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Andressa Marques – medicina UFR ANAMNESE →Características da dor (intensidade, quando e onde começou, se irradia, súbita ou insidiosa, pontual ou difusa, referida, progressiva, intermitente ou abrupta, fatores de melhora e piora, padrão – se oscila ou é constante...); →Estado prévio da dar (como estava antes da dor iniciar) →Sintomas associados (náuseas, vômitos, parada de eliminação de flatos e fezes, constipação, vômito fecalóide, febre, melena, hematoquezia, enterorragia); →Patologias prévias; Cirurgias prévias; →História ginecológica; Ciclo menstrual; →Utilização de medicamentos (opioides, antiinflamatórios, anticoagulantes...) →História de alcoolismo, tabagismo etc. SINAIS E SINTOMAS DE DOR E SENSIBILIDADE ABDOMINAL EXAME FÍSICO →Inspeção geral →Inspeção do abdome (distensão, cicatrizes, eritema, edema, equimose) →Cor, hidratação, sudorese →Ausculta abdominal (procurar alterações de RH) →Percussão →Palpação (iniciar pelo ponto não doloroso, verificar sinais de irritação peritoneal – descompressão brusca dolorosa etc) QUADRO CLÍNICO Sinais e sintomas gerais: →Febre, hipotensão arterial, taquicardia, taquipneia ou sinais de insuficiência respiratória, perda de apetite, astenia, síncope, mialgias, icterícia; Sintomas digestivos: →Náuseas, vômitos, diarreia, constipação, alteração das fezes, distensão abdominal; Sintomas urinários: →Disúria, oligúria, alterações no aspecto da urina; Fatores ginecológicos: →Relações sexuais, leucorreia, dispareunia, DUM, possibilidade de gravidez. TIPOS 1. ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO 2. ABDOME AGUDO OBSTRUTIVO 3. ABDOME AGUDO HEMORRÁGICO 4. ABDOME AGUDO PERFURATIVO 5. ABDOME AGUDO VASCULAR DIAGNÓSTICO Exames de imagem (a depender da suspeita diagnóstica): →RX de abdome agudo (3 incidências: RX de tórax, RX de abdome em pé e RX de abd deitado) →USG de abdome →USG transvaginal →TC / Ressonância Exames laboratoriais (a depender da suspeita diagnóstica) →Hemograma →BT e frações →Eletrólitos →PCR →Amilase e Lipase →FA e GGT →EAS →BHCG (apenas para mulheres) →Função hepática →Ureia, creatinina Andressa Marques – medicina UFR QUADRO CLÍNICO →Dor tipo cólica →Náuseas e vômitos (fecalóides em alguns casos) →Distensão abdominal →Parada de eliminação de flatos e fezes →Timpanismo difuso do abdome →RHA aumentados no início e diminuídos após evolução do quadro (íleo paralítico) DIAGNÓSTICO →RX de abd agudo →TC de abd sem contraste →Toque retal →Demais exames: eletrólitos SINAIS PRESENTES NO RX →Sinal de empilhamento de moedas (alças intestinais empilhadas umas sobre as outras); →Distensão de intestino delgado com nível hidroaéreo (líquido embaixo e ar em cima, dentro das alças); →AUSÊNCIA DE GÁS NO RETO; →Volvo de sigmoide; CAUSAS 1. BRIDAS/ADERÊNCIAS (cirurgias prévias); 2. HÉRNIA DE PAREDE ABDOMINAL; 3. CORPO ESTRANHO 4. ÍLEO PARALÍTICO 5. VOLVO DE SIGMOIDE 6. HÉRNIA INTERNA 7. TUMORES (CA COLORRETAL) 8. DOENÇA DE CROHN 9. MEGACÓLON CHAGÁSICO OU CONGÊNITO 10. INTUSSUSCEPÇÃO 11. BOLO DE ÁSCARIS 12. ÍLEO BILIAR (cursa com aerobilia) TRATAMENTO →Dependerá de cada causa; CONDUTA GERAL →Jejum →Hidratação EV →Antiemético →Procinético →Sonda nasogástrica em drenagem Andressa Marques – medicina UFR QUADRO CLÍNICO →Dor de forte intensidade, de início súbito →Abdome em tábua (ar no peritônio) →Hipertimpanismo difuso – sinal de pneumoperitônio →Parada de eliminação de flatos e fezes →Descompressão brusca dolorosa →Sinal de Joubert (timpanismo na loja hepática) DIAGNÓSTICO →RX de abd (presença de ar acima do fígado e abaixo do diafragma) →TC de abd sem contraste →Indicação direta de tratamento cirúrgico – laparotomia