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Responsável tecnico -RT Apostila - Módulo 2

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Responsável 
Técnico – RT 
MÓDULO 2
2
Sumário
Módulo 2 – Parte 1 5
Unidade 1 | Legislação Específica Do Transporte Rodoviário De Cargas – Parte 1 6
1 Órgãos Reguladores e Fiscalizadores 7
2 Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas 8
3 Vale-Pedágio Obrigatório 9
4 Implantação do Vale-Pedágio Obrigatório 9
5 Principais Aspectos da Regulamentação 10
6 Benefícios do Uso do Vale-Pedágio 12
7 Fiscalização do Vale-Pedágio 13
Atividades 15
Referências 16
Unidade 2 | Legislação Específica do Transporte Rodoviário de Cargas – Parte 2 20
1 Pagamento Eletrônico de Frete 21
1.1 Implantação do Pagamento Eletrônico de Frete 21
1.2 Definições 23
1.3 Formas de Pagamento 25
1.4 Empresas Habilitadas para Receber o Pagamento 26
Atividades 27
Referências 28
Unidade 3 | Legislação Específica do Transporte Rodoviário De Cargas – Parte 3 32
1 Noções de Transporte Rodoviário Internacional de Cargas 33
2 Regulamentação do TRIC 35
2.1 Habilitação 35
3 Legislação Básica e Simbologia dos Produtos Perigosos 37
3
Glossário 41
Atividades 42
Referências 43
Unidade 4 | Documentação e Responsabilidade Penal do Motorista 47
1 Documentação Exigida 48
1.1 Motorista 48
1.1.1 Jornada de Trabalho do Motorista 48
1.2 Veículo 49
1.3 Mercadorias em Geral 50
1.4 Produtos Perigosos 51
2 Responsabilidade Civil e Criminal do Condutor 52
3 Documentação Estadual e Tributos Relativos ao Transporte Rodoviário de Cargas 53
3.1 Código Fiscal de Operação Presente no CTRC 53
3.2 ISS ou ICMS? 55
3.3 Tributação pelo ICMS 56
4 Tributos Que Recaem sobre o Transporte Rodoviário de Cargas 58
Atividades 59
Referências 60
Unidade 5 | Legislação Referente a Dimensões, Peso e Altura dos Veículos 64
1 Capacidade Máxima de Peso e Altura da Carga no Brasil 65
2 Capacidade Máxima de Peso e Altura da Carga no Mercosul 67
Atividades 69
Referências 70
Módulo 2 – Parte 2 74
Unidade 6 | Legislação Fiscal e Contrato de Seguro de Cargas 75
1 Obrigações Fiscais para Autônomos e Empresas 76
4
1.1 Empresas e Cooperativas 76
1.2 Autônomos 79
2 Legislação Fiscal Varia de Acordo com o Porte da Empresa 79
3 Consequências do Descumprimento da Legislação Fiscal 81
4 Contrato de Seguro de Cargas 81
4.1 Seguros nas Operações de Transporte 82
4.2 A Responsabilidade pelo Seguro 83
4.3 Seguros de Transportes de Carga 83
4.4 Seguros de Responsabilidade Civil do Transporte de Carga 84
Atividades 85
Referências 86
Unidade 7 | Legislação do Operador de Transporte 90
1 Transporte Multimodal X Transporte Intermodal 91
2 Composição de Cadeias Multimodais 92
3 A Legislação para o Operador de Transporte Multimodal (OTM) 93
4 Documentos Exigidos para o Transporte de Cargas 94
4.1 Conhecimento de Embarque 94
Atividades 96
Referências 97
Gabarito 101
Responsável 
Técnico – RT 
MÓDULO 2 – 
PARTE 1
6
UNIDADE 1 | LEGISLAÇÃO 
ESPECÍFICA DO TRANSPORTE 
RODOVIÁRIO DE CARGAS – 
PARTE 1
7
Unidade 1 | Legislação Específica Do Transporte 
Rodoviário De Cargas – Parte 1
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) ao Módulo 2 do curso Responsável Técnico – RT! 
Como sabemos, o transporte rodoviário de cargas é uma atividade que necessita de 
acompanhamento constante do governo. A seguir, vamos conhecer os principais órgãos 
que atuam no setor e a legislação que deve ser obedecida para realizar essa atividade. 
Bons estudos!
1 Órgãos Reguladores e Fiscalizadores
Fique atento! Cada órgão possui atribuições específicas com o objetivo de garantir o 
bom funcionamento do transporte.
ÓRGÃO ATRIBUIÇÕES
Agência Nacional 
de Transportes 
Terrestres 
(ANTT)
Habilitar os transportadores por 
meio do Registro Nacional do 
Transportador Rodoviário de Cargas 
(RNTRC). Monitorar o valor do frete 
cobrado. Formular normas, operação e 
fiscalização.
Polícia 
Rodoviária 
Federal (PRF)
Assegurar a livre circulação nas 
rodovias federais, realizando 
patrulhamento, cumprindo e fazendo 
cumprir a legislação especificada pelo 
Código de Trânsito Brasileiro e de- 
mais normas. Inspecionar e fiscalizar 
o trânsito, assim como aplicar multas 
impostas por infrações de trânsito.
Ministério da 
Agricultura, 
Pecuária e 
Abastecimento 
(MAPA)
Estabelecer regras e inspecionar as 
condições de acondicionamento de 
produtos agropecuários durante o 
transporte.
8
2 Legislação do Transporte Rodoviário de Cargas
As principais regras que compõem a legislação do transporte rodoviário de cargas no 
Brasil são determinadas pela Lei nº 11.442/07 e pela Resolução nº 4.799/2015, da 
ANTT. Não podemos nos esquecer, também, da Lei nº 13.103/15, que regula e disciplina 
a atuação do motorista profissional.
Agência Nacional 
de Vigilância 
Sanitária 
(ANVISA)
Estabelecer regras e fiscalizar as 
condições de acondicionamento 
de produtos como alimentos, 
medicamentos e agrotóxicos, dentre 
outros.
Órgãos 
Fazendários
Fiscalizar a arrecadação dos impostos 
que recaem sobre a prestação dos 
serviços de transportes e sobre 
os produtos transportados. No 
contexto do transporte de cargas de 
importação e exportação, esse papel 
é exercido pela Secretaria da Receita 
Federal.
LEI DESCRIÇÃO
Lei nº 11.442/07
Determina que o transporte rodoviário de cargas poderá 
ser exercido por pessoa física ou jurídica e a necessidade de 
inscrição prévia do interessado no RNTRC (Registro Nacional 
do Transportador Rodoviário de Cargas) da ANTT. A Lei 
também dispõe sobre as regras de operação, principalmente 
no que diz respeito à responsabilidade do transportador.
Resolução nº 
4.799/15
Detalha os critérios para a inscrição no RNTRC, além de 
tratar de questões sobre a identificação dos veículos, o 
conhecimento de transportes, as infrações e as penalidades 
que podem recair sobre o transportador.
Lei nº 13.103/15
Dispõe sobre o exercício da profissão de motorista. Tem o 
objetivo principal de regular e disciplinar a jornada de trabalho 
e o tempo de direção do motorista profissional.
9
3 Vale-Pedágio Obrigatório
O Vale-Pedágio obrigatório veio atender a uma antiga reivindicação das empresas 
de transporte rodoviário de cargas e dos caminhoneiros autônomos, que se sentiam 
penalizados com os custos de pedágio em suas viagens. Sua regulamentação estabelece 
as normas de fornecimento do Vale-Pedágio e institui: os procedimentos de habilitação 
das empresas fornecedoras em âmbito nacional; a aprovação de modelos e sistemas 
operacionais; as infrações e suas respectivas penalidades.
4 Implantação do Vale-Pedágio Obrigatório
Instituído pela Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001, o Vale-Pedágio obrigatório foi 
criado com o objetivo de atender a uma das principais reivindicações dos 
transportadores — a desoneração do transportador quanto ao pagamento de pedágio.
Com a criação desse dispositivo legal, os 
embarcadores ou equiparados passaram a ser os 
responsáveis pelo pagamento antecipado do pedágio 
e pelo fornecimento do respectivo comprovante de 
pagamento ao transportador. Até então, o custo 
do pedágio era frequentemente incluído no valor 
do frete contratado, obrigando o transportador a 
assumir essa despesa, nem sempre repassada pelo 
embarcador.
Ou seja, muitas vezes o embarcador considerava que o frete já tinha incluso o valor do 
pedágio. Em outros casos, a empresa de transporte cobrava o custo do pedágio do dono 
da carga, mas não transferia o valor correspondente para o transportador autônomo. 
Além disso, mesmo quando recebia de volta o valor devido, o ressarcimento se fazia 
moroso. O transportador pagava o pedágio ao realizar a viagem e só era reembolsado 
algum tempo depois.
Tais distorções foram minimizadas quando o pagamento antecipado do pedágio 
tornou-se obrigatório, e passou a realizar-se por meio do fornecimento de um Vale-
Pedágio.
10
Até 2002, as atividades de regulamentação, coordenação, delegação, fiscalização e 
aplicação das penalidades pelo não fornecimento do Vale-Pedágio eram atividades 
desempenhadas pelo Ministério dos Transportes. Noentanto, a Medida Provisória nº 
68/02, convertida na Lei nº 10.561/02, transferiu à ANTT essas competências.
Atualmente, o Vale-Pedágio obrigatório é regulamentado pela Resolução nº 2.885, 
publicada no Diário Oficial da União em 23 de setembro de 2008. Essa resolução alterou 
as regulamentações anteriores com o objetivo de estabelecer uma definição mais 
precisa do papel de cada agente envolvido nas operações de transporte rodoviário de 
carga (transportador, embarcador, operadoras de pedágio e empresas habilitadas a 
fornecer o Vale-Pedágio obrigatório), quanto à responsabilidade e custos.
5 Principais Aspectos da Regulamentação
As definições de maior relevância presentes na Resolução nº 2.885 podem ser 
resumidas nos seguintes itens:
• Definição mais precisa das responsabilidades pela instalação e operação do 
sistema e modelos de Vale-Pedágio, e de seus custos;
• Possibilidade de utilização de quaisquer modelos e sistemas de Vale-Pedágio 
obrigatório de empresas habilitadas pela ANTT;
• Disciplinamento das operações financeiras entre embarcador (dono da carga), 
operador (de rodovias sob pedágio) e a empresa fornecedora do Vale-Pedágio 
(empresa habilitada pela ANTT);
• Conforme art. 26 da Resolução nº 2.885, de 9 de setembro de 2008, o Regime 
Especial para o Vale-Pedágio obrigatório foi extinto, ficando vedadas novas 
concessões.
A Resolução ANTT nº 150, de 7 de janeiro de 2003, instituiu o Regime Especial. Com 
ele, a empresa de transporte que fazia, para um só embarcador, transporte de carga 
fechada ou de lotação, poderia solicitar Regime Especial, desobrigando o embarcador 
da antecipação do Vale-Pedágio. Caso autorizado pela ANTT, o Vale-Pedágio era 
desvinculado do valor do frete, ficando o embarcador obrigado a ressarcir seu valor 
posteriormente.
11
E se a concessão para o Regime Especial ainda estiver válida?
A Resolução nº 2.885 determina que os beneficiários do Regime Especial, cujos 
certificados se encontrem dentro do prazo de validade, devem anotar no Conhecimento 
de Transporte o respectivo número.
 e
Caso seja parado pela fiscalização, o transportador deverá 
apresentar o número do certificado do Regime Especial anotado 
no Conhecimento de Transporte. A fiscalização verificará sua 
validade. 
 
