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09/06/2021
1
SÍNDROMES ABDOMINAIS E 
CASOS CLÍNICOS
1
ABDOME AGUDO
¡ “ Dor abdominal contínua, em geral com mais de 6h, que 
motiva procura por atendimento médico urgente.”
¡ “ É uma condição clínica que tem como principal 
sintoma a dor abdominal aguda, necessitando de 
avaliação e tratamento rápidos, seja este cirúrgico ou 
não. “
2
09/06/2021
2
ABDOME AGUDO
COM IRRITAÇÃO PERITONEAL
¡ INFLAMATÓRIO
¡ PERFURATIVO
¡ HEMORRÁGICO
SEM IRRITAÇÃO PERITONEAL
¡ OBSTRUTIVO
¡ VASCULAR
3
CAUSAS DE ABDOME AGUDO NÃO-TRAUMÁTICO
QSD QSE QID QIE Difusa
Colecistite aguda Pancreatite aguda Apendicite aguda Obstrução intestinal Pancreatite aguda
Colangite Úlcera duodenal Gravidez ectópica Diverticulite Obstrução intestinal
Apendicite retrocecal Úlcera gástrica Diverticulite Gravidez ectópica Dissecção aórtica
Pancreatite aguda Abcesso esplênico Obstrução intestinal Endometriose Apendicite aguda
Hepatite aguda Ruptura esplênica Endometriose Adenite mesentérica Infarto mesentérico
Abcesso hepático Infarto esplênico DII DII Ruptura de 
aneurisma de aorta 
abdominal
Úlcera duodenal Pericardite Torsão de ovário Litíase renal Crise falcêmica
IAM IAM Adenite mesentérica Torção de ovário
Herpes zoster Pneumonia Hérnia Hérnia
Cisto ovariano roto DIP
Cisto ovariano roto
4
09/06/2021
3
CASO CLÍNICO 1
6
¡ Paciente sexo masculino, 17 anos, branco, natural e procedente de Goiânia/GO, com história de dor 
abdominal há 4 dias em região epigástrica, associada a hiporexia, náuseas e vômitos. Evacuou há dois dias, 
fezes com aspecto normal e, desde então, não evacuou mais. Refere que a dor melhorava após episódios 
de vômitos e uso de analgésicos. Evoluiu com piora da dor nas últimas 24horas associada a episódios de 
febre. Informa que a dor agora encontra-se localizada em região hipogástrica e fossa ilíaca direita (FID). 
¡ Nega sintomas urinários ou alterações na cor da urina. Nega doenças crônicas, uso de medicamentos 
contínuos e antecedentes de doenças psiquiátricas. Nega alergias alimentares e medicamentosas. Nega 
cirurgias prévias. Nega traumas. Nega episódios semelhantes no passado.
¡ Exame físico: Regular estado geral, lúcido e orientado no tempo e espaço com palidez e fácies de dor. 
FC: 100bpm, FR: 24ipm, Peso: 70kg e Altura: 1,70m.
¡ Abdome distendido, rígido e doloroso a descompressão súbita em FID. Som timpânico a percussão. Ruídos 
hidroaéreos (RHA) hipoativos em todo abdome. Punho percussão lombar negativa. 
¡ Demais aparelhos sem alterações.
7
09/06/2021
4
Hipótese diagnóstica:
Abdome agudo inflamatório – Apendicite ?
