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1 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 Necrose → INTRODUÇÃO • a célula pode sofrer estímulo nocivo e estresse, ex: em uma situação de hipóxia antes da célula morrer ela sofre adaptações como diminuir o metabolismo e sofrer hipotrofia, mas a falta de oxigênio pode levar a célula a ter déficit de ATP e parar a bomba e entrar água dentro da célula (tumefação celular/degeneração hidrópica). Todas essas são alterações reversíveis, todavia se continuar e aumentar a hipoxia a célula vai evoluir para necrose; • abaixo é evidenciado que pode ter dois tipos de morte celular: Apoptose x necrose - Na apoptose ocorre a fragmentação celular e formação de corpos apoptóticos, que serão fagocitados, não causa inflamação; - Mas na necrose ocorre rompimento da MP, da membrana das organelas, da membrana do núcleo, em que há extravasamento de conteúdo o que estimula infiltrado inflamatório, necrose tem correlação com inflamação; • Embora não exista qualquer ponto de corte bem estabelecido no qual as adaptações celulares falhem e a lesão celular se torne irreversível, os mecanismos moleculares envolvidos na lesão celular e as alterações celulares histologicamente detectáveis associadas estão bem definidos. Ou seja, não tem um ponto exato, um momento em que a partir dali a célula morre, mas sim eventos bem definidos e característicos de sua morte; 4 vias essenciais da célula, lesão e morte celular • Na célula existem 4 vias essenciais para a sobrevivência da célula e estão relacionadas, qualquer falha em uma dessas vias altera as outras, estas são: -um envolvidas com produção de energia, produção de ATP, oxidação MIT, a segunda síntese proteica, manutenção da membrana da célula e o quarto com a manutenção da integridade do genoma, boa replicação e reparo do DNA; • todos os estímulos/ agentes nocivos como a falta de oxigênio, por exemplo, atuam interrompendo essas vias celulares, à medida que falha uma falha outra que em última análise leva a morte da célula; • Pense em uma paciente que teve um trauma que gerou uma hemorragia, em que ocorre 2 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 queda de sua pressão arterial, uma das consequências é a redução de perfusão dos túbulos renais, causando uma isquemia (diminuição completa ou parcial do fluxo, que causa diminuição de oxigênio) nos túbulos renais, se diminui oxigênio, diminui produção de ATP se a bomba falha ocorre distúrbio de osmolaridade, uma vez que essa bomba iônica é que mantem os níveis baixos de sódio, entra água na célula em excesso causando o edema celular/ degeneração hidrópica/tumefação celular= esse é um exemplo de lesão celular, é reversível, se volta vascularização; Mas se não reverter a célula começa a morrer; •Abaixo está um fragmento de rim nos túbulos renais, em que mostra células tubulares, em que em necrose celular as células começam a perder seus núcleos, a maioria das células perderam núcleo; Observe essa mudança nos dois túbulos abaixo em maior aumento, em que a célula do acima da linha possui várias bolinhas (que são os núcleos) enquanto o túbulo abaixo da linha está todo praticamente sem núcleos evidenciando o processo de necrose; → DEFINIÇÕES DE NECROSE • necrose é morte de parte de um organismo vivo, podem atingir partes isoladas, bem como o tecido inteiro originando um tecido morto; Causas de necrose e características • necrose é morte celular, morte tecidual em um organismo viável, uma lesão “acidental” a célula que pode ser causada por; - isquemia; -agressões ambientais (calor, frio ou forças físicas); - destruição da MP por agentes químicos ou biológicos; • não esqueça!! Necrose está associada a perda da integridade da MP e extravasamento dos conteúdos celulares; 3 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 • Como dentro da células existem lisossomos com enzimas, quando essa organela se rompe assim como todas as outros no processo de necrose essas enzimas começam a digerir suas próprias estrutura á isso é dado o nome de autólise; • autólise= degradação das células, ou dos restos celulares por suas próprias enzimas