Aqueles que já o solicitaram e ainda não receberam o resultado 
da análise devem informar no Conhecimento de Transporte o 
número do protocolo da solicitação até a notificação de 
deferimento ou indeferimento do pedido. Esse número também 
será verificado pela fiscalização.
Veja a seguir alguns importantes aspectos regulamentados pela Lei nº 10.209, 
Resolução ANTT nº 106/2002 e Resolução ANTT nº 149/2003.
• Subcontratação: A empresa de transporte que subcontratar o serviço fica 
obrigada a repassar o Vale-Pedágio que recebeu do embarcador nos casos de 
transporte de carga fechada ou lotação, e a adquirir e entregar ao transportador 
(empresa subcontratada ou autônomo) nos casos de transporte de carga 
fracionada.
• Carga fracionada: No transporte de carga fracionada não existe a obrigatoriedade 
da entrega do Vale-Pedágio por parte do embarcador à empresa de transporte. O 
pedágio deve ser cobrado mediante rateio, destacado no conhecimento e pago 
com o frete. A empresa de carga fracionada que utiliza veículo próprio não está 
obrigada a utilizar o Vale-Pedágio.
• Internacional: O transporte internacional rodoviário de carga, assim considerado 
aquele em que o mesmo veículo inicia o transporte em um determinado país e 
encerra a viagem em país diverso, não está sujeito à aplicação da lei do Vale-
Pedágio.
12
6 Benefícios do Uso do Vale-Pedágio
Com as mudanças na regulamentação e a efetiva implantação do Vale-Pedágio 
obrigatório, todos são beneficiados: caminhoneiros, embarcadores e operadores de 
rodovias.
Você sabe por quê?
Primeiro, os transportadores rodoviários de carga, 
principalmente os autônomos, deixam, efetivamente, de 
assumir o custo do pedágio. Apesar de estarem amparados 
na legislação federal, é fato que alguns embarcadores 
acabavam embutindo o valor da tarifa na contratação 
do frete, obrigando o transportador a pagar o pedágio 
indevidamente.
Como a negociação do Vale-Pedágio obrigatório não será mais feita em espécie, essa 
possibilidade torna-se inviável.
Os embarcadores ou equiparados passam a ter maior controle sobre os itinerários 
seguidos e garantem mais segurança no transporte de suas mercadorias. Fornecendo 
o Vale-Pedágio obrigatório ao transportador rodoviário, o embarcador ou equiparado 
determina o roteiro a ser seguido, pois o vale obedece ao preço do pedágio de cada 
praça.
 h
Para fazer uso do Vale-Pedágio, o transportador deverá passar 
pelas rodovias previamente determinadas. Escolhendo o roteiro, 
o embarcador corre menor risco com relação ao roubo de cargas.
Os Operadores de Rodovias pedagiadas também saíram ganhando!
Com o roteiro preestabelecido pelo embarcador, as operadoras de rodovias sob 
pedágio garantem a passagem do veículo pela praça de pedágio, diminuindo o uso 
das rotas de fuga para evitar o pagamento da tarifa. Isso representa uma redução 
significativa de evasão de receitas.
13
 e
Devemos nos lembrar, ainda, que as rodovias pedagiadas muitas 
vezes oferecem condições mais adequadas de tráfego para os 
veículos. Isso significa que os transportadores vão utilizar vias 
melhores e seus caminhões sofrerão menores danos no médio e 
longo prazos.
7 Fiscalização do Vale-Pedágio
A fiscalização do cumprimento da legislação do Vale-Pedágio é feita de duas formas: 
direta ou provocada.
A direta é feita por iniciativa do fiscal junto ao embarcador, equiparado ou transportador 
nas rodovias. É também realizada por meio de fiscalização direta junto às operadoras de 
rodovias para a verificação da aceitação obrigatória do Vale-Pedágio e do cumprimento 
das demais obrigações previstas na legislação. Já a fiscalização provocada é feita a 
partir de denúncias sobre a existência de possíveis infratores.
 e
A fiscalização da ANTT é feita nas rodovias federais. As demais 
rodovias são fiscalizadas pelos órgãos competentes estaduais 
ou municipais, através das secretarias de governo ou agências 
reguladoras estaduais.
As principais infrações relativas ao Vale-Pedágio são:
• O embarcador não antecipar o Vale-Pedágio obrigatório ao transportador;
• O embarcador não registrar as informações sobre a aquisição do Vale-Pedágio 
obrigatório no documento de embarque;
• As operadoras de rodovias sob pedágio não aceitarem o Vale-Pedágio obrigatório.
Verificada a infração, o órgão fiscalizador notifica o infrator sobre pagamento da multa 
ou apresentação de defesa. Ao embarcador ou equiparado será aplicada multa por cada 
veículo que participe da infração e para cada viagem na qual não fique comprovada a 
14
antecipação do Vale-Pedágio obrigatório. Já a operadora de rodovia sob pedágio que 
não aceitar o Vale-Pedágio obrigatório será penalizada com o pagamento de multa 
referente a cada dia que deixar de aceitar os modelos habilitados pela ANTT.
15
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. A legislação do transporte 
rodoviário de cargas no Brasil é determinada pela Lei nº 
11.442/2007 e pela Resolução nº 2.550/2008 da ANTT. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Vale-Pedágio obrigatório foi 
criado com o objetivo de atender a uma das principais 
reivindicações dos caminhoneiros autônomos — a 
desoneração do transportador quanto ao pagamento de 
pedágio, beneficiando apenas os caminhoneiros autônomos. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
16
Referências
ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Resolução ANTT nº 106 de 
17/10/2002. Aprova os atos relativos à regulamentação da implantação do vale-
pedágio obrigatório. Brasília, 2002. Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/
legislacao/?id=98525>. Acesso em: maio 2017.
_______. Resolução ANTT n° 4.799, de 2015, e suas alterações. Dispõe sobre o exercícioda atividade de transporte rodoviário de carga por conta de terceiros e mediante 
remuneração e estabelece procedimentos para inscrição no Registro Nacional de 
Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC, e dá outras providências. Brasília, 2015. 
Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=287658>. Acesso em: 
maio 2017.
_______. Resolução ANTT n° 3.632/11, de 9 de fevereiro de 2011. Altera o 
Anexo da Resolução no 420, de 12 de fevereiro de 2004, que aprova as Instruções 
Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. 
Brasília, 2011. Disponível em: <http://www.cidadesustentavel.org.br/treinamento/
Resolucao_ANTT_3632.pdf>. Acesso em: maio 2017.
_______. Resolução ANTT n° 420, de 12 de fevereiro de 2004, e suas alterações. 
Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de 
Produtos Perigosos. Brasília, 2004. Disponível em: < https://www.diariodasleis.com.br/
busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2004-02-12-420>. Acesso em: maio 2017. 
_______. Resolução ANTT nº 1474, de 31 de maio de 2006. Dispõe sobre os 
procedimentos relativos à expedição de Licença Originária, de Autorização de Caráter 
Ocasional, para empresas nacionais de transporte rodoviário de cargas autorizadas a 
operar no transporte rodoviário internacional entre os países da América do Sul, e de 
Licença Complementar, em caso de empresas estrangeiras, e dá outras providências. 
Brasília, 2006. Disponível em: <https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?
numlink=1-8-34-2006-05-31-1474>. Acesso em: maio 2006.
_______. Resolução ANTT nº 2885, de 09 de setembro de 2008. Estabelece as normas 
para o Vale-Pedágio obrigatório e institui os procedimentos de habilitação de empresas 
fornecedoras em âmbito nacional, aprovação de modelos e sistemas operacionais, as 
17
infrações e suas respectivas penalidades. Brasília, 2008. Disponível em: <https://www.
diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2008-09-09-2885>. Acesso 
em: maio 2008. 
_______. Resolução ANTT nº 3826, de 29 de maio de 2012. Altera a Resolução nº 
1.474, de 31 de maio de 2006, que dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição 
de Licença Originária, de Autorização de Caráter Ocasional, para empresas nacionais 
de transporte rodoviário de cargas autorizadas a operar no transporte rodoviário 
internacional entre os países da América do Sul, e de Licença Complementar, em caso 
de empresas estrangeiras, e dá outras providências. Brasília, 2012. Disponível em: < 
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=241923>. Acesso em: maio 2017. 
_______. TRIC: Transporte Rodoviário Internacional de Cargas. Brasília, 2017. Disponível 
em: <http://portal.antt.gov.br/index.php/content/view/4966/TRIC___Transporte_
Rodoviario_Internacional_de_Cargas.html>. Acesso em: 05 setembro 2015.
_______. Vale-pedágio obrigatório. Brasília, 2017. Disponível em: <http://www.antt.
gov.br/cargas/ValePedagio_obrigatorio.html>. Acesso em: 28 agosto 2015.
BRASIL. Decreto nº 7.282, de 1º de setembro de 2010. Dispõe sobre a execução do 
Acordo de Alcance Parcial nº 17 ao Amparo do Artigo 14 do Tratado de Montevidéu de 
1980 (AAP/A14TM/17) — Acordo sobre Pesos e Dimensões de Veículos de Transporte 
Rodoviário de Passageiros e Cargas —, assinado entre os Governos da República 
Argentina, da República Federativa do Brasil, da República do Paraguai e da República 
Oriental do Uruguai. Brasília, 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7282.htm>. Acesso em: dez. 2014.
_______. Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988. Aprova o Regulamento para o 
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências. Brasília, 1988. 
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d96044.htm>. 
Acesso em: maio 2017. 
_______. Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. Dispõe sobre o imposto 
dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias 
e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, e dá outras providências (Lei Kandir). Brasília, 1996. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp87.htm>. Acesso em: maio 2017. 
18
_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário 
de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília, 
2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/
l11442.htm>. Acesso em: maio 2017. 
_______. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o código de trânsito 
Brasileiro. Brasília, 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L9503.htm>. Acesso em: maio 2017.
_______. Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001. Institui o vale-pedágio obrigatório 
sobre o transporte rodoviário de carga e dá outras providências. Presidência da 
República. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
LEIS_2001/L10209.htm>. Acesso em: maio 2017. 
_______. Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001. Dispõe sobre a reestruturação dos 
transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas 
de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de 
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, 
e dá outras providências. Brasília, 2007. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10233.htm>. Acesso em: maio 2017. 
_______. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão 
de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do 
motorista profissional; e dá outras providências. Brasília, 2015. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13103.htm. Acesso em: maio 
2017.
CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução nº 210, de 13 de novembro 
de 2006. Estabelece os limites de peso e dimensões para veículos que transitem 
por vias terrestres e dá outras providências. Brasília, 2006. Disponível em: <www.
denatran.gov.br/download/resolucoes/resolucao_210.rtf>. Acesso em dezembro de 
2014.
KOBIELSKI, L. ICMS no transporte de cargas: armadilhas e oportunidades à vista. 
Portal Affectum, out. 2012. Disponível em: <http://affectum.com.br/affectum_site/
index.php?option=com_content&view=article&id=175:icms-no-transporte-de-cargas-
armadilhas-e-oportunidades-a-vista&catid=7:artigos&Itemid=32>. Acesso em: set. 
2015.
19
OLIVEIRA, O. A. Transporte rodoviário de carga: módulo documentos fiscais. Portal Guia 
do TRC, 2017. Disponível em: <http://www.guiadotrc.com.br/arquivos/?arquivo=curso_
doc_ame=TRANSPORTE+RODOVIARIO+DE+CARGA+MODULO+DOCUMENTOS+FISC
AIS>. Acesso em: maio 2017.
RODOCRED. O que é o vale-pedágio obrigatório. Portal Rodocred, 2017. Disponível 
em: <https://www.rodocred.com.br/ValePed%C3%A1gio/ValePed%C3%A1gioobrigat
%C3%B3rio/tabid/506/Default.aspx>. Acesso em: maio 2017.
QUALITYCONTABIL. Transporte: saiba quando aplicar o ISS ou ICMS. Site Quality 
Contabil, 2017. Disponível em: <http://qualitycontabil.com.br/boletim/texto/647/
transporte-saiba-quando-aplicar-o-iss-ou-icms>. Acesso em: maio 2017. 
20
UNIDADE 2 | LEGISLAÇÃO 
ESPECÍFICA DO TRANSPORTE 
RODOVIÁRIO DE CARGAS – 
PARTE 2
21
Unidade 2 | Legislação Específica do Transporte 
Rodoviário de Cargas – Parte 2
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 2! Vamos continuar a conhecer a legislação 
específica existente no país sobre o transporte rodoviário de cargas. Bons estudos!
1 Pagamento Eletrônico de Frete
1.1 Implantação do Pagamento Eletrônico de Frete
A legislação brasileira estabelece importantes aspectos relacionados ao pagamento 
do frete do transporte rodoviário de cargas. A seguir vamos conhecer os principais 
aspectos regulamentados.
 e
A Lei nº 13.103/2015 regulamenta o art. 5º-A da Lei nº 11.442, 
de 5 de janeiro de 2007,que dispõe sobre o transporte rodoviário 
de cargas por conta de terceiros mediante remuneração. 
 
