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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG Curso técnico de Análises Clínicas ANA BEATRIZ R. FREITAS, EDUARDA Q. FREIRE, GIOVANNA LARISSA L. FONSECA, JULIA EDUARDA M. AGUILAR E LUCAS M. OLIVEIRA DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) BELO HORIZONTE - MG 2018 1 ANA BEATRIZ R. FREITAS, EDUARDA Q. FREIRE, GIOVANNA LARISSA L. FONSECA, JULIA EDUARDA M. AGUILAR, LUCAS M. OLIVEIRA DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS PAPILOMA VÍRUS HUMANO (HPV) Trabalho apresentado na disciplina de microbiologia do Ensino Médio Técnico, do Colégio Técnico da Universidade Federal de Minas Gerais - Coltec UFMG, como requisito parcial para avaliação Trimestral. Docente: Walter Cicarini BELO HORIZONTE - MG 2018 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ………………………………………..………………………………. 04 2. DESENVOLVIMENTO ……………………………………………………………….. 05 2.1 AGENTE ETIOLÓGICO ..……….……………….………………………….... 05 2.2 CARACTERÍSTICAS DO VÍRUS ……………………………………………. 05 2.3 CICLO DE INFECÇÃO ……………………………………………………….. 06 2.4 SINAIS E SINTOMAS .………………………………………....……....…...… 06 2.5 DIAGNÓSTICO …………….………………………………………….……… 07 2.6 VACINA .………………………………………………………………….….... 08 2.7 TRANSMISSÃO…………………………………………..…………………… 09 2.8 MANIFESTAÇÃO CLÍNICA …………………………………………………. 10 2.9 TRATAMENTO ……………………………………………………………….. 11 3. CONCLUSÃO ………….………………………………………………………. 12 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .………………………………………………... 13 3 1. INTRODUÇÃO As doenças sexualmente transmissíveis são doenças que podem ser causadas por bactérias, vírus ou outros microrganismos sendo que a transmissão ocorre, principalmente, por meio do sexo sem o uso de preservativos e suas manifestações geralmente são por meio de corrimento, presença de verrugas e/ou bolhas como é o caso do HPV. O HPV, sigla para “Papiloma vírus humano, na idade média já possuía relatos, porém não se possuía informações suficientes para se distinguir doenças sexualmente transmissíveis (DST’s) e por isso chegou a ser confundido com sífilis e gonorréia. Somente no século XX que surgiram evidências de que essa DST era causada por um vírus, e nos últimos trinta anos foi possível constatar que se tratava do papilomavírus. A aparição dessas verrugas é popularmente chamada de verrugas genitais, condiloma acuminado, crista de galo, entre outros. Sua ocorrência é, geralmente, em jovens de 16 a 25, sendo esses metade da população brasileira.Já foram identificados mais de 100 tipos de HPV sendo que alguns podem ser causadores de câncer no colo de útero e no ânus principalmente. O diagnóstico do HPV é muito mais fácil nos homens, uma vez que o pênis permite uma visualização e reconhecimento das lesões causadas pelo processo infeccioso do papilomas. Por outro lado nas mulheres essas lesões podem se espalhar pelo trato genital alcançando o colo do útero (podendo ocasionar em um câncer) sendo que essas lesões, na maioria dos casos, só podem ser visualizadas por meio de exames especializados como o papanicolau. O tratamento do HPV é realizado através do uso de medicamentos e/ou cirurgia de forma a melhorar os sintomas da doença lembrando que as verrugas podem voltar pois o vírus fica adormecido no organismo após o tratamento sendo importante salientar afinal que o melhor a se fazer é se proteger e se tratando de uma doença sexualmente transmissível é importante enfatizar a necessidade do uso de preservativo nas relações sexuais. 4 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 AGENTE ETIOLÓGICO O vírus responsável pelo HPV, é o papilomavírus humano. É um vírus DNA que apresenta tropismo por células epiteliais, causando infecções na pele e nas mucosas. A replicação do vírus ocorre no núcleo das células escamosas (possíveis alterações celulares pré-cancerosas observadas num exame) e o seu ciclo de vida é diretamente relacionado ao programa de diferenciação da célula hospedeira. Até os dias de hoje, foram completamente caracterizados cerca de 100 tipos diferentes de HPVs e há um grande número a ser diferenciado e categorizado que ainda não foram sequenciados. Dentre todos esses tipos de HPV, 20 deles (aproximadamente) podem infectar o trato genital. Esses estão divididos em 3 grupos, de acordo com o sua classificação de risco: Quadro 1: classificação de risco de acordo com o tipo de HPV 2.2 CARACTERÍSTICAS DO VÍRUS O HPV apresenta estrutura viral definida e completa, com uma partícula viral, o vírion de 52 a 55 nm de diâmetro, contendo molécula de DNA de 8 mil pares de bases, organizados em cadeia dupla, interna ao capsídeo (capa protéica que envolve o genoma viral). Os papilomavírus são pequenos vírus não envelopados, arredondados, com diâmetro em torno de 55 nm, quando observados com contrastação negativa, por microscopia eletrônica. Esses vírus são capazes de infectar seres humanos e grande número de espécies animais (gatos, coelhos e primatas não humanos), sendo o homem o hospedeiro mais estudado. “A região precoce E (early region) codifica várias proteínas – E1, E2, E4, E5, E6 e E7 – que regulam a transcrição e a replicação viral e controlam o ciclo celular, conferindo a esses vírus potencial para transformar e imortalizar as células hospedeiras. Nos BPVs são ainda identificadas duas outras ORFs, E3 e E8 (Doorbar & Sterling, 2001). Na região chamada tardia L (late region), localizam-se os genes L1 e L2. Esses genes têm seqüências altamente conservadas em todos os papilomavírus. 5 Na região E encontram-se até oito genes (E1 a E8), que são responsáveis pela replicação do HPV (E1 e E2), transcrição do DNA (E2), maturação e liberação das partículas virais (E4), transformação celular (E5, E6, E7) e imortalização (E6 e E7). Estes dois últimos genes também codificam proteínas associadas à malignização de lesões. Apenas as proteínas E6/E7 de HPVs de alto risco oncogênico são capazes de imortalizar queratinócitos humanos primários, mas não as proteínas análogas de HPVs de baixo risco oncogênico.” artigo:https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/cienciasaude/article/download/.../323 O ciclo de vida do PV (papilomavírus) esta diretamente relacionado ao programa de diferenciação celular da célula hospedeira. O vírus infecta as células basais do epitélio que apresentam potencial de diferenciação. As funções vegetativas virais, síntese do DNA e proteínas do capsídeo, bem como a montagem dos novos vírus, ocorre exclusivamente nos queratinócitos diferenciados. Os PVs parecem permanecer no seu hospedeiro por longos períodos de vida. Uma grande variedade de tipos diferentes de PV pode ser detectada em sítios aleatórios de pele normal em humanos, o que reforça que o ciclo de vida latente é uma característica frequentemente presente nesses vírus. 2.3 CICLO DE INFECÇÃO O papilomavírus possui tropismo pelo epitélio escamoso da pele e da mucosa, esse, normalmente, se instala nas mãos, nos pés, mucosa da boca e/ou genital. O ciclo desse agente tem início com a penetração de partículas nas células do epitélio escamoso, sendo cortes no epitélio uma porta de entrada. Isso ocorre devido a interação proteína e capsídio, o vírus penetra a célula e logo depois perde esse capsídio, expondo assim seu DNA, o que facilita a expansão do gene. Após um período de incubação de aproximadamente de 2 a 3 semanas, ocorre a aparição das primeiras lesões cutâneas. 2.4 SINAIS E SINTOMAS Usualmente a infecção pelo Vírus do Papiloma Humano não apresenta sintomas. Um dos únicos sinais referentes a infecção é a presença de verrugas, pápulas ou manchas, em algum lugar da epiderme ou mucosa. O sexo masculino pode apresentar verrugas genitais assintomáticas, aí se dá o fato de muitos homens viverem anos sem se preocupar com nenhuma maneira de tratamento. É encontrada o frequência a associação da infecção pelo HPV em pacientes com fimose e balanopostite, sendo assim é necessário realizar o tratamento antes do procedimento de peniscopia.Pesquisas demonstram que o homem permanece na maioria das vezes assintomático (80%) e as lesões são subclínicas, comportando-se apenas como um portador desse vírus, sendo assim o homem é considerado apenas um portador assintomático, dadoque apresenta sintomas apenas em 20% dos casos. 