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CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA: ESTRADAS E AEROPORTOS 
AULA - 09 
 
 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA ESTRADAS E AEROPORTOS 
 
Universidade Paulista – UNIP Página 2 
 
CONCEITOS BÁSICOS DE DRENAGEM SUBTERRÂNEA PARA OBRAS 
RODOVIÁRIAS 
1 - Introdução 
A água na natureza, provinda das chuvas que se formam na atmosfera, no 
que interessa a drenagem das estradas, tem dois destinos diferentes: parte escorre 
sobre a superfície dos solos e parte se infiltra, podendo formar lençóis subterrâneos. 
É claro que estas situações não são únicas e distintas, havendo variação 
das condições em função das graduações que tornam os solos mais ou menos 
permeáveis, ou mais ou menos impermeáveis, criando condições próprias para cada 
região, no que se refere a solos, topografia e clima. 
Há ainda um terceiro aspecto pelo qual a água se apresenta sob a forma 
de "franja capilar", resultante da ascensão capilar, a partir dos lençóis d'água, 
obedecendo às leis da capilaridade. A influência produzida pela "franja capilar" deve 
ser eliminada, ou reduzida, pelos rebaixamentos dos referidos lençóis freáticos. 
De um modo ou de outro, há sempre a necessidade indiscutível de manter-
se o lençol freático a profundidades de 1.50 a 2.00 metros do subleito das rodovias, 
dependendo do tipo de solo da área considerada. 
Quando a água se escoa superficialmente, as situações são tratadas no 
exposto no módulo de Aula 08 “Drenagem Superficial”. 
A solução dos projetos de drenagem subterrânea exigem: 
a) conhecimento da topografia da área; 
b) observações geológicas e pedológicas (estudo dos solos) necessárias, com 
obtenção de amostras dos solos por meio de sondagens à trado, percussão, rotativa e 
em certos casos, por abertura de poços à pá e picareta; 
c) conhecimento da pluviometria (distribuição das chuvas) da região, por intermédio 
dos recursos que oferece a hidrologia. 
2 – DRENOS PROFUNDOS 
Os drenos profundos têm por objetivo principal interceptar o fluxo da água 
subterrânea através do rebaixamento do lençol freático, impedindo-o de atingir o 
subleito. 
DISCIPLINA ESTRADAS E AEROPORTOS 
 
Universidade Paulista – UNIP Página 3 
 
Os drenos profundos são instalados, preferencialmente, em profundidades 
da ordem de 1,50 a 2,00m, tendo por finalidade captar e aliviar o lençol freático e, 
consequentemente, proteger o corpo estradal. 
Devem ser instalados nos trechos em corte, nos terrenos planos que 
apresentem lençol freático próximo do subleito, bem como nas áreas eventualmente 
saturadas próximas ao pé dos taludes. 
A Figura 01 apresenta esquematicamente o posicionamento de um dreno 
em relação às bases do pavimento e a Figura 02 parte da execução de um dreno em 
uma rodovia. 
 
Figura 01 – Tubo dreno em Concreto 
 
 
 
Figura 02 – Execução de drenos em uma rodovia 
 
- Materiais 
Os materiais empregados nos drenos profundos diferenciam-se de acordo 
com as suas funções, a saber: 
DISCIPLINA ESTRADAS E AEROPORTOS 
 
Universidade Paulista – UNIP Página 4 
 
- materiais filtrantes: areia, agregados britados, geotextil, etc. 
- materiais drenantes: britas, cascalho grosso lavado, etc. 
- materiais condutores: tubos de concreto (poroso ou perfurado), tubos 
cerâmicos (perfurados), fibrocimento, materiais plásticos (corrugado, flexível 
perfurado, ranhurado), metálicos. 
- Localização 
Os drenos profundos devem ser instalados nos locais onde haja 
necessidade de interceptar e rebaixar o lençol freático, geralmente nas proximidades 
dos acostamentos. 
2.1 – Elementos de Projeto: 
Os drenos variam em função de seus elementos constituintes bem como 
são associados a outros elementos complementares, quais sejam: 
- VALA: vala escavada mecanicamente (retro-escavadeira), no sentido longitudinal do 
corpo estradal, com dimenões de 0,50m de largura por 1,50m de profundidade, 
podendo sofrer variações; deve-se manter uma declividade longitudinal mínima de 1% 
e, por imposição construtiva, deve ser escavado no sentido da jusante para montante. 
- MATERIAL FILTRANTE: com o objetivo de não deixar que outros materiais além da 
água tenham acesso ao sistema de drenagem, reduzindo ou perdendo toda eficiência 
necessária, é utilizado como material filtrante a areia natural isenta de impurezas 
orgânicas e torrões de argila. Caso os materiais naturais disponíveis não sejam 
perfeitamente adequados, admite-se a correção com outros materiais, naturais ou 
artificiais, ou o emprego de areia artificial resultante da britagem de rocha sã; 
ultimamente esta sendo bastante difundido o uso de geotêxtil ou manta sintética. 
MATERIAL DRENANTE: como material drenante poderão ser utilizados produtos 
resultantes da britagem e classificação da rocha sã, areias grossas e pedregulhos 
naturais ou seixos rolados, desde que isentos de impurezas orgânicas e torrões de 
argila. 
A granulometria do material drenante deverá ser verificada ou projetada 
segundo critérios de dimensionamento de filtros, para que sejam atendidas as 
seguintes condições: 
DISCIPLINA ESTRADAS E AEROPORTOS 
 
Universidade Paulista – UNIP Página 5 
 
• o material drenante não seja colmatado pelo solo envolvente e material; 
filtrante 
• a permeabilidade do material drenante seja satisfatória; 
• os fragmentos do material drenante não sejam pequenos a ponto de 
bloquear ou se infiltrar no interior dos tubos de concreto perfurados, quando estes 
forem previstos. 
TUBOS: tem aplicação opcional em função das particularidades do projeto; com 
diâmetro de 0,20m e proporcionando grande capacidade de vazão ao dreno, os tubos 
podem ser constituídos de diferentes formas a saber: 
• de concreto simples perfurado; 
• de concreto poroso, onde a participação de agregado miúdo é mínima, 
sendo que sua permeabilidade deve assemelhar-se à do agregado graúdo que entra 
na composição do concreto utilizado; 
• cerâmico ou plástico (PVC) perfurado ou ranhurado. 
A Figura 03 apresenta um exemplo de tubo dreno em concreto perfurado. 
 