lisossomais; • OBS: Lembre-se de que na necrose ao mesmo tempo que rompe membranas de organelas, rompe membranas do núcleo etc. Ou seja, os processos que caracterizam a necrose ocorrem de maneira simultânea, diferente de apoptose; Inflamação na necrose • heterólise= é o processo de degradação das estruturas celulares e das células por enzimas digestivas liberadas pelos leucócitos/células inflamatórias o que corrobora ainda mais a degradação; • O extravasamento de conteúdos celulares para o ambiente tecidual dispara múltiplos sistemas de detecção de padrão molecular associado ao dano/perigo (DAMP). Toda ativação inflamatória depende do DAMP, quando é extravasado o conteúdo de dentro das células é disparado um sistema de reconhecimento de DAMP, as células têm receptores os PRRs (receptores de reconhecimento de padrão ou patógeno) que detectam esses DAMPs, esses PRRs quando são ativados lançam vários sinais de citocinas, interleucinas que disparam o processo inflamatório; • Por que é importante inflamação? A inflamação é importante, pois é uma forma de eliminar as células mortas. Quando tem infiltrado inflamatório ocorre processo de heterólise e depois de fagocitose de tudo que foi morto e depois que fagocita ocorre processo de reparo (que consiste em processo de regeneração ou cicatrização) → NECROSE= LESÃO IRREVERSÍVEL • processo de necrose sempre é patológico e sempre gera processo inflamatório; • observe na imagem abaixo, as setas pretas apontam para células inflamatórias chegando na região; • abaixo repare que as células necróticas formam um material amorfo no canto esquerdo e superior, fica um tecido homogêneo sem núcleo; 4 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 → CONCEITOS IMPORTANTES •autólise= digestão de um tecido morto por suas próprias enzimas vale tanto para um tecido necrótico num organismo vivo como para a decomposição do organismo após a morte • heterólise= digestão das células necróticas por enzimas derivadas dos leucócitos e a desnaturação proteica; • necrose= é o evento da parada de funcionamento da célula como máquina organizada • necrofanerose= aparecimento das características morfológicas (quando a célula morre nas primeiras 6 horas não é possível ver as alterações morfológicas só moleculares, após 6 horas dá para ver em microscopia óptica já em microscopia eletrônica minutos após morte já dá pra ver alterações) da necrose no tecido (ou seja, picnose nuclear, eosinofilia do citoplasma); • tempo para necrofanerose= varia com o Spo de tecido, temperatura, circunstâncias metabólicas e o método de observação empregado; ✓ microscópio ópitco = o tempo para necrofanerose é tipicamente de 6 horas ✓ microscópio eletrônico = alterações irreversíveis (ruptura da membrana celular, degeneração das mitocôndrias), são demonstráveis já minutos após a necrose → NECROSE X APOPTOSE •Apoptose: - É o processo de morte celular programada; -Iniciado por gatilhos moleculares específicos; - O desencadeamento da apoptose resulta em um modo distinto de morte celular = concebido para minimizar a respostas do hospedeiro; • Apresentados como processos mutuamente exclusivos.Existem situações em que pode ter apoptose junto com necrose, os mecanismos de morte celular interagem e se sobrepõe; • Um dessas situações de sobreposição é a piroptose =ativação de caspase no início, que caracteriza a apoptose, mas depois a célula vai rompendo originando um processo de inflamação Ex: desdobramento da salmonela na célula; • além disso, existe a necroptose= é a interação, ativação de uma citocina com um receptor de morte o que gera ativação de apoptose, mas junto ocorre a necrose ex: vírus HIV na célula: • Em ambos os processos ocorrem inflamação; → MECANIMOS MOLECULARES DA NECROSE • O quadro abaixo é um bom esquema de morte celular; 5 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 • abaixo exemplifica uma obstrução do fluxo, isquemia, o que altera a cadeia transportadora de elétrons na MIT, d diminui ATP, o que pode levar para lesões reversíveis (pois se retomar o fluxo volta ATP e dá tempo de recuperar), mas se perdura a isquemia a célula entra em processo