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FASCIOLOSE Fasciola hepatica Filo: PLATYHELMINTHES Classe: Trematoda Digenético Família Fasciolidae Espécie Fasciola hepatica (Linneu, 1758) • Hospedeiros Definitivos Ovinos, caprinos, bovinos, bubalinos, suínos e outros herbívoros homem (acidental). Local Parasitado • Parênquima hepático, ductos biliares mais calibrosos e vesícula biliar e localizações ectópicas • No homem: vesícula biliar, canais biliares e alvéolos pulmonares. • Hospedeiros Intermediários Moluscos de água doce – Lymnaea columella, L. cubensis e L. viatrix Zoonose •Achatado dorso ventralmente de aspecto foliáceo Com 3 cm comprimento e 1,5 com largura •Corpo não segmentado recoberto por cutícula •Tegumento com espinhos – porção anterior •Ventosa oral => faringe => Cecos ramificados •Ventosa ventral => próximo a abertura genital •Tubo digestivo incompleto •Ânus ausente e sistema excretor protonefrídico; •Hermafroditas Autofertilização ou fertilização cruzada •Ciclo heteroxênico Filo: PLATYHELMINTHES Classe: Trematoda Digenético Família Fasciolidae Espécie Fasciola hepatica (Linneu, 1758) EPIDEMIOLOGIA Encontrado em todo mundo em áreas alagadiças criação extensiva de ovinos e bovinos em pastos. •América do Sul: Chile, Cuba, Peru, Argentina, Uruguai. •BRASIL – SC, RJ, RS, PR, SP, ES, MG, BA •Fasciolose animal em expansão – SP, MT, MG; •Casos em humanos: acompanham a distribuição da doença em animais. •Fonte de infecção para o homem: 80% dos casos ocorrem por contaminação de agrião Filo: PLATYHELMINTHES Classe: Trematoda Digenético Família Fasciolidae Espécie Fasciola hepatica (Linneu, 1758) Fasciola gigantica: ruminantes da África, Ásia, Oriente médio, ilhas do pacífico, sul da Europa e sul dos USA. Histórico •1º trematódeo parasita conhecido (Jean de Brie, 1739) •no homem - em 1760 (Pallas) •1º ciclo biológico conhecido de um trematódeo. •Nome popular: baratinha do fígado. - n° de formas presentes não costuma ser elevado porém causa alterações orgânicas. - Longevidade: - verme adulto: 9 a 13 anos. - Nº de ovos produzidos / fêmea = 4 a 50 mil / dia. FASCIOLOSE HUMANA Fasciola hepatica •Homem: hospedeiro acidental •Ingestão de água ou verduras com metacercárias (agrião) Doença transmitida por alimentos de importância veterinária e zoonótica Quadro Clínico da Fasciolose Humana ➢ Assintomáticos ➢ Sintomas: •Diarreia, dores abdominais, emagrecimento, constipação e anorexia; •Má absorção alimentar e consequentemente má digestão; •Falta de apetite prostração e icterícia; •No hemograma observa-se leucocitose e eosinofilia. Temperatura 25º C – 30º C Liberação do miracídio Hospedeiro Definitivo Desencistam no intestino delgado => perfuram => cavidade peritoneal => cápsula hepatica => Migração (2 meses) => Ductos hepáticos FASCIOLOSE Família Fasciolidae Espécie Fasciola hepatica Cercaria 50-60 dias 1 miracídio => 600 cercarias •Migração no parênquima hepático com ajuda da ação enzimática. •Destruição do parênquima hepático; •Processo inflamatório do fígado e dos ductos biliares. •Peritonite, inflamação da cápsula hepatica, hepatomegalia, micro abcessos, necrose parcial ou total dos lóbulos hepáticos e infiltração leucocitária,. Em animais causa aborto, infertilidade, queda na produção de carne e leite. PATOGENIA DA FASCIOLOSE Forma aguda: formas imaturas Sinais Clínicos: •Dor (tipo cólica biliar no hipocôndrio direito) e febre (destruição do parênquima). Hemorragias => Necrose => Fibrose 11 enzimas