o músculo coracobraquial, o qual sai do processo coracóide em direção ao úmero. O nervo músculo cutâneo perfura o musculo coracobraquial Após inervar os músculos flexores na região do cotovelo, ele se torna superficial e passa a ser chamado de cutâneo lateral do antebraço, que vai inervar a pele da região lateral do antebraço (área em verde na imagem). Lesões nesse nervo misto são raras, uma vez que ele está protegido dentro da massa muscular Uma lesão cortante ou perfurante pode lesar esse nervo, levando a perda da força muscular dos músculos flexores, o que diminui a flexão do braço e praticamente toda do antebraço, além da perda da sensibilidade cutânea na região lateral do antebraço NERVO AXILAR É do fascículo posterior, menor nervo dele, o radial é maior. Recebe fibras de C5 e de C6 Apresenta um trajeto curto, contornando o colo cirúrgico do úmero, juntamente com a artéria circunflexa posterior do úmero. Passa pelo espaço quadrangular (formado pela cabeça longa do tríceps, redondo maior, colo cirúrgico do úmero e redondo menor). Então nesse espaço quadrangular são encontradas a artéria circunflexa do úmero e o nervo axilar. Ele se direciona ao músculo deltoide e o inerva e inerva o redondo menor também. 5 JORDANA HONORATO – 75D Dá um ramo cutâneo, que é o cutâneo lateral do braço, que vai inervar a pele que cobre o músculo deltoide A sua lesão é caracterizada por atrofia do musculo deltoide, perda da sensibilidade na região lateral superior do braço, diminuição do poder de abdução do braço até 90° (já que a abdução do braço é realizada também pelo músculo supra-espinhal) e déficit na rotação lateral do membro superior. → Causas mais comuns são de uma compressão da axila para cima por uso de muletas, por exemplo, ou traumas em fraturas que desloquem a cabeça do úmero da cavidade glenoide, ou uma fratura no colo cirúrgico do úmero NERVO RADIAL É o maior nervo terminal do fascículo posterior Supre todos os músculos do compartimento posterior do braço e antebraço No braço, passa pelo sulco do nervo radial no úmero, juntamente com a artéria braquial profunda Segue para a região anterior ao epicôndilo lateral, onde se divide em um ramo profundo e um superficial → O ramo profundo é totalmente muscular, ou seja, inerva a musculatura da região posterior do antebraço → O ramo superficial é totalmente cutâneo, responsável pela sensibilidade do dorso da mão, da pele na região posterior do antebraço e inervação da pele na região posterior e látero-inferior do braço (área em azul) 6 JORDANA HONORATO – 75D (IMAGEM INERVAÇÃO MOTORA): Identificamos a espinha da escápula, o acrômio, a articulação gleno-umeral, com a cápsula. No espaço quadrangular, o nervo axilar e a artéria circunflexa posterior do úmero. Para identificar o nervo radial, é necessário identificar o recesso triangular (área entre a cabeça longa do tríceps e a cabeça lateral do tríceps). Nessa imagem, a cabeça lateral do tríceps foi cortada e afastada. O nervo radial vai inervar o tríceps, que é o músculo da região posterior do antebraço, e o ancônio, seguindo pelo sulco do nervo radial, até o epicôndilo lateral. Anteriormente aoepicôndilo lateral ele se divide em ramo profundo e superficial, retornando novamente a posterior para inervar os músculos da região posterior do antebraço, que são músculos extensores da mão e do dedo. Também inerva a pele (área em vermelho na imagem de cima) na região posterior e látero- inferior do braço, posterior do antebraço e o dorso da mão, do primeiro até próximo do quarto dedo. (A outra região do dorso da mão é inervada pelo nervo ulnar). Como o nervo radial inerva os músculos extensores do braço e antebraço, a lesão dele levará a alterações de extensão nas mãos, dedos e antebraço. Dependendo do nível de lesão há um tipo de alteração. No caso da imagem ao lado, há uma fratura da diáfise do úmero, lesionando o nervo radial, provavelmente o tríceps que está mais superficial não será afetado, ou será pouco afetado, mas os músculos extensores do antebraço estarão alterados. Esta alteração desses músculos levará a queda da mão, chamada mão em gota, pois os músculos flexores que são anteriores estarão tracionando a mão e os extensores perderão sua função. A lesão do nervo radial também poderá provocar uma alteração da sensibilidade dessa região em vermelho (imagem a cima) que é a região posterior e lateral do braço, posterior do antebraço e essa parte do dorso da mão, do primeiro até próximo do quarto dedo NERVO MEDIANO É o principal nervo da região anterior do antebraço É formado por uma raiz lateral do fascículo lateral e por uma raiz medial do fascículo medial Esse grande nervo segue pelo braço, anterior ou lateralmente a artéria braquial. Não supre nenhum músculo na região do braço. Na fossa cubital, ele