Conduta: exames laboratoriais e imagem
Hemograma
PCR
EAS
Radiografia de abdome
Amilase
8
ACHADOS POSSÍVEIS DE EXAME FÍSICO
¡ Febre
¡ Dor a palpação abdominal
¡ Sinal de Blumberg
¡ Sinal de Dumphy
¡ Sinal de Rovsing
¡ Defesa voluntária ou rigidez involuntária da musculatura
¡ Sinal do Psoas
¡ Sinal do Obturador
¡ Toque retal e exame ginecológico
9
09/06/2021
5
¡ Ponto apendicular (Mc Burney)
10
SINAL DE BLUMBERG SINAL DE ROVSING
11
09/06/2021
6
SINAL DE DUMPHY
12
SINAL DO PSOAS
13
09/06/2021
7
TESTE DO OBTURADOR
14
¡ Exames laboratoriais:
¡ Hemograma: Hb: 15g/dL; Hematócrito: 45%
¡ Leucócitos totais: 16.000mm3 com desvio a esquerda
¡ Plaquetas: 300.000mm3
¡ Proteína C reativa (PCR): 4mg/dL
¡ EAS: normal
¡ Amilase: normal
¡ Raio-x abdome: sem alterações
15
09/06/2021
8
RADIOGRAFIA DE TÓRAX
¡ FECALITO – PATOGNOMÔNICO DE APENDICITE AGUDA
¡ FASES AVANÇADAS 
¡ GÁS NA LUZ DO APÊNDICE
¡ MASSA EXTRÍNSECA COMPRIMINDO O CECO
¡ DISTENSÃO DAS ALÇAS INTESTINAIS NO QID OU AUSÊNCIA DE GÁS NESSA 
REGIÃO E ABUNDÂNCIA EM OUTRAS
¡ EDEMA DA PAREDE ABDOMINAL
¡ DESAPARECIMENTO DA SOMBRA DO PSOAS E DA GORDURA PRÉ-PERITONEAL
16
17
09/06/2021
9
USG ABDOMINAL
¡ APÊNDICE DISTENDIDO – DIÂMETRO SUPERIOR A 6mm 
¡ PRESENÇA DE FECALITO NO APÊNDICE
¡ INTERRUPÇÃO DA CONTINUIDADE DA SUBMUCOSA 
ECOGÊNICA
¡ LÍQUIDO OU MASSA PERIAPENDICULAR
¡ DOR À COMPRESSÃO PELO TRANSDUTOR 
18
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA ABDOME
¡ MÉTODO COM MELHOR ESPECIFICIDADE (95-97%) E SENSIBILIDADE (90-100%)
¡ DILATAÇÃO DO APÊNDICE: > 6mm DIÂMETRO
¡ INFLAMAÇÃO PERIAPENDICULAR: MASSA INFLAMATÓRIA, COLEÇÃO DE LÍQUIDO OU 
EDEMA
¡ ESPESSAMENTO DO ÁPICE DO CECO
¡ PRESENÇA DE FECALITO NO APÊNDICE 
19
09/06/2021
10
20
CASO CLÍNICO 2
21
09/06/2021
11
¡ Paciente do sexo feminino, 66 anos, branca, do lar, procura atendimento
no PS com queixa de dor abdominal há 3 dias, tipo aperto no quadrante
inferior esquerdo de forte intensidade com irradiação para a região
inguinal esquerda, que piora com a alimentação e melhora muito
discretamente com a eliminação de gases e fezes. Associado apresenta
hiporexia e adinamia. Já apresentou episódios semelhantes, porém de 
menor intensidade. Nega vômitos e febre.
22
¡ Ao exame: facies de dor, pálida, hidratada, anictérica, eupneica, febril ( Tax 37,6), FC 92 
bpm, PA 120 x 70 mmHG. 
¡ Abdome: distendido, hipertimpânico, RHA presentes, dor à palpação superficial e 
profunda na FIE, sem descompressão dolorosa. Não foram evidenciadas massas ou
visceromegalias.
¡ Exames laboratoriais: leuco: 13000 (desvio à esquerda), VHS 53 , EAS normal.
¡ RX de abdomen: distensão gasosa de alças colônicas com rarefação de gases ao nível
de QIE.
23
09/06/2021
12
Hipótese diagnóstica? 
- Diverticulite aguda
Paciente idosa, quadro mais arrastado, já teve sintomas
semelhantes anteriormente, porém de menor intensidade. Dor
localizada em FIE, com sinais inflamatórios ( febre, leucocitose, 
dor a palpação, hipertimpanismo, distensão abdominal).
24
CASO CLÍNICO 3
25
09/06/2021
13
¡Mulher de 63 anos de idade, procura o PS por 
apresentar dor abdominal contínua, de início insidioso, 
no quadrante inferior esquerdo há três dias. Queixa-
se também de distensão abdominal moderada e 
dificuldade para evacuar no último dia. Nega 
emagrecimento e vômitos. Refere febre não medida. 
Nega antecedentes cirúrgicos. 
26
¡ Exame clínico: regular estado geral, consciente, orientada, corada, anictérica, desidratada 2+/4+, FC 120 
bpm, PA: 140 x 90 mmHg, temperatura axilar, 38° C, FR: 20 ipm. 