exploratória CAUSAS 1. ÚLCERA DUODENAL PERFURADA 2. ÚLCERA GÁSTRICA PERFURADA 3. DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL (Doença de Chron) 4. DIVERTÍCULO PERFURADO 5. CORPO ESTRANHO 6. IATROGÊNICO (durante colonoscopia, EDA...) 7. TUMOR →É a terceira principal causa de abdome agudo; história de uso de AINES de longa data e/ou etilismo →Exames pré-operatórios: HEMOGRAMA E COAGULOGRAMA →PERFURAÇÃO DE VÍSCERAS OCAS (alças intestinais) →Compensação: • Volume • ATB de amplo espectro • Vasopressor Andressa Marques – medicina UFR SINAIS NA TC →Ar dissecando a parede do intestino, invadindo até os vasos; →Ar na parede do intestino; →Alças espessas – sinal de isquemia mesentérica DIAGNÓSTICO →USG (inespecífico, examinador dependente) →TC de abdome sem contraste →Arteriografia EXAMES LABORATORIAIS →Hemograma →Coagulograma →Função renal e hepática →Eletrólitos EXEMPLO →INFARTO INTESTINAL (isquemia mesentérica) HISTÓRIA PREGRESSA →Cardiopatia →AVC →Arteriopatias (DVP) →FA QUADRO CLÍNICO →Dor abdominal lancinante →Tem discrepância no exame físico – muita dor abdominal, mas, não tem dor à palpação →Não tem irritação peritoneal a não ser que perfure →O tratamento é cirúrgico na maioria dos casos; (alguns casos dão para fazer anticoagulação plena para tentar reverter o quadro) Andressa Marques – medicina UFR CAUSAS 1. GRAVIDEZ ECTÓPICA ROTA 2. CISTO DE OVÁRIO ROTO 3. ENDOMETRIOSE 4. ROMPIMENTO DE ANEURIMAS DE AORTA 5. ROTURA ESPONTÂNEA DE BAÇO (+raro) 6. ADENOMA HEPÁTICO DIAGNÓSTICO →Raio X de abd agudo →USG →TC DE ABDOME →FAST – ultrassom que fica disponível na sala do trauma {Hipogastro (para ver se tem líquido acumulado no fundo do saco de Douglas), Espaço esplenorrenal, Espaço hepatorrenal e Janela pericárdica (na região do apêndice xifoide – para ver se tem líquido no pericárdio)} SANGUE NA CAVIDADE PERITONEAL QUADRO CLÍNICO →Dor abdominal →Sinais de hipovolemia (sudorese, palidez, hipotensão, taquicardia, taquipneia) – TER ATENÇÃO QUANTO AOS SINAIS DE CHOQUE HIPOVOLÊMICO →Sinais de irritação peritoneal EXAMES LABORATORIAIS →Hemograma →Coagulograma →BHCG →Quando precisa transfundir + que 6 concentrados de hemácias em 24 horas é necessário repor tbm plasma e, se tiver plaquetopenia tb deve repor plaquetas; →A partir de 4 concentrados de hemácias já deve repor cálcio →Melhor opção terapêutica e as vezes até mesmo diagnóstica: laparoscopia Andressa Marques – medicina UFR DIAGNÓSTICO (Os exames a serem solicitados vão depender de cada hipótese diagnóstica) Exames de imagem →USG →RX de abd agudo →TC de abdome com ou sem contraste (depende da hipótese diagnóstica) →RNM Exames laboratoriais →Hemograma →Coagulograma →EAS →BHCG →BT e frações →Amilase (além da pancreatite, outras doenças que podem cursar com aumento de amilase são: doença de Chron, Linfadenite mesentérica, Diverticulite) →Lipase →FA e GGT (marcadores de doença canalicular) →Função hepática →Função renal →Eletrólitos CAUSAS 1. APENDICITE AGUDA 2. COLECISTITE AGUDA 3. DIVERTICULITE 4. DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP) 5. PANCREATITE AGUDA 6. DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL (Doença de Chron) 7. DIVERTICULITE DE MECKEL 8. DIVERTICULITE DE CECO 9. LINFADENITE MESENTÉRICA (+ comum em crianças) 10. ABSCESSO HEPÁTICO 11. TUMOR CARCINÓIDE DE APÊNDICE 12. APENDAGITE 13. TUBERCULOSE INTESTINAL14. CÓLICA BILIAR 15. CÓLICA RENAL QUADRO CLÍNICO →Dor abdominal →Sinais de irritação peritoneal (descompressão brusca) →Dor à palpação →Náuseas e vômitos TRATAMENTO →Vai variar de acordo com a causa, podendo ser clínico ou cirúrgico. Andressa Marques – medicina UFR →Reação inflamatória aguda difusa do