toma uma posição mais mediana e irá inervar praticamente todos os músculos do antebraço, que são músculos flexores da mão e dos dedos Apresenta um segmento cutâneo para inervar a palma da mão (área em azul), que se estende do primeiro a metade do quarto dedo, e quase toda a palma da mão. O nervo mediano penetra na mão através do túnel do carpo → A síndrome do túnel do carpo pode comprometer bem o funcionamento do nervo mediano, afetando a região da sua inervação (área em azul), levando a alterações de sensibilidade (parestesias ou dormências/formigamentos na ponta dos dedos, principalmente nos 3 primeiros) e musculares (de movimento, levando a mão em benção). A palma da mão pode até não ser muito comprometida, pois o nervo cutâneo para ela sai proximalmente do nervo mediano e passa superiormente a esse túnel do carpo. Ao solicitar o paciente com essa síndrome ao alguma lesão no nervo mediano para fechar a mão, ele não consegue fechar esses dedos, vai flexionar apenas o 4º e o 5º dedo que são inervados pelo nervo ulnar, ficando com essa mão em benção. A alteração da musculatura da região tênar (polegar) também, vai impedir que o paciente faça algumas atividades, como abotoar uma camisa ou segurar um pente 7 JORDANA HONORATO – 75D NERVO ULNAR É o nervo do fascículo medial Segue pelo braço medialmente a artéria braquial Não supre nenhum musculo no braço, assim como o nervo mediano. No antebraço, vai inervar o músculo flexor ulnar do carpo e metade do músculo flexor profundo dos dedos. Os outros músculos todos do antebraço são inervados pelo nervo mediano. Penetra na mão por um pequeno túnel, chamado de túnel do Ulnar. Vai inervar os músculos da região hipotênar e vai fazer a inervação cutânea tanto da palma, quanto do dorso da mão, na região do quarto e quinto dedos O nervo ulnar passa do braço para antebraço posteriormente ao epicôndilo medial. Quando chocamos o cotovelo vai dar um choque na mão, provocado por esse nervo. 8 JORDANA HONORATO – 75D A lesão ou compressão do nervo ulnar pode ocorrer em qualquer parte do seu trajeto, porém normalmente ocorre no canal de Guyon (canal Ulnar – entre a mão e o antebraço) ou no túnel cubital (região do cotovelo) → Há uma perda da sensibilidade na palma e no dorso da mão, dormência no 4º e 5º dedo. O mesmo ocorre ao levar um choque ao bater o cotovelo → Como o nervo Ulnar é também responsável pelos músculos da região hipotênar e a maior parte dos músculos da mão, sua lesão provocará uma deformidade na mão chamada de garra ulnar, além de uma perda da capacidade de abdução da mão. LESÃO DO PLEXO BRAQUIAL Podem ser total ou parcial → Uma lesão total levará a perda total da sensibilidade e movimentação dos membros superiores → Uma lesão parcial pode ser superior ou inferior no plexo braquial, tendo alguns sinais e movimentos. Uma lesão superior, do tipo parcial, ocorre normalmente em quedas de motocicleta e de cavalos, com lesão em C5 e C6 – que formam principalmente o fascículo lateral, o nervo músculo cutâneo, que inerva os músculos da região anterior do braço (flexores), – com a perda da capacidade de flexão do braço (bíceps-braquial, braquial e coraco-braquial) e – a parte que vai para o fascículo posterior, principalmente nervo axilar lesada provoca a – perda de sensibilidade e movimentação na região deltoide. O sinal característico é chamado de mão de garçom (o paciente não consegue flexionar nem abduzir o braço, e fica com a mão como se fosse um garçom pedindo gorjeta). Durante o parto, a tração excessiva da cabeça pode lesar as fibras superiores do plexo braquial, provocando a mão de garçom, chamada de síndrome de Erb-Duchenne 9 JORDANA HONORATO – 75D Uma lesão de estiramento, quando se fica “pendurado” pelo braço, tracionado por ele, são as lesões da parte inferior do plexo, o que leva a uma lesão, principalmente, no nervo Ulnar (provocar a mão em garra) INERVAÇÃO CUTÂNEA DO MMSS As alterações na sensibilidade cutânea vão depender da inervação ou do nervo comprometido → O nervo cutâneo lateral superior é uma ramificação do nervo axilar, alterações nesse último então, levarão a alterações de sensibilidade (perda) na pele acima do deltoide → O nervo cutâneo lateral do braço, são ramificações do nervo musculo cutâneo, de forma que alterações ou lesões nesse levarão a alterações de sensibilidade na porção lateral do antebraço → O nervo cutâneo medial do braço e cutâneo medial do antebraço são ramos diretos do fascículo medial, então lesões no fascículo medial poderão levar a alterações de sensibilidade nesses nervos (IMAGEM) Essa região em rosa é inervada pelo nervo cutâneo posterior do braço, que é do nervo radial. Também, cutâneo posterior do antebraço, ramo do nervo radial 10 JORDANA HONORATO – 75D
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