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Medicina UNEB – Turma XIII P á g i n a | 1 CETOACIDOSE DIABÉTICA Na cetoacidose diabética, a gliconeogênese no fígado está muito ativada. A glicose em excesso no sangue aumenta a osmolaridade que, quando pronunciada, pode resultar em coma diabético. A ausência de insulina e os níveis elevados dos hormônios contrarreguladores glucagon, adrenalina e cortisol combinam se para aumentar a atividade da lipase sensível ao hormônio, aumentar a liberação de ácidos graxos livres e diminuir a atividade da acetil-CoA-carboxilase, comprometendo a reesterificação dos ácidos graxos livres e promovendo a conversão dos ácidos graxos em corpos cetônicos. o No fígado, os ácidos graxos sofrem β-oxidação a acetilCoA. A acetil-CoA condensa-se com o oxaloacetato, formando citrato na etapa de entrada no ciclo de Krebs; o Por conta de uma baixa razão insulina:glucagon, a gliconeogênese é favorecida; o Assim, o oxaloacetato é utilizado preferencialmente para a gliconeogênese, diminuindo sua disponibilidade para condensação com a acetil-CoA; o A acetil-CoA é desviada do ciclo de Krebs e utilizada preferencialmente para a formação de corpos cetônicos, que envolve a β-oxidação dos ácidos graxos e formação de acetoacetato, 3-β- hidroxibutirato e acetona; o A acetona é um composto altamente lipossolúvel, que é excretado de modo lento pelos pulmões e é responsável pelo odor de fruta da respiração de indivíduos com cetoacidose diabética. Os corpos cetônicos no sangue sofrem difusão livre através das membranas celulares e atuam como fonte de energia para tecidos extra-hepáticos, incluindo o cérebro, o músculo esquelético e os rins. Na presença de pH fisiológico, os corpos cetônicos sofrem dissociação completa. A consequente liberação de H+ do metabolismo dos corpos cetônicos ultrapassa a capacidade de tamponamento do sangue, levando ao desenvolvimento de acidose metabólica. Quando grave, essa condição pode levar ao coma. Fonte: Molina, 4ª Ed.
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