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1 Abordagem Sistematizada da Criança Grave Professor: Sônia – Aula: I Letícia Moreira Batista AVALIAÇÃO PRIMÁRIA: Abordagem ABCDE – Deve ser realizada em sequência e, sempre que houver situação ameaçadora a vida, esta deve ser resolvida antes de passar para avaliação seguinte. Toda intervenção realizada deve ser reavaliada quanto a sua eficácia. A. VIA AÉREA: Avaliar patência da via aérea Como? Movimento do tórax, ausculta de sons e percepção de fluco no ar no nariz e boca Sinais que sugerem obstrução – Esforço respiratório, sons inspiratórios anormais como roncos e estridores e ausência de sons apesar do esforço respiratório (obstrução total) B. RESPIRAÇÃO: Frequência e profundida respiratórias Presença de esforço respiratório Expansão torácica e movimento de ar Sons nos pulmões e vias aéreas Saturação de oxigênio através da oximetria de pulso Frequência respiratória Valores normais aproximados: IMPORTANTE: < 10 ou > 60 em qualquer idade é anormal Pode estar alterada por excitação, ansiedade, dor e febre Bebês podem ter pausas, principalmente durante o sono, de 10-15s – contar frequência durante pelo menos 30s. O que pode estar anormal? Taquipneia: Geralmente o 1º sinal de desconforto em crianças pequenas. Se não há esforço respiratório, a causa pode não ser pulmonar: Febre, dor, anemia, doença cardíaca, sepse, desidratação Bradipneia: Fadiga de mm. Respiratórios, lesão em sistema nervoso central, hipóxia e choques graves Padrão irregular: Geralmente associada a problemas neurológicos. Respiração em gasping seguida de apneia ou FR alta seguida de apneia Bradipneia e respiração irregular são sinais ameaçadores Presença de esforço – batimento de asa de nariz, retrações (local pode estar relacionado a gravidade),leve-moderada em subcostal, subesternal e intercostal, intensa em supraclavicular, supraesternal e esternal. Expansibilidade – Deve ser simétrica durante a inspiração Ausculta respiratória: MV nos 2 hemitorax Observar sons anormais que podem ser percebidos com ou sem estetoscópio e a modificação de acordo com o estado da criança Sons anormais mais comuns – Gorgolejo, alterações na tonalidade da voz ou choro, roncos, estertores crepitantes ou bolhosos, gemidos, estridor. Oximetria de pulso: Mede % de hb saturada e requer pulso sanguíneo Limitação – não fornece informações sobre a eficácia da ventilação Não é útil na PCR e pode não ser preciso em situações como choque e hipotermia Pode sofrer interferência com movimentação, tremor, claridade intensa e desalinhamento do sensor com fonte luminosa. C. CIRCULAÇÃO: O que avaliar? Tempo de enchimento capilar – 2 segundos (aumenta em choque, hipotermia e desidratação) Idade Frequência Bebês 30-53 1ª infância 22-37 Pré-escolar 20-28 Escolar 18-25 Adolescente 12-20 2 Pulsos centrais e periféricos Pressão arterial Ritmo e FC – Pode ser avaliada pela frequência de pulso, ausculta, monitor cardíaco ou oximetria de pulso. Existe faixa esperada, porém há ampla variação. Não é importante decorar, mas saber a tendência. FC tende a diminuir ao manejar um criança chocada, por exemplo. Coloração e temperatura da pele – No choque, a temperatura vai ficando mais fria. o Como avaliar? Com as costas da mão, deslizando até a extremidade. o O que esperar? Não deve haver grandes variações de temperatura entre tronco e extremidades. o Quando há deterioração da perfusão, a temperatura das extremidades é afetada primeiro. o Alterações da cor: Palidez, moteamento, cianose. D. DISFUNÇÃO/INCAPACITAÇÃO: Escala de resposta pediátrica AVDI Escala de coma de Glasgow pediátrica (É adaptado, mas lembrando que é protocolo de TRAUMA e tem outros melhores para emergências clínicas) Resposta das pupilas a luz Glicemia – Obrigatório fazer quando houver rebaixamento de consciência. Hipoglicemia: <45 em neonatos | <60 em crianças E. EXPOSIÇÃO: Remover roupas em uma área de cada vez para observar face, cabeça, tronco, extremidades Temperatura axilar Sinais de trauma, hemorragia, petéquias ou púrpuras. AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA: Após resolver todos os problemas do ABCDE Histórico específico: SAMPLE S: Sinais e sintomas: da enfermidade atual e sua evolução A: Alergias: A medicamento, alimentos ou outros e as reações associadas M: Medicamentos em uso, inclusive aqueles que não são de prescrição médica e hora da adm. P: Passado de doenças, imunização, cirurgias anteriores L: Última refeição (last meal) E: Evento: Que antecederam o quadro atual: Exemplo – Criança caiu da bicicleta porque desequilibrou ou porque perdeu a consciência e sofreu acidente? Exame físico específico – Estado fisiológico e resposta ao tratamento Reavaliação contínua Deverá ser realizada quando estiver estabilizado ou enquanto se aguarda a resposta a determinada intervenção – Por exemplo, enquanto o paciente está recebendo expansão. Pode ajudar no esclarecimento diagnóstico e orientar tomada de decisões. Exame Físico Específico; Avaliações Diagnósticas – Servem para detectar e identificar a presença e gravidade dos problemas respiratório e circulatórios. O momento de realizar estas avaliações está condicionado ao caso clínico – Gasometria, lactato, Rx tx, ECG, ecocardiograma (Individualizar sempre). ]
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