A art. 5º-A da Lei nº 11.442/07 determina que o pagamento do 
frete do transporte rodoviário de cargas ao Transportador 
Autônomo de Cargas (TAC) deverá ser efetuado por meio de 
crédito em conta mantida em instituição integrante do sistema 
financeiro nacional, inclusive poupança, ou por outro meio de 
pagamento regulamentado pela Agência Nacional de 
Transportes Terrestres (ANTT).
O Artigo 5-A determina ainda que:
§ 1º A conta de depósitos ou o outro meio de pagamento deverá 
ser de titularidade do TAC e identificado no conhecimento de 
transporte.
22
§ 2º O contratante e o subcontratante dos serviços de transporte 
rodoviário de cargas, assim como o consignatário e o proprietário 
da carga, são solidariamente responsáveis pela obrigação prevista 
no caput deste artigo, resguardado o direito de regresso destes 
contra os primeiros.
§ 3º Para os fins deste artigo, equiparam-se ao TAC a Empresa de 
Transporte Rodoviário de Cargas (ETC) que possuir, em sua frota, 
até 3 veículos registrados no Registro Nacional de Transportadores 
Rodoviários de Cargas (RNTRC) e as Cooperativas de Transporte 
de Cargas.
§ 4º As Cooperativas de Transporte de Cargas deverão efetuar o 
pagamento aos seus cooperados na forma do caput deste artigo.
§ 5º O registro das movimentações da conta de depósitos ou do 
meio de pagamento de que trata o caput deste artigo servirá 
como comprovante de rendimento do TAC.
§ 6º É vedado o pagamento do frete por qualquer outro meio 
ou forma diverso do previsto no caput deste artigo ou em seu 
regulamento.
§ 7º As tarifas bancárias ou pelo uso de meio de pagamento 
eletrônico relativas ao pagamento do frete do transporte 
rodoviário de cargas ao Transportador Autônomo de Cargas (TAC) 
correrão à conta do responsável pelo pagamento.
23
1.2 Definições
Considerando a necessidade de garantir a 
movimentação de bens em cumprimento a 
padrões de eficiência e modicidade nos fretes, 
e considerando os problemas causados ao 
mercado de transporte rodoviário de cargas 
pela adoção de sistemáticas ineficientes de 
pagamento do frete, a ANTT regulamentou 
o pagamento eletrônico do frete por meio da 
Resolução nº 3.658/11.
O Art. 2º da Resolução traz algumas importantes definições. Para fins desta Resolução, 
considera-se:
I. Operação de Transporte: viagem decorrente da prestação do 
serviço de transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros 
e mediante remuneração.
II. Código Identificador da Operação de Transporte: o código 
numérico obtido por meio do cadastramento da Operação de 
Transporte nos sistemas específicos;
III. Contrato de Transporte: as disposições firmadas, por escrito, 
entre o contratante e o contratado para estabelecer as condições 
para a prestação do serviço de transporte rodoviário de cargas 
por conta de terceiros e mediante remuneração;
IV. Contratante: a pessoa jurídica responsável pelo pagamento 
do frete ao Transportador Autônomo de Cargas (TAC) ou a seus 
equiparados, para prestação do serviço de transporte rodoviário 
de cargas, indicado no cadastramento da Operação de Transporte;
V. Contratado: o TAC ou seu equiparado, que efetuar o 
transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante 
remuneração, indicado no cadastramento da Operação de 
Transporte;
VI. Subcontratante: o transportador que contratar outro 
24
transportador para realização do transporte de cargas para o 
qual fora anteriormente contratado, indicado no cadastramento 
da Operação de Transporte;
VII. Consignatário: aquele que receberá as mercadorias 
transportadas em consignação, indicado no cadastramento da 
Operação de Transporte ou nos respectivos documentos fiscais;
VIII. Proprietário da carga: o remetente ou o destinatário da carga 
transportada, conforme informações dos respectivos documentos 
fiscais;
IX. Instituição de Pagamento Eletrônico de Frete: a pessoa 
jurídica previamente habilitada junto ao Banco Central do Brasil 
como Instituição de Pagamento e Emissor de Moeda Eletrônica, 
e posteriormente habilitada junto à Agência Nacional de 
Transportes Terrestres, por sua conta e risco;
X. Arranjo de Pagamento: conjunto de regras e procedimentos que 
disciplina a prestação de determinado serviço de pagamento ao 
público aceito por mais de um recebedor, mediante acesso direto 
pelos usuários finais, pagadores e recebedores;
XI. Descrição dos Negócios: o(s) arranjo(s) de pagamento(s) do(s) 
qual(is) fará(ão) parte, sistemática de funcionamento, indicação 
dos serviços a serem prestados, público-alvo, área de atuação, 
local da sede e das eventuais dependências;
XII. Instituidor de Arranjo de Pagamento: pessoa jurídica 
responsável pelo arranjo de pagamento e, quando for o caso, pelo 
uso da marca associada ao arranjo de pagamento; e
XIII. Emissor de Moeda Eletrônica: Instituição de Pagamento 
que gerencia conta de pagamento de usuário final, do tipo 
pré-paga, disponibiliza transação de pagamento com base em 
moeda eletrônica aportada nesta conta, converte tais recursos 
em moeda física ou escritural, ou vice-versa, podendo habilitar a 
sua aceitação com a liquidação em conta de pagamento por ela 
gerenciada.
25
1.3 Formas de Pagamento
O Art. 2º da Resolução nº 3.658/11 define como será efetuado o pagamento eletrônico 
do frete. Segundo o artigo, o pagamento do frete do transporte rodoviário de cargas 
ao TAC ou ao seu equiparado será efetuado obrigatoriamente por:
• Crédito em conta bancária, seja corrente ou poupança; ou
• Outros meios de pagamento eletrônico habilitados pela ANTT.
Esse artigo determina ainda que o contratante e o subcontratante dos serviços de 
transporte rodoviário de cargas, assim como o consignatário e o proprietário da carga, 
serão solidariamente responsáveis pela obrigação prevista neste artigo, resguardado 
o direito de regresso destes contra os primeiros.
 e
As Cooperativas de Transporte de Cargas (CTC) deverão efetuar 
o pagamento do valor pecuniário devido aos seus cooperados 
por um dos meios de pagamento regulamentados pela ANTT. 
 