proteolíticas PATOGENIA DA FASCIOLOSE Fase aguda: Alterações hepáticas Destruição do parênquima; Reação inflamatória; Granulações fibróticas; Congestão; Hemorragia subcapsular; Ruptura da capsula e hemorragias; Infecções por Clostridium novyi => Blackdisease Comparação da patologia hepática macroscópica e microscópica entre animais não infectados ( A e B ) e infectados ( C e D ). ( A ) Fígado sem patologia grosseira aparente. ( B ) Microfotografia hepática corada com HE mostrando veias centrolubulares (c) e espaços portais (p) com vasos sanguíneos e ductos biliares e ausência de infiltrado inflamatório (Ampliação x400). ( C ) Fígado mostrando tratos tortuosos brancos causados por F. hepatica . ( D) Microfotografia hepática corada com HE exibindo pequenos focos necróticos agudos sem infiltrado inflamatório (n), focos necróticos agudos com presença de células inflamatórias necróticas abundantes (ne) e infiltrado inflamatório grave nos espaços portais adjacentes (Ampliação x400). PATOGENIA DA FASCIOLOSE Forma aguda: formas imaturas Reação cicatricial do parênquima Vermes adultos nos ductos => hiperplasia (irritação e por substâncias excretadas) =>fibrose e enrijecimento das paredes Deposição de sais de Ca++ fluxo biliar => cirrose e insuficiência hepática. PATOGENIA DA FASCIOLOSE Forma Crônica: Ação mecânica (adultos nos ductos biliares) PATOGENIA DA FASCIOLOSE Quadro Clínico •Anemia •Morte súbita (casos hiperagudos em ovinos) •Perda de apetite •Anemia e apatia •Edema submandibular •Diarreia/constipação •Queda de produtividade FASCIOLOSE Mamíferos domésticos e silvestres Prejuizos: •Morbidade •Mortalidade •Redução da produção •Infecções secundarias •Infertilidade •Gastos com tratamento DIAGNÓSTICO DA FASCIOLOSE CLÍNICO Anamnese e sinais clínicos HUMANOS Exame das fezes: •Sedimentação espontânea •Exame de imagens ANIMAL Exame das fezes: •Flukefinder •Método dos quatro tamises; •Necrópsias •Inspeção em frigoríficos #Eurytrema Colangiografia trans-operatória =>dilatação das vias biliares e defeitos de enchimento da via biliar Métodos indiretos - sorológicos: IEF, IF, RFC,ELISA, entre outros. - hemograma (leucocitose - anemia discreta) - Eosinofilia (80-85% casos). - Exames por imagem como: tomografia, cintilografia e tomografia computadorizada; - Uso de contraste em casos suspeitos e de difícil resolução. DIAGNÓSTICO DA FASCIOLOSE ANIMAL Exame das fezes: •Flukefinder® •Método dos quatro tamises •Sedimentação espontânea medem de 130 a 150 µm de comprimento por 65 a 90 µm de largura. TRATAMENTO DA FASCIOLOSE Triclabendazol (aprovado humanos em 1999) Resumo Uma combinação de fenbendazol e triclabendazol foi testada contra infecções experimentais por F. hepatica com 6 e 14 semanas de idade. Quarenta e oito ovelhas foram divididas em seis grupos de oito animais cada. A combinação de drogas foi 98,3 e 99,7% eficaz contra infecções com 6 semanas de idade, e 100 e 99,9% eficaz contra infecções de 14 semanas. Nenhum efeito adverso associado ao tratamento foi observado. PROFILAXIA E CONTROLE DA FASCIOLOSE •Diagnóstico e tratamento de animais parasitados; •Controle de moluscos hospedeiros intermediários; -Controle Químico ou Biológico; -Controle no habitat dos moluscos (drenagem ou isolamento das áreas alagadas) •Rotação de Pastagens ou de Hospedeiros ???? •Não beber água de alagadiços e córregos; •Não consumir agrião de regiões contaminadas ou de origem duvidosa;
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