pâncreas, associada a áreas de necrose gordurosa (marco da doença), tanto ao longo do parênquima do órgão quanto nos tecidos peripancreáticos. →As causas mais comuns são a LITÍASE BILIAR e o ÁLCOOL, responsáveis por cerca de 75% dos casos. PA ALCOÓLICA →É observada em 5-10% dos alcoólatras; →Consumo alcoólico: > 25 g etanol/dia segundo estudos recentes e > 100 g/dia classicamente há pelo menos uns cinco anos; QUADRO CLÍNICO →Dor contínua e pode se localizar em mesogástrio, quadrante superior direito, ser difusa ou, raramente, à esquerda – tem disposição em barra e irradiação para o dorso →Náuseas e vômitos →Descompressão dolorosa de abdome →Posição antálgica →Equimose em flancos – Sinal de Grey Turner →Equimose periumbilical – Sinal de Cullen →Necrose gordurosa subcutânea – Paniculite →Equimose na base do pênis – Sinal de Fox →Achados sistêmicos: febre; taquicardia; desidratação; hipotensão; choque. →O processo inflamatório se inicia pela lesão das células acinares, que passam a liberar enzimas pancreáticas ativas para o interstício. EXAMES DE ROTINA ABD AGUDO PARA PANCREATITE →Hemograma →Rx de abdome agudo →Urina tipo 1 →Amilase (com dosagem sérica 3x acima do valor de referência) →Lipase →BHCG se for mulher PA BILIAR →Microcálculos biliares (<5mm) passam pela papila de Vater, levando a uma obstrução transitória ou formação de edema no local em função da irritação. →A colecistectomia previne as frequentes recidivas de pancreatite aguda nesses pacientes. →É mais comum no sexo feminino (2:1), em obesos e na faixa etária entre 50-70 anos. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL →Colecistite aguda, coledocolitíase, colelitíase; →Gravidez ectópica; →Doença péptica/Úlcera perfurada etc DIAGNÓSTICO →USG – Visualização de um pâncreas aumentado, heterogênico →TC de abdome com contraste – padrão ouro! Permite avaliar ser está ocorrendo necrose e o grau da mesma. →RNM →90% são casos leves; →10% são graves, sendo nesta uma mortalidade de 98% →Complicações: pseudocisto Andressa Marques – medicina UFR CRITÉRIOS DE RANSON TRATAMENTO →Inicialmente: internação; dieta zero; hidratação e reposição de eletrólitos; sonda nasogástrica se necessário; antieméticos; analgesia vigorosa. →ATB em pacientes graves (febre) – Imipenem é o mais usado (pega gram – e anaeróbios). →Se tiver coleções pode fazer drenagem percutânea guiada por US ou TC; →Se tiver necrose, sinais infecciosos associados, piora clínica, leucocitose ascendente → TRATAMENTO CIRÚRGICO (PANCREATECTOMIA) →São 11 critérios, sendo 5 avaliados na admissão e 6 são avaliados ao longo das 48 horas iniciais e refletem o desenvolvimento das complicações sistêmicas e o grau de perda volêmica para o “terceiro espaço”. CRITÉRIOS DE BALTAZAR →TC de abdome com contraste para estadiamento # NECROSE INFECTADA É A INDICAÇÃO DE CIRURGIA NA PANCREATITE #Fazer colecistectomia após resolução da pancreatite, na mesma internação. #curiosidade: CA19-9 →marcador tumoral muito expressado nos tumores pancreáticos. Andressa Marques – medicina UFR COMPLICAÇÕES →Abscesso →Perfuração →Infecção de sítio cirúrgico (dor, hiperemia, edema, secreção turva, pus, febre, piora do leucograma); →Obstrução da luz do apêndice por: fecálitos, hiperplasia linfoide, matéria vegetal ou sementes, parasitas, neoplasma, aderências. EXAME FÍSICO →Dor à palpação abdominal, principalmente em FID, associada a sinais de irritação peritoneal →Sinal de Blumberg positivo – descompressão brusca dolorosa no ponto de McBurney; →Hiperestesia cutânea; →Defesa muscular; →Sinal de Rovsing positivo – dor na FID ao se comprimir a FIE de modo a deslocar o ar em direção a FID; →Posição antálgica; →Sinal de Dunphy – dor