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Desenho de Observação: Conceitos e Princípios

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21/04/2021 Ead.br
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DESENHO DESENHO 
DE OBSERVAÇÃODE OBSERVAÇÃO
Professora Sandra Marques
I N I C I A R
21/04/2021 Ead.br
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_content_soap-BBLEARN/Controller?ACTION=OPEN_PLAYER&COURSE_ID=_665596_… 2/33
introdução
Introdução
Caro(a) aluno(a), bem-vindo ao estudo do Desenho de Observação. Nesta
unidade, vamos conceituar o desenho e seus princípios. Veremos que
desenhar não é uma capacidade exclusiva de pessoas contempladas com um
dom especial, mas é um ato que pode ser aprendido e treinado.
Vamos investigar o gesto de desenhar e as diferentes formas de pegar em um
lápis. Além disso, abordaremos o gesto intuitivo, que nos leva a desenhar de
forma menos racional, leve e imaginativa. Por �m, iremos iniciar o estudo dos
principais elementos da representação visual, tratando, primeiramente, da
perspectiva e da relação entre �gura e fundo.
21/04/2021 Ead.br
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O desenho, é a interpretação de algo que se vê, conhece ou imagina. É
representar gra�camente, por vezes de forma realista, o que se vê, sente ou
pensa. Na de�nição de Philip Hallawell, desenho é “a interpretação de
qualquer realidade, visual, emocional, intelectual etc., através da
representação grá�ca” (HALLAWELL, 2006, p. 9).
É comum pensarmos que o desenhista é alguém com um dom especial.
Muitas pessoas se matriculam em cursos de desenho, mas desistem, pois
imaginam não ter o dom necessário para tal exercício Entretanto existem
O DesenhoO Desenho
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imaginam não ter o dom necessário para tal exercício. Entretanto, existem
estudos que mostram que desenhar se aprende e não depende apenas do
talento do executor.
O gesto de desenhar, entretanto, demanda conhecimento e treinamento. A
pesquisa e o estudo aprimoram a técnica, enquanto a prática, o exercício
diligente do desenho, desenvolve a habilidade. Além desses dois atributos,
técnica e habilidade, a criatividade é o ingrediente que completa a receita de
um bom desenhista. Sobre este tripé, Zeegen (2009) diz que “tão importante
quanto a técnica e a habilidade, é a capacidade de criar imagens
fundamentadas em um pensamento criativo sólido, com soluções visuais
construídas a partir de ideias coerentes”. (ZEEGEN, 2006, p. 20).
Nesse sentido, Zeegen (2006) se refere à ilustração. Mas e quanto ao desenho
de observação, há espaço para a criatividade? O desenho de observação deve
ser uma cópia da realidade, sem espaço para a criação? Hallawell (2006)
a�rma que não, explicando que o apego às regras pode inibir a criatividade.
Um olhar e um pensamento criativos sobre aquilo que vai ser representado,
permitem a experimentação e o desenvolvimento de uma linguagem visual
nova e criativa.
Uma das formas de intervenção criativa do desenhista na realidade retratada,
é um recurso chamado de distorção. A distorção pode ser usada como uma
forma de expressão, para realçar certos aspectos da cena retratada ou
conduzir a alguma interpretação subjetiva. Um exemplo muito direto do uso
da distorção, é o desenho de caricaturas. Nas artes plásticas, Hallawell cita
que, usando o recurso da distorção, “Leonardo da Vinci, Michelangelo e Rafael
aperfeiçoaram o desenho realista, levando a arte, neste sentido, a um ponto
altíssimo, o que mudou os seus rumos” (HALLAWELL, 2006, p. 21).
Tipos de Desenho
O desenho pode ser técnico ou artístico. O desenho técnico emprega
instrumentos de precisão, como réguas, esquadros e compassos. Já o
desenho artístico, é aquele feito à mão livre.
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O desenho artístico, por sua vez, pode ser dividido em:
- desenho criativo: aquele em que o desenhista retrata algo que está em sua
imaginação;
- desenho de memória: quando se desenha algo que não está diante de
nossos olhos, mas que temos em nossa memória;
- desenho de observação: este é o objeto do nosso estudo, é a representação
grá�ca daquilo que observamos.