¡ AR e ACV: normais. 
¡ Abdome: distendido, hipertimpanismo à percussão, dor à palpação de fossa ilíaca esquerda e rigidez 
involuntária com descompressão brusca dolorosa positiva apenas neste local, ruídos hidroaéreos 
aumentados. Hepatimetria 5 cm e baço não percutível. 
Exames complementares: Hb 14 g/dl, Ht 42%, plaquetas 180000/m3, leucócitos 14000/mm3 ( 88% de 
neutrófilos, 12% linfócitos)
27
09/06/2021
14
28
Quais os prováveis diagnósticos?
¡ Diverticulite
¡ Distensão abdominal, com parada de eliminação de gases e fezes: 
Obstrução intestinal
Quais os achados do Rx de Abdome?
¡ Dilatação das alças do Delgado – sinal do empilhamento de moedas
¡ Dilatação colônica: emoldurando as alças de delgado
29
09/06/2021
15
Como a diverticulite pode levar à obstrução
intestinal? Várias causas!
¡ Íleo paralítico
¡Aderência das alças pela inflamação
¡ Formação de abscesso
30
Qual o quadro clínico do abdome agudo obstrutivo?
¡ Acúmulo de fluidos e gases acima do ponto de obstrução: 
Obstruçao de Delgado: dor precoce, em cólicas ( paroxísmos), 
localizada em mesogastro, vômitos biliosos ( obstrução alta) ou
fecalóide ( obstrução baixa), Constipação tardia
Obstrução de colon: dor tardia, continua, periumbilical e hipogastro, 
vômitos tardios ou ausente e fecaloides, constipaçao precoce.
31
09/06/2021
16
Principais achados da propredêutica:
¡ Distensão abdominal: 
¡ Hipertimpanismo – peristalse de luta ( geralmente mais importantes nas
obstruções mais baixas (ileo distal)
¡ Aparecimento de sons de timbre metálico característicos (borborigmos) –
aumento da peristalse
¡ Massas palpáveis: podem ser a causa da obstrução
¡ Dor a palpação difusa, geralmente sem descompressão brusca positiva
32
CASO CLÍNICO 4
33
09/06/2021
17
¡ Paciente 70 anos, masculino, natural e procedente deJataí/GO, casado, católico, aposentado, trabalhava como 
agricultor. Foi admitido com queixa de “dor abdominal há 15 dias”.
¡ Paciente refere há 15 dias dor abdominal em região de hipocôndrio direito de forte intensidade, com irradiação 
para dorso, associada a náuseas e vômitos, com início após refeição com carne assada (churrasco). Refere que 
dor iniciou aproximadamente duas horas após a refeição, com duração de várias horas e alívio parcial após uso de 
escopolamina via oral. Desde então, apresentou vários episódios semelhantes, mesmo em jejum. No momento, 
queixa leve desconforto local. Nega febre. Refere perda ponderal de 2 kg nesse período. Sem outras queixas. 
¡ Antecedentes: HAS controlada, em uso de Hidroclorotiazida 25 mg/dia e Losartana 50mg/dia. Nega outras 
comorbidades. Nega tabagismo e etilismo. Nega uso de drogas ilícitas. Nega exercícios físicos regulares. Mãe e 
irmã com historia de colecistopatia calculosa crônica com necessidade de colecistectomia. Mãe falecida por 
neoplasia não especificada. Pai falecido por Infarto Agudo do Miocárdio.
34
¡ EXAME FÍSICO: 
¡ BEG, consciente, orientado em tempo e espaço; mucosas úmidas e coradas; peso: 108 kg; altura: 172 cm; 
anictérico, acianótico.
¡ Sinais Vitais: FC: 78 bpm; FR: 19 irpm; PA: 120x80mmHg; afebril; 
¡ Cardiorrespiratório: Ictus cordis não palpável. Tórax simétrico, sem tiragem; Bulhas cardíacas rítmicas, 
normofonéticas, em 2T, sem sopros; Padrão respiratório torácico; Murmúrio-vesicular presente, bilateral, 
simétrico, sem ruídos adventícios. Frêmito tóraco-vocal preservado.