6 Observado pelo lado feminino, as mulheres podem apresentar além das verrugas, infecções associadas que se expressam como corrimentos vaginais, vulvovaginites e inflamações do colo uterino. Caso a verruga se encontre na uretra, é possível a ocorrência de hematúria e disúria; na boca podemos ter sangramento e a percepção da lesão com a língua;; nos olhos, é comum apresentar incômodo ao piscar e variando a localização, alterações na visão. 2.5 DIAGNÓSTICO O diagnóstico de infecção pelo vírus do HPV se dá por exame físico, laboratorial e caso clínico do paciente. É realizado a pesquisa direta ou indireta do vírus, através das alterações que a infecção pelo vírus causa nas células e nos tecidos. Abaixo algumas técnicas de exames para o diagnóstico. Papanicolau: É o exame mais comum de se fazer, a detecção do vírus é feita de forma indireta, observando se há ou não alteração nas células. É realizada um esfregaço ou citologia cérvico-vaginal, o colo do útero é raspado e o material colocado é colocado em uma lâmina sendo essa lâmina analisada por um profissional. O papanicolau é indicado para exame de rotina de triagem. Colposcopia e peniscopia: O colposcópio é o aparelho utilizado para a realização desse exame. O aparelho permite uma maior visualização e identificação de possíveis lesões na vagina, vulva, colo de útero e pênis que sem o uso dessa tecnologia não seriam possíveis de serem observadas quando essas feridas estão localizadas em regiões inferiores. Biópsia: Para a realização da biópsia é retirado um pedaço de aspecto e localização pré definida para análise. Lesões verrucosas, localizadas na vagina ou vulva, que pelo aspecto levam-nos ao diagnóstico clínico de infecção viral, no geral não precisam ser biopsiadas. 7 Peniscopia: Consiste no exame do pênis, bolsa escrotal e região perianal que se utiliza de um colposcópio ou uma lente de aumento para averiguar se há presença de alguma lesão associadas ao HPV. Teste de hibridização molecular (Captura híbrida, Reação em cadeia de polimerase (PCR), Hibridização in situ): São técnicas muito mais sensíveis que realizam a detecção da presença da infecção pelo Papilomavírus Humano por meio de seu material genético sendo também altamente específico detectando também o tipo de HPV presente na amostra. A captura híbrida é o teste mais utilizado na prática clínica e permite identificar dois grupos de vírus (de baixo e alto risco oncogênico) e a carga viral sendo similar a técnica de PCR, já a Hibridização “in situ” é utilizada para análise de tecidos de biópsia. 2.6 VACINA A vacina disponibilizada pelo SUS é quadrivalente, e já é oferecida desde 2014 pelo SUS. É uma vacina muito eficiente, aprovada em 133 países, que resulta em proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia para quem segue de maneira correta o esquema de vacinação. Os subtipos 16 e 18 causam a maioria dos casos de cânceres de útero (70%) e de ânus (90%), e o 6 e o 11 causam 90% dos casos verrugas genitais, relacionados ao HPV. “A vacina recombinante é composta pelos tipos HPV 6, 11, 16 e 18: Ingrediente ativo: 20 mcg de proteína do HPV 6 L1; 40 mcg de proteína do HPV 11 L1; 40 mcg de proteína do HPV 16 L1; 20 mcg de proteína do HPV 18 L1. (Proteína L1, sob forma de partículas tipo vírus produzida em células de levedura por médio de tecnologia DNA recombinante, 8 adsorvida no adjuvante amorfo 225 mcg de sulfato de hidroxifosfato de alumínio). Ingrediente inativo: adjuvante alumínio (como sulfato de hidroxifosfato de alumínio amorfo), cloreto de sódio, L-histidina, polissorbato 80, borato de sódio e água para injetáveis. Não contém conservantes, nem antibióticos.” -Dra. Carla Domingues, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. A vacina HPV quadrivalente não causa infecção pelo vírus, mas sim impulsiona uma resposta imune contra o capsídeo viral, sendo esta uma VLP (Virus like particle), que não contém conteúdo genômico ou passível de infecção no paciente. Vacina Terapêutica De acordo com um relatório publicado na introdução do 5 de novembro de New England Journal da Medicina (2009; 361:1838-47), a vacina induziu com sucesso respostas imunes HPV-específicas em 100% dos pacientes com neoplasia intraepitelial vulvar avançado (VIN3), uma doença risco de vida que surge na