O Gesto de Desenhar
A habilidade manual necessária para o desenho, como vimos, pode ser
treinada. O gestual do desenho envolve o domínio de fatores, como a melhor
forma de segurar o lápis, o controle dos traços, podendo ser leves ou
pesados, soltos ou precisos. Segundo Damasceno (on-line), há quatro
maneiras de segurar o lápis:
1 - Pegada básica, com 3 dedos: é a maneira mais básica de pegar o lápis. Os
dedos polegar, indicador e médio fazem a pegada do lápis, enquanto os
dedos mindinho e anelar apoiam a mão sobre o papel. É a forma como a
maioria das pessoas escreve. Permite um bom controle do traço, ideal para
desenhos detalhados e precisos;
Figura 1.1 - Pegada com 3 dedos 
Fonte: Curtis (2015, p. 21).
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2 - Pegada com 3 dedos e com o pulso suspenso: utiliza os mesmos três
dedos da pegada anterior, mas neste caso o pulso �ca suspenso e a mão se
apoia no papel. Permite traços mais amplos e mais livres, porém é mais
cansativo.
3 - Pegada com a mão por cima do lápis: permite uma inclinação maior do
lápis em relação ao papel. É ideal para fazer sombreados usando a parte
lateral da ponta do lápis. Indicada também para desenhar em uma superfície
vertical, como um cavalete.
4 - Pegada com a mão por baixo do lápis:  é uma pegada solta e relaxada,
indicada para esboços e desenhos mais soltos. A pegada dos dedos é
semelhante à pegada básica, porém inclinada, o apoio é sobre o dorso da
mão e não sobre os dedos menores (DAMASCENO, on-line).
Além da técnica manual, o desenhista de observação precisa treinar o olhar.
Observar o objeto de forma analítica, focar nos contornos, formatos,
contrastes e detalhes, é fundamental para o sucesso da sua representação
grá�ca.
Outros elementos que devem ser compreendidos para o desenvolvimento de
um bom desenho são a composição, o enquadramento, a proporção, a
perspectiva e a textura. Mais à frente, iremos estudar a fundo cada um destes
aspectos do desenho de observação.
Figura 1.2 - Pegada com a mão por cima do lápis 
Fonte: Curtis (2015, p. 21).
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praticar
Vamos Praticar
Muitos autores defendem que a habilidade de desenhar não se trata de um dom,
mas uma técnica que pode ser apreendida por meio de pesquisa, estudo e prática.
Além disso, há diversos tipos de desenhos, como o desenho artístico e o desenho
técnico, o qual demanda maior aprendizado. Sendo assim, acerca dos diferentes
tipos de desenho, assinale a alternativa correta.
a) O Desenho técnico emprega instrumentos de precisão, que são elementos que auxiliam os
desenhistas na execução de um desenho.
Feedback: alternativa correta, pois réguas, compassos e esquadros são
instrumentos de precisão usados pelos desenhistas no processo do
desenho.
b) O desenho artístico de divide em desenho criativo, desenho de memória e desenho técnico.
Feedback: alternativa incorreta, pois o desenho técnico não está entre os
diferentes tipos de desenho artístico.
c) O Desenho Criativo é quando o artista desenha aquilo que ele está observando.
Feedback: alternativa incorreta, pois no desenho criativo ele retrata
aquilo que ele imagina e não o que ele observa.
d) Quando o artista desenha o que está em suas lembranças, ele está desempenhando o
desenho criativo.
Feedback: alternativa incorreta, já que a representação grá�ca daquilo
que está na lembrança do desenhista chama-se desenho de memória.
e) Embora possamos aprendertécnicas, sem um dom específico não conseguiremos desenhar a
contento.
Feedback: alternativa incorreta, a capacidade de desenhar pode ser
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adquirida pelo conhecimento das técnicas e pelo exercício prático.
O gesto intuitivo propõe um desenho solto, imaginativo e expressivo. O foco
está no processo de desenhar de forma livre, intuitiva e não no resultado
grá�co.
No gesto intuitivo, o lápis é usado de forma leve e, no início, pode nem tocar
no papel. Dessa forma, o condutor vai conduzindo seu próprio processo de
percepção de formas, proporções, texturas e movimentos. Quando o lápis
en�m toca o papel, deve ser moderadamente, para um registro mínimo dos
traços que delimitarão o desenho Esses movimentos iniciais devem ser
Gesto IntuitivoGesto Intuitivo
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traços que delimitarão o desenho. Esses movimentos iniciais devem ser
espontâneos e não lineares.
O gesto intuitivo será comprometido se o desenhista pensar muito no que vê
e no que quer expressar. O traço deve correr com liberdade sobre o papel,
isso faz com que aumente a sensibilidade e as percepções de forma geral.