¡ Abdome: globoso, RHA + normoativos, timpânico, normotenso, doloroso a palpação profunda de hipocôndrio 
direito; sinal de Murphy negativo. 
¡ Sem alterações nos demais aparelhos.
35
09/06/2021
18
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA?
¡ Colelitíase ?
36
¡ Exames laboratoriais (hemograma, PCR, função hepática, amilase, etc): sem alterações
¡ Raio-x abdome: normal
¡ USG de abdome superior: 
¡ Vesícula biliar de tamanho aumentado (85x15mm), com paredes espessadas e irregulares; 
¡ Calculo único de três centímetros, localizado em infundíbulo;
¡ Sem dilatação das vias biliares intra ou extra-hepáticas;
¡ Sem outras alterações.
37
09/06/2021
19
38
CASO O PACIENTE NÃO REALIZE A COLECISTECTOMIA, 
QUAIS AS POSSÍVEIS COMPLICAÇÕES? 
¡ Coledocolitíase – dor em cólica, icterícia, colangite (tríade de Charcot)
¡ Colecistite - Sintomas inespecíficos (assintomática, sintomática e complicada)
¡ Complicações:
¡ Perfuração Vesicular: 10% dos casos
¡ Empiema de vesícula
¡ Colecistite Enfisematosa
¡ Síndrome de Mirizzi
¡ Fístulas
39
09/06/2021
20
40
¡ Paciente evoluiu com dor em HD, forte intensidade, tipo cólica, persistente, iniciado após ingesta 
alimentar gordurosa, associado a náuseas e vômitos, que não melhoram com analgésico. Pode ter 
febre, icterícia. Pode referir dor em ombro direito (comprometimento diafragma e nervo frênico). 
Ao exame físico: dor a palpação do hipocôndrio direito durante a inspiração profunda.
¡ Ultrassonografia Abdominal (colecistite)
¡ Espessamento da parede vesicular > 4mm.
¡ Sinal de Murphy ultrassonografico
¡ Aumento do volume vesicular
¡ Presença de líquido pericolecístico.
41
09/06/2021
21
42
CASO CLÍNICO 5
43
09/06/2021
22
¡ Paciente 65 anos, feminina, chegou ao PS transferida de outra cidade, 
após atendimento inicial. Relata dor epigástrica intensa há 20 horas, 
com irradiação para dorso, acompanhada de nauseas e vômitos. 
Recebeu analgésicos, hidratação vigorosa EV e antiemético. 
¡ Exame físico: Facies de dor, REG, pulso 120 bpm, FR 26 ipm, 
desidratada +/4+, anictérica, descorada +/4+. Abdome: globoso, 
timpanismo à percusão, doloroso à palpação superficial e profunda
principalmente em andar superior. Descompressão brusca negativa. 
Sem tumores palpáveis. 
44
¡ Hipótese diagnóstica:
¡ Abdome agudo inflamatório
¡ Pancreatite ?
¡ Conduta?
45
09/06/2021
23
EXAMES LABORATORIAIS
¡Leucograma 13000, 
¡Hb 13,2 Ht 44%, 
¡U 65
¡Creat:1,4 
¡Glicemia 105, 
¡ calcio 8,2 
¡DHL 220 
¡TGO 250 
¡GGT 280 
¡Amilase 1250.
46
¡ Qual a principal hipótese diagnóstica ?
Pancreatite aguda ou crônica ?
47
09/06/2021
24
Causas de pancreatite aguda?
¡ Litíase Biliar ( hipertensão no Sistema ductal pancreático)
¡ Alcool ( espasmos no esfincter de Odd, toxicidade acinar – mais enzimas
nos ductos do pancreas, hipertrigliceridemia)
¡ Drogas: azatioprima, furosemida e tiazidicos, acido valproico, etc
¡ Hipertrigliceridemia
¡ Hipercalcemia
¡ Obstruções não litiásicas
¡ Trauma
48
PANCREATITE AGUDA
Sinal de Cullen
Sinal de Gray-Turner
49
09/06/2021
25
Principais achados da propredêutica:
¡ Diminuição do peristaltismo: íleo paralítico
¡ Hipertimpanismo: Distensão abdominal é comum, pelo quadro
inflamatório
¡ Palpação abdominal não costuma apresentar dados positivos, 
mas pode reveler massa inflamatória no andar superior, mais
precisamente no hipocôndrio esquerdo.