maioria dos casos em função do HPV, sendo que a terapia habitual não tem resultados satisfatórios. Dentre as mulheres participantes da pesquisa, a maioria (79%) obteve uma regressão significativa de suas lesões VIN3 dentro do 1º ano após a vacinação. Nove das mulheres (47%) obtiveram o desaparecimento total das lesões e mais dois anos sem sintomas de roll-back da infecção. O vírus não foi detectado em quatro de cinco mulheres cuja a doença tinha retrocedido completamente após o primeiro ano. 2.7 TRANSMISSÃO A gigantesca maioria das contaminações por HPV é dada durante o sexo, sendo que embora o uso do preservativo diminui muito as chances de contaminação com o HPV, se a área contaminada não estiver devidamente coberta pelo preservativo há risco de transmissão, já que haverá o atrito entre as zonas infectadas e a derme/mucosas do indivíduo saudável, transmitindo assim a doença. Sexo oral e sexo anal também transmitem o vírus, e nestas áreas, também pode ocorrer o câncer. Não é preciso penetração vaginal para adquirir a doença, basta o contato entre a parte infectada com as demais, a partir de microlesões por onde o vírus possa adentrar o corpo do indivíduo. Os Papovaviridae podem ser transmitidos através de fômites recentemente contaminados. A partir do compartilhamento de utensílios íntimos, como toalhas, escovas de dente, cuecas e calcinhas. Pesquisas demonstram a sobrevivência desses vírus por algum tempo no ambiente, sendo assim possível o contato do mesmo indiretamente, ou seja, que não passe do indivíduo contaminado para o saudável a partir do contato com as verrugas 9 existentes, por exemplo. O Dr. José Máximo, autor de vários livros sobre HPV, relata em um programa do Jô Soares uma de suas experiências de contraimento do vírus a partir de fômites. Ele retrata um caso de criança que apresentava verrugas na boca (indicativas de HPV) e a partir de um estudo percebeu que a família toda apresentava, descobriu então que a família tinha se contaminado a partir do uso de uma mesma escova de dentes, sendo que eram muito pobres, e que o “paciente zero” nesse caso foi a mãe, que era uma profissional do sexo e mantinha a infecção de tempos antigos. Há alguns trabalhos sobre transmissão hematogênica (pelo sangue) para o feto, através das gestantes, mas isso é muito pouco provável. Neste caso é mais comum a contaminação do bebê através da vagina ou vulva durante o parto por via baixa - parto normal, já que o mesmo entra em contato com as erupções existentes, sendo que nesses casos é indicada a cesárea. 2.8 MANIFESTAÇÃO CLÍNICA A infecção pelo HPV apresenta como principal manifestação clínica lesões na pele, conhecida popularmente como verruga. Verrugas são tumores induzidos por vírus polimórficos encontrados em regiões como nas extremidades, mucosas, pele genital e mucosas oral e na laringe. A transmissão do HPV é dado pelo contato direto ou indireto com um indivíduo que possui a lesão. Disfunções na barreira epitelial por traumatismos, pequenas agressões ou macerações provocam a perda de soluções de continuidade da pele, podendo acarretar infecções virais. Verrugas são infecções virais muito frequentes. A infecção pelo HPV se dá início quando o vírus entra em contato com as células da camada basal, não tendo nessa região nenhum indício de replicação viral, mantendo assim o genoma do vírus devido a baixa replicação. O tempo de evolução do vírus somado ao tipo de lesão se relaciona com a quantidade de vírus encontrado. Verrugas recentes apontam uma maior quantidade de carga viral quando comparada com verrugas mais antigas. Já verrugas vulgares possuem menor carga viral quando comparadacom verrugas plantares. O centro dessas lesões é onde se encontra uma maior concentração de carga viral. Em lesões benignas, o genoma do vírus Papiloma humano é replicado por meio extracromossômico, já em malignas o DNA viral é encontrado anexado aos cromossomos da célula hospedeira, não ocorrendo replicação viral. 