Na utilização de conta de depósito para o pagamento do frete, 
o emissor do Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas 
(CTRC) ou de seu documento substituto deverá fazer constar no 
documento, além do Código Identificador da Operação de 
Transporte (CIOT), as informações referentes a nome e número 
da instituição bancária, número da agência e número da conta 
de depósito onde será creditado o pagamento do frete.
É importante ressaltar que no recebimento do pagamento do frete por meio de 
Pagamento Eletrônico de Frete (PEF), o TAC ou equiparado não terá despesas com:
• A habilitação e o recebimento da primeira via do cartão e de um cartão adicional 
(que pode ser utilizado como cartão de débito)
• Consultas de saldo/extrato (desde que sem impressão)
• Transferência de valores para uma conta de depósito em qualquer instituição 
bancária a cada quinze dias.
26
1.4 Empresas Habilitadas para Receber o Pagamento
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a Resolução nº 
4.592/2015, que trata do novo procedimento de habilitação de empresas 
administradoras para Pagamento Eletrônico de Frete (PEF).
A nova norma alterou o processo de habilitação das 
empresas para interessadas no PEF. De acordo com o 
art. 12 da Resolução nº 4.592/2015, a ANTT habilitará 
as instituições de pagamento eletrônico de frete – 
antes denominadas de administradoras de meios de 
pagamento eletrônico de frete – após a autorização 
do Banco Central do Brasil (Bacen).
O Banco Central, para emitir o documento, faz uma série de exigências financeiras, 
tecnológicas e documentais. A empresa interessada deve apresentar o pedido de 
habilitação à ANTT, acompanhado de documentos como descrição do negócio, 
indicação dos serviços a serem prestados, público-alvo, área de atuação, local da sede, 
regularidade junto ao Bacen para funcionarcomo instituição de pagamento, etc.
As empresas já habilitadas terão um prazo de 180 dias para adequar-se ao novo 
regramento.
27
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. O Vale-Pedágio obrigatório 
veio atender a uma antiga reivindicação das empresas de 
transporte rodoviário de cargas e dos caminhoneiros 
autônomos, que se sentiam penalizados com os custos de 
pedágio em suas viagens. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Para fazer uso do Vale-Pedágio, 
o transportador deverá passar pelas rodovias previamente 
determinadas. Porém a escolha do roteiro, não diminui o 
risco do embarcador corre com relação ao roubo de cargas. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
28
Referências
ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Resolução ANTT nº 106 de 
17/10/2002. Aprova os atos relativos à regulamentação da implantação do vale-
pedágio obrigatório. Brasília, 2002. Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/
legislacao/?id=98525>. Acesso em: maio 2017.
_______. Resolução ANTT n° 4.799, de 2015, e suas alterações. Dispõe sobre o exercício 
da atividade de transporte rodoviário de carga por conta de terceiros e mediante 
remuneração e estabelece procedimentos para inscrição no Registro Nacional de 
Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC, e dá outras providências. Brasília, 2015. 
Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=287658>. Acesso em: 
maio 2017.
_______. Resolução ANTT n° 3.632/11, de 9 de fevereiro de 2011. Altera o 
Anexo da Resolução no 420, de 12 de fevereiro de 2004, que aprova as Instruções 
Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. 
Brasília, 2011. Disponível em: <http://www.cidadesustentavel.org.br/treinamento/
Resolucao_ANTT_3632.pdf>. Acesso em: maio 2017.
_______. Resolução ANTT n° 420, de 12 de fevereiro de 2004, e suas alterações. 
Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de 
Produtos Perigosos. Brasília, 2004. Disponível em: < https://www.diariodasleis.com.br/
busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2004-02-12-420>. Acesso em: maio 2017. 
_______. Resolução ANTT nº 1474, de 31 de maio de 2006. Dispõe sobre os 
procedimentos relativos à expedição de Licença Originária, de Autorização de Caráter 
Ocasional, para empresas nacionais de transporte rodoviário de cargas autorizadas a 
operar no transporte rodoviário internacional entre os países da América do Sul, e de 
Licença Complementar, em caso de empresas estrangeiras, e dá outras providências. 
Brasília, 2006. Disponível em: <https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?
numlink=1-8-34-2006-05-31-1474>. Acesso em: maio 2006.
_______. Resolução ANTT nº 2885, de 09 de setembro de 2008. Estabelece as normas 
para o Vale-Pedágio obrigatório e institui os procedimentos de habilitação de empresas 
fornecedoras em âmbito nacional, aprovação de modelos e sistemas operacionais, as 
29
infrações e suas respectivas penalidades. Brasília, 2008. Disponível em: <https://www.
diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2008-09-09-2885>. Acesso 
em: maio 2008. 
_______. Resolução ANTT nº 3826, de 29 de maio de 2012. Altera a Resolução nº 
1.474, de 31 de maio de 2006, que dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição 
de Licença Originária, de Autorização de Caráter Ocasional, para empresas nacionais 
de transporte rodoviário de cargas autorizadas a operar no transporte rodoviário 
internacional entre os países da América do Sul, e de Licença Complementar, em caso 
de empresas estrangeiras, e dá outras providências. Brasília, 2012. Disponível em: < 
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=241923>. Acesso em: maio 2017. 
_______. TRIC: Transporte Rodoviário Internacional de Cargas. Brasília, 2017. Disponível 
em: <http://portal.antt.gov.br/index.php/content/view/4966/TRIC___Transporte_
Rodoviario_Internacional_de_Cargas.html>. Acesso em: 05 setembro 2015.
_______. Vale-pedágio obrigatório. Brasília, 2017. Disponível em: <http://www.antt.
gov.br/cargas/ValePedagio_obrigatorio.html>. Acesso em: 28 agosto 2015.
BRASIL. Decreto nº 7.282, de 1º de setembro de 2010. Dispõe sobre a execução do 
Acordo de Alcance Parcial nº 17 ao Amparo do Artigo 14 do Tratado de Montevidéu de 
1980 (AAP/A14TM/17) — Acordo sobre Pesos e Dimensões de Veículos de Transporte 
Rodoviário de Passageiros e Cargas —, assinado entre os Governos da República 
Argentina, da República Federativa do Brasil, da República do Paraguai e da República 
Oriental do Uruguai. Brasília, 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7282.htm>. Acesso em: dez. 2014.
_______. Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988. Aprova o Regulamento para o 
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências. Brasília, 1988. 
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d96044.htm>. 
Acesso em: maio 2017. 
_______. Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. Dispõe sobre o imposto 
dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias 
e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, e dá outras providências (Lei Kandir). Brasília, 1996. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp87.htm>. Acesso em: maio 2017. 
30
_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário 
de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília, 
2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/
l11442.htm>. Acesso em: maio 2017. 
_______. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o código de trânsito 
Brasileiro. Brasília, 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L9503.htm>. Acesso em: maio 2017.
_______. Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001. Institui o vale-pedágio obrigatório 
sobre o transporte rodoviário de carga e dá outras providências. Presidência da 
República. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
LEIS_2001/L10209.htm>. Acesso em: maio 2017. 
_______. Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001. Dispõe sobre a reestruturação dos 
transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas 
de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de 
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, 
e dá outras providências. Brasília, 2007. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10233.htm>. Acesso em: maio 2017. 
_______. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão 
de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do 
motorista profissional; e dá outras providências. Brasília, 2015. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13103.htm. Acesso em: maio 
2017.
CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução nº 210, de 13 de novembro 
de 2006. Estabelece os limites de peso e dimensões para veículos que transitem 
por vias terrestres e dá outras providências. Brasília, 2006. Disponível em: <www.
denatran.gov.br/download/resolucoes/resolucao_210.rtf>. Acesso em dezembro de 
2014.
KOBIELSKI, L. ICMS no transporte de cargas: armadilhas e oportunidades à vista. 
Portal Affectum, out. 2012. Disponível em: <http://affectum.com.br/affectum_site/
index.php?option=com_content&view=article&id=175:icms-no-transporte-de-cargas-
armadilhas-e-oportunidades-a-vista&catid=7:artigos&Itemid=32>. Acesso em: set. 
2015.
31
OLIVEIRA, O. A. Transporte rodoviário de carga: módulo documentos fiscais. Portal Guia 
do TRC, 2017. Disponível em: <http://www.guiadotrc.com.br/arquivos/?arquivo=curso_
doc_ame=TRANSPORTE+RODOVIARIO+DE+CARGA+MODULO+DOCUMENTOS+FISC
AIS>. Acesso em: maio 2017.
RODOCRED. O que é o vale-pedágio obrigatório. Portal Rodocred, 2017. Disponívelem: <https://www.rodocred.com.br/ValePed%C3%A1gio/ValePed%C3%A1gioobrigat
%C3%B3rio/tabid/506/Default.aspx>. Acesso em: maio 2017.
QUALITYCONTABIL. Transporte: saiba quando aplicar o ISS ou ICMS. Site Quality 
Contabil, 2017. Disponível em: <http://qualitycontabil.com.br/boletim/texto/647/
transporte-saiba-quando-aplicar-o-iss-ou-icms>. Acesso em: maio 2017. 
 
