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1 Lívia Santos TXVIA Anatomia Patologia I Prof° Ligia Vara 19/02/2021 Apoptose → INTRODUÇÃO • apoptose é sinônimo de morte celular programada; •Essa nomenclatura foi utilizada pela primeira vez em 1972 por um artigo clássico de Kerr, Wyllie e Currie, foi descrita como morte celular programa e fisiológica, normalmente não é patológica (como sempre ocorre na necrose), em que a célula é programada para morrer quando necessário, mas a célula pode sofrer indução à apoptose por motivações patológicas também; Diferença da necrose: na apoptose a célula forma corpos apoptóticos, que são fragmentos íntegros assim como a sua membrana plasmática que continua íntegra. Esses fragmentos são atrativos para fagócitos; Já na necrose há extravasamento de conteúdo citoplasmático, perca da integridade da MP e normalmente causa uma reação no hospedeiro; → CONCEITO • As células morrem em “pontos específicos” do seu ciclo celular no processo de desenvolvimento, com controle preciso deste ato, processo de morte induzido estritamente regulado. Em que as células que estão destinadas a morrer ativam enzimas que degradam seu próprio DNA e as proteínas tanto citoplasmáticas quanto nucleares; • Ocorre em situações normais – diferente da necrose- sendo muitas vezes necessária para a homeostase orgânica; • Ocorre através da ativação de um programa intra-celular altamente regulado por componentes celulares, cuja função é eliminar seletivamente células que não são mais desejadas; Fases de apoptose • Há uma alteração mínima tecidual regional, com pouca ou nenhuma inflamação • São ativadas enzimas que degradam o próprio DNA celular, proteínas citoplasmáticas e nucleares; • as células se repartem em fragmentos (corpos apoptóticos) contendo porções do citoplasma e do núcleo e de MP; • A membrana plasmática se mantém intacta nestes fragmentos, apresentando apenas inversão da fosfatildiserina de dentro para fora, o que a torna “apetitosa” aos fagócitos; • Os corpos apoptóticos então são rapidamente fagocitados antes que haja alterações morfológicas ou inflamação ao redor; → ALTERAÇÕES MORFOFUNCIONAIS •Ocorre um encolhimento celular, o citoplasma fica denso, as organelas mais compactas, a cromatina condensada (*característica mais marcante da apoptose) e o núcleo pode se fragmentar, OBS: lembre-se de que em outras lesões normalmente ocorre tumefação da célula e não encolhimento; • (formação de bolhas na superfície), Primeiro a célula exibe bolhas na superfície em seguida, sofre fragmentação em corpos apoptóticos envoltos por membrana, que são compostos por citoplasma, organelas compactas e fragmentos nucleares. • Em seguida, ocorre a fagocitose destes corpos apoptóticos por macrófagos e sua degradação por enzimas lisossomais dos mesmos. OBS: apoptose não induz inflamação! 2 Lívia Santos TXVIA Anatomia Patologia I Prof° Ligia Vara 19/02/2021 → CARACTERÍSTICAS NA HISTOLOGIA • As células ficam com o tamanho reduzido; • eosinofilia; • Cromatina condensada; • Fragmentação nuclear; • Membrana citoplasmática intacta, com inversão fosfatidilserina • Formam-se bolhas citoplasmáticas; • Fragmentação em corpos apoptóticos; • Fagocitose dos corpos apoptóticos. • OBS: Não há inflamação adjacente • no corte histológico abaixo está a cromatina toda condensada o citoplasma eosinofílico e cromatina dá o aspecto roxo pois está bem densa; Histologia (corte corado com Hematoxilina & Eosina): a célula apoptótica aparece redonda a oval, com citoplasma eosinofílico, com fragmentos da cromatina nuclear densa → ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS •São as responsáveis pelas alterações morfológicas já descritas; ✓ Ativação das caspases; ✓ Decomposição do DNA e das proteínas ✓ Alterações da membrana e reconhecimento por fagócitos → ATIVAÇÃO DAS CASPASES • Característica específica da apoptose é a ativação de vários membros de uma família de proteases (enzimas que degradam proteínas) cisteínas denominadas caspases. • Esta terminologia é baseada em 2 propriedades desta família de enzimas: ✓ “C” se refere a uma protease de cisteína (uma enzima com cisteína no seu local ativo, devido ao local ativo da enzima ser cisteína