de morte; Danos por aumento de cálcio na célula (1) • Quando a célula vai morrer, primeiro ocorre aumento de cálcio dentro da célula isso destrói membranas, devido a ativação de uma proteína chamada calpaina (quando tem muito cálcio ela é ativada e destrói membranas dos lisossomos), quando ocorre isso os lisossomos liberam enzimas que provoca uma lise na célula de outras organelas; • além disso, quando tem muito cálcio na célula começa a ativação de fosfolipases, se ocorre ativação de fosfolipase A2, essas hidrolisam os fosfolípides nas membranas das células e essas membranas perdem estabilidade; • então está ocorrendo dano as organelas, dano à célula, processo de digestão celular e todos esses processos ocorrem simultaneamente • ademais, muito cálcio na célula gera uma alteração chamada de transição de permeabilidade mitocondrial= a membrana da MIT começa a despolarizar, desacoplar transporte de elétrons, falha produção de ATP e lise na mitocôndria; Dano por aumento de glicólise (2) • Além disso, com a diminuição de ATP, diminui glicogênio, aumenta a glicólise e aumenta a produção de ácido lático, o que diminui o pH da célula, o que danifica ainda mais as lesões na célula; 6 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 → LESÃO POR REPERFUSÃO • existem células que são resistentes a falta de oxigênio, tais como são os cardiomiócitos, eles aguentam mais tempo a situação de privação de oxigênio. Essa resistência se deve a maior capacidade de produção de ATP via glicólise, eles têm essa via desenvolvida, o que protege suas mitocôndrias. Ademais, quando forma ATP por essa via tem redução de pH o que também retarda o processo de transição de permeabilidade mitocondrial. Portanto, o cardiomiócito é mais resistente à isquemia, mas essa célula não é imortal então chega um momento em que ele morre, pode morrer de duas formas descritas abaixo; - (1) com a falta de oxigênio aumenta mais o cálcio e gera morte; - (2) ou por reperfusão (retorno do fluxo sanguíneo), pois durante a reperfusão, tais mitocôndrias continuam a acumular Ca2+ e liberam quantidades significativamente elevadas de espécies reativas de oxigênio (ROS) no citoplasma; Processo de lesão por reperfusão • A mitocôndria, em condições normais, produz oxigênio molecular em forma de radical livre superóxido, pois isso é um subproduto do transporte de elétrons que ela faz, esse superóxido se transforma em água e OH (que é outra espécie reativa de oxigênio, que em quantidades pequenas não causa problemas, mas em grandes concentrações acarreta dano ao DNA nuclear e necrose); •Então, em um miocardiócito que está vivo, mas já danificado, quando volta o fluxo sanguíneo aumenta muito a quantidade de ROS o que causa a morte desses miocardiócitos já danificados, os outros conseguem se recuperar; •Mitocôndrias normais liberam pequenas quantidades de oxigênio molecular na forma de radicais livres superóxidos (O2 •–) como um subproduto do transporte de elétrons • Bloqueios na cadeia respiratória (como seria esperado em mitocôndrias danificadas) podem levar ao aumento da produção de ROS que é extremamente prejudicial a essas células já danificadas • Uma ausência no equilíbrio entre os mecanismos protetores e a produção de ROS leva ao estresse oxidativo no interior da célula; → CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS DA LESÃO IRREVERSÍVEL • Se olhar no microscópio óptico após 6 horas é possível ver as alterações abaixo: 7 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 → ALTERAÇÕES NA MEMBRANA CÉLULAR • Formação de bolhas na superfície; - Devido o destacamento do citoesqueleto; • Ruptura da membrana celular; - Enfraquecimento decorrente da redução da síntese proteica e alteração nos ácidos graxos dos fosfolipídeos; - Com liberação do material intracelular, formando uma massa indistinta eosinofílica homogênea, vista principalmente nas necroses de caseificação • Junções intercelulares ficam frouxas ou desaparecem ex: no tecido epitelial, em que as células estão justapostas com desmossomos, se ocorre necrose as junções entre as células ficam frouxas e desaparecem; - Alterações estruturais da membrana → ALTERAÇÕES NA MITOCÔNDRIA • Condensação da matriz mitocondrial - Devido deficiência de oxigênio; • Tumefação mitocondrial - expansão da câmara interna leva a redução do número de cristas, que vão achatando até o desaparecimento completo – cristólise Tumefação mitocondrial, conservando a arquitetura das cristas, é uma lesão reversível; Perda das cristas e aparecimento de estruturas amorfas são indicativos de lesão irreversível; Ou seja, matriz da mitocôndria começa a condensar e depois ela começa a estufar (tumefação), quando a mitocôndria morre ela perde as cristas (processo denominado cristólise). No entanto, se a mitocôndria só aumentou de tamanho e não perdeu suas cristas o processo é reversível, a perda das cristas é uma indicação de irreversibilidade de lesão nas mitocôndrias; • A figura abaixo ilustra o processo de formação de bolhas, é importante destacar que quando forma bolha se rompe a membrana, já era, lesão não é mais reversível; • A imagem abaixo consiste em uma célula normal do túbulo contorcido proximal renal, em que existem microvilosidades (MV) revestindo a superfície luminal (L); o núcleo da célula delimitado com o seu nucléolo dentro; várias mitocôndrias (estruturas escuras em formato alongado; • Já na imagem B, mostra um caso de lesão reversível na célula do túbulo renal, em que; - Mitocôndrias estão estufadas, está perdendo suas MV e existem bolhas brancas que vão formando na célula, mas não teve rompimento da membrana caracterizando uma lesão reversível; - Descrição: célula epitelial de túbulo proximal renal = lesão celular inicial; microvilosidades 8 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 ausentes e incorporadasno citoplasma apical; bolhas foram formadas e estão expulsas no lúmen; mitocôndrias tumefeitas durante a isquemia; reperfusão = sofreram condensação e tornaram-se eletrondensas Enquanto na imagem C, houve rompimento de membrana e mitocôndrias estufadas; - Descrição: Célula de túbulo proximal renal = lesão tardia, irreversível; acentuada tumefação das mitocôndrias; depósitos eletron-densos, contendo proteínas e cálcio precipitados; mostrariam a membrana plasmática rompida e tumefação e fragmentação das organelas • N afigura abaixo é possível ver que não há mias cristas, então já tem morte; → ALTERAÇÕES NO CITOPLASMA • Aumento da acidofilia citoplasmática= citoplasma eosinofílico (citoplasma bem rosa, ele fica rosa pois houve aumento da ácido lático, desnaturação de cadeias peptídicas, mais rosa pois está mais ácido); - Devido ao desacoplamento ribossômico (diminuição de RNA no citosol), ao aumento de ácido láctico no citosol e à desnaturação de cadeias peptídicas com incremento de cargas negativas; • Granulação citoplasmática -Ocorre devido tumefação e posterior ruptura de organelas (principalmente mitocôndrias e REL) • Homogeneização citoplasmática - com a lise das organelas e coagulação das proteínas, forma-se uma massa opaca e acidófila, vista principalmente nas necroses coagulativas → ALETRAÇÕES NUCLEARES • Picnose= retração e adensamento do núcleo, com perda da individualidade dos grânulos. (Contração & Condensação da 9 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 cromatina ) de cromatina • Cariorrexe= fragmentação do núcleo picnótico. (ruptura em vários fragmentos, com distribuição irregular em torno da carioteca e posterior deseintegração em grupos amorfos com perda dos limites nucleares). • Cariólise= apagamento do núcleo, coloração nuclear pálida e fraca. (dissolução da cromatina e perda da coloração do núcleo, que desaparece completamente). • a primeira imagem abaixo evidencia uma célula morta em que está sem núcleos e no tecido conjuntivo adjacente consta os neutrófilos, devido infiltrado inflamatório, já a segunda imagem evidencia células saudáveis; • primeiro ocorre picnose →depois cariorrexe→ e por último cariólise • Depois da caríólise quando ele apaga sobra só vestígio do citoplasma = resto fantasma. O desaparecimento do núcleo e a eosinofilia caracterizam a homogeinização do citoplasma. Na apoptose fragmenta a célula como um todo formando corpos apoptóticos; → NECROSE COAGULATIVA- ISQUEMICA •É o tipo mais comum de necrose podendo ser chamada de Necrose Isquêmica; • Quando ocorre isquemia ocorre autólise (enzimas lisossomais degradando toda a célula) e depois heterólise, na autólise em que tem a digestão/liquefação enzimática do tecido por autólise ocorre a desnaturação das proteínas e fica uma aparência de tecido coagulado, retarda a autólise e a coagulação (desnaturação proteica) predomina; • Infarto = necrose que ocorreu depois que interrompeu o fluxo sanguíneo, que se instala após interrupção do fluxo sanguíneo; • Ocorre em todos os tecidos com excessão nos tecidos com muito lípide, ex: no cérebro tem muita mielina, na hora da morte o tecido necrótico fica como uma papa, necrose liquefativa; Infarto branco/anêmico/isquêmico •ocorre sem hemorragia, para fluxo, infarto e necrosa, ocorre em órgãos sólidos que tem circulação terminal; • área de necrose de coagulação (isquêmica) ocasionada por hipóxia letal local, em território com circulação do tipo terminal 10 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 • causa é sempre arterial (oclusão tromboembólica, compressiva) • órgãos mais comumente lesados são os rins, o baço, o coração • obstrução arterial em órgãos sólidos com circulação terminal Infarto vermelho/ hemorrágico • já no infarto vermelho depois que a região morreu ela é invadida por sangue, um sangue que vem de uma circulação colateral ou de circulação dupla como no pulmão, o sangue realmente sai dos vasos não é reperfusão; •área de necrose edematosa e hemorrágica • ocasionada por hipóxia letal local, em território com circulação preferencialmente do tipo dupla ou colateral (pulmão / fígado) • órgãos frouxos ou com irrigação dupla ou com rica circulação colateral • necrose de coagulação na presença de circulação residual (a partir de uma fonte alternativa), suficiente para demonstrar hemorragia tecidual maciça • tanto a oclusão arterial como a venosa podem causar infartos vermelhos Abaixo constam as características do infarto vermelha a única diferença é que depois desses processos o sangue entra na área necrosada; - a partir de 6 horas é possível ver alterações na microscopia óptica; - de 6 a 12 horas área pálida e pouco definida; - de 12 a 24 é possível ver área pálida, delimitada por um halo hiperêmico, pois quando ocorre necrose na área que morreu chega células inflamatória então ocorre essa aumento da hiperemia (um dos sinais cardiais da inflamação ocorre vasodilatação para chegar células de defesa no local lesado); área que morreu com forma de cunha, cuneiforme, pois a necrose começa pequena no vaso que ocluiu e vai expandindo e essa área chama cuneiforme ou mapa geográfico; - do segundo ao quinto dia ocorre aumento das células inflamatórias, halo acizentado leucocitário internamente ao hiperêmico começa a ter exsudato; - do quinto dia em diante ocorre cicatrização; • macroscopicamente: perceba no rim abaixo área cuneiforme necrosada, halo hiperêmico ao redor mais vermelho; • microscopicamente: perceba que onde tem I é área de necrose e entre as células fantasmas são os neutrófilos; 11 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 • A imagem abaixo consta uma adrenal, um vaso que foi ocluído na ponta da cunha fez área necrosada no formato de cunha Exemplos de necrose coagulava • a maioria dos infartos: necrose por isquemia, geralmente devido à parada completa da circulação sanguínea nos capilares da área necrótica →impede a chegada de células fagocitárias. Ocorre no miocárdio, do rim, do baço - exceção é o cérebro • Tumores de crescimento muito rápido – superando a capacidade de suprimento pelos vasos do próprio tumor, não tem vascularização suficiente ocorre necrose. • Lesões intensas por agentes físicos (ex.: queimaduras graves) ou químicos (ácidos e bases fortes) • necrose caseosa; • gangrena; • Esteatonecrose; → DIAGNÓSTICO • qual diagnóstico do órgão? Rim (é o nome do órgão) • diagnóstico? Infarto renal • lesão celular? Necrose coagulativa OBS: cai na prova • na lamina abaixo é possível ver um fragmento de rim, veja que tem halo hiperêmico mais rosa e abaixo do halo hiperemico tem faixa roxinha que é