na FID ao tossir →Rigidez abdominal; →Peritonite – imobilidade, posição antálgica, face de dor, rigidez abdominal, dor à percussão (dor abdominal intensa, bem localizada, em pontada). #é a principal causa de infecção de sítio cirúrgico em todos os abdomes agudos. FASES EVOLUTIVAS DA APENDICITE AGUDA 1. Hiperêmica: intraluminal, mucosa 2. Edematosa: edema da parede 3. Fibrinosa: extensão até a serosa 4. Flegmonosa: secreção purulenta no lúmen 5. Gangrenosa: isquemia 6. Perfurativa QUADRO CLÍNICO →Dor iniciada na região epigástrica ou mesogástrica, inespecífica, difusa, evoluindo para a FID, associada a náuseas, vômitos, alteração do hábito intestinal, diarreia e febre. #Possíveis achados do USG: fecálito (apendicolito), dilatação do calibre do apêndice > 6mm, espessamento > 2mm (sinal do alvo), líquido livre. DIAGNÓSTICO →Clínico + USG ou TC de ABD sem contraste (TC é o padrão ouro, mas, é pouco disponível e tem radiação); →Rx de abd agudo (ver apagamento de m. psoas) →RNM (preferível se for gestante); →Hemograma (leucocitose + desvio à esquerda); →EAS; →BHCG em mulheres →Coagulograma TRATAMENTO APENDICECTOMIA – identifica o apêndice → faz ligadura da artéria apendicular e mesoapêndice → ressecção do apêndice → fechamento na base do ceco. Pode ser por: →Cirurgia aberta (laparotomia – incisão mediana; incisão de McBurney (incisão oblíqua); incisão de Davis-Rockey (incisão horizontal). →Cirurgia laparoscópica (preferencial – menor morbidez cirúrgica) Demais condutas →Reposição hidroeletrolítica →Dieta zero →Antieméticos →Analgésico →ATB em caso de abscesso/gangrena ou se perfurada Andressa Marques – medicina UFR QUADRO CLÍNICO →Dor tipo cólica, progressiva, em hipocôndrio direito; →Náuseas e vômitos →Epigastralgia (+ após se alimentar) →Eructação →Plenitude pós prandial FATORES DE RISCO →História familiar →Raça negra EXAME FÍSICO →Dor à palpação de HD →Sinal de Murphy positivo (parada inspiratória com palpação profunda do QSD no ponto cístico) #A via biliar é estéril, logo, as bactérias presentes são de origem intestinal que ascenderam. →Pode ser por cálculo biliar (litiásica – mais comum) ou por um processo inflamatório sem cálculo (alitiásica – 5 a 10%). DIAGNÓSTICO EXAMES DE IMAGEM →USG (padrão ouro) – visualização do espessamento da parede da vesícula (>3mm) e presença do cálculo impactado no infundíbulo da vesícula ou no ducto cístico propriamente dito; →TC ou RNM Demais exames →Hemograma (cursa com leucocitose) →PCR →Coagulograma →BT e frações; FA e GGT; Função hepática; Eletrólitos →Amilase para diagnóstico diferencial COMPLICAÇÕES →Empiema (presença de bactérias que ascenderam) →Colecistite enfisematosa (tbm é por bactéria que ascendeu) →Perfuração CONDUTA – diagnóstico cirúrgico! →Interna o paciente (dieta zero + analgesia) →COLECISTECTOMIA – cirurgia aberta ou laparoscópica (o mais rápido possível!) →Uso de ATB só se tiver sinais de infecção bacteriana, como nos casos de empiemas ou de Colecistite enfisematosa Andressa Marques – medicina UFR →Fragilidade na parede do intestino que faz com que uma pressão intra órgão aumentada forme saculações/herniações na luz do intestino, que podem entupir de fezes e perfurarou podem sangrar. →São mais frequentes no cólon sigmoide em função do menor calibre e maior pressão. INFLAMAÇÃO DAS HERNIAÇÕES DA MUCOSA EXAME FÍSICO →Dor →Descompressão brusca dolorosa →Plastrão (massa na região inflamada) DIAGNÓSTICO →TC de abdome (fase com contraste e fase sem contraste) – achado de espessamento e deterioração da gordura pericólica →RX de abdome agudo →A fase com contraste é para ter certeza que o paciente não tem nenhum abscesso perto do tecido inflamado – se tiver