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R: Não, pois a medida provisória não é compatível com a reflexão e processo democrático inerente ao direito ambiental. A urgência e relevância apenas serviriam para casos extremos. Ex.: guerra externa, desastres, etc. Além dos instrumentos acima indicados, a informação, a concessão florestal e a servidão ambiental também são instrumentos de proteção enfatizados pela doutrina. Trata-se de direito coletivo em sentido amplo. A sua proteção como direito coletivo começou a ser desenhada a partir de 1962, com o discurso do presidente dos E.U.A. John Kennedy, que foi responsável pela indicação dos seguintes direitos básicos de todo consumidor: Informação; Segurança; Escolha; Acesso. A 1º conferência Mundial sobre o direito do consumidor ocorreu em 1972 (Estocolmo/Suécia). Em 1985, a ONU editou a 1º resolução sobre a necessidade de proteção do Consumidor. Foi com a CF/88 (artigo 5º, inciso XXXII) que o direito do consumidor foi tratado como direito fundamental e princípio da ordem econômica. Em 1990, o Código de Defesa do Consumidor foi editado em cumprimento ao artigo 48 do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias). O CDC inaugurou o micro sistema de defesa do consumidor, materializando normas de ordem pública, de interesse social e principiológicos. O CDC, por ser norma principiológica, deve prevalecer diante de eventual conflito com norma posterior contraditória. A supressão de unidade de conservação depende de lei. A medida provisória pode ser utilizada para tanto? Explique. A competência para legislar é concorrente em razão das características do direito coletivo. A identificação do regime jurídico consumerista passa pelo artigo 2º do CDC, o qual trás o conceito de consumidor. São três os aspectos que ajudam a identificar um consumidor. a) Aspecto subjetivo (pessoa física ou jurídica); b) Aspecto objetivo (produto ou serviço); c) Aspecto teleológico (destinatário final). Quanto aos 3 aspectos, duas teorias são destacadas pela doutrina. TEORIA MAXIMALISTA basta ser destinatário final fático do produto ou serviço para viabilizar a incidência do regime consumerista. TEORIA FINALISTA além de destinatário fático a pessoa deve ser destinatária final econômica, ou seja, não utilizar o produto ou serviço para incrementar o seu negócio. Flávio Tartuce sustenta que o CDC adotou a teoria finalista. No entanto, o STJ abrandou a teoria finalista nos casos de vulnerabilidade do agente econômico. Em resumo, apesar da pessoa não ser destinatária final econômica, o CDC incidiria em razão de sua vulnerabilidade. Ex.: Taxista que compra um carro, costureira que compra uma máquina. O CDC também pode ser aplicado às pessoas jurídicas de direito público, mesmo quando elas estão na posição de consumidoras. Sobre a vulnerabilidade, ela está atrelada ao direito material e pode ser técnica, jurídica ou fática. Além da identificação acima indicada, o CDC também define os consumidores por equiparação (parágrafo único do artigo 2º, nos artigos 17 e 29, todos do CDC.) Ex.: vítima de acidente que não participou da relação contratual; coletividade atingida pela publicidade enganosa. O fornecedor está previsto no artigo 3º do CDC. Ele deve agir com habitualidade. Teoria maximalista Teoria Finalista A identificação do regime jurídico empresarial não está diretamente ligada à identificação do regime jurídico consumerista. Quanto ao produto ou serviço, ver artigo 3º do CDC, parágrafos 2 e 3. A onerosidade do produto ou serviço pode ser indireta para fins de incidência do CDC. O STJ definiu que os serviços de estacionamento entram na ideia de onerosidade indireta quando oferecidos como cortesia pelo empresário. As diretrizes da política nacional estão previstas no artigo 4º do CDC, a partir das quais torna-se possível extrair diversos princípios que norteiam o micro sistema de defesa do consumidor. Para execução das políticas, o CDC define alguns instrumentos, que estão previstos em seu artigo 5º. O processo coletivo, por meio de seus legitimados, se destaca como importante instrumento, ponto ligado a 2º onda de acesso a justiça. Esse sistema representa todos os órgãos e pessoas que trabalham à luz das referidas políticas. Ex.: Ministério Público, Defensoria Pública, Associações Civis, etc. Essa secretaria é um órgão vinculado ao Ministério da Justiça.
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