Curtis (2015), ensina que o pensamento racional é carregado de ideias
preconcebidas que atrapalham nossa percepção visual.
Quando você racionaliza suas percepções com base em ideias
preconcebidas, o que você pensa torna-se mais importante que
aquilo que vê, e a clareza de suas percepções visuais diretas é
seriamente comprometida. (CURTIS, 2015).
Dessa forma, o gesto intuitivo busca bloquear momentaneamente o
pensamento racional, para permitir que a consciência intuitiva perceba a
informação visual e a processe livre de preconceitos. 
Assim, representamos a percepção recebida e não o conceito preexistente. 
Figura 1.3 - Um desenho conceitual enfatiza o que “sabemos” sobre canecas 
Fonte: Curtis (2015, p. 31).
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praticar
Vamos Praticar
Brian Curtis defende que, no gesto intuitivo, o desenhista não deve pensar muito na
hora de criar seu desenho. Diz que o pensamento racional atrapalha a percepção
visual. Sendo assim, é possível a�rmar que:
a) No gesto intuitivo, o traço deve correr com controle e precisão sobre o papel, sem muito
planejamento, pois isso pode atrapalhar no processo criativo.
b) Conforme o desenhista age com liberdade em sua criação, a sua sensibilidade e a percepção
aumentam, evoluindo todo o processo através do "sentir".
Feedback: alternativa correta, pois o gesto intuitivo vem com a
espontaneidade e a forma de expressão é livre. O resultado é diferente de
técnicas do desenho técnico e planejado.
c) O pensamento racional ajuda na criação do desenho pelo gesto intuitivo e melhora a
percepção visual.
d) O pensamento racional nos permite retratar a percepção que temos do objeto e não uma ideia
pronta.
e) O gesto intuitivo emprega a imaginação e não a percepção.
Figura 1.4 - Um desenho de percepção registra 
diretamente a informação a partir de nossas observações 
Fonte: Curtis (2015, p. 31).
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Perspectiva é a técnica que permite ao desenhista criar uma ilusão de
profundidade em um desenho plano, ou seja, criar uma sensação de
tridimensionalidade em uma imagem bidimensional.
A perspectiva utiliza linhas, chamadas de raios projetantes, que de�nem a
forma como um objeto é projetado no plano de desenho ou plano de
projeção. De acordo com a direção em que essas linhas se projetam, a
perspectiva se classi�ca em: perspectiva paralela ou cilíndrica; perspectiva
cônica
PerspectivaPerspectiva
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cônica.
Na perspectiva cilíndrica ou paralela, os raios projetantes são paralelos entre
si e se subdividem em ortogonais, quando são perpendiculares ao plano de
desenho, ou oblíquas, quando são oblíquas ao plano de desenho. Como os
raios projetantes são paralelos, a distância do observador até o plano de
projeção é in�nita (Figura 1.5). A perspectiva cilíndrica é mais usada no
desenho técnico e é estudada no campo da geometria descritiva, não sendo
objeto do nosso estudo. 
A perspectiva cônica é aquela em que os raios projetantes são convergentes,
ou seja, convergem para um ponto �xo, chamado ponto de fuga. Dessa
forma, como os raios de projeção são convergentes, temos que a distância do
observador ao plano de projeção é �nita (Figura 1.6). 
Figura 1.5 - Perspectiva paralela 
Fonte: Giesecke (2002, p. 27).
Figura 1.6 - Perspectiva cônica 
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No desenho de observação, os princípios da perspectiva que devemos
conhecer para representar corretamente os objetos em três dimensões, são
os da perspectiva cônica.
Elementos da Perspectiva Cônica
A ilusão de profundidade, característica da perspectiva cônica, é obtida com o
auxílio dos seguintes elementos:
- Linha do horizonte: linha horizontal situada na altura dos olhos do
observador.
- Linha de visão: linha imaginária percorrida pelo olhar do observador até a
linha do horizonte.
- Ponto de �xação ou ponto de visão: ponto para onde se dirige o olhar do
observador. O ponto de �xação �ca na interseção entre a linha de visão e a
linha do horizonte.
- Ponto de fuga: ponto para onde convergem as linhas imaginárias
correspondentes à projeção das arestas dos objetos representados. Hallawell
(2006) descreve assim o ponto de fuga: “quando linhas paralelas se afastam
do olhar, a distância entre elas diminui progressivamente até que se
encontram num ponto. Este ponto é conhecido como ‘ponto de fuga’”
(HALLAWELL, 2006. p. 26).