abscesso é indicação de laparatomia ou punção guiada por exame de imagem. • Demais exames: →Hemograma →EAS →Coagulograma →Função renal →Eletrólitos →BHCG se mulher QUADRO CLÍNICO →Cursa com dor abdominal, mais frequentes em FIE; →Sinais de irritação peritoneal; →Mudanças dos hábitos intestinais (diarreia ou parada de eliminação de flatos e fezes) – pode evoluir com íleo paralítico →Febre TRATAMENTO CLÍNICO →Antibióticos que pegam GRAM – e anaeróbios – 7 a 10 dias (ex: Ciprofloxacino + Metronidazol ou Cefalosporina 3ª geração + Metronidazol) →Evitar prescrição de morfina por causa do íleo paralítico; é preferível meperidina CIRÚRGICO →Sigmoidectomia com anastomose primária ou ressecção de algum segmento colônico afetado; →Cirurgia de Hartmann #a cirurgia é eletiva (p/ casos de Recorrência do quadro! OBS: NÃO PODE FAZER COLONOSCOPIA! (apenas depois de 4 a 6 semanas do desaparecimento dos sintomas é que se inicia a investigação com colonoscopia para procurar mais divertículos e ver se o paciente é portador de Doença Diverticular (se fizer antes tem chance de perfurar o divertículo inflamado!) Andressa Marques – medicina UFR Caso clínico: "Dor na barriga" JJT, masculino, negro, 58 anos, caminhoneiro, natural de Uberaba-MG e procedente de Alto Taquari-MT. Procura atendimento por dor abdominal há 7 dias, iniciamente em FIE que ficou difusa, associada a parada de eliminação de flatos e fezes há 1 dia. Associada a vômitos de aspecto fecalóide. Nega febre e sem alterações urinárias. Diabético em controle irregular. Pais e tios com histórico de Doença de Chagas. Tabagista de 40 cigarros/dia há 40 anos. Ex- etilista. Ao exame: descorado +/4, eupneico, desidratado, PA 130/80mmHg, FC 94bpm. Ausculta cardíaca e pulmonar sem particularidades. Exame do abdômen doloroso a palpação, mais intensa em FIE associada a irritação peritoneal local. Presença de massa palpável na FIE, não pulsátil. Leucograma: 25.000 leucócitos com 8% de bastões. Objetivos: 1. Reconhecer diagnóstico sindrômico (abdômen agudo obstrutivo / inflamatório) com seus possíveis diagnósticos diferenciais (diverticulite). 2. Exames complementares para investigação diagnóstica (rotina de AA). 3. Discussão da fisiopatologia dos diagnósticos diferenciais com enfoque nos achados da história. 4. Opções de tratamento cirúrgico para possíveis patologias diferenciais. Andressa Marques – medicina UFR Caso clínico: "Sangramento em baixo" GOS, feminino, 22 anos, branca, secretaria financeira, natural e procedente de Rondonópolis. Queixa de dor em mesogastro há 3 dias que irradiou para hipogastro e FID. Dor se intensificou há 1 dia e há 2horas iniciou com sangramento vaginal em pequena quantidade. Histórico de ciclo menstrual irregular. Sem comorbidades. Nega cirurgias prévias e uso de anticoncepcional oral. Fez exame de farmácia há 1 dia, positivo para gravidez. Ao exame paciente apresenta-se com PA 90/65 mmHg, FC 104 bpm, eupneico, descorada ++/4, desidratada +/4, anictérica e acianótica. ACR: sem alterações. Abd: doloroso a palpação superficial e profunda da FID e hipogastro, sem massas palpáveis, Blumberg positivo. Objetivos: 1. Formular diagnóstico sindrômico (Abdômen Agudo Hemorrágico). 2. Exames complementares para investigação diagnóstica (rotina de Abdômen Agudo) e conduta inicial para atendimento em emergência (acesso venoso, analgesia, SF). 3. Determinar grau do choque hipovolêmico, conhecer classificação e possíveis condutas. 4. Definição do diagnóstico clínico (US - diferenciar entre Gravidez Ectópica Rota e Aborto) e conduta cirúrgica com enfoque na anatomia da pelve feminina e na irrigação dos órgãos.
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