32
UNIDADE 3 | LEGISLAÇÃO 
ESPECÍFICA DO TRANSPORTE 
RODOVIÁRIO DE CARGAS – 
PARTE 3
33
Unidade 3 | Legislação Específica do Transporte 
Rodoviário De Cargas – Parte 3
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à unidade 3! Atualmente o mercado internacional de 
transporte rodoviário de mercadorias é atendido por mais de 100.000 empresas nacionais 
e estrangeiras registradas no Brasil (ANTT, 2015). Pela dimensão e importância, é essencial 
aos transportadores conhecerem sua regulamentação. Nesse sentido, a ANTT vem 
simplificando os procedimentos para habilitação ao Transporte Rodoviário Internacional 
de Cargas (TRIC) e, inclusive, ampliando as possibilidades de entrada de novos agentes no 
mercado. Nessa unidade, veremos a terceira parte da legislação específica do transporte 
rodoviário de cargas. Bons estudos!
1 Noções de Transporte Rodoviário Internacional de Cargas
Devido à sua posição geográfica na América do 
Sul, o Brasil tem uma relação muito próxima 
com diversos países vizinhos, com os quais 
realiza grandes volumes de compra e venda 
de mercadorias. Para a movimentação destas, 
o transporte rodoviário é a modalidade 
mais utilizada, ampliando sobremaneira o 
intercâmbio de cargas.
Segundo a ANTT (2015), para a consecução dos intercâmbios, o Brasil mantém 
historicamente acordos de transporte internacional terrestre com quase todos os 
países da América do Sul. E, ainda conforme informações disponibilizadas pela Agência, 
está em negociações com Colômbia, Equador, Suriname e Guiana Francesa.
 e
Os acordos entre países buscam facilitar o incremento do 
comércio, turismo e cultura no transporte de bens e pessoas, 
permitindo que veículos e condutores de um país, contando com 
trâmites fronteiriços simplificados, circulem com segurança nos 
territórios dos demais países.
34
Contemplando as modalidades de transporte rodoviário e ferroviário, o Acordo sobre 
Transporte Internacional Terrestre entre os Países do Cone Sul inclui Argentina, Bolívia, 
Brasil, Chile, Peru, Paraguai e Uruguai, sendo que entre Brasil e Venezuela refere-se 
apenas ao transporte rodoviário. A negociação que está em andamento com a Guiana 
também alude apenas ao transporte rodoviário, o único disponível atualmente.
 c
O Mercado Comum do Sul (Mercosul), que é um Tratado de 
Integração, com maior amplitude entre Argentina, Brasil, 
Paraguai e Uruguai, absorveu o Acordo de Transportes do Cone 
Sul. 
 
Para o crescimento do TRIC são realizadas negociações conjuntas 
periódicas visando atender as crescentes necessidades dos 
países, a incorporação dos avanços tecnológicos e operacionais, 
maior grau de segurança e maior agilidade dos procedimentos 
aduaneiros e imigratórios. Segundo a ANTT (2015), no caso do 
Mercosul, os países-membros já atingiram estágio mais avançado 
com a negociação e adoção de normas técnicas comunitárias.
Por meio das discussões e dos acordos firmados, os fluxos internacionais de bens e 
pessoas tornam-se cada vez mais dinâmicos, competitivos e seguros, beneficiando as 
empresas que importam e exportam mercadorias em diferentes países.
É importante ressaltar que, além dos acordos básicos citados, têm sido estabelecidos 
acordos específicos no Mercosul, como o de Transporte de Produtos Perigosos e o 
Acordo sobre Trânsito.
 g
Os atos legais e regulamentares, os procedimentos operacionais 
e as informações estatísticas sobre o Transporte Internacional 
Terrestre podem ser encontrados na página da ANTT. Confira! 
 
www.antt.gov.br
35
2 Regulamentação do TRIC
Para regulamentar os procedimentos relativos ao TRIC, a ANTT publicou em 2006 a 
Resolução nº 1474, que dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição de 
licenças e autorizações para a execução dos serviços de transporte internacional de 
cargas. Essa regulamentação foi posteriormente alterada em 2012 pela Resolução 
nº3826 da própria Agência.
As normas vigentes buscam garantir o cumprimento dos termos estabelecidos nos 
acordos internacionais entre o Brasil e os demais países da América do Sul. Para isso, os 
procedimentos contidos nessa resolução são para a expedição de Licença Originária, 
de Autorização de Caráter Ocasional, para empresas nacionais de transporte rodoviário 
de cargas, e de Licença Complementar, em caso de empresas estrangeiras.
Veja a seguir os principais aspectos relativos ao transporte rodoviário internacional de 
mercadorias presentes na regulamentação.
2.1 Habilitação
Os procedimentos para uma empresa de 
Transporte Rodoviário de Carga obter 
autorização para o transporte internacional 
estão regulamentados no Brasil por meio da 
Resolução ANTT nº1.474, de 31 de maio de 
2006. A habilitação para o transporte pode ser:
a) Licença Originária: Para habilitar-se ao 
transporte rodoviário internacional de 
cargas, a empresa deverá atender aos 
seguintes requisitos:
• Ser constituída nos termos da legislação brasileira;
36
• Ser proprietária de uma frota que tenha capacidade de transporte dinâmica total 
mínima de 80 (oitenta) toneladas, a qual poderá ser composta por equipamentos 
do tipo trator com semirreboque, caminhões com reboque ou veículos do tipo 
caminhão simples; 
• Possuir infraestrutura composta de escritório e adequados meios de comunicação;
• Atender as especificações exigidas pela resolução Mercosul/GMC/Res. n° 25/11, 
quanto aos veículos da frota a ser habilitada.
b) Autorização de Viagem de Caráter Ocasional: A empresa que solicitar 
Autorização de Caráter Ocasional deverá apresentar as seguintes informações:
• Nome ou razão social da empresa responsável pela viagem ocasional;
• Origem e destino da viagem;
• Pontos de fronteira a serem utilizados durante o percurso;
• Tipo de carga a ser transportada, tanto na ida quanto no regresso;
• Relação dos veículos a serem utilizados e cópia autenticada dos respectivos 
Certificados de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) e da apólice de 
seguros de responsabilidade civil por lesões ou danos a terceiros;
• Cópia autenticada do certificado de inspeção técnica veicular periódica (CITV);
• Vigência pretendida para a autorização; e
• Número de inscrição do transportador no RNTRC, nos termos da resolução nº 
437, de 2004.
c) Licença Complementar: A Licença Complementar autoriza, ainda, a entrada, 
saída e trânsito dos veículos da empresa licenciada em território brasileiro, 
através de pontos de fiscalização aduaneira.
O pedido de Licença Complementar será dirigido à ANTT, mediante requerimento de 
representante legal da empresa no Brasil, ao qual deverão ser anexados os seguintes 
documentos:
37
• Licença Originária e seus anexos, concedida há, no máximo, 120 dias pelo 
organismo nacional competente, e legalizada na representação diplomática do 
Brasil no país de origem; e
• Procuração por instrumento público, outorgada a representante legal, único, 
perante a ANTT, residente e domiciliado em território brasileiro e com poderes 
para representar a empresa e responder por ela em todos os atos administrativos 
e judiciais, facultado o substabelecimento com reserva de poderes.
3 Legislação Básica e Simbologia dos Produtos Perigosos
A Regulamentação do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos tem como objetivo 
proporcionar condições de segurança para todos os envolvidos no transporte, para 
tanto seguem padrões internacionais ditados pela Organização das Nações Unidas 
(ONU).
Em 1988, o governo federal aprovou o regulamento para o Transporte Rodoviário 
de Produtos Perigosos com a publicação do Decreto nº 96.044/88, complementado 
por algumas portarias do Ministériodos Transportes. Alguns anos mais tarde, a ANTT 
atualizou estas normas por meio das Resoluções nº 420/04 e nº 3.632/11, dentre 
outras.
A legislação sobre o transporte de produtos perigosos é complexa, pois para cada tipo 
de produto há especificidades a serem consideradas. Veja a seguir uma lista com as 9 
classes de Produtos Perigosos. Lembre-se de que cada classe deve ser identificada por 
símbolos específicos.
38
Rótulos Classe
 
Classe 1: Explosivos
Subclasses
Subclasse 1.1: 
Substâncias e artigos 
com risco de explosão 
em massa;
Subclasse 1.2: 
Substâncias e artigos 
com risco de projeção, 
mas sem risco de 
explosão em massa;
Subclasse 1.3: 
Substâncias e artigos 
com risco de fogo e 
com pequeno risco 
de explosão ou de 
projeção, ou ambos, 
mas sem risco de 
explosão em massa;
Subclasse 1.4: 
Substâncias e artigos 
que não apresentam 
risco significativo;
Subclasse 1.5: 
Substâncias muito 
insensíveis, com risco de 
explosão em massa;
Subclasse 1.6: Artigos 
extremamente 
insensíveis, sem risco de 
explosão em massa.
39
Classe 2: Gases
Subclasses
Subclasse 2.1: Gases 
inflamáveis;
Subclasse 2.2: Gases não 
inflamáveis, não tóxicos;
Subclasse 2.3: Gases 
tóxicos.
 Classe 3: Líquidos inflamáveis
 
Classe 4: Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas 
à combustão espontânea; substâncias que, em 
contato com água, emitem gases inflamáveis
Subclasses
Subclasse 4.1: Sólidos 
inflamáveis, substâncias 
autorreagentes e 
explosivos sólidos 
insensibilizados;
Subclasse 4.2: 
Substâncias sujeitas à 
combustão espontânea;
Subclasse 4.3: 
Substâncias que, 
em contato com 
água, emitem gases 
inflamáveis.
40
 
 
Classe 5: Substâncias oxidantes e peróxidos 
orgânicos
Subclasses
Subclasse 5.1: 
Substâncias oxidantes;
Subclasse 5.2: Peróxidos 
orgânicos.
 