- Linhas de fuga ou raios projetantes: são as linhas que correspondem à
continuação das arestas do objeto representado até o ponto de fuga. É o
afunilamento das linhas de fuga em direção ao ponto de fuga que dá a
sensação de profundidade aos desenhos em perspectiva. 
Fonte: Giesecke (2002, p. 27).
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A partir da de�nição desses elementos, o desenhista tem ferramentas para
traçar as linhas principais do seu desenho dentro da perspectiva correta,
evitando deformações.
Tipos de Perspectiva Cônica
De acordo com o ângulo de visão do observador em relação ao objeto
representado e com a posição deste objeto, a perspectiva pode usar um, dois
ou três pontos de fuga. Para facilitar o entendimento, vamos considerar o
objeto a ser representado como um sólido de forma retangular.
Perspectiva com Um Ponto de Fuga
A perspectiva com um ponto de fuga é também chamada de perspectiva
paralela. Neste caso, todas as arestas da face frontal do objeto desenhado
são paralelas à linha do horizonte e à linha de visão 
Figura 1.7 - Elementos da perspectiva cônica 
Fonte: Elaborado pela autora.
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Na perspectiva com ponto de fuga único, o ponto de �xação pode coincidir
com o ponto de fuga (�gura 1.8).
Perspectiva com Dois Pontos de Fuga
Também chamada de perspectiva oblíqua, este tipo de perspectiva ocorre
quando as linhas de fuga convergem para direções distintas e opostas,
determinando dois pontos de fuga. 
A perspectiva com 2 pontos de fuga ocorre quando o objeto representado é
observado não por uma de suas faces, maspor uma de suas arestas. Os
pontos de fuga �cam sobre a linha do horizonte, um à direita e outro à
esquerda do ponto de �xação (Figura 1.9).
Perspectiva com Três Pontos de Fuga
A perspectiva com três pontos de fuga, também conhecida como perspectiva
aérea, ocorre quando a visão do observador parte de um plano diferente
daquele em que o sólido está assentado. Dessa forma, o sólido é visto por um
de seus ângulos. Nenhuma das arestas do objeto retangular são paralelas
entre si, todas são convergentes e convergem para um dos três pontos de
Figura 1.8 - Perspectiva cônica com 1 ponto de fuga 
Fonte: Elaborado pela autora.
Figura 1.9 - Perspectiva cônica com 2 pontos de fuga 
Fonte: Elaborado pela autora.
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g g p p
fuga. 
Na perspectiva com três pontos de fuga, dois deles estão localizados na linha
do horizonte e o terceiro �ca em uma linha perpendicular à linha do horizonte
que o intercepta em um ponto médio entre os dois primeiros (Figura 1.10).
Figura 1.10 - Perspectiva cônica com 3 pontos de fuga 
Fonte: Elaborado pela autora.
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Perspectiva Tonal
Além das formas de perspectiva descritas até aqui, que utilizam raios de
projeção e pontos de fuga para acrescentar profundidade ao desenho,
Hallawell (2006) descreve ainda a utilização de sombras e hachuras para
conseguir o mesmo efeito. O autor refere-se a este recurso como perspectiva
tonal.
Na perspectiva tonal, o desenhista distingue os planos mais próximos dos
mais distantes criando diferentes tratamentos de textura, contraste e
tonalidades. 
Na �gura acima, temos um exemplo de aplicação da perspectiva tonal para
criar a sensação de profundidade no desenho. Na representação da árvore,
podemos perceber um contraste entre claro e escuro mais de�nido do que no
barco, que está em segundo plano. Na superfície da água, a hachura �ca cada
vez mais clara enquanto se distancia.
Outro recurso usado para representar a profundidade, é a utilização de traços
detalhados nos primeiros planos em relação aos planos distantes. Na
superfície da água, vemos detalhes na representação das ondas em primeiro
plano enquanto nas regiões mais distantes os traços são retos sem detalhes
Figura 1.11 - Perspectiva tonal 
Fonte: Hallawell (2006, p. 31).
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plano, enquanto nas regiões mais distantes os traços são retos, sem detalhes.
Para acentuar a ilusão de profundidade, a perspectiva tonal pode ser
adicionada à perspectiva linear, aquela obtida através dos raios projetantes. 
praticar
Vamos Praticar
A perspectiva é de�nida no desenho artístico como um recurso grá�co que utiliza o
efeito visual de linhas convergentes. De acordo com o conteúdo estudado, é
possível a�rmar que:
a) na perspectiva com um ponto de fuga todas as arestas da face frontal do objeto desenhado
são perpendiculares à linha do horizonte e à linha de visão.