¡ Descompressão dolorosa e defesa voluntária ou involuntária são
encontradas em combinações variadas
50
CASO CLÍNICO 6
51
09/06/2021
26
Paciente do sexo masculino, 39 anos, atendido no Pronto Atendimento 
com quadro de dor abdominal difusa, intensa e de início súbito, com 
cerca de 3 horas de evolução. Trazido à sala de exames em cadeira de 
rodas, com fácies de dor e gemendo. Acompanhante relatou episódios de 
náuseas e vômitos após o início do quadro. 
Ao exame encontrava-se pálido, sudoréico, taquipnéico, apresentando 
abdome difusamente doloroso com tensão aumentada e sinal de 
Blumberg positivo em região epigástrica. 
FC 102 bpm e PA 110x60 mmHg
52
¡Qual hipótese diagnóstica ?
- Abdome agudo inflamatório?
- Abdome agudo perfurativo ?
53
09/06/2021
27
¡ Exames Complementares:
¡ Hemoglobina 13,3
¡ Leucograma 5.700 mm3
¡ ( Bastonetes 2%, Segmentados 78%)
¡ Plaquetas 271 mil/mm3
¡ Amilase 43,0 U/L
¡ BilirrubinaTotal 5,30 mg/dL;
¡ Indireta 4,80 mg/dL
¡ Proteína C Reativa 6,0 mg/L
¡ Ureia 50 mg/dL; Creatinina 0,90 mg/dL
¡ Sódio 143 mmol/L;
¡ Potássio 3,8 mmol/L
¡ TransaminaseTGO 24 U/L;
¡ TransaminaseTGP 12 U/L
¡ FosfataseAlcalina 54,0 U/L;
¡ Gama GlutamilTransferase 25,0 U/L
¡ Tempo de Protombina 14,5 s
¡ Atividade: 84,2%
¡ RNI: 1,08
¡ Lipase: 12,0 UI
¡
54
55
09/06/2021
28
DISCUSSÃO 
¡ Perfuração – 5% das ulceras pépticas 
¡ Duodenal > frequência 
¡ Homens 35-60 anos 
¡ Dor intensa de início súbito, rápida evolução com irradiação para todo abdome 
¡ Exames : leucocitose , aumento de amilase até 3 vezes 
¡ Diagnóstico 
¡ Clínico 
¡ Radiografia simples 
¡ Tratamento : cirúrgico 
56
DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA
Etiologia
1. 90-95% das úlceras duodenais e 70% das úlceras gástricas - Helicobacter pylori
2. 48% das úlceras não H. pylori e não associadas ao uso de AINES – EUA (uso sub-
reptício de AINES/AAS ou outro fator)
3. Estase gástrica
4. Refluxo duodenal 
5. Isquemia
Úlcera gástrica
57
09/06/2021
29
CASO CLÍNICO 7
58
¡ Paciente 60 anos, feminino, natural e procedente de Rio Verde/GO, encontra-se internada no Hospital Evangélico, no 2˚ 
PO de Gastrectomia parcial por lesão tumoral. Está internada, em uso de analgésicos opióides para controle de dor 
abdominal contínua. Ao passar pela manhã na enfermaria, paciente queixa ao médico da ausência de eliminação de fezes 
e flatos associado a náuseas frequentes.
¡ Ao exame físico: REG, hipocorada 2+/4+, hidratada, anictérica, acianótica, afebril.
¡ Aparelho respiratório e cardiovascular sem alterações.
¡ Abdome distendido, RHA ausentes (silêncio abdominal), hipertimpânico, difusamente doloroso a palpação profunda, 
Blumberg negativo, ausência de massas palpáveis ou visceromegalias.
¡ Demais aparelhos sem alterações.
¡ Ao checar exames laboratoriais, paciente apresenta hipopotassemia.
¡ Solicitado radiografia de abdome.
59
09/06/2021
30
60
61
09/06/2021
31
Hipótese diagnóstica?
• Íleo paralítico ou adinâmico
Conduta?