chama de C) ✓ “ASPASE” se refere a capacidade destas enzimas de clivar em resíduos o ácido aspártico. • A família caspase (com mais de 10 membros) pode ser dividida didaticamente em 2 grupos, a depender da ordem em que são ativadas durante a apoptose: ➢ Grupo iniciador: caspases 8 , 9 e 10 ➢ Grupo executor: caspases 3 e 6 • Assim como diversas proteases, as caspases são pró-enzimas e devem passar por clivagem enzimática para se tornarem ativas. OBS: A presença de caspase ativa é um marcador de célula em apoptose; → DECOMPOSIÇÃO DO DNA E DAS PROTEÍNAS • As células apoptóticas têm uma decomposição característica do DNA em grandes peças de quilobases (50-300) assim como das suas proteínas; • Posteriormente são clivadas por Ca²+ e MG²+ em fragmentos menores; • OBS: quando quebra DNA e célula perde sua função 3 Lívia Santos TXVIA Anatomia Patologia I Prof° Ligia Vara 19/02/2021 → ALTERAÇÃO DA MEMBRANA E RECONHECIMENTO POR FAGÓCITOS • Ocorre o movimento de fosfolipídeos (fosfatidilserina) da camada bilipídica mais interna para a mais externa o que faz com que os fagócitos reconheçam estes receptores. • A membrana dos corpos apoptóticos ainda expressa uma proteína chamada Anexina V que também é reconhecida por fagócitos. → MECANISMO DE APOPTOSE • Todas as células têm mecanismos intrínsecos que sinalizam morte ou sobrevivência. • O processo de apoptose pode ser dividido em duas fases: ➢ Iniciação: onde algumas caspases tornam-se cataliticamente ativas. ➢ Execução: quando outras caspases desencadeiam a degradação de componentes celulares. • Na iniciação, a apoptose ocorre principalmente por sinais de duas vias distintas: ➢ Intrínseca ou mitocrondrial – iniciadora (caspase 9) ➢ Extrínseca ou pelo receptor de morte – iniciadora (caspases 8 e 10) • Estas vias são induzidas por diferentes estímulos e envolvem diferentes conjuntos de proteínas, ambas convergem para ativar as caspases – que são os verdadeiros mediadores da morte celular programada → VIA INTRÍSECA (MITOCONDRIAL) • Principal mecanismo de apoptose em todos os mamíferos. • Resulta do aumento da permeabilidade mitocondrial e liberação de moléculas pró- apoptóticas no citoplasma. • As mitocôndrias são organelas que contém proteínas como o citocromo C que são essenciais para a vida, que ao serem liberados no citoplasma, iniciam o programa de apoptose. • O lançamento destas proteínas para o citoplasma é controlado pelos membros pró e anti-apoptóticos da família das proteínas BCL. • Existem mais de 20 membros desta família e a maioria deles funciona como regulador de apoptose. • Fatores de crescimento de outros sinais de sobrevivência podem estimular a produção de proteínas anti-apoptóticas, sendo as principais BCL2, BCLx e MCL1; estas, normalmente residem no citoplasma e nas membranas mitocondriais onde controlam a permeabilidade evitando o vazamento de proteínas de morte celular • Quando as células são privadas de sinais de sobrevivência ou há dano no DNA, ou proteínas mal dobradas, ou estresse induzido por radicais livres→ os sensores de danos são ativados. •Estes sensores também são da famíliaBCL. • Chamados de BIM, BID e BAD, por sua vez ativam dois efetores críticos pró- apoptóticos BAK e BAX que formam oligômeros que se inserem na membrana mitocondrial e criam canais que permitem o vazamento de proteínas internas para o citoplasma. • O resultado da ativação BAK-BAX acoplada com a perda das funções protetoras dos membros anti-apoptóticos da família BCL e a liberação citoplasmática de várias proteínas mitocondriais, ativa a cascata das caspases. • Uma destas proteínas é o citocromo C (papel na respiração mitocondrial) que uma vez liberado para o citosol, se liga em uma proteína chamada APAF-1 (Fator de Ativação de Apoptose 1) formando um 4 Lívia Santos TXVIA Anatomia Patologia I Prof° Ligia Vara 19/02/2021 hexâmetro semelhante a uma roda (chamado de apoptossoma); • O apoptossoma é capaz de se ligar a caspase 9 (iniciadora) clivando caspases 9 adjacentes configurando então uma auto- amplificação do processo. • Outras proteínas mitocrondriais entram no citoplasma e vão se ligando e neutralizando proteínas inibidoras fisiológicas da apoptose (as chamadas IAPS), cuja função