Feedback: alternativa incorreta, pois na perspectiva com um ponto de
fuga, as arestas são paralelas à linha do horizonte e à linha de visão.
b) a perspectiva oblíqua tem três pontos de fuga.
Feedback: alternativa incorreta, pois a perspectiva com três pontos de
fuga é chamada de aérea e não oblíqua.insira a justi�cativa.
c) no desenho em perspectiva, quando o observador parte de um plano diferente daquele em
que o sólido está assentado, é definido como perspectiva com três pontos de fuga.
Feedback: alternativa correta, pois na perspectiva com três pontos de
fuga, o observador está em um plano diferente, acima ou abaixo do plano
do sólido.
d) na perspectiva com três pontos de fuga, todos os pontos estão localizados sobre a linha do
horizonte.
Feedback: alternativa incorreta, pois os dois pontos estão localizados na
linha do horizonte e o terceiro �ca em uma linha perpendicular à linha do
horizonte.
e) na perspectiva com 3 pontos de fuga, o sólido é observado por uma de suas arestas.
Feedback: alternativa incorreta, pois na perspectiva com três pontos de
fuga o objeto a ser desenhado é visto por um de seus ângulos.
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Dondis (1991) defende o contraste como elemento primordial em uma
representação visual, e a ambiguidade (ausência de contraste) como o maior
obstáculo ao ato de ver. Segundo o autor,
ver signi�ca classi�car os padrões, com o objetivo de compreendê-los
ou reconhecê-los. A ambiguidade é seu inimigo natural e deve ser
evitada para que o processo da visão funcione adequadamente.
(DONDIS, 1991, p. 111).
Figura e FundoFigura e Fundo
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Sem dúvida, a percepção de uma �gura é mais fácil quando existe um fundo
contrastante, que nos permita delimitar os contornos da imagem com maior
clareza. Curtis (2015, p. 58) de�ne �gura como um “formato identi�cável” e
de�ne fundo como o seu entorno, ou seja, o que está à volta da �gura.
Via de regra, existe uma hierarquia na qual a �gura tem mais peso e
importância. O fundo é menos importante, servindo apenas como suporte
para a �gura. Mas há situações especiais em que �gura e fundo se
confundem, se entrelaçam e, por vezes, ganham nova signi�cação.
Gestaltismo
Algumas dessas situações ocorrem em imagens relacionadas ao Gestaltismo
ou Psicologia da Forma. O Gestaltismo é uma doutrina que estuda os
aspectos psicológicos da percepção das formas pelo homem. Em outras
palavras, estuda como a psicologia humana in�uencia na forma como
reconhecemos as �guras. Segundo o Gestaltismo, o homem, ao perceber uma
forma, considera o seu todo, não atentando-se para cada um de seus
componentes.
Este princípio explica porque vemos um urso panda na logo da ONG WWF,
mesmo que nem todos os seus elementos estejam representados no
desenho (Figura 1.12).
Figura 1.12 - Logo da WWF 
Fonte: World Wide Fund for Nature (on-line).
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Outras imagens nos permitem intercalar nossa percepção, ora privilegiando a
�gura, ora privilegiando o fundo. É o caso do famoso desenho "Vaso de
Rubin" (Figura 1.13). Se �xamos o olhar no branco como �gura, vemos
nitidamente um vaso ao centro. Porém, se focarmos na porção em preto
como �gura, vemos dois rostos de per�l.
Figura 1.13 - Vaso de Rubin 
Fonte: Curtis (2015, p. 60).
reflitaRe�ita
Uma obra de arte é valorizada de acordo com seu conteúdo e complexidade. O artista
busca estimular o espectador, sendo por esse motivo que a qualidade de realização da
obra e o estímulo faz com que o espectador re�ita sobre a obra. Quando o artista faz
com que seu espectador interaja com a obra, ele cumpriu com seu objetivo.
Fonte: Hallawell (2006).
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saiba mais
Saiba mais
Carlos Damasceno é um desenhista pro�ssional e professor de desenho que
mantém um site com muitas dicas sobre o desenho de observação, em textos e
vídeos. No site, o desenhista disponibiliza um e-book sobre o tema.
Para saber mais, acesse o site do desenhista.
ACESSAR
saiba mais
Saiba mais
Assista o documentário sobre a vida e obra da Frida Kahlo. A artista é conhecida
no mundo todo e uma das personalidades mais admiradas da atualidade. Nesse
documentário, é possível ter acessoa fragmentos de sua vida e obra, de modo
que é possível entender como ela chegou ao status de uma das maiores e mais
reconhecidas artistas do México.  