Classe 6: Substâncias tóxicas e substâncias 
infectantes
Subclasses
Subclasse 6.1: 
Substâncias tóxicas;
Subclasse 6.2: 
Substâncias infectantes.
 Classe 7: Material radioativo
Classe 8: Substâncias corrosivas
Classe 9: Substâncias e artigos perigosos diversos
41
Volumes contendo substâncias que apresentem risco para o meio ambiente também 
devem ser marcados com simbologia específica (ANTT, 2011). Veja:
Fonte: ANTT (2004; 2011)
Glossário
Autorização de Viagem de Caráter Ocasional: Licença concedida para a realização de 
viagem não caracterizada como prestação de serviço regular e permanente, ou aquela 
que vier a ser definida em acordos bilaterais ou multilaterais.
Licença Complementar: Ato expedido no Brasil, pelo qual a ANTT, atendidos os 
acordos internacionais vigentes, autoriza empresas com sede em outro país à prestação 
e operação de serviço de transporte rodoviário internacional de cargas.
Licença Originária: Autorização necessária para realizar transporte rodoviário 
internacional de cargas.
Produtos Perigosos: Para fins de transporte, os Produtos Perigosos são as 
substâncias encontradas na natureza ou produzidas por qualquer processo que, por 
suas características físico-químicas, representem risco para a saúde de pessoas, para a 
segurança pública e para o meio ambiente.
Rótulos Classe
 
Símbolo para o transporte de substâncias 
perigosas para o meio ambiente
42
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. Os procedimentos para uma 
empresa de Transporte Rodoviário de Carga obter autorização 
para o transporte internacional estão regulamentados no 
Brasil por meio da Resolução ANTT nº 1.474/2016. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. Os acordos entre países 
buscam facilitar o incremento do comércio, turismo e cultura 
no transporte de bens e pessoas, permitindo que veículos e 
condutores de um país, contando com trâmites fronteiriços 
simplificados, circulem com segurança nos territórios dos 
demais países. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
43
Referências
ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Resolução ANTT nº 106 de 
17/10/2002. Aprova os atos relativos à regulamentação da implantação do vale-
pedágio obrigatório. Brasília, 2002. Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/
legislacao/?id=98525>. Acesso em: maio 2017.
_______. Resolução ANTT n° 4.799, de 2015, e suas alterações. Dispõe sobre o exercício 
da atividade de transporte rodoviário de carga por conta de terceiros e mediante 
remuneração e estabelece procedimentos para inscrição no Registro Nacional de 
Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC, e dá outras providências. Brasília, 2015. 
Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=287658>. Acesso em: 
maio 2017.
_______. Resolução ANTT n° 3.632/11, de 9 de fevereiro de 2011. Altera o 
Anexo da Resolução no 420, de 12 de fevereiro de 2004, que aprova as Instruções 
Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. 
Brasília, 2011. Disponível em: <http://www.cidadesustentavel.org.br/treinamento/
Resolucao_ANTT_3632.pdf>. Acesso em: maio 2017.
_______. Resolução ANTT n° 420, de 12 de fevereiro de 2004, e suas alterações. 
Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de 
Produtos Perigosos. Brasília, 2004. Disponível em: < https://www.diariodasleis.com.br/
busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2004-02-12-420>. Acesso em: maio 2017. 
_______. Resolução ANTT nº 1474, de 31 de maio de 2006. Dispõe sobre os 
procedimentos relativos à expedição de Licença Originária, de Autorização de Caráter 
Ocasional, para empresas nacionais de transporte rodoviário de cargas autorizadas a 
operar no transporte rodoviário internacional entre os países da América do Sul, e de 
Licença Complementar, em caso de empresas estrangeiras, e dá outras providências. 
Brasília, 2006. Disponível em: <https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?
numlink=1-8-34-2006-05-31-1474>. Acesso em: maio 2006.
_______. Resolução ANTT nº 2885, de 09 de setembro de 2008. Estabelece as normas 
para o Vale-Pedágio obrigatório e institui os procedimentos de habilitação de empresas 
fornecedoras em âmbito nacional, aprovação de modelos e sistemas operacionais, as 
44
infrações e suas respectivas penalidades. Brasília, 2008. Disponível em: <https://www.
diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2008-09-09-2885>. Acesso 
em: maio 2008. 
_______. Resolução ANTT nº 3826, de 29 de maio de 2012. Altera a Resolução nº 
1.474, de 31 de maio de 2006, que dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição 
de Licença Originária, de Autorização de Caráter Ocasional, para empresas nacionais 
de transporte rodoviário de cargas autorizadas a operar no transporte rodoviário 
internacional entre os países da América do Sul, e de Licença Complementar, em caso 
de empresas estrangeiras, e dá outras providências. Brasília, 2012. Disponível em: < 
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=241923>. Acesso em: maio 2017. 
_______. TRIC: Transporte Rodoviário Internacional de Cargas. Brasília, 2017. Disponível 
em: <http://portal.antt.gov.br/index.php/content/view/4966/TRIC___Transporte_
Rodoviario_Internacional_de_Cargas.html>. Acesso em: 05 setembro 2015.
_______. Vale-pedágio obrigatório. Brasília, 2017. Disponível em: <http://www.antt.
gov.br/cargas/ValePedagio_obrigatorio.html>. Acesso em: 28 agosto 2015.
BRASIL. Decreto nº 7.282, de 1º de setembro de 2010. Dispõe sobre a execução do 
Acordo de Alcance Parcial nº 17 ao Amparo do Artigo 14 do Tratado de Montevidéu de 
1980 (AAP/A14TM/17) — Acordo sobre Pesos e Dimensões de Veículos de Transporte 
Rodoviário de Passageiros e Cargas —, assinado entre os Governos da República 
Argentina, da República Federativa do Brasil, da República do Paraguai e da República 
Oriental do Uruguai. Brasília, 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7282.htm>. Acesso em: dez. 2014.
_______. Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988. Aprova o Regulamento para o 
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências.Brasília, 1988. 
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d96044.htm>. 
Acesso em: maio 2017. 
_______. Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. Dispõe sobre o imposto 
dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias 
e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, e dá outras providências (Lei Kandir). Brasília, 1996. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp87.htm>. Acesso em: maio 2017. 
45
_______. Lei n° 11.442, de 05 de janeiro de 2007. Dispõe sobre o transporte rodoviário 
de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, entre outros. Brasília, 
2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/
l11442.htm>. Acesso em: maio 2017. 
_______. Lei n° 9.503, de 23 de setembro de 1997. Institui o código de trânsito 
Brasileiro. Brasília, 1997. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
L9503.htm>. Acesso em: maio 2017.
_______. Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001. Institui o vale-pedágio obrigatório 
sobre o transporte rodoviário de carga e dá outras providências. Presidência da 
República. Brasília, 2001. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
LEIS_2001/L10209.htm>. Acesso em: maio 2017. 
_______. Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001. Dispõe sobre a reestruturação dos 
transportes aquaviário e terrestre, cria o Conselho Nacional de Integração de Políticas 
de Transporte, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Agência Nacional de 
Transportes Aquaviários e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, 
e dá outras providências. Brasília, 2007. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/LEIS_2001/L10233.htm>. Acesso em: maio 2017. 
_______. Lei nº 13.103, de 2 de março de 2015. Dispõe sobre o exercício da profissão 
de motorista, para regular e disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do 
motorista profissional; e dá outras providências. Brasília, 2015. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13103.htm. Acesso em: maio 
2017.
CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito. Resolução nº 210, de 13 de novembro 
de 2006. Estabelece os limites de peso e dimensões para veículos que transitem 
por vias terrestres e dá outras providências. Brasília, 2006. Disponível em: <www.
denatran.gov.br/download/resolucoes/resolucao_210.rtf>. Acesso em dezembro de 
2014.
KOBIELSKI, L. ICMS no transporte de cargas: armadilhas e oportunidades à vista. 
Portal Affectum, out. 2012. Disponível em: <http://affectum.com.br/affectum_site/
index.php?option=com_content&view=article&id=175:icms-no-transporte-de-cargas-
armadilhas-e-oportunidades-a-vista&catid=7:artigos&Itemid=32>. Acesso em: set. 
2015.
46
OLIVEIRA, O. A. Transporte rodoviário de carga: módulo documentos fiscais. Portal Guia 
do TRC, 2017. Disponível em: <http://www.guiadotrc.com.br/arquivos/?arquivo=curso_
doc_ame=TRANSPORTE+RODOVIARIO+DE+CARGA+MODULO+DOCUMENTOS+FISC
AIS>. Acesso em: maio 2017.
RODOCRED. O que é o vale-pedágio obrigatório. Portal Rodocred, 2017. Disponível 
em: <https://www.rodocred.com.br/ValePed%C3%A1gio/ValePed%C3%A1gioobrigat
%C3%B3rio/tabid/506/Default.aspx>. Acesso em: maio 2017.
QUALITYCONTABIL. Transporte: saiba quando aplicar o ISS ou ICMS. Site Quality 
Contabil, 2017. Disponível em: <http://qualitycontabil.com.br/boletim/texto/647/
transporte-saiba-quando-aplicar-o-iss-ou-icms>. Acesso em: maio 2017. 
 