o infiltrado inflamatório; • na lâmina abaixo a área 1 é a área da necrose e a 2 é a área em que há infiltrado inflamatório com hiperemia ao redor; 12 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 • abaixo outra lâmina de rim com glomérulos necrosados e alta infiltração inflamatória; Regeneração: é vista com núcleos maiores e nucléolos bem evidentes, ao mesmo tempo que tem célulamorrendo tem célula se regenerando, quanto maior o núcleo e o núcleo indica maior atividade funcional da célula; • perceba os pontinhos vermelhos dentro do glomérulo são hemácias no glomérulo inferior já no glomérulo de cima não tem só tem espaços brancos em que é possível ver a isquemia, precisa ter hemácias dentro do glomérulo, se não tem hemácias tem isquemia; • o glomérulo abaixo está isquêmico, pois não é possível ver hemácias dentro dele • abaixo está um adenohipófise, tem três tipos celulares principais: basófilo, cromófogo e o acidófilo; 13 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 Nas imagens superiores está normal já embaixo está tendo necrose, todas as células ficam iguais, tem picnose, eosinofilia; • abaixo é mostrado halo hiperêmico e os pontinhos roxos células inflamatórias; • necrose no baço: •abaixo é o fígado comparação com hepatócitos normais com os que estão em processo de necrose; • perceba a área mais clara mais amarelada é área do infarto, diagnóstico do órgão = coração, diagnóstico= infarto cardíaco; 14 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 • abaixo é possível ver a área evidente de infiltração inflamatória; • ao aumentar ainda mais é possível ver as células musculares cardíacas sem núcleo e o infiltrado ao redor; Observe que apenas sobram os restos fantasmas; • abaixo é um fragmento de pulmão, infarto pulmonar hemorrágico, como no pulmão tem dupla circulação e então ocorre infarto hemorrágico; 15 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 → NECROSE COAGULATIVA- TIPO CASEOSA • um tipo de necrose coagulava é a necrose caseosa • OBS: fazer estudo dirigido para direcionar os estudos • se instala no meio de reação inflamatória provocada por certas doenças, principalmente a tuberculose; • é uma ação de degradação progressiva e irreversível feita por enzimas em tecidos lesionados; • na maioria dos casos a necrose coagulava surge de isquemia, infarto, mas pode surgiu com a necrose caseosa que é a partir da formação de granuloma (existem microrganismo como no caso da tb que gera reação inflamatória que para eliminar o bacilo faz estrutura chamada granuloma); • abaixo está o granuloma com um halo de neutrófilos, tem primeira linha de defesa com macrófagos que fagocitam bacilo, mas se não consegue destruir bacilo o macrófago libera IL2 (interleucina 2) que estimula linfócitos T que secreta citocina interferon gama que faz com que os macrófagos com bacilos se transformam em macrófagos ativadas epitelioide, que pelo interferon gama que transformam os macrófagos em células epiteliooide que se aglomeram em transformam em células gigantes multinucleadas (macrófagos com potencial maior de fagocitose) e o macrófago ativado libera TNF- alfa e quimiocitocinas que ajudam na formação do granuloma. O problema do granuloma é que ele cresce e seu centro fica pouco vascularizado onde ocorre necrose; • abaixo se vê um granuloma que é cada bolinha no meio com necrose caseosa e ao lado os roxinhos são os linfócitos, a necrose fica no meio, na outra existe coloração que marca bacilo e na placa de Petre o granuloma tem um líquido que sai dele viscoso de necrose 16 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 • abaixo estrutura que mostra no centro material amorfo, combinação de liquefação e coagulação, pois a bactéria do centro morre e tem lipídeos em sua estrutura fica aspecto de queijo, pois isso o nome caseosa, existem situações que o bacilo morre devido o granuloma, mas existem casos em que o bacilo consegue sobreviver e fica adormecido por décadas e pode sofrer reativação isso é a tuberculose secundária. OBS: na lepra e em outras doenças pode ocorrer isso; • células epitelioides parecem charuto, são macrófagos ativados que se