Figura 03 – Tubo dreno em Concreto 
 
SELO SUPERIOR: elemento opcional, cujo objetivo é impedir o acesso ao dreno de 
águas superficiais; normalmente é empregada uma camada de argila. 
BOCA DE SAÍDA: dispositivo complementar, executado na extremidade do dreno para 
proteger a saída d’água contra elementos que possam prejudicá-la (vegetação, etc.); é 
DISCIPLINA ESTRADAS E AEROPORTOS 
 
Universidade Paulista – UNIP Página 6 
 
executada de concreto simples. Nas saídas dos cortes, os drenos devem ser 
defletidos em cerca de 45º, com raio na ordem de 5m. 
2.2 Classificação dos Drenos 
Os drenos podem ser também classificados quanto: 
1 - aos locais para instalação: 
• cortes em solo: onde as sondagens detectaram água próxima ao greide projetado 
• cortes em rochas: onde há diáclises por onde a água pode percolar. 
2 - ao preenchimento da cava (vala): 
• cego ou sem tubo: pequena vazão (“francês”) 
• com tubo: grande vazão 
3 - a permeabilidade da camada superior: 
• selados: impermeáveis a águas de superfície 
• abertos: recebem águas por cima 
4 - a granulometria (material de enchimento): 
• contínuos: somente um material de enchimento 
• descontínuos: material filtrante e material drenante. 
2.3 Tipos de Drenos 
Em acordância aos elementos apresentados, os drenos usualmente 
aplicados nos projetos viários são dos seguintes tipos descritos e/ou representados 
graficamente, de forma combinada ou não, como segue: 
- DRENO CONTÍNUO E DESCONTÍNUO: é função do material de enchimento 
(filtrante e drenante) definido visando atender as características do terreno e de 
disponibilidade de materiais. 
- DRENO CEGO: dreno executado sem tubos, cuja função é executada pelo material 
drenante. 
- COLCHÃO DRENANTE: ou camada drenante, consiste numa camada de material 
drenante preenchendo o rebaixo de greide executado nos cortes em rocha visando 
DISCIPLINA ESTRADAS E AEROPORTOSUniversidade Paulista – UNIP Página 7 
 
impedir que a água percolada através de diáclises atinja as camadas inferiores do 
pavimento. 
A Figura 04 apresenta exemplos de drenos longitudinais profundos para 
cortes em solos: 
 
Figura 04 – Drenos longitudinais profundos para cortes em solos 
 
A Figura 05 apresenta exemplos de drenos longitudinais profundos para 
cortes em rochas. 
DISCIPLINA ESTRADAS E AEROPORTOS 
 
Universidade Paulista – UNIP Página 8 
 
 
Figura 05 – Drenos longitudinais profundos para cortes em rochas 
 
A Figura 06 apresenta o posicionamento de drenos longitudinais profundos 
em relação a plataforma da estrada. 
 
Figura 06 – Posição de drenos longitudinais profundos longitudinais em relação 
a plataforma (planta e seção transversal) 
 
DISCIPLINA ESTRADAS E AEROPORTOS 
 
Universidade Paulista – UNIP Página 9 
 
- DRENO A CÉU ABERTO: também chamado de valetão lateral, é fruto do 
alargamento lateral da plataforma que passa a atuar como dreno só que a céu aberto, 
dispensando drenos profundos convencionais. 
- DRENO EM “ESPINHA-DE-PEIXE”: é um dreno sem tubo, de pequena profundidade, 
com a configuração de uma espinha de peixe, ou seja, uma linha principal alimentada 
por diversas linhas secundárias. Bastante utilizados em grandes áreas pavimentadas, 
em cortes com nascentes d’água e também sob aterros com nível freático muito 
elevado. 
- DRENOS SUB-HORIZONTAIS: destinados a drenar maciços (taludes de 
corte/aterro) ou encostas naturais, visando reduzir a pressão neutra, evitando assim 
que as condições de saturação vigentes comprometam a estabilidade dos maciços; 
são empregados tubos de PVC perfurados ou ranhurados, com diâmetro de 50mm, 
cravados nos taludes após perfuração com equipamento apropriado, conforme Figura 
07. 
 
Figura 07 – Dreno em Talude Corte 
 
Leitura Complementar: 
Manual DNIT nº 724 (páginas 245-275) 
 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA ESTRADAS E AEROPORTOS 
 
Universidade Paulista – UNIP Página 10 
 
REFERÊNCIAS BIBLIIOGRÁFICAS 
 
DNIT – Manual de Drenagem de Rodovias. Publicação IPR-724, 2006. 
JABOR, M. A. Drenagem de Rodovias: Estudos Hidrológicos e Projeto de 
Drenagem. Curso de Drenagem de Rodovias, 2012. 
PEREIRA. D. M. et al. Dispositivos de Drenagem para Obras Rodoviárias. 
Universidade Federal do Paraná, 2007. 
NETTO. J. M de A. et al. Manual de Hidráulica, Edgar Blucher, 8º ed. 1998.

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