normal é bloquear a ativação das caspases, incluindo as executoras para manter as células vivas. • Assim, a neutralização destas proteínas, permite a ativação da cascata das caspases. OBS: Bax e BAC (efetores críticos pró- apoptóticos) se ligam na mit e liberam as proteínas pro apoptóticos que liberam as capazes que ativam as pro capazes e toda a cascata : o BCL é uma família de proteínas pró e anti apoptóticas ele pode ser tanto a favor quanto contra (BCL2, BCLx MCL1) a apoptose, quando as células precisam morrer elas ativam sensor da família BCL de morte e esses sensores são só BIM o BID e o BAD, esses três da família BLC ativam 2 efetores pró apoptóticos que são o BAK e o BAX e formam oligômeros que são compostos químicos que se ligam na membrana mitocondrial → VIA EXTRÍNSECA (RECEPTOR DE MORTE) •Iniciada por receptores de morte da membrana plasmática. • Esses receptores são membros da família TNF que contém domínio citoplasmático envolvido nas interações proteína-proteína chamado de “domínio de morte”, essencial para entrega de sinais apoptóticos. • Os receptores de morte mais conhecidos são os TNF tipo 1 (TNFR1) e uma proteína chamada Fas. • O ligante de Fas, é chamado de Fas ligante (FasL) e é expresso em células T (CD 95) que reconhecem antígenos próprios com função de eliminar linfócitos auto-reativos e alguns linfócitos T citotóxicos (infectados por vírus ou células tumorais). • Quando FasL se liga a Fas, 3 ou mais moléculas de Fas são recrutadas e agregadas a eles formando um local de ligação para uma proteína adaptadora que também tem um domínio de morte chamada FADD • FADD então que já está ligada aos receptores de morte se liga a uma caspase 8 ou 10 inativa e múltiplas pró-caspases 8 são colocadas em proximidade e se clivam para gerar caspases ativas. • A enzima então ativa uma cascata de ativação de caspases por clivagem ativando outras pró-caspases e as ativas medeiam a execução da apoptose. • Esta via da apoptose pode ser inibida por uma proteína chamada FLIP, que se liga a pró-caspase 10. • Alguns vírus e células normais produzem a proteína FLIP e a utilizam como inibidora da apoptose mediada por Faz; 5 Lívia Santos TXVIA Anatomia Patologia I Prof° Ligia Vara 19/02/2021 → FASE DE EXCUÇÃO DA APOPTOSE • Após a fase iniciadora da apoptose com a via intrínseca e extrínseca, a clivagem das caspases coloca em atividade a morte celular enzimática. • As capases executoras que são a 3 e a 6 atuam em diversos componentes celulares, e, uma vez ativadas, clivam um inibidor de uma DNAse citoplasmática tornando-a ativa. • Ela então induz a clivagem do DNA característica em fragmentos semelhantes aos nucleossomos. • As caspases degradam componentes estruturais da matriz celular promovendo fragmentação nuclear. → REMOÇÃO DOS RESTOS CELULARES • A quebra celular em fragmentos pequenos (corpos apoptóticos) os torna “comestíveis” pelos fagócitos. • A fosfatidilserina expressa na camada externa da membrana celular é reconhecida por vários receptores de magrófagos. • Células em apoptose secretam fatores solúveis que recrutam fagócitos. • Alguns corpos apoptóticos expressam trombospondina que é uma glicoproteína adesiva reconhecida por fagócitos. • Assim, numerosos receptores e ligantes de fagócitos estão envolvidos no processo da apoptose permitindo uma fagocitose rápida e eficiente, de maneira a não deixar vestígios nem gerar qualquer processo inflamatório local. → POR QUE A CÉLULA TEM QUE MORRER? ETIOLOGIAS Fisiológicas: Distribuição programada durante a embriogênese? Importante para remodelação tecidual, formar estruturas anatomicamente funcionais a partir da regressão de alguns tecidos formados durante a embriogênese. Na embriogênese precisa de regressão de tecido cutâneo se não nasce com sindactilia, igual tecido mamário • sindactilia; • Involução de tecidos dependentes de hormônios, mulher menopausada por conta da minuição de hormônios células entram em apoptose: • Eliminação celular em tecidos em proliferação celular para manter em constância o nº de células, os queratinócitos (última camada de pele) são trocados a cada 21 dias; 6 Lívia Santos TXVIA Anatomia Patologia I Prof° Ligia Vara 19/02/2021 Há troca de