47
UNIDADE 4 | DOCUMENTAÇÃO E 
RESPONSABILIDADE PENAL DO 
MOTORISTA
48
Unidade 4 | Documentação e Responsabilidade 
Penal do Motorista
Caro(a) aluno(a), seja bem-vindo à unidade 4! Vamos conhecer os documentos obrigatórios 
do motorista e do veículo, a documentação estadual para o transporte, a legislação 
específica para o exercício da profissão e a responsabilidade penal do motorista por crimes 
praticados contra a Administração em geral. Bons estudos!
1 Documentação Exigida
1.1 Motorista
Você deve ter sempre em mãos sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH), que 
deverá ser das categorias “C” ou “E”, conforme determina o CTB e deve apresentar o 
documento original quando solicitado pelos órgãos fiscalizadores, como por exemplo, 
a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
1.1.1 Jornada de Trabalho do Motorista
Para proteger a saúde dos trabalhadores, a Lei nº 13.103/15 
regula a jornada de trabalho dos motoristas profissionais e o 
tempo máximo que eles poderão ficar na direção do veículo 
de maneira ininterrupta (BRASIL, 2015).
Essa lei ficou conhecida como “Lei do Caminhoneiro” e define 
a quantidade máxima de horas seguidas que o motorista pode 
dirigir, tornando obrigatórias as paradas de descanso, um 
intervalo para as refeições e o tempo de descanso entre um 
dia e outro de trabalho.
49
A jornada diária do motorista continua a ser de oito horas, com possibilidade de 
duas horas extras, totalizando o máximo de dez horas. A cada seis horas ao volante, 
o motorista deverá descansar 30 minutos. Esse tempo poderá ser fracionado, assim 
como o de direção, desde que o tempo dirigindo seja limitado ao máximo de 5,5 horas 
contínuas.
Lembre-se de que o intuito da lei é evitar a pressão das empresas transportadoras 
sobre os motoristas profissionais para que eles trabalhem mais do que sua saúde física 
e mental permite.
 h
No caso dos transportadores autônomos é preciso ter atenção 
redobrada! 
 
Você é seu próprio patrão, então, é o único responsável por 
cuidar de sua saúde. Procure obedecer aos limites estabelecidos, 
pois eles foram criados para proteger a saúde e a vida dos 
trabalhadores.
1.2 Veículo
Em relação ao veículo, é exigido o Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo 
(CRLV), que comprova que você pagou todos os impostos, taxas e multas, devendo ser 
apresentado o documento original. Como você trabalha com o transporte remunerado 
de cargas, é necessário apresentar também o registro do veículo no RNTRC.
50
1.3 Mercadorias em Geral
É exigido que você apresente:
DOCUMENTO DESCRIÇÃO
Nota Fiscal
Comprova a posse da mercadoria e tem como principal 
objetivo atender às exigências do Fisco quanto ao trânsito das 
mercadorias e das operações realizadas entre adquirentes e 
fornecedores.
Conhecimento 
de Transporte 
Rodoviário
Comprova a contratação do transportador pelo embarcador 
para a realização do serviço de transporte. Esse documento é 
emitido pelo transportador e indica que as mercadorias estão 
sob sua responsabilidade para a entrega, de acordo com o que 
está descrito no conhecimento.
Autorização de 
Carregamento 
e Transporte
Utilizada no transporte de carga a granel, de combustíveis 
líquidos ou gasosos e de produtos químicos ou petroquímicos, 
quando, no momento da contratação do serviço, não 
forem conhecidos os dados relativos a peso, distância e 
valor da prestação do serviço. A utilização da autorização 
de carregamento não dispensa a posterior emissão do 
Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas.
Ordem de 
Coleta de 
Carga
Utilizada pelo estabelecimento transportador que executar 
serviço de coleta de cargas no endereço do remetente, e 
destina-se a acobertar a prestação de serviço, do endereço do 
remetente até o do transportador, para emissão obrigatória 
do Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, no qual 
será anotado o número da respectiva ordem de coleta.
Manifesto de 
Carga
Obrigatória somente no transporte rodoviário de carga 
fracionada, sendo utilizado pelos transportadores de cargas 
que executarem serviço de transporte intermunicipal e 
interestadual.
51
1.4 Produtos Perigosos
Se você estiver transportando algum tipo de Produto Perigoso, qualquer que seja sua 
classe, serão exigidos também:
DOCUMENTO ADICIONAL DESCRIÇÃO
Certificado de capacitação do veículo 
e dos equipamentos
Compatíveis com a carga, original, 
expedido peloINMETRO ou entidade 
por ele credenciada.
Documento fiscal do produto 
transportado
Contendo o número ONU (número 
especificado pela Organização das 
Nações Unidas), classe ou subclasse, 
nome apropriado para o embarque, e a 
quantidade total por produto.
Ficha de emergência e envelope para 
transporte
Escrita nos idiomas dos países de 
origem, trânsito e destino da carga, 
contendo:
• Identificação do expedidor ou do 
fabricante do produto que forneceu as 
instruções;
• Identificação do produto ou grupo 
de produtos a que as Instruções se 
aplicam;
• Natureza dos riscos apresentados 
pelos produtos;
• Medidas a serem adotadas em caso de 
emergência (medidas a adotar em caso 
de contato com o produto, incêndio, 
ruptura de embalagens ou tanques, 
realização de transbordo e telefones 
de emergência dos bombeiros, polícia 
e defesa civil).
52
2 Responsabilidade Civil e Criminal do Condutor
A responsabilidade civil – prevista no Código Civil – determina que o culpado é 
obrigado a indenizar financeiramente sua vítima, por exemplo, por acidentes ou danos 
provocados durante o transporte, quaisquer que sejam os danos, materiais ou morais.
A responsabilidade criminal é aquela que zela pelo respeito – individual e/ou coletivo 
– dos valores fundamentais de sociedade, tais como a vida, a segurança, a integridade 
física, a saúde, entre outros. Para isso, o Direito Penal identifica as infrações penais e 
especifica as respectivas penalidades.
 e
Um crime pode ser praticado por omissão. Por exemplo, um 
acidente que ocorre devido a uma falha no veículo que poderia 
ter sido detectada durante os procedimentos de manutenção 
preventiva.
Carteira Nacional de Habilitação (CNH)
Com observação de habilitação 
para produtos perigosos (curso 
Movimentação e Operações de 
Produtos Perigosos, MOPP).
Licença Especial
Quando exigível (IBAMA, INMETRO, 
FEPAM, etc.).
Equipamentos de Segurança
Kit de emergência e EPI (Equipamento 
de Proteção Individual).
Rótulo de Risco
Painel em formato de losango, onde 
estão estipulados o símbolo gráfico e 
a cor, que correspondem à classe do 
produto perigoso transportado.
Painel de Segurança
Painel retangular de cor laranja 
contendo o número ONU e o número 
de risco do produto perigoso 
transportado.
53
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) (BRASIL, 
1997), ao proprietário do veículo caberá sempre a 
responsabilidade por infrações referentes às condições do 
veículo. Já ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações 
decorrentes de atos praticados na direção do veículo. 
 