• Dieta zero
• SNG aberta
• Suspender analgesia (opióides)
• Correção distúrbio hidroeletrolítico• Até 72 horas – conduta expectante
62
63
09/06/2021
32
OUTRAS CAUSAS DE OBSTRUÇÃO INTESTINAL
64
CASO CLÍNICO 8
65
09/06/2021
33
¡ Paciente masculino, 76 anos, negro, natural e procedente de Rio Verde/GO, casado, pintor, católico.
¡ Refere que notou o surgimento de protuberância em região inguinal direita, indolor, que alterava de tamanho 
quando tossia ou fazia esforços e apresentou crescimento progressivo. Nega febre, dor abdominal e demais 
queixas.
¡ Antecedentes: Caxumba na infância. Asmático (última crise em janeiro). Nega diabetes, HAS, hepatite, tuberculose, 
pneumonias, ou outras afecções. Foi tabagista por 10 anos, parou há 50 anos. Consumia bebida alcoólica (destilada 
– pinga), parou de beber há 45 anos.
¡ Mãe faleceu aos 65 anos por crise asmática. Pai faleceu aos 55 por coma alcoólico. Desconhece outras 
comorbidades em familiares.
66
¡ EXAME FÍSICO: 59Kg ; 1,63m; T: 36,6°C; Pulso: 72ppm; FR: 18irpm; PA: 110x70 mmHg; 
¡ BEG, consciente e orientado, normocorado, anictérico, acianótico, afebril, hidratado.
¡ Respiratório: tórax atípico. Expansibilidade simétrica, frêmito sem alterações. Som claro pulmonar. MV presente, 
com sibilos difusos.
¡ Cardiovascular: Ausência de abaulamentos ou retrações. Ictus cordis palpável em LHCE, 5 EIC, 2 polpas digitais, 
ritmo regular. RCR, 2T, BNF, S/sopros FC: 76 bpm.
¡ Abdome: Abdome simétrico, sem abaulamentos, cicatrizes ou outras alterações à inspeção. RHA presentes. 
Timpânico, Traube livre, sem dor à percussão. Flácido, sem massas palpáveis ou VMG. Abaulamento região inguinal 
direita, redutível, com anel 6cm de diâmetro, indolor à palpação. Sem sinais de estrangulamento ou 
encarceramento.
¡ Pequeno anel região inguinal esquerda. 
¡ Sem alteração dos demais aparelhos.
67
09/06/2021
34
¡Hipótese diagnóstica?
• Hérnia inguinal direita
• Hérnia inguinal esquerda
68
69
09/06/2021
35
70
Hérnia estranguladaHérnia encarcerada
(não-redutível)
71
09/06/2021
36
72
HÉRNIA ABDOMINAL
¡ Toda massa ou estrutura saída da cavidade que a contém normalmente por um orifício natural ou acidental.
¡ Congênita e Adquiridas
¡ Causas: 
¡ Defeito nos tecidos da fáscia da parede abdominal.
¡ Aumento da pressão intra-abdominal
¡ constipação crônica
¡ doenças da próstata 
¡ tumores intra-abdominais
¡ esforço ou tosse
¡ distensão abdominal 
¡ exercício físico exagerado.
73
09/06/2021
37
¡ Sinais e Sintomas:
¡ Abaulamento da parede abdominal: início lento ou súbito
¡ Piora com esforço físico
¡ Dor ou desconforto, como sensação de "queimação" ou "formigamento", 
¡ Alteração do hábito intestinal quando encarcerada ou estrangulada
¡ Exames auxiliares : RX simples, U.S. enema, seriografia e eventualmente C.T de abdome.
74
¡ Hérnia inguinal: 75% casos hérnia abdominal
¡ Prematuros - 5 a 30%
¡ Rn a termo - 1 a 5%
¡ Direita - 60%
¡ Sexo: masculino - 80%
75
09/06/2021
38
¡ FISIOPATOLOGIA
¡ Persistência do conduto peritônio-vaginal
¡ Passagem das estruturas intra-abdominais
- Indiretas: Mais comuns, de origem congênita devido um defeito do fechamento do processus vaginalis à 
medida que ele desce para o escroto na vida embrionária.