10 TIPOS DE DE VERRUGAS - As verrugas virais apresentam como características histopatológicas papilomatose, hiperceratose proeminente com paraceratose, hipergranulose e acantose. - As verrugas vulgares possuem cristas epidérmicas alongadas, elas apresentam coilócitos, fileiras verticais de paraceratose e focos de grânulos de querato-hialina. Os tipo de HPV que mais apresentam esse tipo de verruga são: HPV 2, HPV 27, HPV 57 (tipos de HPV intimamente relacionados ao HPV 2), HPV 4 e HPV 1. - As verrugas plantar ocorre na região planta, pode ser profunda e dolorosa quando se trata do HPV 1. Caso superficial é menos dolorosa e provavelmente causada pelo HPV 2. - As verrugas planas são pouco elevadas, geralmente da cor da pele ou com pigmentação com superfície plana ou até mesmo um pouco áspera. Aparecem na faca e no dorso das mãos, podendo ou não ter uma quantidade elevada de verrugas. Nesse tipo de lesão é comum diagnosticar HPV 3 e HPV 10. - As verrugas filiformes são lesões pedunculadas, espiculadas com crescimento perpendicular ou oblíquo a superfície da pele. Ocorre principalmente no pescoço e face, os tipo de HPV encontrados são quase os mesmos das verrugas vulgares, porém com destaque para o HPV 2. - As verrugas pigmentadas apresentam coloração cinza a castanho-enegrecida. Os tipos de HPV detectados são os 4, 60 e 65. Algumas doenças como Epidermodisplasia Verruciforme, Doença de Bowen, Câncer de pele, Doença de Heck (hiperplasia epitelial focal), Condiloma Acuminado, Papulose Bowenoide, Doença de Bowen Genitália, Câncer Vulvar, Câncer Peniano, Câncer anal e Câncer Cervical são diagnosticados em pacientes com algum tipo de HPV. 2.9 TRATAMENTO O tratamento direcionado as verrugas e baseia na remoção completa da mesma por meio de mecanismos com laser, crioterapia, cirurgia ou substâncias químicas a serem colocadas diretamente nas verrugas. Além de um acompanhamento médico com a realização do papanicolau de seis em seis meses. O tratamento para o câncer varia conforme o estágio da doença e onde é detectado o câncer, podendo variar a quimioterapias, radioterapias, remoção do órgão por completo (câncer de colo no útero), sempre com acompanhamento médico frequente. 11 3. CONCLUSÃO O HPV é uma doença sexualmente transmissível causada pelo vírus do papiloma humano que possui um tropismo pelo epitélio escamoso da pele e das mucosas tendo tendência a se instalarem nas genitais e mucosos orais por exemplo desenvolvendo lesões como verrugas que dependendo do tipo de HPV que se contrai (existe mais de 100) essas verrugas se encontram em um local. O avanço tecnológico nos permite cada vez mais possuir exatidão quando falamos de diagnóstico, no caso do HPV as técnicas moleculares permitem assegurar a associação do vírus com algumas lesões uma vez que a análise histopatológica é importante pois o diagnóstico clínico é insuficiente para garantir o diagnóstico de associação ao HPV. Detectando a presença do HPV deve-se destruir as células do local onde aparecem lesões associadas a doença e , com o aconselhamento médico, deve-se submeter-se ao uso de medicamentos. Em estágios iniciais é possível tratar com sucesso a maior parte dos pacientes impedindo complicações futuras maiores, sendo que a maior arma contra o HPV, além do diagnóstico precoce, é a PREVENÇÃO sendo assim é importante manter sempre os cuidados higiênicos e não possuir muitos parceiros sexuais além de sempre utilizar preservativo (infelizmente o uso não garante 100% de proteção uma vez que o Papiloma vírus humano pode está presente em regiões próximas a genitália como a virilha) e ir sempre a consultas com urologista/ginecologista para a realização de exames preventivos. 12 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LETO PEREIRA, MARIA DAS GRAÇAS; DOS SANTOS JUNIOR, GILDO FRANCISCO; PORRO, ADRIANA MARIA; TOMIMORI, JANE. Human papillomavirus infection: etiopathogenesis, molecular biology and clinical manifestations. An Bras Dermatol. 2011. RODRIGUES, ALINE F.; SOUSA, JUNIOR ARAUJO. Papilomavírus humano: prevenção e diagnóstico. R. Epidemiol. Control. Infec., Santa Cruz do Sul, out./dez. 2015. Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia. Papilomavírus Humano (HPV): Diagnóstico e Tratamento. Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina,11 de setembro de 2002. 13
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