Para conhecer mais, assista ao documentário Vida e Obra de Frida Kahlo.
ASS I ST IR
http://carlosdamascenodesenhos.com.br/
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praticar
Vamos Praticar
O contraste entre �gura e fundo é um dos elementos mais importantes na
identi�cação das formas no desenho de observação. Sobre esse assunto, assinale a
alternativa correta.
a) Um fundo contrastante ofusca a figura, dificultando a identificação de seus contornos.
Feedback: alternativa incorreta, pois um fundo contrastante facilita a
identi�cação da �gura.
b) O fundo ocupa a maior superfície no desenho, logo é o elemento de maior peso visual.
Feedback: alternativa incorreta, já que o elemento de maior peso é a
�gura, enquanto o fundo lhe serve de suporte.
c) Via de regra, a figura assume o protagonismo na representação visual, enquanto o fundo
apenas serve de suporte para ela.
Feedback: alternativa correta, via de regra, ou seja, em situações normais,
a �gura é o elemento mais importante e o fundo tem o papel secundário.
d) O Gestaltismo é uma doutrina que estuda os aspectos objetivos da representação gráfica.
e) Segundo o Gestaltismo, ao observar uma imagem, o homem analisa suas partes, para depois
formar uma percepção do todo.
ASS I ST IR
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indicações
Material Complementar
LIVRO
Desenho a Cores
Michael E. Doyle
Editora: Bookman Companhia Editorial
ISBN 978 85 7307 850 3
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ISBN: 978-85-7307-850-3
Comentário: Desenho a Cores é um livro ricamente
ilustrado e que ajuda pro�ssionais de várias áreas com
o uso de cores e técnicas de ilustração. Tem o objetivo
de familiarizar designers de interiores, arquitetos,
designers grá�cos, entre outros pro�ssionais, às
técnicas de aplicação das cores e a compor uma
ilustração.
FILME
Cidade Cinza
Ano: 2013
Comentário: Cidade Cinza é um documentário
brasileiro que relata a arte dos gra�teiros na cidade de
São Paulo. Esses artistas usam a arte como forma de
protesto contra as autoridades da capital que
encobrem sua arte com pinturas da cor de cimento.
T R A I L E R
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conclusão
Conclusão
Caro(a) aluno(a), o desenho pode ser aprendido por qualquer pessoa que
decida estudar seus elementos básicos e dedique tempo à sua prática. Vimos
também que, além da técnica e da habilidade manual, o pensamento criativo
e um olhar analítico são importantes para obter os melhores resultados no
desenho de observação.
Por falar em criatividade, vimos que, no estudo do gesto intuitivo do desenho
de observação, um importante exercício é fugir do pensamento racional
através de traços livres e imaginativos.
Conhecemos a perspectiva, como a ferramenta que nos permite dar
profundidade ao nosso desenho, acrescentado a ilusão da 3ª dimensão em
nossa representação plana e, por �m, abordamos a importância do contraste
no estudo da relação entre �gura e fundo.
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referências
Referências Bibliográ�cas
CURTIS, B. Desenho de Observação. Porto Alegre: Bookman, 2015.
DAMASCENO, C. 4 maneiras de segurar um lápis e melhorar seus desenhos.
Carlos Damasceno Desenhos, on-line. Disponível em:
<http://carlosdamascenodesenhos.com.br/aulas-de-desenho-gratis/4-
maneiras-de-segurar-um-lapis/>. Acesso em: 2 jul. 2019.
DONDIS, A. D. Sintaxe da linguagem visual. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
DOYLE, M. E. Desenho a cores: técnicas de desenho de projeto para
arquitetos, paisagistas e designers de interiores. 2. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2002.
GIESECKE, F. E. Comunicação grá�ca moderna. Porto Alegre: Bookman,
2008.
HALLAWELL, P. À mão livre: a linguagem e as técnicas do desenho. São Paulo:
Editora Melhoramentos, 2006.
ROCHA, A. M. da. Divina proporção: aspectos �losó�cos, geométricos e
sagrados da seção áurea. Fortaleza: Expressão Grá�ca Editora, 2011.
MEDINA, J. A Cultura e o Caminho para o Desenvolvimento Humano. Revista,
v. 1, p. 40, dez. 2006.
ZEEGEN, L. Fundamentos de ilustração. Porto Alegre: Bookman, 2009.
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