transformaram em células epitelioides que podem se juntar e formar uma célula gigante multinucleada (gigantócito tipo langhans) com núcleo forma de ferradura; • nem todo granuloma tem esse gigantócito, mas todo granuloma tem célula epiteliode; • com o tempo o granuloma pode fibrosar para gerar uma involução do granuloma; 17 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 • repara nos pontinhos verdes; • gigantócitos são vistos abaixo • para a periferia tem muitos linfócitos • abaixo tem o aspecto de queijo, massas secas amareladas: • OBS: calcificação é devido á deposição de cálcio e fibrose é tecido conjuntivo denso, são coisas diferentes; 18 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 • O micobacterim da tb faz reação inflamatória que forma granuloma que no centro do granuloma forma proteínas que estão coaguladas e lipídeos (coagulação mais liquefação) formando material mole , branco acizentadas com aspecto de queijo; • abaixo os grabulomas no baço → TIPOS DE NECROSE COAGULATIVA • isquêmica, infarto (acontece na maioria dos tecidos exceto cérebro pois como é rico em lípide vai ser do tipo liquefeita); • tumores que crescem muito rápido; • lesões intensas por agentes físicos; • necrose caseosa (quando tem microrganismo pode acontecer aonde o microrganismo se instalar); • gangrena; • esteatonecrose (reação de saponificação); Todas são coagulavas, mas tem aspectos diferentes da necrose coagulava clássica como mostrada a cunha amarela no rim anteriormente → GRANGRENA •também é do tipo coagulativa, mas o tecido necrótico sofre ação de agentes externos, fica expostos, como bactérias anaeróbicas que podem fazer putrefração do tecido 19 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 gangrena seca: - área de necrose que perde água para o ambiente, fica negra devido alteração hb, aspecto mumificado, acontece muto em extremidades ex: pé, no cordão umbilical, orelha, nariz, membros; -não apresenta odor e da para ver nitidamente a separação do tecido normal para o necrosado, a cor vai variando de amarelo até preto devido à degradação da hb; - pode ocorrer por congelamento, vasoconstrição, diabetes tipo I e II, bandagens apertadas, cordão umbilical; Gangrena úmida: -tecido necrótico que se contamina com bactérias saprófitas (anaeróbias que produzem enzimas proteolíticas e fofolipases que amolecem o material) ocorre em pulmão, intestino, glândula mamária, pele, as bactérias causam um amolecimento do tecido necrótico; - Pode se espalhar muito rápido, levar a choque séptico, tem cheiro fétido; • gangrena gasosa: -microrganismo do gênero clostridium que é bactéria anaeróbia que pdoruz gases, gerando bolhas, e odor erístico de manteiga rançosa → ESTEATONECROSE- NECROSE GORDUROSA •tipoespecial de necrose coagulativa que ocorre nos adipócitos, tecido adiposo com necrose dos adipócitos; • é preciso ter uma lesão do tecido adiposo, pode ser lesão traumática, química que leva a ruptura de células adiposas; • um caso clássico é na pancreatite aguda, no pâncreas tem vários ácinos (locais de produção de enzimas pancreáticas que vão para o intestino, uma desssas enzimas é a lipase que atua sobre os triglicerídeos, mas se tiver problema no pâncreas e liberar muitas lipases, essas lipases vão atuar nas células adiposas do próprio pâncreas e ocorrer rompimento dos adipócitos que libera aicod 20 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 graxo que reage com cálcio = fazendo reçaõ de saponificação, nessa reação ocorre liberação de sabão insolúvel de cálcio (dando aspecto de cera de vela no tecido ) • pode ocorer também no tecido gorduroso mamário, em qualquer região que houver tecido gorduroso; • nos círculos estão a esteatonecrose, chamada de aspecto de chama ou cera de vela macroscopicamente • abaixo no pâncreas as bolinhas brancas são tecido adiposo, adipócito tem citoplasma claro com núcleo na periferia, veja que no canto direito as células não estão íntegras sem nucleolos resto fantasma • abaixo perceba o infiltrado neutrofilico • existem ancreatites que as enzimas vão para mesentério que tem gordura, todas as bolinhas abaixos são a cera de vela → NECROSE