- Diretas: Resulta de uma fraqueza na região inguinal que se torna incapaz de manter o conteúdo 
abdominal na sua posição normal
76
Triangulo de Hesselbach
Hérnia inguinal indireta
deep
inguinal
ring
Hérnia inguinal direta
77
09/06/2021
39
78
CASO CLÍNICO 9
79
09/06/2021
40
¡ Paciente 45 anos, masculino, solteiro, natural e procedente de Rio Verde/GO, 
desempregado, trabalhava como técnico de enfermagem. Foi atendido no posto de 
saúde e relatou ser portador de cirrose hepática. Refere ser ex-etilista (ingesta 
alcoólica 1L fermentados por dia há 30 anos, parou há 1 mês), tabagista 
(15anos/maço). Nega hepatite virais prévia. 
¡ Paciente refere diagnóstico recente de cirrose hepática e, durante a consulta, 
preocupado com seu diagnóstico, perguntou quais as possíveis complicações e 
achados no seu corpo durante o exame físico que podem surgir devido a sua doença. 
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HIPERTENSÃO PORTAL
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ASCITE
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EDEMA/ANASARCA
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CIRCULAÇÃO COLATERAL
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ICTERÍCIA
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TELANGIECTASIAS / ARANHAS VASCULARES
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ERITEMA PALMAR
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VARIZES DE ESÔFAGO
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HEMATÊMESE / MELENA / ENTERORRAGIA
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ENCEFALOPATIA HEPÁTICA
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CASO CLÍNICO 10
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¡ Paciente do sexo masculino, 55 anos, branco, foi trazido ao serviço de emergência devido a dois episódios de 
hematêmese volumosa, tendo o último episódio ocorrido há quatro horas de sua chegada. 
¡ Ele relata consumo diário de álcool, desde os 16 anos, em média uma garrafa de destilado por dia, tendo bebido 
na noite anterior à admissão hospitalar.
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¡ Exame físico :
¡ LOTE, estado geral regular, desidratado +/4+, descoradas, 
anictérico, acianótico
¡ Sinais vitais : FC =120bpm, PA 100X70 mmHg, T=37°C 
¡ ApC = RCR, BNF em 2T, sem sopros 
¡ ApR = MV presente, simétrico, sem ruídos adventícios, 
eupnéico
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¡ Abdome : 
RHA presentes, normoativos
Piparote positivo
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¡ Hipótese diagnóstica?
¡ Hemorragia digestiva alta (secundário a varizes de esôfago)
¡ Provável hepatopatia de etiologia alcoólica
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¡ hemoglobina de 8,6 g/dL
¡ 2.300 leucócitos
¡ creatinina de 0,9 mg/ dL, ureia de 122 mg/dL
¡ albumina de 2,6 ( 29-61) 
¡ tempo de protrombina de 42% (INR 1,5)
¡ bilirrubina total de 4,6 mg/dL; BD 0,9 mg/dL; 
¡ aspartato-aminotransferase (AST) de 122 (12-45); 
¡ alanino-aminotransferase (ALT) de 58 Ul/L (12-45); 
¡ gama-glutamiltransferase (GGT) de 620 U/L (até 60); 
¡ fosfatase alcalina de 64 Ul/L (60-100).
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¡ Endoscopia Digestiva Alta 
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HEMORRAGIA DIGESTIVA 
¡ Alta X Baixa 
¡ Ângulo de Treitz 
¡ Características 
¡ Alta : hematêmese e melena 
¡ Baixa : hematoquezia/ enterorragia
¡ Principais causas 
¡ Alta : úlcera, varizes
¡ Baixa : doença diverticular, mal 
formações vasculares 
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HIPERTENSÃO PORTAL 
¡ Obstáculo à circulação sanguínea no sistema venoso portal 
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HIPERTENSÃO PORTAL 
¡ Causas
¡ Pré-hepática : trombose veia 
porta 
¡ Hepatica pré- sinusoidal: 
esquistossomose 
¡ Hepática pós-sinusoidal : 
cirrose 
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HIPERTENSÃO PORTAL 
¡ Varizes esofágicas 
¡ Esplenomegalia 
¡ Ascite 
¡ Circulação colateral 
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ASCITE 
¡Causas 
¡ Hepáticas ( cirrose, esquistossomose )
¡ Cardiocirculatórias ( ICC )
¡ Renais ( síndrome nefrótica ) 
¡ Inflamatórias ( tuberculose ) 
¡ Neoplásicas 
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ASCITE 
¡ Paracentese 
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