epitélio intestinal a cada dois a 5 dias; Hemácias trocamos a cada 120 dias, isso é normal; • Morte de células que já cumpriram suas funções, abaixo mostra um processo alérgico no pólipo nasal que recuperou eosinófilos, depois da alergia os eosinófilos morrem; • Eliminação de linfócitos auto-reativos; linfócitos que produzimos em situações não ideias, produzido no Lúpus, são linfócitos que não toleram o organismo e atacam a si mesmo Abaixo é um tipo e as áreas mais claras são macrófagos fagocitando linfócitos T reativos, se deixar a proliferação fica doença autoimune Patológicos • Dano ao DNA – exposição do tecido a hipóxia, radiação, fármacos citotóxicos... Se não houverem mecanismos de reparo celular, haverá apoptose como mecanismo de defesa, caso contrário, proliferação de célula anômala, clonal; • Acúmulo de proteínas dobradas inadequadamente – decorrente de defeitos hereditários ou danos causados por radicais livres, também como mecanismo de defesa, 7 Lívia Santos TXVIA Anatomia Patologia I Prof° Ligia Vara 19/02/2021 ao reconhecer o erro, as vias da apoptose são ativadas para impedir a proliferação destas células alteradas; • Doenças virais – a morte celular pode ser causada diretamente pela ação viral, ou, pelas células T citotóxicas • Atrofia orgânica patológica pós obstrução ductal, é parecido com involução hormonal, ocorre uma obstrução de colédoco, o ducto está obstruído deixando de levar nutrientes então sofre apoptose; • Apoptose patológica, apoptose demais e de menos causam doenças: • o cd 95 tem o marcador de mebrana CD 95 claster cells, usa em patologia como marcador da proteínas das células T • sempre tem mecanismos pró e anti apoptose, a via extrínsecaa que é do receptor de mebrana e a via intrínseca que é da mt Questõesnorteadoras 1- Qual significado de apoptose? Morte celular programada 2- Qual a sequência das alterações morfológicas celulares da apoptose? Encolhimento celular Condensação da cromatina e picnose Fragmentação nuclear (cariólise) Bolhas na membrana Corpos apoptóticos – inversão da fosfatidilserina Fagocitose 3- Como são chamados os grupos das caspases envolvidos no mecanismo de apoptose? 8 Lívia Santos TXVIA Anatomia Patologia I Prof° Ligia Vara 19/02/2021 Grupo inciador e grupo executor 4- Quais são as fases da apoptose? Iniciação e execução 5- Como é a divisão da fase de iniciação da apoptose? Intrínseca ( ou mitocondrial com caspase 9) e extrínseca (ou receptor de morte, receptor de membrana celular e caspases 8 ou 10) OBS: Alteração no núcleo → ativação da p53 → BAX e BAK → canais na mitocôndria liberando citocromo C → ativação das caspases → ativação de endonucleases e proteases → formação de corpos apoptóticos O p53 é marcador tumoral não degrada nada só avisa que a célula precisa morrer, tem atividade de sinalização apenas O tnf: é um receptor a p53 é uma proetona sinalizadora (marcador) 6- Após a fase de execução, como é elaborada a remoção dos restos celulares na apoptose e como encontra-se o tecido adjacente a célula apoptótica? quebra celular em corpos apoptótico --> reconhecimento da fosfatidilserina pelos macrófagos -->retrutamento de fagócitos - -> corpos apoptóticos expressam trombospondina que é reconhecido por fagócitos --> fagocitose. Sem inflamação 7- Quais as principais causas fisiológicas da apoptose? Embriogênese, renovação celular, involução por redução de hormônios, manter a constância do número de células; 8- Quais as principais causas patológicas da apoptose? Dano no DNA, acúmulo de proteínas dobradas incorretamente, doenças virais e atrofia orgânica patológica; 9- Faça a descrição histológica dos corpos apoptóticos. Eosinofilia, corpos apoptóticos com fragmento de núcleo e citoplasma mais citoplasma por concentração de proteínas , cromatina bem condesada bem roxa e soltando os fragmentos 10- Quais as 3 principais alterações bioquímicas que norteiam a apoptose? ativação das caspases, degradação de proteínas e dna e citoplasma, alteração da membrana com inversão da fosfatidilserina Casos clínicos → CASO 1 Paciente feminina de 23 anos, com queixa de febre e urina escura há 3 dias. História da moléstia atual: Refere que há 5 dias começou com quadro de febre não