LIQUEFATIVA • não é coagulativa, pois a coagulativa ocorre em tecidos que tem muitas proteínas, ação 2 grandes grupos de necrose a coagulativa e a liquefativa; tem interrupção vascular também, mas ocorre em tecidos que são ricos em lípides e pobres em proteínas como a glândula suprarrenal e o cérebro, ou em tecido sobre ação de enzimas de bactérias ou formação de abscesso; • se ocorre necrose nesses tecidos ao olhar se vê uma papa, mas pode ter situações em que ocorre necrose coagulativa que sofreu influência de bactérias que degradam o tecido muito rápido fazem liquefativa também; • ocorre em: - isquemia em tecidos ricos em lípides como tecido nervoso, esses tecidos sofrem 21 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 dissolução rápida com as aspecto de papa liquefeita; - infecção bacteriana do tecido e então há formação de abcesso (é uma área de necrose liquefativa em que tem bactérias e neurófilos liquefazendo um tecido e criando uma cavidade); • você diferencia de outros tipos de necrose pelo tipo de tecido • abaixo é necrose liquefativa clássica está o tecido nervoso perceba que está morrendo veja a pcinose, eosinofilia e cariólise, é necrose liquafativa, pois a composição do tecido permite classificar como necrose coagulativa. Como só uma queda de circulação já faz morte no cérebro o reparo é mais rápido do que coagulativa no coração pois sobrou circulação para reparo, no cérebro chega mais rápido células inflamatórias pois normalmente a circulação não é tão interrompido e tem a micróglia que já vive lá, então célula fantasma tem mais chance de ver na coagulativa • o macrófago pode ser a micróglia que vem pela circulação que come os restos, como são cheio de lípide ele fica com aspecto espumoso = célula grãnulo- adiposa: • abaixo está um infarto cerebral (necrose isquêmica) no cérebro uma leve isquemia já pode causar necrose • abaixo tem um vaso sem hemácia que tenta fazer angiogênese para reparar o tecido • no infarto cerebral além de ter edema 22 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 • abaixo veja a região necrótica está com mais eosinofilia •abaixo vê as células gordinhas sãos os macrófagos/células grânulo adiposa com pigmento marrom no interior pois no cérebro pode ter AVC hemorrágico veja que tem vários pontinhos vermelhos que são hemácias esse macrófago comeu hemácias e o pigmento de hemossiderina da essa coloração • quando o tecido fica denso macrófagos já passaram por ali e faz processo de cicatrização, infarto antigo já cicatrizou • se no tecido nervoso não tem fibroblastro pra produzir colágeno, então os astrócitos que fazem nutrição sustentação, mas quando ocorre lesão os astrócitos se transformam em astrócitos gemistocítico, esse astrócito produz fibrilas glias que faz com que tenha uma cicatrização do tecido nervoso → ABSCESSO •acúmulo localizado de pus num tecido, existem situações onde a necrose pode se invadida por microrganismos e essa invasão bacteriana provoca a formação de uma cavidade delimitada por uma membrana de tecido inflamatório, essa necrose do tecido com neutrófilo formando uma cavidade forma o líquido pus por isso chamados de necrose liquefativa, para ter o abscesso precisa formar cavidde então não importa o tecido que seja se tiver infecção bacteriana, neutrófilo e morte do tecido formando uma cavidade = tem líquido na cavidade o líquido é purulento porque tem neutrófilo= necrose liquefativa 23 Lívia Santos TXVIA Prof° Fernanda Giudice 24/02/2021 • granuloma não forma cavidade o granuloma é um halo linfocitário, célula gigante e necrose caseosa; • exemplo no pulmão: • sempre que houver processo inflamatório na inflamação aumenta a permeabilidade do vaso o que permite a saída de células inflamatórias o exsudato é o liquido quando o fibrinogênio sai do vaso para formar fibrina, já o transexudato (alteração com as forças de Starlim hidrostática e coloidosmótica) é liquido pobre em proteína então o liquido acumula fora do vaso gera um tarsnsudato que gera edema, mas o esxudato gerando processo inflamatório; • piócitos são neutrófilos mais velhos
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