Lembre-se de que o Art. 291 do CTB estabelece que aos crimes 
cometidos na direção de veículos automotores aplicam-se as 
normas gerais do Código Penal e do Código de Processo Penal.
3 Documentação Estadual e Tributos Relativos ao Transporte 
Rodoviário de Cargas
Vamos agora conhecer algumas particularidades referentes à documentação para o 
transporte e à documentação fiscal que variam de um estado para outro.
3.1 Código Fiscal de Operação Presente no CTRC
Como sabemos, o Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas (CTRC) é 
obrigatório no transporte da mercadoria. Ele deve ser emitido antes do início da 
prestação do serviço pelo transportador.
54
No Conhecimento de Transporte existe um campo importante que deve ser preenchido 
chamado Código Fiscal da Operação. Em algumas guias de CTRC esse campo se chama 
CÓDIGO, enquanto em outras guias ele recebe a sigla CFOP. Tal código especifica o 
tipo de serviço que está sendo realizado e a natureza fiscal do serviço.
Os códigos fiscais para serviços de transportes são:
5.351 (5.61) Prestação de Serviços de Transportes da 
mesma natureza dentro do Estado
6.351 (6.61) Prestação de Serviços de Transportes da 
mesma natureza para fora do Estado
5.352 (5.62) Prestação de Serviços de Transportes a 
estabelecimento Industrial localizado no Estado. Incluindo 
estabelecimento industrial de cooperativas.
6.352 (6.62) Prestação de Serviços de Transportes a 
estabelecimento Industrial localizado fora do Estado. Incluindo 
estabelecimento industrial de cooperativas.
5.353 (5.62) Prestação de Serviços de Transportes a 
estabelecimento Comercial localizado no Estado. Incluindo 
estabelecimento comercial de cooperativas.
6.353 (6.63) Prestação de Serviços de transportes a 
estabelecimento Comercial localizado fora do Estado. Incluindo 
estabelecimento comercial de cooperativas.
55
5.357 5.63) Prestação de Serviços de Transportes a não 
contribuinte no Estado
6.357 (6.63) Prestação de Serviços de transportes a não 
contribuinte fora do Estado
3.2 ISS ou ICMS?
A tributação pelo Imposto sobre Serviços 
de Qualquer Natureza (ISS) ou Imposto 
sobre Operações Relativas à Circulação de 
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços 
de Transporte Interestadual, Intermunicipal e 
de Comunicação (ICMS) não é uma escolha do 
prestador ou do contratante do serviço, e sim 
uma determinação das legislações relacionadas 
aos tributos envolvidos. Por incidirem sobre o 
mesmo serviço, definir qual imposto deve ser cobrado — se ICMS ou ISS, causa dúvidas 
para os contribuintes e para os usuários do serviço de transporte.
Os serviços de transporte serão tributados ou pelo ISS ou pelo ICMS dependendo do 
trajeto no qual sejam prestados. A tributação por um deles elimina a outra alternativa.
 e
Para definir qual tributação é devida, se ISS ou ICMS, precisamos 
primeiro identificar o início e o término do serviço de transporte, 
para então concluir se o percurso é municipal, intermunicipal ou 
interestadual.
O serviço de transporte tem início quando o prestador coleta efetivamente a carga a 
ser transportada, e termina quando o prestador do serviço entrega a carga no local 
determinado pelo contratante ou usuário do serviço.
Quando o transporte começa e termina dentro de um mesmo município, é preciso 
recolher o ISS. Quando o serviço de transporte sai do município, é preciso recolher o 
ICMS.
56
3.3 Tributação pelo ICMS
O ICMS foi definido pela chamada Lei Kandir, que corresponde à Lei Complementar nº 
87, de 13 de setembro de 1996. Ela dispõe sobre o imposto dos Estados e do Distrito 
Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação.
O segundo artigo da lei estabelece claramente as situações nas quais deve ser recolhido 
o ICMS. Veja.
Art. 2º O imposto incide sobre:
I. Operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o 
fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e 
estabelecimentos similares;
II. Prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias 
ou valores;
III. Prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer 
meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, 
a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de 
qualquer natureza;
IV. Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não 
compreendidos na competência tributária dos municípios;
V. Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços 
sujeitos ao imposto sobre serviços, de competência dos municípios, 
quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à 
incidência do imposto estadual.
§ 1º - O imposto incide também:
I. Sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, 
por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte 
habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade;
57
II. Sobre o serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha 
iniciado no exterior;
III. Sobre a entrada, no território do estado destinatário, de 
petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos 
dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à 
comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações 
interestaduais, cabendo o imposto ao estado onde estiver 
localizadoo adquirente.
Portanto, considerando apenas as situações que envolvem o serviço de transporte, o 
ICMS é um imposto que deve ser recolhido quando tiver as seguintes características:
• Iniciar em um município e terminar em outro município: é o que chamamos de 
serviço intermunicipal, ou seja, entre municípios;
• Iniciar em um estado e terminar em outro: é o que chamamos de serviço 
interestadual, ou seja, entre estados; ou
• Iniciar fora do Brasil e ocorrer em um trecho intermunicipal ou interestadual no 
Brasil.
O ICMS é devido ao estado onde for iniciada 
a prestação do serviço, ou seja, deve ser 
pago para o estado onde o caminhão for 
carregado, exceto quando o início do 
serviço de transporte acontecer fora do 
Brasil. Nesse último caso, o ICMS será 
devido ao estado onde o serviço terminar.
Alguns estados adotaram a isenção do 
ICMS para algumas modalidades de 
serviço. Portanto, dependendo do estado onde o transporte tenha iniciado, é preciso 
verificar se existe ou não a isenção.
Um exemplo de isenção do ICMS no transporte ocorre no Estado do Rio Grande do Sul. 
Todo transporte iniciado em território gaúcho, realizado por empresas transportadoras 
nele sediadas, e cujo tomador (pagador) tenha inscrição estadual, está isento do 
pagamento do ICMS.
58
Existem algumas situações em que, embora aparentemente seja uma prestação efetiva 
de serviço de transporte, não o é. O simples fato de transportar uma mercadoria não 
caracteriza a prestação de serviço de transporte para fins de tributação do ISS ou do 
ICMS.
O transporte de carga própria, por exemplo, não é tributado com ICMS, pois não houve 
efetiva prestação de serviço de transporte. Ou seja, nenhuma pessoa física ou jurídica 
foi contratada para prestar o serviço de transporte propriamente dito.
4 Tributos Que Recaem sobre o Transporte Rodoviário de 
Cargas
São muitos os tributos que incidem sobre a atividade de transporte rodoviário de 
cargas. Porém, alguns merecem destaque. Veja.
TRIBUTOS DESCRIÇÃO
Imposto sobre Propriedade de Veículos 
Automotores (IPVA)
Imposto que é pago no início de cada ano 
pelo proprietário do veículo e a cobrança é 
proporcional ao valor do veículo.
Imposto sobre Circulação de Mercadorias 
e Serviços (ICMS)
Proporcional ao valor do frete. Recai 
sobre os serviços interestaduais e tem 
porcentagem variada de estado para 
estado.
Imposto sobre Serviços de Qualquer 
Espécie (ISS)
Proporcional ao valor do frete. Exclusivo 
para os casos de transporte intermunicipal 
e pode ser no máximo 5% do valor cobrado 
pelo frete.
Contribuição de Intervenção sobre o 
Domínio Econômico (CIDE)
Tributo pago na compra de combustíveis 
e tem como finalidade investir os recursos 
arrecadados na manutenção e construção 
de rodovias.
59
 a
1) Julgue verdadeiro ou falso. A Lei do Caminhoneiro e define 
a quantidade máxima de horas seguidas que o motorista 
pode dirigir, tornando obrigatórias as paradas de descanso, 
um intervalo para as refeições e o tempo de descanso entre 
um dia e outro de trabalho. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( ) 
 
2) Julgue verdadeiro ou falso. A responsabilidade criminal é 
aquela que zela pelo respeito – individual e/ou coletivo e 
determina que o culpado é obrigado a indenizar 
financeiramente sua vítima, por exemplo, por acidentes ou 
danos provocados durante o transporte, quaisquer que sejam 
os danos, materiais ou morais. 
 
Verdadeiro ( ) Falso ( )
Atividades
60
Referências
ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres. Resolução ANTT nº 106 de 
17/10/2002. Aprova os atos relativos à regulamentação da implantação do vale-
pedágio obrigatório. Brasília, 2002. Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/
legislacao/?id=98525>. Acesso em: maio 2017.
_______. Resolução ANTT n° 4.799, de 2015, e suas alterações. Dispõe sobre o exercício 
da atividade de transporte rodoviário de carga por conta de terceiros e mediante 
remuneração e estabelece procedimentos para inscrição no Registro Nacional de 
Transportadores Rodoviários de Carga RNTRC, e dá outras providências. Brasília, 2015. 
Disponível em: <https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=287658>. Acesso em: 
maio 2017.
_______. Resolução ANTT n° 3.632/11, de 9 de fevereiro de 2011. Altera o 
Anexo da Resolução no 420, de 12 de fevereiro de 2004, que aprova as Instruções 
Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos. 
Brasília, 2011. Disponível em: <http://www.cidadesustentavel.org.br/treinamento/
Resolucao_ANTT_3632.pdf>. Acesso em: maio 2017.
_______. Resolução ANTT n° 420, de 12 de fevereiro de 2004, e suas alterações. 
Aprova as Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte Terrestre de 
Produtos Perigosos. Brasília, 2004. Disponível em: < https://www.diariodasleis.com.br/
busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2004-02-12-420>. Acesso em: maio 2017. 
_______. Resolução ANTT nº 1474, de 31 de maio de 2006. Dispõe sobre os 
procedimentos relativos à expedição de Licença Originária, de Autorização de Caráter 
Ocasional, para empresas nacionais de transporte rodoviário de cargas autorizadas a 
operar no transporte rodoviário internacional entre os países da América do Sul, e de 
Licença Complementar, em caso de empresas estrangeiras, e dá outras providências. 
Brasília, 2006. Disponível em: <https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?
numlink=1-8-34-2006-05-31-1474>. Acesso em: maio 2006.
_______. Resolução ANTT nº 2885, de 09 de setembro de 2008. Estabelece as normas 
para o Vale-Pedágio obrigatório e institui os procedimentos de habilitação de empresas 
fornecedoras em âmbito nacional, aprovação de modelos e sistemas operacionais, as 
61
infrações e suas respectivas penalidades. Brasília, 2008. Disponível em: <https://www.
diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-8-34-2008-09-09-2885>. Acesso 
em: maio 2008. 
_______. Resolução ANTT nº 3826, de 29 de maio de 2012. Altera a Resolução nº 
1.474, de 31 de maio de 2006, que dispõe sobre os procedimentos relativos à expedição 
de Licença Originária, de Autorização de Caráter Ocasional, para empresas nacionais 
de transporte rodoviário de cargas autorizadas a operar no transporte rodoviário 
internacional entre os países da América do Sul, e de Licença Complementar, em caso 
de empresas estrangeiras, e dá outras providências. Brasília, 2012. Disponível em: < 
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=241923>. Acesso em: maio 2017. 
_______. TRIC: Transporte Rodoviário Internacional de Cargas. Brasília, 2017. Disponível 
em: <http://portal.antt.gov.br/index.php/content/view/4966/TRIC___Transporte_
Rodoviario_Internacional_de_Cargas.html>. Acesso em: 05 setembro 2015.
_______. Vale-pedágio obrigatório. Brasília, 2017. Disponível em: <http://www.antt.
gov.br/cargas/ValePedagio_obrigatorio.html>. Acesso em: 28 agosto 2015.
BRASIL. Decreto nº 7.282, de 1º de setembro de 2010. Dispõe sobre a execução do 
Acordo de Alcance Parcial nº 17 ao Amparo do Artigo 14 do Tratado de Montevidéu de 
1980 (AAP/A14TM/17) — Acordo sobre Pesos e Dimensões de Veículos de Transporte 
Rodoviário de Passageiros e Cargas —, assinado entre os Governos da República 
Argentina, da República Federativa do Brasil, da República do Paraguai e da República 
Oriental do Uruguai. Brasília, 2010. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7282.htm>. Acesso em: dez. 2014.
_______. Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988. Aprova o Regulamento para o 
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências. Brasília, 1988. 
Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d96044.htm>. 
Acesso em: maio 2017. 
_______. Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996. Dispõe sobre o imposto 
dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias 
e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação, e dá outras providências (Lei Kandir). Brasília,

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