aferida e sudorese noturna. Notou escurecimento da urina e conjuntivas amareladas, o que também foi notado por familiares, e, então procurou o serviço de saúde. Antecedentes pessoais: estudante do 3º ano de odontologia, mora com os tios em São Paulo / SP, família de classe média / alta. Antecedentes familiares: pai com hepatite viral há 10 anos. Nega qualquer outro antecedente familiar. Interrogatório Sobre Diversos Aparelhos (ISDA): Nega doença neurológica, cardiopulmonar e hematológica; recebeu todas as vacinas do esquema nacional de vacinação e teve varicela na infância. Nega uso de drogas. Refere parceiro fixo, nega uso de preservativo. 9 Lívia Santos TXVIA Anatomia Patologia I Prof° Ligia Vara 19/02/2021 Exame Físico (EF): Bom estado geral, corada, hidratada, eupneica, ictérica (2+/4+), acianótica, consciente e orientada no tempo e espaço, febril (38.3C) ausência de linfonodomegalias palpáveis; Frequência Cardíaca (FC / P): 128 batimentos por minuto (bpm) Frequência Respiratória (FR): 32 incursões por minuto (ipm) Pressão Arterial (PA): 140x80 mmHg Ausências de lesões cutâneas Pulmões: murmúrios vesiculares (MV) preservados em ambos os pulmões, ápices e bases Abdome: fígado a 3cm do rebordo costal direito, doloroso à palpação. Baço percutido no rebordo costal esquerdo, não palpável, sinal de Murphy negativo, descompressão brusca (DB) dolorosa negativa Membros inferiores: perfusão adequada, ausência de edema ou sinais de congestão venosa Pode estar com hepatite C, pois hepatite C não tem vacina e ela tomou todas as vacinas, hepatite aguda, e como é da odonto ela está exposta; Quais as possíveis alterações anatomopatológicas no órgão lesado? Necrose de hepatócitos, lesõa citotóxica que esta lesioando o vírus Quais os eventos morfológicos da apoptose? Encolhimento celular Condensação da cromatina (picnose) Fragmentação nuclear (cariólise) Bolhas na membrana Corpos apoptóticos – nversão da fosfatidilserina Fagocitose Como são os mecanismos citoplasmáticos envolvidos na apoptose? condensação do citoplasma, organelas compactadas → CASO 2 No corpo humano, a homeostase é mantida por um equilíbrio entre a proliferação e morte celular. A apoptose que é sinônimo de morte celular programada, é uma forma fisiológica responsável pela eliminação de células indesejadas. A apoptose tem características morfológicas e bioquímicas específicas, e pode ser desencadeada por uma variedade de estímulos. 1. Qual a importância da apoptose na embriogênese? Importante para remodelação tecidual, formar estruturas anatomicamente funcionais a partir da regressão de alguns tecidos formados durante a embriogênese. 2. Quais as alterações bioquímicas observadas na apoptose? Ativação de caspases, decomposição do DNA e das proteínas e alteração da membrana 3. Em quais situações fisiológicas e patológicas e apoptose pode estar envolvida? → CASO 3 Paciente feminina de 67 anos, com queixa de hemorragia vaginal de baixa intensidade há 1 mês. História da moléstia atual: Refere que durante a menacme, tinha ciclos regulares de 28-30 dias, nunca fez uso de drogas contraceptivas, teve duas gestações e dois filhos nascidos vivos, prevenia demais gestações com uso de preservativos masculinos. Há um mês iniciou um quadro de sangramento vaginal intermitente, de baixa 10 Lívia Santos TXVIA Anatomia Patologia I Prof° Ligia Vara 19/02/2021 intensidade, de coloração vermelho escura em pouca quantidade. Refere ainda dispareunia (dor na relação sexual) de leve intensidade acompanhando o quadro. Antecedentes pessoais: professora aposentada, casada, classe média, hipertensa com tratamento idealizado e bom controle da pressão arterial. Antecedentes familiares: pai falecido por câncer colônico há 12 anos, mãe com 93 anos portadora de diabetes mellitus e hipertensão arterial sistêmica Interrogatório Sobre Diversos Aparelhos (ISDA): Refere HAS com bom controle, nega doença neurológica, pulmonar e hematológica; faz uso de Captopril 25mg pela manhã; Nega uso de outras medicações. Exame Físico (EF): Bom estado geral, corada, hidratada, eupneica, anictérica, acianótica, consciente e orientada no tempo e espaço, afebril, ausência de linfonodomegalias palpáveis; Frequência Cardíaca (FC / P): 72 batimentos por minuto (bpm) Frequência Respiratória (FR): 22 incursões por minuto (ipm) Pressão Arterial (PA): 120x80 mmHg Ausências de lesões cutâneas Pulmões: murmúrios vesiculares (MV) preservados em ambos os pulmões, ápices e bases Abdome: fígado percutido no rebordo costal direito, não palpável, baço percutido no rebordo costal esquerdo, não palpável, sinal de Murphy negativo, descompressão brusca (DB) dolorosa negativa Membros inferiores: perfusão adequada, ausência de edema ou sinais de congestãovenosa Exame colposcópico (vagina, colo uterino): atrofia da vagina e da ectocérvice com notável exposição dos vasos sanguíneos e linfáticos locais. Ao exame de colpocitologia oncótica (Papanicolaou) foram observadas células escamosas atróficas, flora vaginal composta por cocos, ausência de neoplasia e presença de numerosas hemácias. 11 Lívia Santos TXVIA Anatomia Patologia I Prof° Ligia Vara 19/02/2021 Qual a principal hipótese diagnóstica para a metrorragia (hemorragia uterina)? Atrofia uterina, OBS: a principal causa de metrorragia na mulher pós menopáusica (sempre cai na prova de residência, é Atrofia, pois quando atrofia fica com menos células então os avisos sanguíneos continuam lá e ficam mais expostos e qualquer coisa sangra mais Qual a causa da hipótese diagnóstica acima? Devido a alteração hormonal ocorre atrofia quando atrofia fica com menos células então os avisos sanguíneos que continuam lá e ficam mais expostos e qualquer coisa sangra mais Como conduzir o caso acima? Terapia de reposição hormonal, pode ser local ou pode ser oral, mas existem contra indicações como histórico de câncer de mama na família e de útero; → CASO 4 Paciente do sexo masculino de 54 anos, refere que notou “caroço” na região cervical anterior há aproximadamente 1 mês. História da moléstia atual: Refere que há um mês enquanto fazia a barba (costume diário pois trabalha em hospital) notou nódulo móvel na região cervical anterior, indolor, que desde então aumentou de volume, refere que o mesmo não vem acompanhado de qualquer outro sintoma. Antecedentes pessoais: técnico em radiologia, nega outras doenças ou uso de medicação, pratica atividade física 3x por semana e se alimenta de forma saudável Antecedentes familiares: pai falecido por câncer de próstata com metástase pulmonar há 15 anos, mãe com câncer de mama e portadora de diabetes mellitus em tratamento Interrogatório Sobre Diversos Aparelhos (ISDA): nega doença neurológica, pulmonar e hematológica; nega uso de medicações e drogas Exame Físico (EF): Bom estado geral, corado, hidratado, eupneico, anictérico, acianótico, consciente e orientado no tempo e espaço, afebril, presença de nódulo palpável em topografia tireoidiana; Frequência Cardíaca (FC / P): 63 batimentos por minuto (bpm) Frequência Respiratória (FR): 22 incursões por minuto (ipm) Pressão Arterial (PA): 110x70 mmHg Ausências de lesões cutâneas Pulmões: murmúrios vesiculares (MV) preservados em ambos os pulmões, ápices e bases Abdome: fígado percutido no rebordo costal direito, não palpável, baço percutido no rebordo costal esquerdo, não palpável, sinal de Murphy negativo, descompressão brusca (DB) dolorosa negativa Membros inferiores: perfusão adequada, ausência de edema ou sinais de congestão venosa Foi realizada ultrassonografia de tireoide e região cervical bilateral que detectou um nódulo no terço inferior do lobo tireoidiano direito, realizada punção aspirativa por agulha 12 Lívia Santos TXVIA Anatomia Patologia I Prof° Ligia Vara 19/02/2021 fina deste nódulo que revelou tratar-se de Carcinoma Papilífero da tireoide. No presente caso, podemos afirmar que houve falta ou excesso de apoptose? falta Qual a provável causa do surgimento da lesão neste caso? Exposição radiológica, mas os fatores genéticos corroboram Quais as possíveis falhas envolvidas no processo Erro na indução à apoptose em função do risco ergonômico da radiação → CASO 5 Em condições fisiológicas como é o revestimento externo do tecido cutâneo, e há cada quanto tempo as células da epiderme são trocadas? 21 dias, depois da epiderme sofre apoptose tem uma camada de queratina, queratinócitos;
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